O Avanço na Crise

Faturamento das Farmácias Cresce 8,84%, diz Abrafarma

03/01/2018

O faturamento das 26 redes de farmácias afiliadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) cresceu 8,84% no acumulado de janeiro a novembro de 2017, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (03). As vendas no período totalizaram R$ 40, 39 bilhões, sendo R$ 27,57 bilhões relativo a medicamentos e R$ 4,80 bilhões relativos a genéricos. A venda de não medicamentos chegou a representar R$ 12,82 bilhões do valor total do período, alta de 7,21% sobre o mesmo período de 2016. O aumento de quase dois dígitos, porém, representa um recuo em relação aos últimos anos. Em 2016, a variação foi de 11,03%, em 2015 de 11,99%. "Em 2017 tendemos a fechar o ano com um crescimento entre 9% e 10%. Esse número vem principalmente da abertura de novos pontos de venda e maior ocupação de mercado, com ganho de market share.", comenta Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma. Para 2018, a expectativa é de ultrapassar o crescimento de 10% de vendas.

Uso indiscriminado de medicamentos ameaça segurança de pacientes

Pesquisa investiga perfil de pacientes, fatores e problemas da polifarmácia, uso simultâneo de mais de 5 medicamentos

Por Redação – Editorias: Ciências da Saúde

Artigo publicado na Revista de Saúde Pública discute a questão da “polifarmácia”, termo que traduz o uso de mais de cinco medicamentos, e traz um estudo que é parte da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) – Serviços 2015. O objetivo é “caracterizar a organização dos serviços de assistência farmacêutica na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), visando à divulgação do uso racional de medicamentos”, afirma Renata Nascimento. Caracterizar a polifarmácia no universo dos usuários de medicamentos que passam pelos cuidados da chamada atenção primária do SUS e identificar fatores a ela associados é a proposta dessa pesquisa. Para a autora, o uso exacerbado de medicamentos da população atendida pelo SUS torna-se um desafio para a segurança dos pacientes.

A prestação de cuidados em saúde visa proporcionar ao indivíduo bem-estar, minimizando os riscos desnecessários do excesso de remédios. Há necessidade de uma harmônica relação entre o diagnóstico e o tratamento prescrito, tendo em vista que “o uso inadequado de medicamentos e problemas de comunicação entre médicos e pacientes são as principais causas de eventos adversos”.

Segundo a pesquisa, a polifarmácia está associada à faixa etária de pacientes com 65 anos ou mais, em sua maioria mulheres, com “baixa autopercepção de saúde” e presença de doenças crônicas, dentre as quais se destacam alterações no sistema cardiovascular, hipertensão, reumatismo, ansiedade e depressão, diabete, colesterol, gastrite e dores em geral.

A polifarmácia é comum na prática clínica e os principais fatores para isso são aumento da expectativa de vida, o livre alcance aos remédios, devido à disponibilidade do mercado, e o aumento das doenças crônicas. “A prescrição simultânea, por vários médicos, sem que ocorra a necessária conciliação terapêutica para o paciente” , pode levar ao uso inadequado de medicamentos, ocasionando graves efeitos colaterais, acentuados pelas desastrosas interações medicamentosas.
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É interessante observar, segundo o artigo, que pacientes que contam com plano de saúde particular “apresentaram maior chance de polifarmácia”, considerando que têm mais acesso a consultas com especialistas, “ampliando a variedade de prescrições”; por isso, é importante o controle sobre a ocorrência de interações medicamentosas no intuito de minimizar seus danos, além de ser necessário alertar a população sobre as consequências da automedicação, tais como internação e óbito.

A autora admite haver algumas limitações na pesquisa, tanto em relação aos métodos quanto ao conceito de polifarmácia adotado – o uso de cinco ou mais medicamentos -, e pela impossibilidade de conhecer-se o porquê da prescrição de cada medicamento. Destaca, porém, que este é “o primeiro estudo de abrangência nacional sobre polifarmácia em usuários de serviços de saúde”, indicando que a polifarmácia é uma realidade na “atenção primária” da população atendida pelo SUS. Em vista disso, o principal desafio é garantir a prescrição adequada de medicamentos, a capacitação multidisciplinar de profissionais e educação da população, visto serem “estratégias necessárias para qualificar o uso dos medicamentos e fortalecer a Política Nacional de Segurança do Paciente”, defende ela.

