Farmácias do Rio voltam às origens

Após lei federal, estabelecimentos passaram a oferecer serviços de saúde, com o auxílio da tecnologia. Agora também querem oferecer vacinas
04/07/2017 00:10:00

Herculano Barreto Filho

Rio – As farmácias estão voltando às origens. Agora, funcionam como estabelecimentos de saúde, que fazem aferição de pressão arterial, medição de glicose, aplicação de injetáveis, orientação, prescrição farmacêutica e até atendimento domiciliar. O próximo passo é obter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar vacinas, uma das bandeiras da categoria.

Esse resgate começou após a promulgação da lei federal 13.021, assinada em 8 de agosto de 2014. O diferencial em comparação às farmácias de antigamente é que agora a tecnologia se torna uma aliada. “Estamos resgando o passado, mas adaptando-o ao presente, principalmente no que se refere à tecnologia, que vem ajudando muito no atendimento aos clientes”, reforça Luis Carlos Marins, presidente da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj).

A categoria agora quer obter autorização para aplicar vacinas. Hoje, há apenas 40 clínicas privadas fazendo o serviço no estado. Com a entrada das farmácias nesse mercado, os valores devem ficar bem mais acessíveis.

Tecnologia voltadas à população

A Farmácia do Leme tem no seu DNA a essência do atendimento voltado ao cliente. Literalmente. Fundado em 1933, o estabelecimento foi passado de pai para filho com essa filosofia. Isso explica a busca pelo resgate de um funcionamento como estabelecimento de saúde. ‘Você já verificou a sua pressão?’, pergunta o atendente a um cliente.

É só o primeiro contato com uma farmácia com cabine de aplicação de injetáveis e até atendimento a domicílio. “O cliente liga, porque precisa tomar antibióticos. A gente faz o agendamento, o aplicador vai na casa dele e aplica. Normalmente, são idosos que não podem se locomover”, explica Ricardo Valdenaro de Moraes, proprietário da farmácia que foi construída pelo seu avô.

A farmácia está em obras para ampliar o espaço de atendimento aos clientes. Além do acompanhamento dos medicamentos tomados pelos clientes, o local também vai auxiliar pessoas que combatem a obesidade e o tabagismo, por exemplo. E está desenvolvendo um aplicativo para smartphone com serviço de al|erta de horários de medicamentos.

Atendimento complementar

A Drogaria Menor Preço, de Duque de Caxias, também está passando por adaptações para atender a população com esse novo conceito. São mais de 1,2 mil pacientes atendidos por mês, graças a uma parceria com o programa Farmácia Popular, do governo federal. “Nós atuamos como um braço do sistema público de saúde, que vive um caos. Como o médico tem pouco tempo para atender, o paciente às vezes chega à farmácia cheio de dúvidas. E temos um profissional para orientá-lo. Com o movimento de farmácia-clínica, o farmacêutico está retomando o seu espaço com o paciente”, analisa Ricardo Lahora, dono da farmácia.

Sem Farmácia Popular, conveniadas são alternativas para retirar medicamentos

Unidade hamburguense não funcionará mais a partir do dia 31 de julho

Susi Mello 04/07/2017 16:17 05/07/2017 06:43

Farmácia popular Dez municípios gaúchos, entre eles Novo Hamburgo, não terão mais unidades Programa Farmácia Popular do Brasil. Na segunda-feira (3), a portaria publicada no Diário Oficial da União informou que não terão mais unidades do programa as cidades de Bagé, Erechim, Gravataí, Montenegro, Passo Fundo, Santiago, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Torres e Uruguaiana. Em Novo Hamburgo, embora não apareça nessa portaria, já há uma faixa avisando que a Farmácia Popular, localizada na Rua Lima e Silva, fechará no dia 31 de julho.

O Ministério da Saúde, por meio de assessoria de imprensa, informou que não está orientando para o fechamento de unidades do Farmácia Popular e que essa é uma decisão do estado ou município. Em resposta ao questionamento do Jornal NH informou que trata-se de uma reformulação do modelo de repasse. O utilizado até hoje, explica o MS, acabava consumindo 80% dos recursos em despesas administrativas.

