Ministério da Saúde autoriza venda e a aplicação de vacinas em farmácias e drogarias para combater doenças imunológicas

Terça, 02 Maio 2017 15:19 Escrito por Fabiano Ferreira
O Ministério da Saúde (MS) aprovou uma norma que regulamenta a venda e aplicação de vacinas em farmácias e drogarias para combater doenças e epidemias imunológicas. A medida surgiu depois que mais de 70% do território nacional se tornou área de risco às doenças como febre amarela e dengue.

A nova lei da vacinação autoriza o serviço – farmácias e drogarias – para prevenção também de outras doenças consideradas imunopreveníveis como tétano, difteria, sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, hepatite a, hepatite b, varicela, gripe, HPV. Para isso, os estabelecimentos deverão estar devidamente licenciados pela Vigilância Sanitária local.

A preocupação para combater possíveis epidemias deixou em alerta algumas regiões do país. Em janeiro deste ano, o MS divulgou que a distribuição de vacinas contra febre amarela, teria um reforço de 11,5 milhões de doses, quantidade que atenderia basicamente todos os municípios vulneráveis às doenças.

Conservação de vacinas

As geladeiras de vacinas lotadas em postos de saúde nunca tiveram tanta notoriedade nos últimos meses. Com inúmeros casos de febre amarela e dengue se espalhando pelo país, traz o alerta aos milhares de pontos de vacinação no Brasil que tem sido um: manter os estoques de vacinas devidamente refrigerados.

De acordo com a coordenadora de marketing da NHS, Debora Skrobot, empresa fabricante de nobreaks que atua neste segmento, para a conservação de vacinas é imprescindível que cada posto de vacinação esteja equipado com refrigeradores em perfeito funcionamento, durante 24 horas por dia, sete dias da semana. “Uma geladeira conectada a um nobreak, vai contribuir para conservação das vacinas e poderá evitar o desperdício de inúmeras doses caso falte energia”, ressalta.

Para a coordenadora, a preocupação é para que não ocorram fatos como aquele onde, cerca de 200 doses de vacinas foram perdidas, depois que uma árvore caiu e rompeu fios da rede elétrica durante um temporal, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná. “Medidas como essa podem inibir os efeitos causados por situações adversas da natureza entre outras como: oscilações da rede e quedas de energia; estas interrupções podem comprometer a eficácia dos medicamentos e vacinas”, finaliza Debora.

Governo abre recadastramento do Aqui Tem Farmácia Popular

02/05/2017 Saúde

O Ministério da Saúde, por meio de nota, informou que todas as farmácias credenciadas no Programa Farmácia Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular precisam fazer a renovação do credenciamento, para o ano de 2017, no período de 02/05/2017 até 31/07/2017.

“Essa informação é muito importante, pois, em função de notícias sobre o fim do Farmácia Popular, estava ocorrendo uma série de questionamentos relacionadas às drogarias participantes do programa Aqui Tem Farmácia Popular. Esse posicionamento do Ministério da Saúde mostra a continuidade desse braço do programa. Mas, é importante que as lojas se apressem a realizar o recadastramento, o prazo é de dois meses”, conta Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar).

Segundo a nota, para realizar o recadastramento, o responsável legal da farmácia ou usuários autorizados deverão acessar o portal no endereço www.caixa.gov.br/farmaciapopular, acessar o Sistema Farmácia Popular – SIFAP com o Número de Identificação Social – NIS e senha do Cartão do Cidadão cadastrada na agência CAIXA e providenciar a atualização do cadastro no referido portal (tanto da matriz quanto da filial, se for o caso), utilizando “Renovar Cadastro” na opção “Credenciamento”.

Quem não possuir o número de identificação necessário ou não está conseguindo acessar o SIFAP, deve se dirigir até a Agência Caixa onde se encontra o cadastro da empresa e rever os procedimentos para acesso.

As farmácias devem ficar atentas para atualização dos dados do cadastro da farmácia, principalmente quanto à validade da Certidão Negativa de Débito – CND (somente da matriz), do Alvará/Licença Sanitária (SES/SMS) e do Certificado de Regularidade Técnica do Farmacêutico responsável (tanto matriz como filiais).

Posteriormente, a farmácia receberá mensagem eletrônica informando sobre a documentação que deverá ser apresentada na Agência Caixa onde se encontram os documentos apresentados anteriormente, quando do primeiro credenciamento e/ou renovações.

Em caso de dúvidas, o contato deverá ser feito pelos telefones 3004-1104, opções 9-2 (capitais) e 0800-7260104, opções 9-2 (demais localidades) ou por intermédio da Agência de relacionamento da empresa.