Renata Cristina Rezende Macedo do Nascimento é pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica.

NASCIMENTO, Renata Cristina Rezende Macedo do et al. Polifarmácia: uma realidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 51, p. 19s, set. 2017. ISSN: 1518-8787. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007136. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/139761>. Acesso em: 06 dez. 2017.

Margareth Artur / Portal de Revistas da USP

Agência NewBlue conquista conta da RD

janeiro 3, 2018

A NewBlue, empresa full service de marketing de performance, anuncia a conquista da conta da RD, empresa do setor farmacêutico que surgiu a partir da fusão das empresas Droga Raia e Drogasil. A partir do dia 1º de janeiro a empresa será a responsável pelas estratégias de gestão on-line e criação para as marcas Droga Raia e Drogasil.

A NewBlue passou por todo o processo de concorrência com outras oito agências e agora vai assumir o desafio de atuar como parceira de performance digital para as marcas da empresa, visando aumentar a performance da área comandada por Diego Kilian, diretor de Vendas Multicanal na RD.

Para Bruno Pimentel, CEO da NewBlue, a conquista reflete a dedicação e capacidade da empresa no mercado de digital. “Durante o processo de concorrência, passamos por diversas etapas em que foram avaliados requisitos técnicos importantes. Assim, conseguimos nos firmar como a melhor opção. Toda a NewBlue está muito ansiosa para iniciar o trabalho com a RD, em 2018. Esperamos superar as expectativas, garantindo uma parceria duradoura e saudável para ambos.”

São Sepé não tem com plantão 24 horas de farmácias

03 Janeiro 2018 12:30:00

Lei municipal aprovada em 2017 prevê o atendimento, mas não é cumprida

Em vigor desde 24 de novembro de 2017, a lei que institui o plantão 24 horas das farmácias e drogarias no município de São Sepé ainda não é aplicada. Proposta pelo vereador Janir Machado (PP), a legislação prevê que os estabelecimentos funcionem pelo sistema de rodízio, inclusive em finais de semana e feriados, para atendimento à comunidade. A fiscalização é de responsabilidade da prefeitura. O descumprimento implica em cobrança de multas que podem chegar a até 50 vezes o Valor da Unidade Padrão do Município (UPM), no caso de reincidência.

Segundo Caroline Bortoloto, chefe do setor de fiscalização da prefeitura, o departamento está ciente da legislação, mas aguarda orientações da Secretaria de Finanças, a qual seu departamento é subordinado.
– Temos conhecimento desta lei, mas ainda não nos passaram nada oficialmente – afirma.

O secretário da Fazenda, Jonas Lopes, diz que, em função do fim de ano, não teve tempo suficiente de estudar a fundo a nova legislação. Ele afirma que espera se reunir este mês com o setor de Desenvolvimento Econômico para traçar a melhor estratégia a ser adotada a fim de não prejudicar o atendimento das farmácias da cidade.

– Precisamos nos reunir com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para estudar o impacto desta nova legislação. Não podemos sair por aí fechando farmácias – ressalta.

ADEQUAÇÃO

Representantes das farmácias municipais relatam que, após reunião com o prefeito, receberam prazo de dois meses para se adequar à nova regra.

– Falamos das dificuldades para adequação. Nos deram prazo de 60 dias – diz Andréia Giuliane, gerente da farmácia Agafarma.

A partir da data de vigor da lei, o prazo vai até 24 de janeiro.

O procurador jurídico do município, Claudio Adão Amaral, confirma a reunião. Segundo ele, o encontro foi uma cortesia e serviu para dar amplo conhecimento da nova legislação aos comerciantes.

– Reunimos com o setor, onde o prefeito cobrou o cumprimento da lei, que está em vigor desde sua publicação – diz.

As farmácias devem atender ao regime de rodízio entre 21h e 7h30min, bem como aos domingos e feriados, para não ficarem sujeitas à multa, segundo a nova legislação.

*Com informações da comunicação da Associação Vila Esperança

Drogasil passa a aplicar vacinas em São Paulo

Última atualização 2 Janeiro, 2018

A Drogasil da Rua Pamplona, 1.792, localizada no bairro dos Jardins, em São Paulo, passou a oferecer o serviço de vacinação no último dia 20 de dezembro. A rede é a primeira do setor a ser autorizada pela Vigilância Sanitária de São Paulo para a imunização na capital paulista. A escolha do endereço está relacionada à localização central e ao fácil acesso para os consumidores. “Essa unidade já prestava serviços farmacêuticos e contamos com profissionais bem treinados para a função”, ressalta Eugênio De Zagottis, vice-presidente de Relações com Investidores e Planejamento da RD.

