Cerveja artesanal será lançada no Projeto Tamar

24 de maio de 201724 de maio de 2017 Ray Santos

Batizada de “Tartaruga de Pente”, bebida vai ser apresenta neste sábado na Praia do Forte

A Tartaruga de Pente receberá uma homenagem especial neste sábado, dia 27. Será lançada no Restaurante do Tamar, localizado no Projeto Tamar Praia do Forte, uma cerveja artesanal que terá o nome da espécie ameaçada de extinção. O evento, que tem entrada gratuita, também contará com o som de Marcos Clement, a partir das 20 horas, que convidou Du Txai e Jô Estrada para participar da Serenata do Tamar.

Na noite, a Cia de Brassagem Brasil, responsável pelo lançamento, fará uma breve apresentação sobre a cervejaria e seu conceito, além de uma degustação guiada com os convidados e indicações de harmonização. A “Tartaruga de Pente” é uma Belgian Blond Ale intensa, refrescante e agradável pela presença de notas cítricas reforçadas pela suave utilização de semente de coentro em sua formulação. Na noite também será lançada a “Onça-Pintada”, uma Session Ipa que demonstra sua força através de seus sabores e aromas de frutas amarelas e um cítrico proeminente do lúpulo Sorachi Ace.

Apresentação musical – Marcos Clement apresentará um repertório que mescla clássicos de Raul Seixas e canções autorais que estarão no seu primeiro CD a ser lançado este ano. A noite ainda contará com os convidados Du Txai e Jô Estrada. O som vai ser acústico com três violões. Marcos Clement interpreta Raul desde 2002, e já se apresentou no Parque da Cidade, Praça Municipal e Pelourinho. É considerado um dos melhores intérpretes da obra do roqueiro na atualidade.

Serenata do Tamar – Todos os sábados, a partir das 20h, o Projeto Tamar Praia do Forte proporciona uma noite à beira-mar, com o melhor da cozinha local e música de qualidade. A cada semana, uma atração musical se apresenta em tom aconchegante e intimista, em um ambiente ideal para estar com a família e amigos. Música, ciência e gastronomia para a conservação das tartarugas marinhas.
Serviço

Marcos Clement faz serenata no Projeto Tamar

Local: Projeto Tamar Praia do Forte, Mata de São João, Bahia, Brasil.

Veja localização aqui: http://bit.ly/2cbBiv8

Data e horário: 27 de maio, às 20h00.

ac | Laboratório de Notícias

Em seis estilos, amigos fabricam dentro de bar uma cerveja que é a cara de MS

Ipê e toca da onça viraram chope em bar onde cliente toma cerveja do tanque
Paula Maciulevicius

Uma ideia que levou três anos para sair do papel. Entre o gostar de cerveja artesanal e o servir, houve muito estudo, pesquisa e produção. Três amigos começaram o rascunho do projeto que na quinta-feira abre as portas em Campo Grande, num boteco. Regina é engenheira de alimentos e quem assina a produção ao lado do casal de advogados Fabiana e Hipólito Lima. 

"Sabe aquele livro 1001 cervejas para beber antes de morrer? A gente já tomou 1002", brinca o sócio-proprietário Hipólito Lima. Desde 2014 ele, a esposa Fabiana e a amiga Regina começaram a viajar o país, visitar fornecedores e estudar cases de sucesso e também de fracasso.

"A gente tinha uma grande paixão por cerveja e procurou fazer dela um negócio.  Queremos servir as pessoas levando um alimento de qualidade que permita experiências gastronômicas diferentes", explica Hipólito.

Sócios Regina e Hipólito e o sommelier de cerveja Filipe montaram cardápio harmonizando bebidas e comidas.

A cervejaria juntou bar e fábrica num mesmo espaço, na Rua Alagoas. Das cadeiras na parte de dentro se vê oito tanques que totalizam os 16 mil litros que eles conseguem produzir. Por enquanto, são seis estilos ligados na chopeira que levam nomes regionais e dão a cara de Mato Grosso do Sul.

Rótulos – A weiss se chama "Piracema"; a belgian blond, "Toca da onça"; a american premium lager, "Ipê"; a american IPA, "Boiadeira"; a irish red ale, "Canta galo"; e a dry stout, "Sara-cura".