CRF de Alagoas lança campanha para o Uso Racional de Medicamentos

Medicamentos que lideram o ranking de intoxicação são os benzodiazepínicos, os antigripais, os antidepressivos e os anti-inflamatórios

Ascom / CRF-AL

A decisão de comprar, por conta própria um simples comprimido para dor de cabeça, pode trazer consequências desastrosas. A intoxicação por medicamentos é um dos acidentes mais frequentes, segundo dados da Fundação Fiocruz, seguida por acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza.

De acordo com o último levantamento da Fundação o país registrou 150.361 intoxicações causadas por medicamentos entre 2008 e 2013, seja por acidente, tentativa de suicídio, uso terapêutico ou erro de administração. É com intuito de evitar que a população se automedique, que o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) em parceria com o Conselho Federal de Farmácia lançam a campanha do Uso Racional de Medicamentos.

Alexandre Correia, presidente do CRF/AL, pontua que essa é uma campanha para alertar a população sobre os riscos de se automedicar. De acordo com ele, hoje os medicamentos que lideram o ranking de intoxicação são os benzodiazepínicos, os antigripais, os antidepressivos e os anti-inflamatórios. “A população precisa entender que tem que procurar um profissional capacitado para indicar sobre a ingestão destes medicamentos porque existem muitos riscos, inclusive de retardar o diagnóstico de uma doença grave, por exemplo”, pontuou.

Ele lembra que a população tem a sua disposição o serviço de assistência farmacêutica gratuito para receber as orientações necessárias já que a automedicação é perigosa e pode até matar. O presidente ressalta que entre os riscos da automedicação estão intoxicação, alergias, interações medicamentosas, resultados menos eficazes, efeitos indesejáveis e outros. “O que foi bom para o seu vizinho ou para o seu amigo, não significa que será bom para você. Sete entre dez brasileiros costumam ingerir remédios sem orientação médica, confiando antes na própria avaliação ou na opinião de parentes e amigos e isso não pode acontecer”, alertou.

O que é o Uso Racional de Medicamentos?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde o uso racional de medicamentos é quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.

Farmacêuticos promovem ações pelo uso racional de medicamentos

Em Ponta Grossa, ação no Terminal Central vai esclarecer dúvidas sobre uso correto de medicamentos | EBC/

Duas ações estão programadas para esta semana em lembrança ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado em 5 de maio. O objetivo dos eventos e da celebração da data é informar e conscientizar a população sobre os riscos da automedicação e da importância de consultar e tirar dúvidas com o Farmacêutico antes de fazer uso de qualquer medicamento. Em abril de 2016, o índice de automedicação no Brasil foi de 72%, conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ).

Nesta quarta-feira (3), um representante do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) vai até a Câmara Municipal de Ponta Grossa para falar sobre o trabalho dos farmacêuticos e o controle no uso da medicação.

Já na quinta-feira (4), o CRF-PR, em parceria com o Departamento de Ciências Farmacêuticas da UEPG, irá realizar uma campanha com professores e alunos com o oferecimento de serviços como aferição da pressão arterial, verificação de glicemia capilar e orientações sobre o uso correto de medicamentos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (Nairóbi, Quênia, 1985), entende-se que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.

Em Ponta Grossa

São 307 farmacêuticos distribuídos em 134 farmácias, durante todo o horário de funcionamento, disponíveis para informar sobre o uso correto do medicamento, orientando sobre a dose, o melhor horário para utilizá-lo, as interações possíveis entre os diversos medicamentos e alimentos, o tempo de tratamento, os medicamentos de menor custo respeitada a legislação de medicamentos genéricos e similares.

Serviço

Campanha Uso Racional de Medicamentos

Data: 03/05/2017 – 14 horas

Local: Câmara Municipal de Ponta Grossa – Tribuna Livre

Data: 04/05/2017 – das 09 horas às 16 horas
Local: Terminal Central de Ponta Grossa

Ultrafarma assina com seleção de beach soccer

Contrato válido por três anos colocar marca da rede na frente das camisas de treino e jogo do time

2 de maio de 2017 – 10h40

A rede de drogarias Ultrafarma é a nova patrocinadora máster da seleção brasileira de beach soccer. O contrato, válido por três anos, começa a valer após a Copa do Mundo Fifa que está sendo disputado nas Bahamas até domingo 7. A marca da Ultrafarma estampará a frente das camisas de treino e jogo da seleção — a Fifa não permite patrocínio nos uniformes em suas competições entre seleções nacionais. O valor do contrato não foi divulgado. A Ultrafarma também é patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que é parceria da Confederação de Beach Soccer do Brasil (CBSB). A entidade tem ainda o patrocínio da Nike e o apoio da Marinha do Brasil e da Donna Natureza.