Neste primeiro momento serão aplicadas vacinas somente em adultos. Estão disponíveis imunizações para febre amarela, hepatite B, herpes-zóster e HPV (dois tipos: tetra e bivalente). É possível solicitar o serviço diretamente na loja com a receita médica em mãos. Caso o cliente não tenha carteirinha de vacinação, esta será fornecida pela Drogasil.

A aplicação de vacinas pelas drogarias foi recentemente liberada na capital paulista pela Lei Municipal 16.739/17, além de ser regulamentada nacionalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da RDC nº 197.

Com essa liberação, a RD prevê a expansão do serviço nos próximos meses para 16 filiais da Drogasil e da Droga Raia em São Paulo. A rede pretende expandir o serviço para todo o Estado, o que será possível após a promulgação do Projeto de Lei 27/2017, mediante sanção do governador Geraldo Alckmin. “Em nossas mais de 1.600 lojas, buscamos ofertar saúde, bem-estar e prevenção. Entendemos que não somos apenas uma dispensadora de medicamentos. Por isso, foi muito importante sermos pioneiros na cidade de São Paulo na aplicação de vacinas e, em breve, vamos disponibilizar outros serviços aos nossos clientes”, finaliza o executivo.

Programa de fidelidade em farmácias movimenta mais de R$2 bilhões em 2017

O PEC (Programa de Estratégias Competitivas) da Febrafar está fechando o ano de 2017 comemorando resultados impressionantes, mostrando a força do programa de fidelização de clientes. Mesmo não considerando os números do mês de dezembro o programa já movimentou R$ 2.012.789.578,68 durante o ano. Somando 92.794.439 de unidades de produtos vendidas.
Outro dado importante é que já fazem parte do programa 11.399.716 cadastros, até novembro de 2017. Se considerar dados que apontam que a população brasileira atual é de 207 milhões de pessoas, esse número corresponde a 5,5% desse total.
“Os dados demonstram a boa aderência e o retorno oferecido pelo programa. A abrangência se deve ao fato de 3.453 estabelecimentos em todo o país já usam o PEC, de 54 redes associadas à Febrafar. Contudo, a expectativa é que esses números cresçam com uma participação ainda maior de lojas que observam os benefícios, deste o principal é o crescimento no faturamento das lojas”, explica o diretor operacional da Febrafar, Ney Arruda.

O que é o PEC?
O PEC faz parte do Programa de Fidelidade disponível para adesão de todas as redes de farmácias afiliadas à Febrafar, tendo por objetivo oferecer uma política de preços competitiva, profissional e inteligente por meio da concessão individualizada dos descontos, levando em consideração as características específicas de cada medicamento.
Resumidamente, o programa veio suprir uma demanda dos clientes que fazer negócio com estabelecimentos que ofereçam serviços agregados, estabelecendo um relacionamento de longo prazo com o varejo, de forma que suas necessidades individuais possam ser atendidas não somente hoje, mas também no futuro. Assim, o PEC é um robusto sistema de CRM com milhões de clientes cadastrados em todo Brasil, o que permite a execução de inúmeras ações de relacionamento e gestão da fidelidade.
Vários modelos de relacionamento podem ser adotados para estreitar o contato com o consumidor, porém cada estabelecimento busca formas distintas de criar e manter vínculo permanente com ele, muitas vezes utilizando como mecanismo uma recompensa por sua fidelidade. “Em reconhecimento à preferência por nossa farmácia, através do PEC, damos ao cliente a oportunidade de obter descontos na aquisição de qualquer tipo de medicamento”, afirma o Diretor-Executivo da Febrafar, José Abud Neto.