"A gente não segue uma escola específica, tentamos mesclar estilos diferentes até para satisfazer o público em geral", explica Regina Nuruki. As receitas das cervejas foram desenvolvidas pelo mestre cervejeiro Evandro Zanini.

O nome da cervejaria também é uma homenagem a Campo Grande. "Prosa porque a fundação da cidade se deu às margens do córrego e porque remete a uma conversa entre amigos aberta, informal, bem ao estilo de vida do sul-mato-grossense", descreve Hipólito. 

A ideia de deixar os tanques de produção à mostra foi para que os clientes vejam como é feito todo processo e quais equipamentos fazem a cerveja chegar até o copo. "Nossa torre trave tem seis saídas e duas dessas torneiras podem conectar direto de qualquer um destes tanques. Temos estrutura para isso", explicam os sócios. 

Cada estilo pede um copo diferente na hora de servir, mas os tamanhos variam de 300 ml até 600 ml e os preços vão de R$ 12 a R$ 17. Valores que concorrem no mercado de cerveja artesanal. O cliente também pode provar cada estilo na tábua de degustação, em que seis copinhos de 120 ml vão mostrar como é cada cerveja. Além de poder abastecer o growler – recipiente de vidro ou cerâmica que mantém temperatura e sabor da bebida para consumir depois.

As portas são daquelas de armazém e as paredes, mais escuras. A iluminação indireta dá o tom de aconchego e refúgio para um final de dia. A parte externa é dividida entre o pergolado na lateral e a fachada, que conta com 4m de recuo para mesas e cadeiras em frente ao bar.

No cardápio, virão as indicações de harmonização de cervejas e comidas, montado pelos sócios e pelo publicitário e sommelier de cerveja, Filipi Minatel. Entre porções, serão mais de 20, desde carne seca com mandioca, pastéis, linguiça sertaneja, tapioca e bolinhos até os sete pratos que compõe o menu com risoto, bacalhau e cortes de carne.

Fábrica – A cervejaria ainda quer abrir para visitação todo o seu processo em horários específicos. Acima do bar, uma arte explica de forma bem simples como é feita a cerveja artesanal.

"Começa na trituração dos grãos, a segunda etapa já é a mistura, na qual se faz a extração do carboidrato do malte e depois vem a filtração, que separa ele que está em forma de caldo do bagaço. A parte da fervura é no terceiro tanque, que ferve o mosto e faz adição do lúpulo, que é o que dá amargor à cerveja. Depois de ferver, temos o resfriamento do mosto, depois o trocador de calor e vai para o tanque fermentador, que é a parte em que se evidenciam todos os aromas e sabores. Fermentado, ocorre o processo de maturação. A cerveja será filtrada e então vai direto para a torre da chopeira ou envase", resume Regina.

A cervejaria abre as portas nesta quinta-feira, dia 25, na Rua Alagoas, 901. O horário de funcionamento é de quarta a sexta, das 17h à meia-noite, aos sábados a partir das 10h30 e aos domingos, das 10h30h até as 15h.

Procura por alimentos orgânicos é cada vez maior

Escrito por Siméia Casati

Os alimentos orgânicos beneficiam a saúde, o meio ambiente e proporcionam justiça social

Pesquisa desenvolvida no Campus Sorocaba da UFSCar mostrou que 92% dos consumidores brasileiros estão dispostos a comprar alimentos orgânicos. Entre os principais motivos para a mudança de hábito estão a valorização da saúde e do meio ambiente. Os números mostraram também que dos 8% que não estão dispostos a comprar tais alimentos, 63% comprariam se esses produtos fossem mais baratos. 

O setor de alimentos orgânicos vem crescendo no mundo todo, em 2014 movimentou mais de US$ 80 bilhões. A grande procura por esses alimentos é motivada por serem produtos produzidos sem insumos químicos, o que preserva a saúde e o ecossistema local. 