Agora, o valor referente ao orçamento do programa de 100 milhões de reais serão repassados diretamente para os gestores locais, que ficam responsáveis pela aquisição do medicamento. Ou seja, isso incrementa em R$ 80 milhões o valor para a compra de fármacos, que antes eram desperdiçados na administração do programa. O MS acrescenta ainda que o fechamento é uma decisão do gestor local, que pode utilizar os recursos para manter abertas as unidades do programa.

O MS acrescenta ainda que a análise dos dados do uso das Farmácias Populares mostra que 93% da demanda pode ser atendida pelas drogarias credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular. Esses pacientes buscam tratamentos para hipertensão, diabetes e asma. Os demais medicamentos podem ser retirados nos postos de saúde e demais farmácias públicas.

O que fazer

Novo Hamburgo – A Farmácia Popular da Rua Lima e Silva também está com os dias contados. "Foi uma decisão unilateral onde não se fez consulta ao Município ou população. É uma decisão a nível do Ministério da Saúde", declarou o Secretário Municipal da Saúde Antônio Fagan. O documento com a ordem de fechamento chegou a Novo Hamburgo na última segunda-feira. Agora, a administração municipal tem até o dia 31 de julho para o cumprimento.

"Estamos discutindo o que vamos fazer com o prédio que é da Prefeitura. Uma unidade de saúde que está em prédio alugado será transferida para o local. A possibilidade maior é que seja a Casa da Vacina. Já os medicamentos que ainda estão lá serão encaminhadas as farmácias comunitárias", adiantou Fagan. Duas farmacêuticas e quatro estagiários, que atuavam na Farmácia Popular, serão realocados.

São Leopoldo – Por meio de assessoria, a prefeitura informou que a Farmácia Popular irá fechar suas portas por conta do fim do repasse do Governo Federal. A decisão foi tomada em março e vale para todo o Brasil. Para suprir a demanda, a Farmácia Municipal, localizada nas dependências do Ginásio Celso Morbach, na Avenida Dom João Becker, 313 – Centro, assumirá o repasse dos quatro medicamentos: Metildopa (250 mg), Furosemida (40mg), Verapamil (80mg) e Nifedipina (20mg). Eles continuarão sendo fornecidos de maneira gratuita mediante prescrição médica. Os demais medicamentos com descontos passam a ser distribuídos em farmácias conveniadas da rede privada. Os servidores da Farmácia Popular, que eram cedidos pelo município, serão realocados.

São Francisco de Paula – Conforme a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, a farmácia fechará por determinação do Ministério da Saúde. São Francisco de Paula está incluído na primeira "leva" de fechamento, que incluirá um total de 28 unidades. O motivo é o fim de repasse de manutenção das unidades próprias do Programa Farmácia Popular. A determinação data de 30 março de 2017 e no dia 14 de junho, o município recebeu a determinação para fechamento da unidade.

A alternativa dada pelo governo federal é que a população procure as farmácias conveniadas ao Programa "Aqui tem Farmácia Popular". A unidade do município já está desativada desde o dia 30 de junho. Apenas o funcionamento interno burocrático para fechamento está funcionando. A prefeitura ainda informa que o governo vai aumentar (um valor quase irrisório) o repasse para medicamentos. Esse dinheiro será para a Farmácia Básica, que continuará funcionando.

Montenegro – Conforme o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos de Azeredo, a normativa para fechamento da farmácia popular é da União Federal. "Nunca houve nenhuma decisão do município. É da União e, por isso, se encerrou no dia 30 de junho", comentou. Ele diz que aguarda o governo federal se manifestar sobre o valor que será repassado ao município para, posteriormente, verificar a possibilidade de aquisição dos medicamentos antes oferecidos na farmácia popular. "Duvido que vão passar os valores para compra total. Eu vejo isso como uma grande perda. Estamos chateados com essa decisão, pois é mais uma conta para o município", declara.