Cartão fidelidade
Descontos especiais, preços competitivos e benefícios exclusivos são os principais atributos do cartão fidelidade. Ao utilizá-lo, o consumidor terá a sensação de que naquela farmácia os medicamentos são mais baratos do que em outras da região. Mas, como o PEC beneficia o cliente? Sempre que ele utilizar o cartão fidelidade em uma farmácia integrada a uma rede associada à Febrafar.
Esteticamente semelhante aos cartões praticados no mercado, o cartão fidelidade permite ao usuário receber descontos em todos os medicamentos comercializados na loja – iniciativa que certamente o estimulará a economizar a cada compra e, com isso, a comprar cada vez mais. Após conhecer as vantagens proporcionadas pelo cartão, ele estará ciente de que aquela loja lhe proporciona economia e bem-estar.
Por sua vez, além de facilitar os processos internos e agilizar a operação de vendas, o cartão fidelidade permite à loja ter acesso a todos os dados do titular. Por meio de um sistema, a farmácia passa a conhecer os hábitos do cliente e a saber, por exemplo, a data em que ele costuma adquirir seus medicamentos, o volume que consome e quanto gasta a cada compra.
Ações coordenadas – embasadas em números concretos, com estratégias bem definidas e avaliação constante de resultados – auxiliam a farmácia na realização de campanhas específicas, promoções e inúmeras ações que aumentem a frequência do cliente ao estabelecimento e maximizem sua rentabilidade. “Sem dúvida, com o cartão fidelidade, a farmácia consegue traçar o perfil dos clientes, reforçar sua marca, otimizar os resultados e sair na frente da concorrência, tornando-se cada vez mais forte no mercado”, enfatiza Neto.

Sobre a Febrafar
A Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias é composta por 9.873 lojas distribuídas em 56 redes. Estando presente em 2.801 Municípios (25 Estados e DF). A Febrafar fomenta o empreendedorismo dos pequenos e médios varejistas do setor farmacêutico, além de viabilizar o acesso a tecnologias de ponta que dinamizam o negócio dos seus associados.

Financeira
(11) 3177-7800

Remédios deverão ficar mais caros e consultor financeiro orienta

Portal Correio 02/01/2018 – 08h04

Um importante dado para o mercado farmacêutico em 2018 é que já estão sendo feitas as primeiras projeções do aumento de medicamentos para o próximo ano, que não deverá ser muito expressivo, mas pode pesar no bolso da população. Já foi publicado o Comunicado da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) nº 21, que fixa o valor do Fator de Produtividade (Fator X), para o ano de 2018 em 0,75%, esse é um dos fatores componentes do ajuste anual de preços de medicamentos. Com base nele e em simulações do mercado, já se projeta que o aumento dos medicamentos para 2018 será de 2,8% em média, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

O aumento em números parece pequeno, mas para pessoas que consomem medicamentos com frequência, o reajuste pode pesar em seu planejamento familiar, principalmente em famílias de baixa renda. A dificuldade pode se agravar para quem já se depara diariamente com aumentos em diversos setores, como gás de cozinha e gasolina.

A aposentada Marluce Rezende, de 72 anos, que é consumidora de remédios há mais de três anos, relata que o aumento dos preços de medicamentos podem fazer uma diferença em seu planejamento mensal de gastos.

“Eu sou consumidora de medicamentos há três anos e faço o consumo de cinco tipos diferentes, por isso acredito que o aumento, por menor que seja, pode atrapalhar os gastos mensais. Pode não fazer tanta diferença para mim, no entanto, para famílias de baixa renda isso pode ser muito prejudicial”, contou.

Custo operacional não pode ser transferido para o consumidor

Paulo Jost, proprietário da Bioexata, empresa do ramo da farmácia de manipulação, diz que o custo operacional não pode ser transferido para o consumidor

Última atualização 2 Janeiro, 2018

Gestão de qualidade e capacidade. Esses são os segredos de grandes líderes de empresas no Amazonas. É o que defende o empresário e farmacêutico, Paulo Jost, proprietário da Bioexata, do ramo da farmácia de manipulação.

Atuando neste mercado há 15 anos, Paulo Jost acredita que, ao longo do tempo, a gênese da profissão foi se desvirtuando e se “adaptando” à novas exigências. Ele afirma que a farmácia de manipulação é o ramo onde realmente o farmacêutico exerce sua atividade como profissional, com a capacidade de criar, inovar e fazer um mercado particular.

“Eu comecei trabalhando em drogaria, sou formado em farmácia e odontologia, na época tínhamos um consultório e cancelamos porque queríamos  investir na rede. Hoje temos atuação no Amazonas, Distrito Federal e Pará”, revela Jost.