A Engenheira Agrônoma Juliana Smith, em entrevista ao Primeira Página, apontou alguns motivos para o consumo de produtos orgânicos. Em primeiro lugar está a saúde, já que esses alimentos são livres de resíduos de agrotóxicos, portanto são seguros à saúde. O meio ambiente também se beneficia, pois são sustentáveis, têm baixíssimo impacto ambiental porque conservam os recursos naturais de forma direta e indireta. No campo, não são lançados resíduos de agrotóxicos ou de adubos químicos potencialmente poluentes, além de ser uma agricultura diversificada que favorece à ecologia local como um todo. Indiretamente, não utilizando agrotóxicos e adubos industriais, cuja produção é altamente poluente, degradante e insustentável, ajuda a preservar a natureza em geral, não só localmente. Juliana destaca ainda como benefício a questão da justiça social, pois a certificação exige que os trabalhadores tenham boas condições de trabalho, direitos garantidos e acesso a serviços básicos. O produtor também tem maior qualidade de vida por não lidar com produtos tóxicos e por receber valores mais justos pela sua produção.

Para a engenheira, consumir orgânicos não é só uma questão da saúde pessoal, é uma questão de responsabilidade ambiental e social. Indagada sobre a cultura da alimentação orgânica na cidade de São Carlos, Juliana acredita que por ser uma cidade rica em conhecimento, há muitas pessoas conscientes do que significa consumir orgânicos e, por isso, a grande procura. Mas o mercado ainda tem muito campo para crescer.

Custo dos alimentos orgânicos – Juliana afirma que, em geral, os orgânicos são realmente mais caros que os convencionais. No entanto, esta diferença de preços vem diminuindo ao longo do tempo. Para dar um exemplo, no momento, o morango orgânico está com o mesmo preço do convencional! Essa diferença tem diversas razões diferentes:

– oferta x demanda – a oferta de alimentos orgânicos ainda é muito pequena em relação à demanda que existe; são poucos produtores, pouca disponibilidade, pouca concorrência, e muitas pessoas interessadas em consumir;

– escala de produção – existem, sim, grandes produtores de orgânicos como a Native, Volkmann, etc., mas a grande maioria da produção é proveniente de agricultura familiar em pequena escala, por vezes produtores isolados ou organizados em grupos pequenos. Isso faz com que alguns custos, como frete principalmente, ou mesmo embalagens, mão de obra, etc. se tornem proporcionalmente mais altos devido à pequena escala de produção;

– certificação – os custos de certificação são bastante altos! Quem vende direto ao consumidor em feiras ou para órgãos públicos, tem possibilidade de obter uma certificação gratuita, no entanto, quem comercializa seus produtos para lojas, supermercados, restaurantes, etc., tem obrigatoriamente que pagar pela certificação, e ela é um custo muito representativo para o produtor.

Custo de produção – Os custos de produção em alguns casos podem ser maiores que na agricultura convencional, principalmente nos primeiros anos do sistema orgânico – isso porque o ambiente, que compreende o solo, as plantas e todos os seres vivos que ali convivem, demoram para atingir um equilíbrio. Enquanto este equilíbrio não é atingido, a produtividade é menor e a incidência de pragas e doenças é maior, então consequentemente o custo de produção é mais alto. Mas depois que o sistema se equilibra, a tendência é que o custo de produção se torne menor que do convencional.

Comércio justo – Os preços que os produtores orgânicos recebem pelos seus produtos são muito mais justos que na agricultura convencional. Não é raro vermos reportagens mostrando produtores convencionais largando suas produções no campo, ou queimando, deixando de colher, porque o preço pago pelo mercado não está compensando os custos de produção e colheita. Isso é muito cruel com o agricultor! No sistema orgânico os preços são bastante estáveis.

Temendo boicote, varejo busca produtos alternativos à JBS

Supermercados pedem que concorrentes aumentem a produção

Consumidora observa produtos em supermercado de São Paulo: redes devem exigir preço menor em negociação com JBS após impacto da delação de Joesley – Victor Moriyama / Bloomberg

por Bruno Rosa
25/05/2017 4:30

RIO – As principais redes de varejo do país já iniciaram uma espécie de alerta na indústria de alimentos em razão da crise da JBS e buscam, entre os concorrentes da empresa, produtos alternativos para repor as gôndolas. A avaliação é que a crise do grupo — deflagrada depois que a delação de Joesley Batista envolveu o presidente Michel Temer — pode ter impacto na percepção dos consumidores. De acordo com executivos dos principais supermercados, os concorrentes da companhia já foram avisados para aumentar a produção. O medo é que o boicote às marcas do frigorífico — como Friboi, Seara e Vigor, entre outras — aumente e se reflita nas vendas dos varejistas.