Ele diz que até o dia 15 de julho ocorrerá a rescisão dos funcionários da Farmácia Popular, data limite também para levantar dados de estoque e patrimônio. Enquanto isso, a prefeitura orienta os pacientes a procurarem as farmácias conveniadas com o governo federal. "Para oferecermos os mesmos medicamentos da Farmácia Popular na Farmácia Básica teremos que ver o valor que receberemos. Não vamos assumir mais essa conta sem esse retorno do governo federal", sustenta.

Farmácias populares são fechadas no Espírito Santo. Veja em quais municípios!

Em março deste ano, o Ministério da Saúde anunciou o fechamento das unidades do programa Farmácia Popular, onde quase 400 foram desabilitadas
TV Vitória
Redação Folha Vitória

Unidade das farmácias populares que funcionavam em municípios do Espírito Santo foram fechadas.

A unidade do Bairro Jardim América, em Cariacica foi uma delas. No interior do Estado, farmácias de Alegre, Nova Venécia e São Mateus também foram desabilitadas. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, o fechamento foi necessário por conta de um corte de verbas.

Em março de 2017, o Ministério da Saúde anunciou o fechamento das unidades do programa Farmácia Popular, que distribui medicamentos gratuitos, ou com até 90% de descontos no país. Ao todo, 393 unidades do programa, que eram custeadas pelo governo federal, pararam de receber verbas. O programa foi criado em 2014. Com o fim do repasse de recursos federais para a manutenção da Farmácia Popular, a unidade no Bairro Jardim América encerrou as atividades na última sexta-feira (30).

O programa federal Farmácia Popular continuará oferecendo remédios gratuitos ou com preços reduzidos em drogarias particulares. Na rede municipal, os medicamentos da atenção básica continuam a ser distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde, e na farmácia básica central, em Alto Lage. Para continuar o atendimento à população de Cariacica, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) pretende aprimorar a gerência de atenção farmacêutica, organizando o fluxo de distribuição de remédios nas farmácias municipais de acordo com a demanda, perfil de consumo e sazonalidade dos medicamentos.

Farmácia de alto custo recebe R$ 2 milhões

Dinheiro é para aquisição de remédios solicitados por francanos através de processos judiciais

04/07/2017 – 12h41 34

O DRS (Departamento Regional de Saúde) de Franca recebeu R$ 2 milhões em recursos para a aquisição de medicamentos de alto custo para sua farmácia. O dinheiro é destinado à aquisição de remédios solicitados por meio de processos judiciais.

A informação do aporte foi confirmada ao deputado Roberto Engler, que havia reivindicado os recursos, pela diretora regional de Saúde, Adriana Ruzene, na manhã de ontem. A verba vai possibilitar o atendimento de diversos pacientes que obtiveram autorização judicial para receber seus medicamentos.

“Há pouco mais de uma semana, tivemos uma reunião na Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da secretaria para tratar justamente da questão dos medicamentos. Essa notícia de que um valor significativo foi, agora, disponibilizado para Franca é ótima”, disse o deputado do PSDB.

Pague Menos adere à campanha de combate ao câncer infantojuvenil

A partir de 1º de julho de 2017 a rede de farmácias Pague Menos passa a comercializar o título de capitalização Troco Premiado para apoio a projetos do Instituto Ronald McDonald.

Mais uma grande rede parceira da Icatu Seguros aderiu à campanha Troco Premiado, iniciativa do Instituto Ronald McDonald em parceria com a Icatu que visa arrecadar recursos para o desenvolvimento de projetos de combate ao câncer infantojuvenil. A partir de 01 de Julho de 2017, a rede de farmácias Pague Menos, passa a ser participante da campanha.

Realizada desde 2006, a campanha Troco Premiado consiste na oferta de títulos de capitalização, com valores que variam de R$ 0,01 a R$ 10,00, a clientes da rede de parceiros da Icatu Seguros com o troco da compra e pagamento de serviços realizados nesses estabelecimentos. Parte do valor do título é repassada ao Instituto Ronald McDonald, que investe em projetos de combate ao câncer infantojuvenil em todo o país.

“Com essa importante adesão será possível ampliar e fortalecer a campanha que visa melhorar os índices de cura do câncer infanto-juvenil em todo o país”, disse Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald.

