Doria distribui remédio perto do prazo de vencimento

William Cardoso e Leonardo Fuhrmann
do Agora

A Prefeitura de São Paulo, sob gestão de João Doria (PSDB), está distribuindo para a população medicamentos com data de validade próxima ao vencimento.

Os remédios foram doados por empresas farmacêuticas, que ganharam isenção de imposto e se livraram da responsabilidade sobre descarte do produto, depois de vencido.

As farmácias da rede municipal têm vários remédios prestes a vencer.

Na UBS (Unidade Básica de Saúde) Bom Retiro (região central), por exemplo, há claritromicina, um antibiótico, válida somente até o fim deste mês.

Na UBS Vila Alpina (zona leste), o clonazepan gotas e o espironocactona 100 mg também vencem em junho.

Na zona norte, a UBS Vila Palmeiras tem espironolactona de 100 mg que vence em julho.

Na farmácia do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Pirituba, também na zona norte, o fenobarbital vence em junho, o clonazepam, em agosto, o diazepam, em setembro, e a carbamazepina, em outubro.

Todos são remédios usados por pacientes com algum distúrbio ou doença mental.

Resposta

O coordenador do programa Remédio Rápido, Joel Formiga, responsável por receber as doações, diz que a gestão atual recebeu os estoques vazios e que, por isso, os medicamentos doados foram distribuídos rapidamente, antes do vencimento.

"A decisão foi acertada, em uma situação extrema, porque conseguimos abastecer a rede", diz.

Ele ressalta que os remédios estão dentro da validade.

Segundo Formiga, empresas não ganharam dinheiro.

"Não quer dizer que, ao doar, elas economizaram R$ 65,7 mi em impostos. Sem o decreto [que tira a cobrança de impostos sobre doações], teriam que fazer a doação e ainda pagar impostos sobre o que foi doado", diz.

Para ele, a falta atual de remédio é pontual.

"A pessoa encontra 9 em 10 remédios procurados. O que falta tem em outra unidade."

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