Consumidores sentem aumento dos preços de remédios

Gustavo Amorim
gamorim@jj.com.br

INGRID – “Os laboratórios diminuem o desconto de acordo com a tributação” Com a inflação e os descontos concedidos normalmente pelas farmácias em baixa, o jundiaiense segue sofrendo com os remédios mais caros nas farmácias da cidade. A operadora de caixa Maria Aparecida Toledo revela que precisa cortar produtos da despesa mensal para conseguir comprar os medicamentos contra triglicérides. “Compro um remédio que custa mais de R$ 100 e cada mês que passa eu percebo a diferença no preço. Às vezes preciso comprar menos no mercado”, afirma.

O aumento, entretanto, está relacionado à diminuição dos descontos feitos pela indústria farmacêutica na compra do produto por partes das farmácias. “Os laboratórios diminuem esse desconto de acordo com a tributação federal”, afirma Ingrid Cunha, gerente de uma farmácia no Centro de Jundiaí. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) revelou que os medicamentos ficaram 0,82% mais caros – mais que o dobro da média geral de produtos (0,31%). “Nós que não somos rede temos muita dificuldade para comprar com preços baratos”, diz Mauro Amaro, dono de outra farmácia na cidade.

Em abril, o governo federal autorizou o aumento dos remédios de 1,36% para 4,76%. Por isso, o preço máximo ao consumidor (PMC) não é maior, mas o cidadão vê o valor final aumentar na prateleira. Nos últimos 12 meses, o valor dos remédios subiu em 5,78%. Em 2017, o crescimento é de 3,92%. “Fica cada dia mais difícil. Uso remédios de tarja preta. A gente sente muito no bolso”, diz a aposentada Josefa Silva,

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