“Vamos começar a campanha pelo Ceará, onde os recursos serão destinados para a Associação Peter Pan, em breve será estendida para todo Brasil, a ideia é que nossos clientes escolham qual instituição será beneficiada, em cada estado. A Pague Menos é uma empresa cidadã, que está sempre pronta para desenvolver ações e firmar parcerias para levar mais saúde para todo o Brasil”, explica Patriciana Rodrigues, vice-presidente Comercial da rede de farmácias Pague Menos

“Com a ampliação do Troco Premiado na rede de farmácias Pague Menos, estamos cada vez mais ajudando e contribuindo para que um maior número de crianças possa ser atingido no tratamento ao combate do câncer infanto-juvenil”, disse Eduardo Matoso, gerente comercial da Icatu Seguros.

Os títulos de capitalização Doação e Troco Premiado são comercializados em redes de varejo e distribuidoras de energia parceiras da Icatu Seguros em 11 estados das regiões Norte, Nordeste e Sul do país. Além de contribuir com essa causa, o cliente concorre a um sorteio mensal.

A campanha Troco Premiado é a 3? maior fonte de arrecadação do Instituto e, no primeiro semestre de 2017, já captou cerca de R$ 623 mil. Em 2016, a Icatu Seguros repassou R$ 1.771.785 milhão para o Instituto Ronald McDonald, a partir dessa campanha, que também conta com a participação das redes Ampla, Coelce, Drogarias Big Ben, Le Biscuit, Supermercados D’Ville e Pague Menos Serviços.

O Instituto Ronald McDonald é uma organização sem fins lucrativos em atuação há 18 anos, cuja missão é promover a saúde e a qualidade de vida de adolescentes e crianças com câncer. Para aproximar as famílias da cura do câncer infantojuvenil, o Instituto desenvolve e coordena programas – Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald McDonald – que possibilitam o diagnóstico precoce, encaminhamento adequado e atendimento integral e de qualidade para os jovens pacientes e seus familiares. Durante esse tempo de atuação, os dados do câncer mostram um cenário mais animador. Há 30 anos as chances de cura eram de 15%. Hoje, podem chegar a 80%, se a doença for diagnosticada precocemente e tratada de maneira adequada em centros de referência. Desde 1999, mais de R$ 330 milhões foram arrecadados por meio de campanhas e eventos como o McDia Feliz, os Cofrinhos, o Invitational Golf Cup e o Jantar de Gala, destinados para 116 instituições em todo o Brasil, entre hospitais e instituições de apoio que lutam pela cura do câncer infantojuvenil. Cerca de 3 milhões de crianças, adolescentes e seus familiares já foram beneficiados nestes 18 anos de trabalho do Instituto Ronald McDonald. Saiba mais sobre as fontes de arrecadação, os programas e as instituições beneficiadas em www.institutoronald.org.br.

As Farmácias Pague Menos são a primeira rede varejista presente nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Mantêm um crescimento médio anual (CAGR) de 20% nos últimos dez anos, um dos maiores índices de crescimento contínuos do Brasil. Contam hoje com 995 lojas, cerca de 530 unidades do Clinic Farma e mais de 22 mil colaboradores que atuam em 345 municípios.

Receita para remédios de doenças crônicas agora valem por 6 meses em Camaçari

Escrito por: Camaçari Notícias – Camaçari -05 de Julho de 2017

Publicada na edição 731 do Diário Oficial do Município, a Portaria Municipal 36/2017 da Secretaria de Saúde de Camaçari, que discorre sobre as normas de prescrição e dispensação de medicamentos no âmbito das unidades pertencentes ao SUS sob gestão municipal e o funcionamento das farmácias nas Unidades de Saúde da Secretaria de Saúde de Camaçari, trás importantes mudanças na política municipal de dispensação de medicamentos, assim como reitera a Portaria 34/2016 que regulamenta a prescrição de enfermagem para alguns medicamentos do âmbito do SUS.

Uma das principais mudanças é a ampliação de três para até seis meses da validade de receitas para dispensação de medicamentos para tratamento de condições crônicas como hipertensão, diabetes, mal de Parkinson e anticoncepção.

