ESPCA em Engenharia Reversa de Alimentos Processados tem 100 vagas

28 de abril de 2017

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Estão abertas, até 15 de maio de 2017, as inscrições para a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Engenharia Reversa de Alimentos Processados. O curso será realizado entre 25 de setembro e 4 de outubro na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas.

O evento, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), oferece 100 vagas para alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores das áreas de Ciência, Tecnologia e Engenharia de Alimentos, Nutrição e Bioquímica da Nutrição, sendo 50 delas para brasileiros e 50 para estrangeiros.

Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios oferecidos são passagens aéreas e diárias na cidade que sediará a escola.

O curso tem por objetivo abordar considerações epidemiológicas e os prós e contras de alimentos processados, além de dar fundamentos para a concepção e o desenvolvimento de alimentos processados tendo como principal função a promoção da saúde no longo prazo.

“É um assunto muito em voga hoje em dia. Tem-se falado mal de alimentos processados. Nossa ideia é mostrar como processar o alimento conhecendo aspectos epidemiológicos e de processos, de maneira que ele possa inclusive ser usado para tratar doenças crônicas”, disse Miriam Dupas Hubinger, professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e organizadora do evento.

Hubinger explica que, para isso, o curso começa abordando bioquímica nutricional, microbioma e depois foca em processos. “Vamos tratar sobre como o uso de processos da indústria de alimentos contribui para formular alimentos que sejam mais saudáveis para a população em geral”, disse.

Além de palestras com pesquisadores renomados do Brasil, Dinamarca, Portugal, Estados Unidos e Nova Zelândia, haverá demonstração dos sistemas TIM/SHIME (simuladores gastrointestinais) para a metabolômica e geração de dados para a caracterização da microbiota.

Com isso, engenheiros de alimentos e jovens pesquisadores poderão conhecer novos métodos biomoleculares e sistemas que simulam o intestino humano para resolver mais efetivamente problemas clássicos na busca por ingredientes, aditivos e protocolos de processos mais seguros e duradouros.

Serão discutidas também estratégias de processamento para minimizar inconvenientes e aumentar os benefícios de alimentos processados, bem como novas estratégias para aumentar a saciedade e melhorar a biodisponibilidade nutricional.

Haverá ainda palestra sobre neurociência e a análise sobre os motivos que levam as pessoas a gostar tanto de alimentos doces.

Inscrições e mais informações: www.espca.extensao.fea.unicamp.br.

0 respostas

Deixe uma resposta

Quer participar da discussão?
Fique a vontade para contribuir!

Deixe uma resposta