São Paulo sedia a Fispal Tecnologia, evento da indústria de Alimentos e Bebidas

Tecnologia / Empresários e executivos de toda a cadeia produtiva do setor de alimentos e bebidas poderão conferir tecnologias desenvolvidas para o segmento durante a 33ª edição da Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Alimentos e Bebidas. O evento que ocorre entre os dias 27 e 30 de junho, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, em São Paulo, é considerado um dos principais encontros das indústrias deste setor na América Latina. A expectativa é que passem pelo local 40 mil visitantes.

Organizado pela Informa Exhibitions, a edição de 2017 traz como um dos principais atrativos um demonstrador da indústria 4.0, desenvolvido em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia, MCK Automação e Zorfa Tec Consultoria. Localizado numa área de 300m², o espaço possibilitará que os visitantes se encontrem dentro de uma linha de produção, quando se explanarão as tecnologias aplicadas aos processos produtivos de um ambiente da Indústria 4.0. O demonstrador promoverá uma inédita experiência de acompanhar uma futurística linha de produção, que entregará um produto customizado.

Segundo Clélia Iwaki, diretora da Fispal Tecnologia, nos quatro dias de evento serão demonstrados produtos e serviços inovadores, sustentáveis, alinhados com o conceito de menor custo. "Conhecimento, soluções, tendências, concretização de negócios e networking, tudo em um só lugar".

MAIS ATRAÇÕES
Outro destaque é o Fórum Fispal Tecnologia, encontro de desenvolvimento e atualização da Indústria de Alimentos e Bebidas, que receberá profissionais do segmento em palestras, debates e apresentações de cases de sucesso. Já estão confirmadas as presenças de representantes da Nissin, Bauducco, Bunge, Nestlé, Cargill, Itambé, Ducoco, KraftHeinz, Coca-Cola e Aurora, entre outras, que debaterão sobre temas como melhorias na gestão industrial, sustentabilidade, aumento de produtividade, redução de perdas e outros assuntos pertinentes ao setor.

Há ainda dois espaços voltados para o segmento. O primeiro é o Lab de Soluções, destinado à solução de desafios das empresas participantes da mostra com a ajuda de profissionais de diversas áreas tecnológicas do SENAI-SP. Os empreendedores interessados deverão responder a um formulário online, inscrevendo uma situação existente em sua indústria. A equipe do SENAI-SP escolherá três dos desafios propostos, que serão trabalhados na feira. Os visitantes poderão vivenciar todo processo de geração de ideias em suas diversas fases.

O segundo é o Lounge ABRE da Embalagem, uma parceria da Fispal Tecnologia com a Associação Brasileira da Embalagem (ABRE). Seu principal objetivo é reunir os profissionais que atuam em agências responsáveis pela criação de peças até pequenos e médios fabricantes, potencializando a troca de informações, apresentação de tendências e soluções para o segmento. O Lounge da Embalagem receberá também o Circuito ABRE de Palestras, que contará com aproximadamente 25 apresentações de até 20 minutos de associados da Entidade.

"Essa iniciativa de espaços exclusivos para atingir públicos-alvo diferentes oferecerá experiências presenciais inéditas aos visitantes e expositores e ampliará a visibilidade e oportunidades de relacionamento", conclui Clélia Iwaki.

33ª Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Alimentos e Bebidas
27 a 30 de junho, das 13h às 20h
São Paulo Expo
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo (SP)
www.fispaltecnologia.com.br

Website: https://www.fispaltecnologia.com.br/pt/a-feira.html

Nestlé investirá em fábricas na AL

São Paulo – A Nestlé está criando empregos e investindo em novas fábricas na América Latina, conforme busca abordar questões sociais e fortalecer sua posição em um de seus principais mercados, disse na terça-feira (30) o diretor regional para Américas, Laurent Freixe.

A fabricante de chocolates Kit Kat e café Nespresso está trabalhando com autoridades do governo em quatro países que são membros da Aliança Pacífico – Chile, México, Peru e Colômbia – a fim de criar 2.900 vagas para jovens em três anos e ensinar habilidades para busca de emprego.

"Não estamos propondo os empregos apenas para fazer bem à sociedade. Nossos negócios estão se desenvolvendo e temos necessidades reais", afirmou Freixe.

