Mercado de galpões logísticos mostra recuperação da economia, de acordo com análise da Buildings

Estoque logístico teve queda na taxa de vacância e aumento de absorção líquida. Atenta ao cenário promissor, Buildings cria nova ferramenta de classificação para análise desse segmento imobiliário.

O mercado brasileiro de condomínios de galpões logísticos é relativamente novo, mas cresceu de uma forma notável nos últimos anos, não somente em tamanho, mas também em qualidade. Por esse motivo, uma nova classificação de análise desse estoque é importante, o que fez a Buildings Pesquisa Imobiliária lançar recentemente uma ferramenta própria de monitoria específica para o segmento.

Em 2010, o mercado nacional contava com 7.431.122 m² em condomínios de galpões logísticos. Hoje, segundo os resultados da pesquisa Buildings do terceiro trimestre de 2017, já são 19.559.259 m², ou seja, em sete anos o mercado cresceu acima de 163%.

A maior parte do estoque nacional é composta por empreendimentos de boa qualidade – 71% de todo mercado são compostos por espaços do tipo A, AA e AAA. Esse estoque total continua bem concentrado na Região Sudeste, que detém pouco mais de 15 milhões de m². E apenas o estado de São Paulo possui 287 condomínios logísticos, totalizando 11,6 milhões de m². Deste total, 74% são compostos por empreendimentos classe A (A, AA e AAA), sendo que a maior parte é composta por triple A.

Considerando apenas este estoque Classe A do estado de São Paulo, os resultados da pesquisa do terceiro trimestre de 2017 demostram que a vacância caiu, enquanto a absorção líquida foi boa, chegando a 269,648 mil m². “Não se trata de um recorde, mas frete ao cenário econômico é um número bem positivo”, diz Fernando Didziakas, diretor de negócios da Buildings.

Em relação à atividade construtiva, embora ainda esteja em queda, apresentou pouco menos de 400 mil m² no terceiro trimestre. Não se trata de um número baixo, se considerado que o mercado está com vacância perto dos 28%. Em contrapartida, existem 2,3 milhões de m² em projetos que aguardam a melhora do mercado.

Nova classificação — A classificação da Buildings leva diversos pontos em consideração, como a altura do pé-direito, a capacidade do piso, a quantidade de docas por metro quadrado, entre outros fatores, como a existência de pátio de manobras, de vagas de espera e de certificação ambiental. E por meio da nova funcionalidade do sistema CRE Tool da Buildings, o módulo Empresas, a análise de mercado fica ainda mais detalhada, levando a novos resultados.

Entre outras vantagens da classificação, como comparativo de preços pedidos e a identificação das maiores absorções recentes, está a análise detalhada de proprietários e locatários, o que permite identificar setores da economia que estão em crescimento. Entre os cinco maiores proprietários identificados estão GLP, Hines do Brasil, Prologis, LOG e Marabraz. E os “top 5” locatários são Unilever Brasil, Grupo Pão de Açúcar, AGV Logística, Lojas Americanas e DHL.

“A classificação industrial é muito importante para entender e acompanhar o comportamento de cada tipo de ativo, de acordo com suas especificações técnicas, podendo-se comparar condomínios com as mesmas qualidades”, afirma Fernando Didziakas, diretor comercial da Buildings.

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