Ele destaca que administrar a rede na crise e buscar expansão é um grande desafio e explica a solução encontrada na gestão da empresa.

“É necessário diminuir a margem de lucro, comprar bem e não transferir o custo operacional para o consumidor. Essa é a hora que o empresário precisa ser sábio de enxugar a sua margem para sobreviver no mercado e ter uma nova oportunidade de expansão”, explica.

Diferencial
“Nosso diferencial é o estudo permanente e o projeto de ‘Educação Continuada’, onde vamos trazer para a nossa rede os maiores palestrantes do Brasil para dar aulas e realizar treinamentos para médicos, ou seja, fazer uma construção de um conhecimento farmacêutico magistral”, diz.

A farmácia magistral é responsável pela elaboração especializada de medicamentos mediante fórmulas prescritas individualmente.

“Nós não temos o intuito de competir ou criar oposição às drogarias convencionais. A nossa função é fazer aquilo que as outras não fazem como personalizar os medicamentos, individualizar as doses, conhecer o perfil bioquímico dos remédios do paciente e integrar esse tripé com o remédio que o médico prescreveu junto com a farmácia e o paciente”, enfatiza.

Expansão
Atualmente, a rede está inaugurando lojas do segmento fitness para o público jovem com venda de suplementos e outros produtos.

“Este é um segmento complementar, pois já havia uma necessidade da rede de expandir o seu mix de produtos no ramo da suplementação. E nosso objetivo é oferecer uma suplementação para atletas e produtos de qualidade no segmento esportivo para todos os tipos de públicos. E vamos continuar expandindo e facilitando o acesso a comunidade”, salienta.

Expansão internacional

A Garen Automação tem se destacado pelo volume de exportação. De janeiro a outubro deste ano, foram US$ 5 milhões em produtos enviados ao exterior, um aumento de 24% em relação a igual período do ano passado.

“A Garen sempre esteve na vanguarda da automatização de portões, produzindo produtos que oferecem praticidade, facilidade e que são comprometidos com o cliente para que funcionem sempre. Nosso objetivo é levar esses produtos para qualquer lugar do mundo, transformando a Garen em uma grande empresa de nível mundial”, afirma o diretor da empresa, José Márcio Ramirez.

Fonte: A Crítica

Menos da metade dos infectados por HIV e tuberculose tomam antirretroviral

02/01/2018 11h58 Débora Brito – Repórter da Agência Brasil

Diagóstico precoce do vírus HIV e o início do tratamento é considerado o método mais eficaz de prevenir mortes por aids e causas associadasArquivo/Agência Brasil

Menos da metade das pessoas que têm tuberculose e foram infectadas pelo vírus HIV tomam o remédio antirretroviral no Brasil. Apenas 41,8% dos pacientes de tuberculose com coinfecção por HIV fazem uso da terapia antirretroviral (TARV) no país, enquanto no mundo o percentual foi de 85%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quando associadas e não tratadas, as duas infecções podem provocar outras doenças e diminuir a sobrevida do paciente. Pessoas que vivem com HIV/aids no Brasil estão 28 vezes mais propensas a desenvolver a tuberculose, uma das doenças que mais matam no mundo e que ocupa a nona posição no ranking geral de mortes no mundo.

As informações constam do último relatório global da tuberculose elaborado pela OMS e divulgado no fim do ano passado. Segundo o documento, o Brasil está entre os 20 países com a maior carga de pessoas com tuberculose e infectadas com o vírus HIV. Em 2016, além do Brasil, outros cinco países tinham menos de 50% dos pacientes infectados pelas duas doenças em tratamento antirretroviral: Congo, Gana, Guiné-Bissau, Indonésia e Libéria.

“Quando a gente está com HIV sem tratamento, o HIV vai destruindo a imunidade no corpo da pessoa e aí abre as portas para a tuberculose, tanto pra pessoa se contaminar com o bacilo da tuberculose, quanto para, uma vez contaminada, desenvolver a doença da tuberculose&rdquo;, explica o infectologista Rafael Sacramento, integrante da organização Médico sem Fronteiras.

No Brasil, a tuberculose é a principal causa de morte de pacientes que vivem com o vírus da imunodeficiência humana. De acordo com o mais recente panorama de mortalidade da tuberculose disponível no país, seis em cada dez das pessoas que morreram por HIV em 2014 tinham tuberculose como causa associada do óbito.

