Supermercado é interditado após apreensão de mais de 2 toneladas de alimentos, em Goiânia

Dono do estabelecimento é autuado pela Decon por comercializar produtos impróprios para consumo. Procon relata itens vencidos, formigas e suspeitas de ratos no local.

Por Vanessa Martins, G1 GO

15/05/2017 16h34

A Vigilância Sanitária de Goiânia interditou o Supermercado Vieira após apreensão de quase 2,4 toneladas de alimentos impróprios para o consumo no local, nesta segunda-feira (15). A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás) encontrou carnes, pães e leites armazenados de forma imprópria além de vários produtos vencidos.

O dono do estabelecimento, que não teve a identidade divulgada, foi autuado por comercializar produtos impróprios para o consumo na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Godinho, informou que a pena varia ente 2 e 5 anos de prisão, no entanto, foi arbitrada fiança de R$2.811. O valor foi pago e ele responde ao processo em liberdade.

Procurado pelo G1, o advogado do empresário, Artêmio Picanço, afirmou que todos os produtos apreendidos têm nota fiscal e estão aptos para o consumo. Ele alega ainda que a fiscalização não deu oportunidade ao Supermercado de realizar perícia em laboratório credenciado para provar que os alimentos poderiam ser consumidos.

Apreensão

O gerente de fiscalização do Procon Goiás, Marcos Rosa, explicou que uma denúncia anônima foi feita por um cliente do estabelecimento, que informou que havia produtos vencidos nas prateleiras. Fiscais do órgão fizeram um monitoramento do local e, durante operação, encontraram mais problemas.

“Nos surpreendeu porque, ao chegar ao estabelecimento, na área principal, aparentemente estava dentro das normalidades. Quando adentramos área de estoque e panificadora nos deparamos com várias irregularidades. Produtos usados para fabricação de pães em contato direto com o chão, formigas, vestígios da presença de ratos, além de carnes sem informação da procedência, validade ou fabricação”, destacou.

Ainda segundo Rosa, o estabelecimento pode pagar multa que varia entre R$ 596 até R$ 8 milhões, dependendo do porte econômico da empresa, da gravidade da situação, que nesse caso foi considerado gravíssimo pelo Procon por envolver produtos alimentícios, e se o estabelecimento é reincidente ou não.

Interdição

A coordenadora de fiscalização de alimentos da Vigilância, Tânia Agostinho, explicou que o estabelecimento foi fechado por tempo indeterminado. “A estrutura física do local não comporta a atividade. Muitos produtos fora da temperatura adequada, equipamentos se higiene, fora da conformidade, sem sanitários apropriados, venenos para ratos e até produtos com ácaro”, detalhou.

O órgão fez um pedido ao estabelecimento de que apresente e realize um novo projeto arquitetônico com detalhes sobre fluxo de pessoas, colocação dos produtos e outros detalhes. Segundo Tânia, após a execução do planejamento, deve ser feita nova análise no local, se for aprovado, pode ser reaberto.

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