SBP alerta para risco de desabastecimento de Palivizumabe e pede à Anvisa celeridade na liberação do medicamento

04/05/2018 às 17h53

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) encaminhou nesta semana um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expressando sua preocupação com o desabastecimento da substância Palivizumabe em diversas unidades hospitalares privadas do País. Utilizado para profilaxia em bebês prematuros, cardiopatas e com doença pulmonar crônica, o medicamento atua na imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente de agravos respiratórios em vias aéreas inferiores, como bronquiolites e pneumonias.

No documento, a SBP solicita celeridade na liberação dos lotes disponíveis do produto – que aguardam apenas decisão da Agência para serem distribuídos aos centros médicos –, e enfatiza a necessidade de realizar a prevenção de maneira oportuna, precedendo a circulação do vírus, para garantir a efetividade da medida.

De acordo com o presidente do Departamento Científico de imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, o Palivizumabe é especialmente indicado para evitar as formas graves de infecção causadas pelo VSR. “Estamos justamente no período de sazonalidade do vírus. A falta do medicamento nesse momento pode desencadear um aumento no número de hospitalizações de lactentes jovens em todo o Brasil, inclusive ocasionando óbitos evitáveis”, explica o especialista.

Desde janeiro de 2018, a profilaxia com Palivizumabe consta na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), tabela que reúne os procedimentos e eventos custeados pelas operadoras de planos de saúde. A incorporação do medicamento foi protagonizada pela SBP, que conduziu as negociações do pleito junto a Agência Nacional de Saúde (ANS). Pelo SUS, o medicamento está disponível desde 2013, regulado pela Portaria nº 522, do Ministério da Saúde.

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