Sem recursos federais, 5 Farmácias Populares devem fechar na região

Cinco das seis Farmácias Populares existentes no Alto Tietê devem fechar as portas neste ano. A medida vai de encontro com a decisão do Ministério da Saúde de cortar o financiamento do programa que oferece medicamentos gratuitos e a baixo custo para a população. Em Suzano, terá o atendimento encerrado a unidade de Palmeiras, que segundo a Prefeitura, atende três pacientes por hora. Já a do Centro deve ter a gestão assumida pela administração municipal. Em Itaquaquecetuba, cidade que também conta com duas unidades, a Prefeitura aguarda mais orientações do Ministério.
No Alto Tietê, além de Suzano e Itaquá, também possuem Farmácias Populares Ferraz de Vasconcelos e Poá, a reportagem procurou ambas as cidades para falar sobre o fechamento das unidades, mas até o fechamento desta edição elas não se posicionaram. O Ministério da Saúde disse que vai ampliar em R$ 100 milhões o recurso destinado a compra de medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica em todo o País. “Estes fármacos são destinados às doenças mais prevalentes e prioritárias da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e são adquiridos com contrapartida financeira estadual e municipal”, completa.
O Ministério ressalta ainda que a decisão de realocar os recursos, que antes eram destinados às unidades próprias do Programa Farmácia Popular, partiu da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), formada por membros do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e membros do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Antes, segundo a pasta federal, o custo administrativo para a manutenção das farmácias da rede própria chegava a 80% do orçamento do programa, que é de quase R$ 100 milhões por ano, e apenas cerca de R$ 18 milhões, de fato, estavam sendo utilizados na compra e distribuição de medicamentos. “E este valor também será enviado para as prefeituras. Além disso, o gestor local pode avaliar a manutenção do serviço das unidades próprias com recursos próprios ou transferidos”, completa.
Desta forma, com o fechamento das unidades de todo o País, caso as prefeituras queiram, poderão fazer a gestão das farmácias. Além disso, as cidades também contam com as unidades que comercializam remédios da Farmácia Popular.
As credenciadas por sua vez oferecem uma gama menor de medicamentos a baixo custo. No entanto, para se ter uma ideia, na região 106 farmácias atuam com a venda destes remédios.

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