A OMS estima que ocorreram, em 2016, cerca de 1,3 milhão de mortes no mundo por tuberculose entre pacientes não infectados pelo vírus HIV e 374 mil mortes entre os soropositivos, o que corresponde a uma média de mil mortes por dia. No Brasil, no mesmo ano, foram mais de 5 mil mortes por tuberculose e quase 2 mil pela coinfecção tuberculose e HIV.

“Os desfechos [do tratamento da tuberculose] quando a pessoa tem HIV são muito ruins, porque continua tendo muito óbito. Tem um percentual de óbito, um percentual de perda de acompanhamento ou abandono e um percentual de falha, o que faz com que o tratamento não tenha uma eficiência boa&rdquo;, relata a pesquisadora Valeria Rolla, coordenadora do laboratório de micobacterioses da Fundação Oswaldo Cruz.

Segundo o Ministério da Saúde, pacientes coinfectados com tuberculose e HIV que tomam os medicamentos 35% mais chance de cura e morrem 44% menos por tuberculose do que os pacientes que não usam a terapia. A OMS também ressalta que a maioria das mortes por tuberculose pode ser prevenida com diagnóstico precoce e tratamento adequado. A organização calcula que entre os anos 2000 e 2016 foram evitadas 53 milhões de mortes de pessoas que foram diagnosticas e tratadas com sucesso.

Tratamento e cura

Entre as pessoas diagnosticadas com tuberculose e HIV, há o desafio de garantir a total adesão à terapia antirretroviral (TARV) ou à terapia de combate à tuberculose. Seja por falta de acesso aos medicamentos ou por rejeição aos efeitos colaterais da terapia, muitos pacientes enfrentam dificuldades para seguir o tratamento de forma adequada.

A artesã Sandra Maria da Silva Gonçalo, de 37 anos, vivenciou a experiência de abandonar a terapia antirretroviral. Moradora de Beberibe, no Recife (PE), Sandra descobriu ser soropositiva em 2003 e sempre seguiu com rigor a rotina de tomar os medicamentos antirretrovirais. Mas há pouco mais de um ano, abandonou o tratamento por alguns meses e desenvolveu a tuberculose.

“Fiquei doente, a imunidade baixou, porque eu estava em depressão e terminei contraindo a tuberculose. Aí, eu me internei pra investigar, porque meu caso foi extrapulmonar. Quando é no pulmão é mais fácil diagnosticar, eu estava com todos os sintomas, mas não estava com tosse, não estava com secreção. Fiz todo o processo e bateria de exames pra poder vir descobrir que era no baço&rdquo;, relatou.

Sandra deixou de tomar os antirretrovirais depois de enfrentar um processo de violência doméstica e psicológica, o que a levou à depressão e ao abandono dos remédios do HIV. Foi a primeira vez que ela desenvolveu a doença. Ela acredita que foi infectada pelo ex-marido, que tinha tuberculose e não tratava adequadamente.

Ao contrário do ex-companheiro, Sandra iniciou imediatamente o tratamento e retomou a rotina com os medicamentos para controle do HIV. Ficou curada da tuberculose em nove meses. Os medicamentos foram adquiridos na rede pública de saúde e, apesar dos fortes efeitos colaterais, Sandra conseguiu manter a disciplina para concluir a terapia.

“A dificuldade que eu enfrentei foi na questão dos medicamentos [da tuberculose] mesmo, porque eram muito fortes e tem que tomar quatro comprimidos todos os dias em jejum. Eu tinha tontura, ficava com mal-estar, sentia dor de estômago. Não pensei em desistir porque adquiri a tuberculose por conta de falha no meu tratamento do HIV. Aí pensei: &#039;vou fazer logo o tratamento pra me livrar dela&#039;&quot;, conta.

Agora, a artesã enfrenta o desafio de manter o tratamento do HIV devido à falta de medicamentos personalizados que necessita. Depois do abandono temporário no tratamento, Sandra teve de fazer três vezes exames de genotipagem para checar se o vírus passou por algum tipo de mutação e se tornou resistente à medicação. A partir dos resultados, ela precisou iniciar a chamada terapia de resgate, em que é utilizada uma combinação diferente de medicamentos para surtir mais efeito sobre a carga viral.