A iniciativa segue projeto similar conduzido pela Nestlé na Europa nos últimos anos, quando alguns países apenas começavam a se recuperar da crise de desemprego entre os jovens. A Nestlé emprega cerca de 60 mil pessoas em funções que variam desde operários em fábricas a veterinários na América Latina.

Brasil

A companhia anunciou na semana passada investimentos de cerca de R$ 20 milhões na ampliação de seu Centro de Tecnologia e Qualidade, que passará a funcionar no interior de São Paulo. Alguns dos objetivos do centro é viabilizar o fornecimento de alimentos cada vez mais frescos e seguros com maior agilidade das análises de qualidade.

"O que vislumbramos é cada vez mais ter o produto mais rápido para o consumidor", disse o gerente-geral do Centro de Tecnologia e Qualidade da Nestlé, Frede Politi, em entrevista à agência Reuters.

O novo centro, que funcionará no parque fabril de Araras (SP), a partir de novembro, propiciará um aumento de pelo menos 20% na capacidade de análises da unidade tecnológica, que hoje funciona na capital paulista.

A fábrica da Nestlé em Araras é uma das 31 que a empresa possui no Brasil, enquanto o centro de qualidade será uma referência para os demais laboratórios instalados em cada unidade fabril da companhia em funcionamento no Brasil.

Com a expansão, o centro de análises estará mais preparado para o processo de lançamento de novos produtos, com a empresa de olho em um mercado consumidor exigente e competitivo, destacou Politi.

Da Redação e Agências

Mônaco lança cerveja especial em parceria com a Cervejaria Nacional

Que tal se sentir em Mônaco sem sair de São Paulo? Aromas e sabores do destino à beira do Mediterrâneo podem ser encontrados na Cervejaria Nacional. A fábrica e o Escritório de Turismo de Mônaco fizeram uma parceria para desenvolver uma cerveja que promete o “gostinho” do país europeu.

“Mônaco é um destino para todos e para aproximá-lo do cotidiano dos brasileiros, queríamos um produto que praticamente todo mundo no Brasil ama, por isso pensamos em uma cerveja”, conta Gisele Abrahão, diretora da GVA, empresa que representa o turismo de Mônaco no Brasil. Para desenvolver o projeto, Gisele buscou a Cervejaria Nacional, com bar em São Paulo, e conhecida por produzir as próprias cervejas.

O mestre cervejeiro Patrick Bannwart foi responsável pela produção da bebida, que recebeu o nome de Principado. Ele criou uma cerveja saison, estilo bastante apreciado na Europa. “Usei apenas produtos orgânicos e ela tem um leve sabor de cardamomo, ingrediente muito usado em Mônaco”, explica Bannwart. Para completar, os lúpulos e leveduras utilizados são provenientes de vários países, como Austrália, Bélgica e Alemanha, já que Mônaco é uma mistura de imigrantes. O tom avermelhado é uma homenagem à bandeira do destino.

Como Mônaco é sinônimo de luxo e sofisticação, Bannwart quis mostrar isso nas garrafas, que não são os recipientes de cervejas comuns, mas sim de espumantes. Além disso, cada recipiente foi numerado à mão. São apenas 1500 garrafas, sendo 1000 de 375 ml. Elas podem ser apreciadas na Cervejaria Nacional até acabar o estoque.

Serviço

Cervejaria Nacional (Unidade São Paulo)
Endereço: Av. Pedroso de Morais, 604, Pinheiros – São Paulo
Telefone: (11) 3034-4318
Site: www.cervejarianacional.com.br
Horário de funcionamento: terça a quinta das 17h00 às 00h00. Sexta e sábado das 12h00 às 00h00. Domingos das 12h00 às 18h00.

Sylvia Barreto

Colorado lança 4 novas cervejas especiais para representar o Brasil

Produtos especiais levam nos ingredientes frutas que pretendem representar a biodiversidade  
Por Paula Zogbi 31 mai, 2017 16h06

SÃO PAULO – A Cervejaria Colorado, da Ambev, anunciou nesta quarta-feira, 31, o lançamento de novos rótulos de cervejas frutadas que pretendem representar a “biodiversidade brasileira”. São quatro novos sabores, que chegam às lojas a partir de hoje.

