Rede Hirota entra na disputa dos minimercados

Entre 2017 e 2021, a empresa planeja abrir 80 unidades no modelo "Express”

A rede de supermercados Hirota, com R$ 320 milhões em receita bruta em 2016, está entrando no mercado de loja de vizinhança, com unidades de até 300 metros quadrados. É o primeiro movimento de mudança de foco, 45 anos depois da criação da rede.

A decisão reforça a mudança que o setor de supermercados têm enfrentado no País, com parte das cadeias focando investimento em minimercados e atacadistas, numa busca por formatos que ainda possam gerar algum ganho de escala.

A empresa opera supermercados com dois mil metros quadrados, em média. Nos últimos meses, começou a testar minimercados na cidade de São Paulo, um deles na Avenida Paulista.

Entre 2017 e 2021, a empresa planeja abrir 80 unidades no modelo "express" – 20 neste ano e 15 entre 2018 e 2021. Ao fim desse período, a ideia é que pouco menos da metade do valor em vendas venha dos minimercados, chamados de "Hirota Food Express".

Neste mesmo intervalo de cinco anos a expectativa é que sejam inauguradas cinco lojas de supermercados tradicionais. Hoje, a empresa tem 15 supermercados com dois mil metros quadrados, em média, e cinco unidades "express".

As unidades menores têm margens de lucro mais baixas que as lojas tradicionais e precisam de alto fluxo de clientes para que consigam pagar o custo imobiliário e ser rentáveis, destacam analistas.

Os pontos inaugurados pelo Hirota serão alugados. A previsão é de um investimento entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões nesses cinco anos para todas as aberturas, que devem ocorrer na capital paulista. Boa parte dos recursos é de banco privado, o Itaú, por meio de linhas de financiamento.

A hipótese de uma negociação com fundos de investimentos – que entrariam como sócios minoritários – para intensificar esse projeto foi descartada. Entre os gestores da cadeia ligados à família estão Francisco Hirota, presidente, e Roberto Hirota, diretor de operações.

"Há interesse dos fundos, mas não da família. Não que a ideia de uma sociedade esteja descartada, mas os sócios preferem que o negócio ganhe um peso maior antes de cogitar uma negociação de venda de participação", disse Hélio Freddi Filho, gerente-geral do Hirota Food Express.

A empresa prevê receita bruta de R$ 400 milhões em 2017, versus R$ 320 milhões em 2016. Em 2015, foram R$ 290 milhões. Em cinco anos, a varejista espera atingir receita bruta de R$ 1 bilhão.

Fonte: Valor Econômico

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