Ceará amplia serviço de teste rápido de tuberculose

16 de Março de 2018 #Ceará amplia #Teste rápido de Tuberculose

Suzana de Araújo Mont'Alverne – Assessora de Imprensa Lacen
Assessoria de Imprensa do Lacen – Fotos

A tuberculose é uma doença considerada um problema prioritário de saúde pública. Por ser uma patologia de transmissão direta, de pessoa para pessoa, é fundamental que o diagnóstico seja feito precocemente para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Para ampliar o serviço de diagnóstico e fortalecer a importância do tratamento, a partir deste mês, o teste rápido de tuberculose funcionará em mais três unidades da rede pública: duas do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Governo do Ceará, sendo uma em Fortaleza, que já iniciou na segunda-feira, 12, e outra em Juazeiro do Norte, e uma no Hospital Municipal João Elísio de Holanda, do município de Maracanaú. Estes dois últimos estão em fase final de implantação.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará foi habilitado pelo Ministério da Saúde para coordenar a realização do teste rápido de tuberculose em novembro de 2014. O teste é feito através do equipamento GeneXpert, que permite a emissão de laudos laboratoriais para tuberculose em apenas duas horas. A triagem das unidades habilitadas para a realização do exame por meio do GeneXpert é feita pelo Ministério da Saúde. “A escolha dos órgãos segue as diretrizes do Programa Nacional de Combate à Tuberculose (PNCT), com base no número de baciloscopias feitas nos municípios. O Estado conta hoje com 11 equipamentos”, esclarece Daisy Meireles Arruda, farmacêutica do Lacen e coordenadora estadual do PNCT.

O diagnóstico da tuberculose pode ser feito através da baciloscopia do escarro, um exame simples, realizado nas unidades básicas de saúde. O processo todo, desde a chegada ao laboratório até a emissão do laudo, demora entre 24 e 48 horas. “Todas as baciloscopias feitas na atenção primária, com laudos positivos, são encaminhadas ao Lacen para a realização de cultura e testes de sensibilidade”, fala Daisy. O laboratório, que é referência no Estado, fez no ano passado 4.424 exames. Desse total, foram 3.678 culturas, 567 testes de sensibilidade, 76 análises para pacientes resistentes e 103 baciloscopias.

Cada exame tem uma importância. “A baciloscopia é o método prioritário, que permite identificar o doente bacilífero. O exame é oferecido nas unidades primárias de saúde. Os exames de cultura são indicados para pacientes com suspeita de tuberculose pulmonar e negativos à baciloscopia. Já os testes de sensibilidade analisam a resistência da bactéria que podem ficar relutantes à medicação, prejudicando o tratamento e cura do paciente”, ressalta a farmacêutica.

Com a ampliação do acesso ao serviço de teste rápido de tuberculose, o Lacen reforça a cobertura contra a doença. “Os equipamentos lotados nos laboratórios de Fortaleza e Juazeiro do Norte aliviará a demanda de outras unidades e agilizará o atendimento a outros hospitais e laboratórios da rede pública e privada, nos casos de suspeita de tuberculose pulmonar e extrapulmonar”, diz a farmacêutica.

O sistema GeneXpert é um teste molecular para a detecção de tuberculose e resistência à rifampicina, com tecnologia avançada para alta sensibilidade e especificidade, diminuindo as chances de um laudo falso negativo. “A realização por meio do GeneXpert utiliza a mesma amostra de escarro para baciloscopia, sendo colocada em um cartucho, semelhante ao de uma impressora, em seguida colocada no equipamento e em 120 minutos sai o resultado como positivo, negativo, sensível ou resistente”, explica Daisy.

Atualmente, há nove equipamentos para teste rápido de tuberculose na rede pública estadual e municipal do Ceará, são seis em Fortaleza, três na região metropolitana – Caucaia, Itaitinga e Maracanaú, um em Sobral e um em Juazeiro do Norte. De 2014 a 2017, o novo sistema liberou 16.365 diagnósticos, com 2.860 positivos e 13.505 negativos. Os testes de sensibilidade – aqueles que analisam a resistência das bactérias – tiveram o montante de 2.691 e 169 resistentes à principal medicação utilizada no tratamento, a rifampicina.

Como coordenador, o Lacen é quem solicita a compra de kits ao Ministério da Saúde, distribui às unidades e monitora a realização dos testes através de planilha do DataSUS, que são compiladas e enviadas ao Ministério da Saúde.

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