Unidades de saúde terão que ter profissionais para substituir férias de farmacêuticos

Projeto de Lei foi aprovado pela CCJR nesta terça-feira; dois novos grupos são adicionados aos com prioridade de imunização contra Gripe
Liniker Ribeiro

Deputados de Mato Grosso do Sul que integram a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), aprovaram na manhã desta terça-feira (2) o Projeto de Lei que obriga o Poder Executivo a disponibilizar profissionais para substituírem farmacêuticos durante períodos de férias ou ausência durante realização de cursos.

De autoria do deputado, Dr. Paulo Siufi (PMDB), o texto do Projeto de Lei 27/2017 vale para todas as unidades de saúde do estado e tem por objetivo, evitar que as farmácias dos postos de saúde fiquem abandonadas quando funcionários entrarem em suplência temporária, eventual e assistência técnica continuada.

Também ligado à saúde, foi aprovado pela Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 58/2017, que acrescenta na lista de prioridades para vacinação contra o vírus H1N1, feirantes e profissionais dos Centros Comerciais Populares.

Até então, são imunizadas contra a Gripe apenas idosos, grávidas ou mulheres com 45 dias após o parto, crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com morbidades (necessário apresentação da prescrição médica), povos indígenas, integrantes do sistema prisional e professores do ensino regular.

Pacientes em Rio Preto entram na Justiça para conseguir medicamentos de alto custo

Secretaria Estadual de Saúde disse, por meio de nota, que os medicamentos estão em fase de compra.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

02/05/2017 13h30

Muitos pacientes em São José do Rio Preto (SP) recorrem à Justiça quando precisam de medicamentos de alto custo. A maioria ganha o direito de receber esses remédios, mas nem sempre o parecer favorável da Justiça é o fim da luta. O governo vem descumprindo as decisões judiciais, o que traz desespero para quem depende do tratamento.

A Secretaria Estadual de Saúde disse, por meio de nota, que os medicamentos estão em fase de compra e que a situação deve ser normalizada em breve. Assim que remédios estiverem disponíveis vai avisar os pacientes.

A polidora de joias Ananda Nakagawa tem a decisão da Justiça em mãos desde janeiro, mas ainda aguarda pelo medicamento de alto custo. No ano passado, ela descobriu que tem hepatite e precisa tomar com urgência dois medicamentos por um período de três meses. Esse tratamento custa R$ 380 mil.

Como não tem condições de arcar com o custo, ela procurou a Justiça e ganhou o direito de receber os medicamentos, mas, mesmo com a decisão ela não ainda não recebeu os remédios. “Era para entregar em 10 dias, mas não foi entregue, se não tomar o remédio pode dar câncer no fígado ou cirrose”, afirma.

Os pacientes que entram na Justiça para conseguir algum medicamento de alto custo quase sempre recebem uma decisão favorável, mas o problema é que mesmo com a determinação, o não cumprimento da sentença tem se tornado cada vez mais comum. “As decisões judiciais vêm sendo tratadas como orientações e não como determinação, e isso é prejuízo para o usuário e também para o judiciário, geram incidentes dentro do processo e acaba não resolvendo o problema ao paciente”, afirma o advogado Rogério dos Santos, especialista neste tipo de ação.

Ainda de acordo com o advogado, é grande o número de pacientes que recorrem à Justiça para conseguir medicamentos de alto custo. São cerca 100 novas ações todo mês no Fórum de Rio Preto. O problema é que apesar das decisões favoráveis, o estado vem descumprindo as determinações judiciais.

“Se o Estado não cumpre, o juiz pede o sequestro do valor e pega da conta do Estado e repassa para o paciente, que poderá comprar o medicamento e mostrar a nota”, afirma.

Foi o que aconteceu com o Paulo. Aos 90 anos ele tem fibrose pulmonar e precisa tomar um remédio que custa R$ 19 mil. A família entrou na Justiça para conseguir o medicamento, mas esbarrou na burocracia para o cumprimento da decisão do juiz.

Diante do impasse a Justiça determinou o sequestro de bens de contas do estado. “Houve demora de seis meses para obtenção do medicamento, restringindo bens do estado para conseguir o medicamento”, afirma o genro de Paulo, José Firmino Júnior.