A primeira novidade, chamada Colorado Eugênia, é uma cerveja do estilo Session IPA, com uvaia e aromas os lúpulos americanos, alemães e franceses. A marca a descreve como “leve, refrescante e amarga na medida (40 IBU), alta dinkability”. O teor alcoólico é de 4,50%.

Com mesmo teor alcoólico, a Rosália é o lançamento mais ácido, “com leve dulçor frutado”. Nos ingredientes há frutas vermelhas brasileiras (grumixama, amora do mato, cereja do rio grande). Indicada para acompanhar sobremesas, a cerveja mistura doçura e acidez na boca.

A Cream Ale Murica vem com graviola, fruta agridoce cultivada no Brasil há mais de 500 anos. O teor alcoólico é de 4,7%.

Por último a Colorado apresenta a White IPA Nassau, que tem “adição de Caju em conjunto com Dry hopping usando o lúpulo Equinox, que tem aroma de frutastropicais para destacar o aroma do caju”. Mais alcoólica, 5,8%, essa cerveja não é filtrada e tem “amargor na medida”.

Empresa de refrigerantes de SC se renova e mantém ‘laranjinhas’ competitivas no mercado

Com 74 anos de história, marca de Braço do Norte quer investir R$ 50 milhões nos próximos dez anos.

Por RBS TV SC

31/05/2017 15h30

Tradicional empresa de refrigerante do Sul de SC quer conquistar novos mercados

Uma empresa de refrigerante de Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, investe na inovação para conquistar novos mercados. Em 74 anos de história, o processo produtivo deixou de ser artesanal e foi todo automatizado. A intenção é investir R$ 50 milhões nos próximos dez anos.

A fábrica começou em 1943. Em um espaço pequeno, os três sócios produziam artesanalmente as chamadas gasosas de frutas e uma bebida alcoólica. "Ela começou com o meu avô e já está na terceira geração. Apesar de ser uma empresa antiga, ela não é uma empresa velha", afirma Jamile Niehues, gerente de marketing.

A história no local é preservada e valorizada. São 126 funcionários responsáveis pela produção de três milhões de litros de refrigerante de oito sabores todos os meses.

Grandes marcas

Mas para crescer e enfrentar um mercado dominado por grandes marcas, a empresa procura sempre se modernizar. São duas linhas de produção que atendem, principalmente, o mercado catarinense e a Grande Curitiba. Uma nova unidade está sendo construída e deve dobrar a capacidade produtiva.

"A gente investe constantemente não só nos aspecto de produção, mas de uma forma que tudo se modernize na empresa desde a gestão, os colaboradores, concursos, produtos", detalha Eynard Frigotto, diretor superintendente.

Mesmo com essa modernização, algumas coisas não mudam na empresa catarinense. "A marca continua mantendo os mesmo valores, a mesma essência”, diz Jamile.

Brahma apresenta novas embalagens

31 de maio de 2017

A nova garrafa deixa de lado o tradicional rótulo de forma arredondada para assumir um rótulo quadrado

Depois de o Grupo Petrópolis reformular a identidade visual da Itaipava e Crystal, agora é a vez de mais uma cerveja anunciar que está de cara nova. E dessa vez eu estou falando da Brahma, da Ambev. A mudança afetou tanto as latas quanto as garrafas, que agora devem ter um visual ainda mais próximo e de cor predominantemente vermelha.

A nova garrafa deixa de lado o tradicional rótulo de forma arredondada para assumir um rótulo quadrado. A mudança deixa um pouco de lado aquela característica de “brasão” da qual a maioria das cervejas vem tentando se distanciar, no entanto, os elementos na parte logo acima do logo continuam trazendo informações demais.

Já na latinha as coisas ficaram mais organizadas. O logo deixa de lado a orientação diagonal, para assumir a escrita na horizontal. Isso abre um espaço maior entre os elementos e deixa todo o design da latinha mais leve e destaca o vermelho. Além disso, assim como no rótulo, a latinha também terá um colarinho dourado.

De acordo com a Brahma, será preciso ainda realizar algumas alterações estruturais nas fábricas para a produção das novas embalagens. Por este motivo, as mudanças devem ser graduais. No entanto, a companhia acredita que até o final do ano, todas as cervejarias estejam produzindo os novos rótulos.

Fonte: Geek Publicitário

Leão pega carona no inverno para vender mais chá e café

Sazonalidade é o ponto de partida para que as empresas fabricantes de chá acreditem em boas vendas neste inverno.