“O medicamento da tuberculose nunca faltou, mas os antirretrovirais sempre faltam. Estou até hoje na terapia de resgate. Quando eu vou pegar um medicamento e está faltando, eu corro pra ouvidoria do hospital, vou na farmácia e eles conseguem emprestado de outro hospital. Eu falo: &#039;tem de arrumar medicamento, porque eu estou na terapia de resgate e se eu falho com medicamento, você vai responder pela minha vida?&#039;&rdquo; relatou.

Sandra também trabalha sensibilizando jovens e adolescentes sobre a importância da prevenção à aids e da adesão ao tratamento na organização não governamental (ONG) Gestos: Soropositividade, Comunicação e Gênero. A organização decidiu protocolar no mês passado uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco (MP-PE), depois de receber várias reclamações de pessoas com HIV e que não têm conseguido retirar a medicação necessária para manutenção do tratamento nas unidades estaduais de saúde.

No documento entregue na Promotoria de Saúde, a ONG destaca que Pernambuco ocupa o primeiro lugar no Nordeste em números de casos de aids, com o registro de duas mortes por dia em decorrência da doença.

Diagnóstico e tratamento precoce

O Brasil apresenta tendência de estabilização das taxas de infecção por HIV e tem atualmente cerca de 830 mil pessoas convivendo com o vírus. Em 2016, foram diagnosticados no país cerca de 38 mil novos casos. O volume, no entanto, ainda aponta para uma epidemia, em que uma pessoa é contaminada a cada 15 minutos.

Dados do último boletim epidemiológico de HIV e aids apontam que duas a cada dez pessoas infectadas com o vírus ainda não estão vinculadas a nenhum serviço público de saúde e podem não estar seguindo regularmente o tratamento para controlar a carga viral e fortalecer a imunidade contra doenças consideradas oportunistas, como a tuberculose.

“Atualmente, uma das formas mais seguras e mais assertivas de se reduzir a transmissão de HIV é diagnosticar as pessoas e colocá-las no tratamento o mais precocemente possível. Quando a pessoa está fazendo o tratamento de HIV corretamente, a circulação de vírus no sangue fica indetectável pelos métodos que temos hoje e a gente não consegue encontrar nesses casos possibilidade de transmissão&rdquo;, explica o infectologista Sacramento.

No Brasil, os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam melhora no diagnóstico e no acesso ao tratamento de pessoas soropositivas. Em 2016, cerca de 70% das pessoas vivendo com HIV apresentavam adesão suficiente à terapia. Contudo, desde 2013, o Ministério alerta que persiste em 9% a taxa de abandono ou interrupção do tratamento.

“Geralmente são pessoas de baixa renda. O abandono de tratamento tem muito a ver muitas vezes com pessoas que estão com seu benefício negado e não têm condição de se manter. A pessoa não tem condição de comer e se alimentar direito, isso impacta no resultado do tratamento. Pessoas relatam que não conseguem tomar a medicação de barriga vazia&rdquo;, relata Roberta Gouveia, enfermeira que atua em um centro de referência a pacientes com HIV e tuberculose em Recife (PE).

Roberta também atua na ONG Gestos e defende que o foco do tratamento de pacientes soropositivos não deve estar somente no medicamento. “Deveria haver, por parte do setor saúde, uma preocupação com a prevenção da tuberculose no paciente soropositivo. Eu acho que a coisa está muito focada na dispensação de medicação, em fazer o tratamento de HIV, sem dar a devida importância à tuberculose como coinfecção&rdquo;, opina a enfermeira.
Edição: Lidia Neves

Loja em Barbacena

Drogaria Araujo Tem Nova Operação Mineira

02/01/2018

A rede Drogaria Araujo inaugurou uma unidade no município de Barbacena, em Minas Gerais. A unidade conta com centenas de genéricos com descontos exclusivos, além do portfólio completo da rede como alimentos, materiais de limpeza e utilidades, além de itens de perfumaria, higiene e ortopédica. Atualmente, a companhia conta com mais de 160 pontos de venda. Entre inaugurações e ampliações, a rede abriu mais de 50 novas lojas em 2017, com expansão para outras cidades de Minas Gerais, como Ibirité, Conselheiro Lafaiete e Barbacena. A meta para 2018 é ampliar em 20% a base de estabelecimentos durante 2018.

Serviço

Endereço: Praça Presidente Antônio Carlos, ao lado da Faculdade de Medicina de Barbacena.
Horário de funcionamento: das 7h às 23h.