Gerente geral da Nestlé Araras, oficializa investimento milionário na unidade

Centro de Tecnologia e Qualidade sai de São Paulo e vem para Araras

O gerente geral da fábrica da Nestlé em Araras, Donir Costa, anunciou hoje, pela manhã, o investimento de R$48 milhões de reais, na unidade da Cidade. Conforme fora antecipado pelo prefeito Pedrinho Eliseu, Donir oficializou essa injeção de recursos diante da imprensa local.

O investimento, será na implantação do Centro de Tecnologia e Qualidade, permitindo que a empresa consolide sua estratégia de controle e qualidade na segurança alimentar dos seus produtos. A mudança de São Paulo para a nova sede em Araras, vai gerar 45 novos postos de trabalho para mestres e doutores em diversas áreas, além de garantir aos jovens estudantes a oportunidade ao primeiro emprego.

O gerente geral do Centro de Tecnologia Analítica da Nestlé Brasil, Fred Politi, ressalta que o laboratório, que será implantado em araras, será o mais moderno da rede e atenderá não só a Nestlé Brasil, mas também as unidades do exterior.

Secom/PMA

Fabricante da Dolly reabre fábrica e diz que foi vítima de fraude

O escritório de contabilidade está sendo investigado por ter desviado R$ 100 milhões destinados ao pagamento de impostos
Por Karin Salomão
24 maio 2017, 17h21

São Paulo – A Ragi Refrigerantes, fabricante da marca Dolly, reabriu sua fábrica depois de ter sido proibida de funcionar por conta de sonegação de impostos. Ela afirmou ser vítima do seu escritório de contabilidade, que agora é investigado pelo Ministério Público e a Polícia Federal.

A empresa é alvo da Operação Clone, da Secretaria da Fazenda de São Paulo. Ela tem dívidas de R$ 2 bilhões no ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) e estaria operando irregularmente, sem a devida inscrição estadual. Nos últimos anos, a companhia teve sua inscrição estadual cassada pelo Fisco.

Ela teria sido notificada pela Secretaria da Fazenda para prestar esclarecimentos, mas nunca respondeu. Segundo ela, o email para notificações de pendências era do próprio escritório de contabilidade e, por isso, ela não teria conhecimento das dívidas e desvios.

No último dia 19, os agentes da Secretaria investigaram seis instalações da companhia: três em Diadema, uma em Tatuí e em dois escritórios na capital paulista. Na ocasião, impediram a fábrica de Diadema de continuar funcionando.

Desde então, os executivos da Dolly firmaram um acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo a fim de quitar os tributos estaduais pendentes. As dívidas decorrentes da fraude continuarão a ser discutidas. Na segunda-feira, 22, a fábrica de Diadema voltou a operar normalmente, informou a Ragi Refrigerantes.

O escritório de contabilidade está sendo investigado por ter desviado R$ 100 milhões destinados ao pagamento de impostos, de acordo com a companhia.

O escritório, Raucci E Domingues Assessoria Contábil, também seria responsável por pagamentos de acordos trabalhistas. Segundo a empresa, o escritório pedia pagamentos para fechar acordos trabalhistas, que haviam sido arquivados pela Justiça do Trabalho, para depois embolsar a quantia. Mais de R$ 2,3 milhões teriam sido desviados dessa forma, diz a empresa.

Segunda fase de operação mira farmácia que desviava remédio público

PF, CGU e MPF desencadearam segunda fase da operação que teve início no dia 15 de junho do ano passado, que constatou desvio de R$ 520 mil em remédios

Renata Volpe Haddad

Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União e MPF (Ministério Público Federal), deflagram nesta quarta-feira (24), a segunda fase da Operação Tarja Preta, que investiga desvio de remédios de farmácia pública, em Naviraí, distante 366 km de Campo Grande.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em uma farmácia e na residência de indivíduo suspeito de participação direta na Organização Criminosa. O homem não teve o nome divulgado.

A primeira fase da operação foi desencadeada no dia 15 de junho do ano passado e constatou o desvio de R$ 520 mil, como "perdas" de remédios, para dissimular o esquema de desfalque. As investigações começaram em 2015 e dizem respeito a gestão municipal que comandou Naviraí entre 2013 e 2016.

Hoje, os policiais querem encontrar outros documentos que comprovem as provas já levantadas na investigação sobre o esquema e possivelmente descobrir outras fraudes realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde.