“A nossa expectativa é conquistar um grande resultado. O frio mais rigoroso colabora muito com os nossos resultados e o chá Matte Leão, líder de mercado, é a nossa grande aposta para os próximos três meses”, avalia Rodrigo Mansur, gerente nacional de vendas da Leão Alimentos e Bebidas.

A dica do executivo para o atacadista distribuidor é simples: se prepare 100% para o inverno.

Campanhas e materiais para o ponto de venda serão distribuídas pela indústria com a promessa de um mercado de produtos premiuns a ser explorado.

“Esteja preparado para vender todas as categorias de chá, seja o mate, o premium, as ervas e os blends”, salienta Mansur.

Compras pela Internet

Vendas da Loja Virtual Crescem 22,5% na Panvel

31/05/2017

O Grupo Dimed, detentor da rede de farmácias Panvel, registou faturamento de R$ 580 milhões no 1º Trimestre de 2017. Segundo a companhia, o destaque ficou por conta das compras pela loja virtual da rede, com incremento de 22,5%. Já as vendas das lojas físicas da Panvel e dos canais online e aplicativo cresceram 16,6% na comparação trimestral. A abertura de 34 lojas nos últimos 12 meses também contribuiu com o resultado. Além disso, a marca cresceu 17,8%, passando a responder por 38,5% do total comercializado nas lojas. "Mantivemos nossa estratégia de expansão e de investir nos multicanais para atender às necessidades dos nossos consumidores com qualidade e agilidade", afirma Julio Mottin Neto, presidente do Grupo Dimed. A projeção é de abrir 50 novas lojas ainda este ano.

MEDICAMENTOS – Maringá tem recursos para Farmácia Popular até julho

Unidade funciona na UEM; em Apucarana, Autarquia de Saúde ainda não foi comunicada sobre o término do convênio com o governo federal

Gina Mardones

O programa foi criado pelo governo federal em 2004

Maringá possuía duas Farmácias Populares do Brasil, sendo que uma delas encerrou as atividades recentemente. A outra unidade funciona na UEM (Universidade Estadual de Maringá). A coordenadora do programa na universidade, a professora Raquel Soares Tasca, afirma que a farmácia possui recursos garantidos para funcionar até julho de 2017. "Ainda estamos em negociação até a semana que vem para saber se vamos prorrogar o programa ou não. A UEM é a única universidade estadual que tem farmácia popular, onde fazemos um atendimento personalizado e atendemos acadêmicos que realizam estágio vocacionado no local", destaca. "Para os acadêmicos é extremamente importante que ela exista. Por meio deles os acadêmicos fazem a revisão farmacêutica e ensinam a população a realizar o uso racional de medicamentos, informando dados sobre a medicação que as pessoas não sabem. É bastante proveitoso para o acadêmico e usuários", destaca.

A direção da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (Centro-Norte) informou por meio da assessoria de imprensa que o Ministério da Saúde ainda não comunicou a data do término do convênio. A unidade é responsável por 70 a 80 atendimentos por dia. A estrutura está em funcionamento desde 2005 e a administração municipal vai analisar a possibilidade de continuar a prestar os serviços não nos mesmos moldes, porque a autarquia não pode comercializar medicamentos por motivos legais.

O programa Farmácia Popular foi criado pelo governo federal em 2004. A decisão de não repassar mais verbas para essas unidades foi tomada no fim de março e começou a valer em maio. Segundo o MS, com o fim do repasse para custeio das unidades próprias, a verba equivalente a cerca de R$ 100 milhões passará a ser destinada aos municípios para compra de medicamentos. "Esse dinheiro era 80% usado para custeio [das unidades] e 20% para os remédios. Não tinha sentido manter uma situação dessas. Por isso a decisão foi tomada", afirma o ministro Ricardo Barros.

O presidente do Conasems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), Mauro Junqueira, diz que a medida não deve afetar a distribuição de medicamentos. "São medicamentos que estão na farmácia básica dos municípios", afirma.