Mesmo com o caso sendo acompanhado de perto pela Justiça há dez dias a família aguarda pelo remédio que ainda não foi entregue este mês. “Hoje estamos conseguindo de acordo com a farmácia do Departamento Regional de Saúde, mas já está há 10 dias sem medicamento”, afirma José.

Medicamentos da Vic Pharma são suspensos

Ação da vigilância sanitária de São Paulo baseou a suspensão de 30 medicamentos fabricados pela empresa Vic Pharma.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 02/05/2017 10:26
Última Modificação: 02/05/2017 15:59

A Anvisa suspendeu a fabricação e o comércio de 30 medicamentos da empresa Vic Pharma Indústria e Comércio Ltda. A suspensão dos produtos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2/5).

De acordo com uma inspeção investigativa realizada nos dias 11 e 12 de abril de 2017, uma série de não conformidades quanto às Boas Práticas de Fabricação de medicamentos foi constatada na empresa Vic Pharma. A vigilância sanitária municipal de Taquaritinga/SP, diante do cenário, havia determinado a suspensão dos medicamentos.

Confira a lista completa dos produtos suspensos:

Solução de peróxido de hidrogênio 3%

Água oxigenada 10 volumes

Pó de alúmen de potássio

Pedra ume

Gliconato de clorexidina 2% (solução com tensoativos)

Chlorohex

Éter alcoolizado

Éter etilico 35/ Vic Remov

Cristais de sulfato de magnésio

Sulfato de magnésio

Vaselina líquida 100%

Vaselina liquida

Álcool etílico 70% (gel)

Álcool gel Quality

Iodopolividona 10% (solução aquosa)

Povidine topico

Talco mentolado

Talco mentolado

Solução de iodo 2%

Tintura de iodo

Solução de ácido bórico 3%

Água boricada 3%

Iodopolividona 10% (solução hidroalcoólica)

Povidine tintura

Álcool iodado 0,1%

Álcool iodado

Pasta d'água

Pasta d agua

Óleo de rícino 100%

Óleo de rícino

Gliconato de clorexidina 1% (solução aquosa)

Chlorohex

Óleo mineral 100%

Óleo mineral

Bicarbonato de sódio (pó)

Bicarbonato de sódio

Álcool etílico 70%

Álcool 70 Quality

Carbonato de cálcio (pó)

Carbonato de cálcio

Solução de benjoim (sumatra benzoin) 20%

Tintura de benjoim

Gliconato de clorexidina 4% (solução com tensoativos)

Chlorohex

Solução de hipoclorito de sódio

Líquido de Dakin

Solução antimicótica com iodo

U n h a p lv s

Glicerina

Glicerina

Gliconato de clorexidina 0,5% (solução aquosa)

Chlorohex

Iodopolividona 10% (solução com tensoativos)

Povidine dermo suave

Água purificada

Água desmineralizada

Vaselina sólida 100%

Vaselina solida

Solução de iodo 5%

Tintura iodo 5% Vansil

Médicos preferem não receitar a fosfoetanolamina

Os poucos especialistas que concordaram em falar com o Pioneiro dizem que a substância não é um medicamento e orientam para não utilizar

Ivanete Marzzaro
ivanete.marzzaro@pioneiro.com

Boa parte dos oncologistas de Caxias do Sul preferem não falar sobre o assunto. As duas especialistas que falaram com a reportagem afirmaram que preferem não prescrever a fosfoetanolamina para seus pacientes com câncer. A oncologista Janaína Brollo diz que não receitaria, pois até o momento não há dados de segurança e eficácia comprovados em seres humanos.

— Julgo o câncer uma doença extremamente complexa para indicarmos tratamentos sem respaldo científico, principalmente quando temos outras opções testadas e comprovadas em estudos clínicos — defende a médica.

A oncologista Patrícia Moretto compartilha da mesma posição. Segundo ela, mesmo sendo caracterizado como um suplemento alimentar, não há definições científicas de quais são os eleitos colaterais da substância.

— Suplemento alimentar não é medicamento. Por isso, prefiro não prescrever —destaca a oncologista Patrícia.

Janaína Brollo explica que a fosfoetanolamina é uma substância sintética que mostrou eficácia contra o câncer em estudos realizados com animais, portanto, ainda experimental. Um estudo feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) demonstrou que não houve eficácia dessa droga em humanos com diferentes neoplasias.

— Mesmo como suplemento alimentar, eu não receitaria— ressalta a especialista Janaína.

A polêmica que envolve a pílula azul e branco

Muita polêmica envolveu a fosfoetanolamina. Sua venda foi suspensa judicialmente várias vezes. A substância ganhou destaque no final de 2015 devido a seu possível potencial de utilização no combate ao câncer.