Primeira fase – Investigações apuraram que em apenas um ano, o grupo desviou dos cofres públicos mais de R$ 500 mil.

No total, 90 policiais federais, com apoio de nove servidores da CGU (Controladoria Geral da União), cumpriram 17 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de condução coercitiva e dois de sequestro de bens de investigados.

Conforme a Polícia Federal, as investigações começaram após a constatação da existência de um grupo ligado ao prefeito de Naviraí com fornecimento direcionado de medicamentos, em prejuízo a população carente.

O relatório da CGU constatou ainda prejuízos aos cofres públicos e a existência de pessoas beneficiadas pela distribuição de medicamentos e o uso político na farmácia, que através de funcionários públicos, desviavam remédios.

A quadrilha se especializou em desvio de medicamentos e fez outros gastos com a aplicação de recursos federais repassados pelo Ministério da Saúde na aquisição de de medicamentos do Programa de Atenção Básica em Saúde. A operação desencadeada pela PF também conta com o apoio do Ministério Público Federal.

Presas proprietária e gerente de farmácias em Novo Hamburgo e São Leopoldo por venda e armazenamento de medicamentos sem procedência

Letícia Castro 24/05/2017

Na manhã dessa quarta-feira (24) foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão em duas residências, além da fiscalização de duas farmácias nos municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo. Policiais Civis da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor), Saúde Pública e Propriedade Imaterial, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), atuaran em ação conjunta com o Conselho Regional de Farmácia.

As diligências policiais ocorreram após denúncias sobre a venda e armazenamento de medicamentos sem procedência nesses locais. Os agentes públicos constataram diversas irregularidades, sendo localizados e apreendidos variados tipos de medicamentos para uso exclusivo e restrito à apresentação de receituário médico, tarjas vermelha e preta, todos sem procedência lícita comprovada.

De acordo com o delegado Liedtke, titular da Especializada, alguns dos medicamentos sem procedência apreendidos eram de venda estritamente controlada, cuja comercialização é vinculada à retenção de receituário médico.

Segundo o diretor de Investigações do Deic, delegado Sander Cajal, a venda desses medicamentos sem a apresentação da necessária prescrição médica ocasiona sérios riscos a saúde desses consumidores, em especial, a utilização de remédios controlados.

As presas foram autuadas na sede da Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor pela prática de crime contra saúde pública e contra as relações de consumo e serão encaminhadas ao sistema carcerário gaúcho.

Farmácias mostram como o associativismo pode vencer a crise

Quarta, 24 Maio 2017 14:12 Escrito por Paulo Ucelli
O ambiente competitivo no Brasil é alvo constante de reclamações dos empresários brasileiros. Mas, observo que muitos desses estão à procura de uma solução mágica de prosperidade, esperando que os governantes diminuam a carga tributária ou proponham uma lei que beneficie seu segmento de atuação, que o dólar desvalorize quando precisar importar alguma matéria-prima ou produto ou que valorize quando precisar exportar, por exemplo. E isso é um problema muito sério.

Divido o mundo empresarial em dois grupos: os empresários que vivem em um constante processo de vitimização, assim, se a empresa não vai bem, a culpa do insucesso é do governo, do mercado, da crise, etc.

Por outro lado, temos os empresários que são protagonistas de seus negócios, buscando dentro das suas competências soluções para os desafios. Vítimas enxergam tudo como problemas, protagonistas enxergam desafios. E isso com certeza faz toda a diferença na vida.

Saídas conjuntas

Mas como encarar os desafios? Para os empresários, sobretudo das pequenas e médias empresas, a saída é buscar se associar a agrupamentos, que podem ser no modelo de franquia, licenciamento de marca ou de associativismo. Independente do formato, sem dúvida nenhuma, a junção de várias empresas em torno de um objetivo comum aumenta a possiblidade de êxito.

Posso afirmar isso, pois estou no movimento associativista há vinte anos, ao longo dos quais já vivenciei e colaborei com o fomento de associações de diversos segmentos. Em todos esses agrupamentos ou redes – como preferir denominar –, a melhoria individual e coletiva dos participantes e suas empresas são visíveis.

Dentre os benefícios está o fato de esses empresários passarem a conviver de uma forma mais efetiva e afetiva entre si, uma vez que eram, até então, concorrentes, o que faz com que sejam mais empreendedores. Outro ponto importante é que essas empresas unem forças para compras em conjunto, possuem ações de marketing compartilhadas e administração profissionalizada, dentre outros aspectos que só são possíveis de realizar de forma coletiva.

