Supermercados aumentam projeção de vendas reais para 1,5% em 2017

Em junho, o avanço real foi de 2,71%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior

A melhora do desempenho no fim do primeiro semestre levou a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) a revisar a previsão de crescimento real do setor de 1,3% para 1,5% em 2017 (deflacionado pelo IPCA/IBGE), informou ontem a entidade. Se atingir essa faixa, o aumento ficará próximo ao verificado no ano passado, quando o mercado cresceu 1,58%.

A liberação do saldo das contas inativas do FGTS, a queda na inflação, que pode disponibilizar uma renda maior para consumo, e o fato de o mercado de trabalho ter registrado leve melhora justificam a mudança, diz a entidade.

"Chegamos a considerar um cenário mais otimista, com aumento de 1,8%, mas o fim dos repasses do FGTS e incertezas envolvendo esse cenário político, que tornam mais difícil determinadas previsões, nos levaram a preferir uma posição mais cautelosa", disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.

Ontem (27/07), a associação informou que as vendas do setor em valor tiveram crescimento real de 2,71% em junho sobre mesmo mês do ano anterior. Em comparação a maio, a elevação é de 0,59% (deflacionado pelo IPCA/IBGE).

De janeiro a junho, as vendas apresentaram expansão real de 0,95% em cima de uma estabilidade no mesmo intervalo de 2016, quando a alta foi de 0,07%.
Apesar do maior otimismo da Abras, a consultoria Nielsen informou que o volume vendido no varejo alimentar no país (incluindo supermercados, hipermercados e atacado) não cresceu de janeiro a junho sobre o ano anterior – houve leve queda de 0,2%. Mas o desempenho é visto como positivo, porque indica uma interrupção no processo de queda mais forte.

Sanzovo Neto disse que sinais iniciais mostram que a demanda nas lojas em julho se manteve em crescimento em relação ao ano passado e indicam estabilidade em comparação a junho. A entidade ainda não tem prévia de dados relativos a este mês.

Dados publicados pela Abras, com base numa pesquisa da Nielsen, mostram que de, janeiro a junho, o atacado foi o único segmento com expansão no volume vendido, com alta de 5%. As lojas de vizinhança (que têm de um a dois caixas) apuraram queda de 1,6%; os supermercados, redução de 1,4%; e os hipermercados, queda de 10%.

Fonte: Valor Online

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