Desenvolvida pela USP para o tratamento de tumores malignos, a fosfoetanolamina poderia ser usada no tratamento dos pacientes por "livre escolha", mediante laudo médico que atestasse a doença e assinatura de termo de responsabilidade, de acordo com o texto do projeto de lei. Houve uma enxurrada de liminares para conseguir usar o medicamento em pacientes com a doença.

Em fevereiro deste ano, a fosfoetanolamina passou a ser vendida como suplemento alimentar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não há, até agora, nenhuma comprovação científica de que a substância funcione, de fato, no combate ao câncer.

Dois laboratórios produzem a substância: o Federico Dias, no Uruguai, e o Quality Medical Line, na Flórida (EUA), e só pode ser comercializada via internet. No site, o produto é anunciado como um suplemento que melhora a qualidade de vida.

A fosfoetanolamina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo humano nas células de alguns músculos específicos e no fígado. Há poucas informações sobre como a substância atuaria no tratamento do câncer. O pouco que se sabe é que ela poderia agir dentro da carcinogênese, ou seja, poderia ter alguma influência na formação do tumor.

Outra hipótese é que teria ação anti-inflamatória e apoptótica, em outras palavras, seria capaz de "matar" as células cancerígenas. Porém, todas essas teorias não foram comprovadas e ainda estão no campo da suposição.

Assistência Farmacêutica atende 185,3 mil receitas

por ANDRÉ ESTEVES-Da Reportagem

Em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 166.718 prescrições médicas a pacientes, procura por medicamentos cresceu 11% na unidade central de Presidente Prudente

De janeiro a março deste ano, os atendimentos prestados pela Assistência Farmacêutica de Presidente Prudente cresceram 11% em relação ao mesmo período do ano passado. Na soma do primeiro trimestre de 2016, o serviço atendeu 166.718 receitas, ao passo que, neste ano, o número chegou a 185.305. Em março, foram contempladas 69.952 prescrições, 10% a mais do que no mesmo período do ano anterior, com 63.785 receituários.

No município, o departamento é composto por 29 farmacêuticos e 27 auxiliares de farmácia e compreende 31 farmácias, dispostas em todas as regiões, inclusive nos distritos (Ameliópolis, Eneida, Floresta do Sul e Montalvão). A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) ressalta que esta distribuição permite que os beneficiários tenham acesso aos medicamentos na unidade mais próxima de sua casa, sem a necessidade de se deslocarem para a Farmácia Central.

Remédios são ofertados aos usuários da rede municipal de saúde de Prudente, por meio do SUS

Conforme a pasta, têm direito à retirada de remédios todos os moradores de Prudente atendidos na rede municipal de saúde ou usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo que os medicamentos dispensados são os constantes na Remune (Relação Municipal de Medicamentos), conforme a legislação vigente. Aqueles que não constarem nesta relação não são de distribuição obrigatória pelo município.

A apresentação da receita deve ser feita em duas vias e os medicamentos precisam estar prescritos com letra legível e pelo princípio ativo, também conforme legislação vigente. “As receitas são válidas por 30 dias a partir da data da sua emissão, ao passo que a receita de antibiótico vale por 10 dias”, completa.

Usuários

O funcionário público Sebastião Severino Dias, 70 anos, é usuário contínuo e se dirige à Farmácia Central mensalmente para retirar seus medicamentos destinados ao tratamento da hipertensão. Ele elogia o serviço e afirma nunca ter ficado sem os remédios. No entanto, lamenta o fato de muitos remédios de alto custo não serem ofertados para a população carente na rede pública. “Muitos acabam morrendo por conta da burocracia envolvida”, avalia. Já a dona de casa Cássia Izaque, 52 anos, considera a assistência “importante e fundamental”, uma vez que as pessoas pagam impostos para serem bem servidas. “Nada mais justo do que termos acesso aos medicamentos de forma gratuita”, acredita.

Em discussão

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) adianta à reportagem que está em definição uma parceria entre os Correios e a Prefeitura, com o propósito de promover a entrega in loco de medicamentos para os pacientes do município. Enfatiza que os termos ainda são dialogados entre as partes, contudo, a previsão é de que o projeto seja implantado ainda neste semestre.

Atendimentos de receitas em Prudente

Mês 2016 Elevação* 2017 Elevação*
Janeiro 50.243 15% 58.073 16%
Fevereiro 52.690 20% 57.280 9%
Março 63.785 9% 69.952 10%

*Em relação ao ano anterior

Fonte: Secom