O paciente retira por mês o quantitativo suficiente para 30 dias de tratamento, e ainda, o prescritor, de acordo com avaliação de risco individual do paciente, pode expressar na receita validade menor, garantindo assim seu retorno antes dos seis meses.

De acordo com o secretário de Saúde de Camaçari, "se o paciente tem um quadro clínico estável a ampliação da validade da receita para tratamentos continuados trará mais conforto e tranquilidade ao usuário".

Coordenadora da Assistência Farmacêutica, Andreia Dias ressalta que, "é importante lembrar que a dispensação de antibióticos e outros medicamentos controlados continuam obedecendo a legislação própria".

Seis municípios pernambucanos são desabilitados do Farmácia Popular

Programa deixa de atuar em Araripina, Petrolina, Caruaru, Gravatá, Goiana e Camaragibe

Publicado em 03/07/2017, às 14h35

Seis municípios pernambucanos tiveram unidades do programa Farmácia Popular do Brasil desabilitadas nesta segunda-feira (3). A medida foi publicada através da portaria Nº 1.630 de 30 de junho do Diário Oficial da União e faz parte de um plano de corte de gastos do Governo Federal.

Os municípios atingidos pela determinação do Ministério da Saúde são: Araripina e Petrolina, no Sertão do Estado; Caruaru e Gravatá, no Agreste; Goiana, na Mata Norte; e Camaragibe, no Grande Recife. As mudanças no programa do Governo foram anunciadas pelo ministro Ricardo Barros no início do mês passado. Segundo o ministério, dos R$ 100 milhões investidos na rede própria das farmácias populares anualmente, 80% era destinado ao pagamento de aluguéis e salários de funcionários.

ALTERNATIVAS

Os medicamentos poderão ser adquiridos através do programa Aqui Tem Farmácia Popular, vinculado a farmácias da rede privada, ou ainda nas farmácias municipais.

Farmácia Popular: dez municípios gaúchos devem desativar as unidades até o fim do mês

Em Bagé, Erechim, Gravataí, Montenegro, Passo Fundo, Santiago, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Uruguaiana e Torres, população vai ter de buscar remédios em farmácias privadas ou postos de saúde

Dez municípios do Rio Grande do Sul aparecem em uma lista que determina a desativação de unidades do Programa Farmácia Popular, publicada pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira. Bagé, Erechim, Gravataí, Montenegro, Passo Fundo, Santiago, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Uruguaiana e Torres devem perder as unidades. Com isso, o Estado passa a contar com farmácias populares em 16 cidades. No total, consta a desabilitação de 265 unidades em 229 municípios de todo o Brasil.

A medida foi tomada pelo governo federal após o anúncio de que não serão mais destinados recursos à Rede Própria do Farmácia Popular, que incluía 367 unidades. Com a mudança, quatro medicamentos da lista do Sistema Único de Saúde (SUS) que antes eram distribuídos nas farmácias da rede serão entregues pelas prefeituras, em postos de saúde. Os demais deverão ser retirados em estabelecimentos privados, associados ao programa “Aqui tem Farmácia Popular”, com distribuição gratuita à população ou pagamento de uma diferença no valor que não é repassado pela União.

Em São Leopoldo, no Vale dos Sinos, a Farmácia Popular fica localizada no centro da cidade e atende de 140 a 160 pessoas por dia. Os seis funcionários serão remanejados para outras unidades de atendimento do município. Conforme o secretário de saúde do município, Fábio Bernardo, o fechamento da unidade deve ocorrer durante o mês e, depois, os medicamentos serão distribuídos na Farmácia Municipal. No entanto, há uma preocupação com a sobrecarga do atendimento no local. “Hoje nós já temos uma população considerável que vai na Farmácia Municipal, mas isso vai acrescentar um número maior de pessoas. Já estamos até pensando em trocar a farmácia de local, mas hoje os recursos são insuficientes”, adverte.

Em Gravataí, na região Metropolitana, a medida também é vista de maneira negativa pelo secretário da Saúde, Laone Pineda. O município vai investir em materiais de divulgação para explicar à população quais medicamentos devem ser retirados direto nas farmácias privadas. ”Vamos ter que orientar a população, explicar. Mostrar às pessoas o que a farmácia do município entrega”, explica.