Ao participar de uma associação, a empresa se torna mais competitiva. Mas, como nem tudo é perfeito, mesmo no associativismo também temos empresários vítimas e empresários protagonistas, e lidar com essa situação é o maior desafio dos dirigentes das associações empresariais.

Como fazer?

Na posição de presidente da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) trabalho diariamente para que todos sejam protagonistas. Uma das ferramentas que utilizo são os números positivos desses modelos, por isso, dentro da Federação, criei o IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada), que tem por objetivo fazer pesquisas, coordenar estudos e disseminar a educação empresarial aos nossos associados.

Os resultados são muito positivos, como aponta estudo recente que coordenamos para entender como estava o nível de empreendedorismo dos nossos associados. Analisando uma amostragem de 2.264 lojas vinculadas à Febrafar, foi verificado que 31% dessas farmácias apresentaram crescimento acima da média do mercado, 49% ficaram na linha padrão de crescimento e 20% ficaram abaixo da média.

Essa informação foi a base da pesquisa, realizada com o objetivo de identificar os fatores que contribuíram para o crescimento e/ou queda. Os empresários que cresceram igual ou mais que o mercado apontaram, em sua totalidade, que um dos fatores é o aproveitamento da coletividade, ou seja, souberam usar as ferramentas oferecidas pela rede.

Outros elementos para o crescimento foram, por exemplo, a utilização com frequência de todas as ações de marketing oferecidas, a realização de treinamento contínuo de sua equipe e o reconhecimento do poder da coletividade na contribuição para o êxito individual. Assim, esses empresários se tornaram protagonistas.

No entanto, foi observado que os empresários que lideram as empresas que ficaram abaixo do mercado em termos de crescimento, não reconhecem que o motivo é a falta de envolvimento da empresa e do empresário nas ações da rede; preferem culpar o mercado e a crise, não compreendendo que seus pares possuem as mesmas condições competitivas e estão em um processo evolutivo melhor. Eles se fazem de vítima, mas devem ser resgatados.

Ser associativista ou estar em uma associação não garante de forma automática a caminhada para o sucesso, mas todos os empresários que utilizam com competência as ferramentas oferecidas aos seus associados possuem uma chance muito maior de alcançar o sucesso.

Edison Tamascia é empresário do varejo farmacêutico há 40 anos. É presidente da FEBRAFAR (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias), da rede de Drogarias Ultrapopular e da administradora de redes Farmarcas.

Primeiro trimestre positivo vitamina expansão da Panvel

Faturamento do Grupo Dimed cresceu 16,6%, para R$ 580 milhões

Por: Marta Sfredomarta.sfredo@zerohora.com.br

24/05/2017 – 21h00min | Atualizada em 24/05/2017 – 21h00min

Foi tão bom o primeiro trimestre do Grupo Dimed – da Panvel, da distribuidora Dimed e do laboratório Lifar – que vai vitaminar a expansão nacional da empresa gaúcha. O faturamento cresceu 16,6%, para R$ 580 milhões.

Parte desse resultado se deve à abertura de lojas – 34 nos últimos 12 meses. Só nas mesmas unidades existentes em igual período do ano passado, a alta foi de 10,8%.

O lucro líquido cresceu 34%, para R$ 14 milhões de janeiro a março, diz Julio Mottin Neto, presidente do grupo, com diluição de custos e aumento de escala:

– Quando a expansão ocorre sem qualidade, o resultado é mais fraco, mas a estratégia foi consistente.

Em 2018, a Panvel planeja abrir 50 lojas. Depois da estreia na capital paulista em outubro passado, resultados acima da expectativa e oferta imobiliária animaram uma aceleração:

– Antecipamos esse movimento. A intenção era não prospectar nada neste ano, mas apareceram pontos disponíveis e decidimos abrir mais duas ainda em 2017 e planejamos mais 10 no próximo.

Sobre o terremoto com a delação da JBS, Mottin diz não ter "bandido de estimação":

– Vamos sofrer, mas é o fim de um ciclo de Estado grande e complicado, que vendia facilidades, para um modelo mais funcional. O que está faltando é liderança para o Brasil moderno.