Já o município de Santiago, na região Central, se antecipou à medida e fechou a Farmácia Popular ainda no dia 31 de maio. Segundo o prefeito Tiago Gorski, com o indicativo de encerramento do programa e o atraso nos repasses, a medida foi antecipada, mas está prejudicando os moradores. “É extremamente negativo o impacto para a população porque é mais um programa que deixa de ser atendido, principalmente porque quem usava eram as pessoas de baixa renda”, considera. Cerca de duas mil pessoas eram atendidas no local mensalmente e agora passaram a buscar medicamentos nos postos de saúde.

O Ministério da Saúde defende que, antes, a maior parte dos valores era destinada à administração dos estabelecimentos e o objetivo agora é aumentar os repasses para compra de medicamentos. O órgão disse que vai aumentar o valor repassado anualmente aos estados e municípios, de R$ 5,10 para R$ 5,58 por habitante.

O uso de medicamentos durante o aleitamento

Nem todos os medicamentos passam para o leite

O incentivo ao aleitamento materno é unanimidade entre os profissionais da saúde. São poucas as situações em que ele é desaconselhável. Assim, é muito importante que a sociedade em geral dê suporte aos pais para que mantenham essa prática, de forma exclusiva, até os seis meses de vida. Às mães têm de ser dado todas as informações possíveis para que esse momento sublime da vida não seja transformado em inquietações.

Medos e aflições são naturais quando a mãe faz uso de medicamentos durante o período do aleitamento. A maioria dos remédios é compatível com o ato de mamar no peito. Nem todos os medicamentos passam para o leite. Entre os que aparecem no leite, alguns se apresentam em pequenas concentrações, insuficiente para causar danos ao bebê. Por exemplo, os antidepressivos sertralina e paroxetina são mais seguros do que a fluoxetina.

Todo medicamento usado, mesmo em um adulto, baseia-se na relação entre o risco e o benefício que ele provoca. O médico, ao escolher o medicamento, procura as melhores alternativas. Quando os medicamentos apresentam maior risco à criança, é possível monitorar as concentrações do medicamento no sangue da mãe e/ou do bebê. Além disso, mesmo em quantidades menores, os efeitos da substância podem ser controlados. A mãe precisa verificar mudanças nos padrões de sono da criança, da respiração ou das fezes.
Obviamente, nem todos os medicamentos foram testados com as nutrizes, por questões de risco e éticas, porém muitos medicamentos têm seu uso histórico nas mães que amamentam, desses estudos, se sabe quais são os que apresentam menores riscos. Alguns medicamentos são mais seguros para os bebês e o médico pode escolhê-los.

Existem três categorias de medicamentos quanto sua segurança durante a lactação. Tem aqueles que é sabidamente seguros, por sua história de uso em crianças. Aqueles que podem ser usados, porém merece atenção sobre seus efeitos sobre o bebê. E aqueles totalmente contraindicados. Nesse caso a o aleitamento deve ser substituído, preferencialmente por leites provenientes de bancos de leite. Na impossibilidade do leite natural de outras mães, o uso de preparações substitutas do leite materno.

A OMS elaborou um documento em que apresenta situações médicas aceitáveis. Do mesmo modo, o Ministério da Saúde mantém uma lista dos medicamentos classificados quanto a sua segurança no uso durante o aleitamento. De um modo geral, apenas hormônios e medicamentos antineoplásicos (contra o câncer) são contraindicados. Nas demais classes de medicamentos, sempre é possível encontra-se um opção mais segura.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.

Grupo RD alcança 1.500 lojas próprias

Coluna do Broad
04 Julho 2017 | 05h00

A RD, grupo de farmácias que detém as marcas Raia e Drogasil, inaugurou a loja de número 1.500 em Alphaville, São Paulo. A rede, composta apenas por lojas próprias, é a líder do setor e uma das maiores em número de lojas em todo o varejo do Brasil. Com uma projeção de abertura de 200 lojas para 2017, a RD ingressa em três novos Estados ainda este ano: Ceará, Piauí e Maranhão. (Dayanne Sousa)