Sobre o acesso a medicamentos pela Farmácia Paraná, vinculada à 17ª Regional de Saúde, o chefe da seção de insumos estratégicos, Felipe Remondi, explica que ela não tem o mesmo perfil da Farmácia Popular do Brasil. "Fornecemos componentes especializado previstos em protocolos com custo e complexidade maior do que os medicamentos oferecidos pelo município", explica. "Na medida que o paciente não tem o controle com os medicamentos oferecidos pelas unidades básica do município ele pode solicitar procedimento especializado. Entre as patologias atendidas pela Farmácia estão a asma grave, a esclerose múltipla, o Alzheimer, o Parkinson e a esquizofrenia refratária, todos devidamente diagnosticados e com uma condição prevista na portaria 1554 /2013 do Ministério da Saúde, que prevê componente especial e que define qual esse grupo de medicamentos sob responsabilidade de execução do Estado", aponta. (Com Folhapress)

Vítor Ogawa
Reportagem Local

MEDICAMENTOS – Farmácia Popular encerra atividades em Londrina

Em todo o Brasil são 393 unidades do programa que deixaram de receber verbas federais

Gina Mardones

Unidade londrinense atendia uma média de 250 pessoas por dia; muitos itens eram fornecidos de graça e outros tinham desconto de até 90%

A Farmácia Popular do Brasil encerrou nesta quarta-feira (31) as atividades em Londrina. Ao todo, 393 unidades do programa, que eram custeadas pela União, deixaram de receber verbas federais desde maio. Segundo informações do ministério, as prefeituras poderiam optar por manter as unidades, desde que fosse realizado com recursos próprios. Não foi o caso de Londrina.

A unidade local do programa atendia uma média de 250 pessoas por dia. Em seis anos foram beneficiados aproximadamente 200 mil pacientes, que deixaram de desembolsar R$ 6 milhões. Muitas pessoas foram assistidas e a população perder esse programa proporciona um sentimento de tristeza. O programa havia tornado o acesso ao medicamento mais fácil", resume o coordenador do programa em Londrina, Valcir Miguel da Silva. Muitos dos medicamentos disponibilizados para as farmácias são distribuídos de graça. Outros produtos contam com descontos que vão de 75% até 90%. Os remédios são vendidos tanto para pessoas com receitas cedidas pelo SUS como para receitas feitas por médicos particulares.

Segundo a técnica de enfermagem que trabalha na dispensação, Delfina Aparecida de Souza, alguns pacientes choraram quando foram comunicados sobre o fechamento. "É muito triste, porque a gente sabe que a condição financeira dos brasileiros está muito difícil. Tem gente que não tem dinheiro nem para o ônibus e vem caminhando até aqui de regiões distantes."

O atendimento dos últimos usuários dos serviço foi melancólico. Muitos não sabiam o que iriam fazer para obter os medicamentos a partir de agora. O agricultor aposentado Luiz Antônio Pereira, 74, é usuário desde a sua inauguração. "Eu moro em Irerê (distrito rural na zona sul). Venho buscar medicamento para o coração", relata. Ele caminha com dificuldade, usa muletas e mensalmente vinha à cidade para conseguir o medicamento. "A gente fica sentido, mas não pode fazer nada. De um jeito ou de outro tenho que procurar o remédio."

Com o fim do repasse federal, a unidade londrinense já vinha registrando a falta de alguns medicamentos. Para a dona de casa Silmara Carneiro Lobo, 60, ir à Farmácia Popular no último dia foi inútil. "Vim buscar fluoxetina, mas não tinha mais", lamenta, fazendo uma comparação do valor do medicamento em uma farmácia particular e na FPB. "O remédio que custa R$ 60 nas farmácias privadas a gente paga R$ 3,50 aqui. Com esse fechamento, cada dia está mais difícil para a gente. Agora vou passar na Farmácia Municipal."

A farmacêutica Carolina Monteiro Lapa Vasques disse ter sido pega de surpresa sobre o fechamento. "A gente vê que a população irá ficar desamparada. Mesmo tendo a opção de pegar na Farmácia Municipal, nem todo medicamento está disponível lá e nem nas farmácias conveniadas", lamenta. Dos 125 medicamentos disponibilizados pela Farmácia Popular, apenas 20 não faziam parte da seleção de produtos oferecidos pela rede básica do Município. A partir de agora, os medicamentos do programa que não estiverem disponíveis nas UBS poderão ser adquiridos nas farmácias conveniadas – com a identificação "Aqui Tem Farmácia Popular".

ALTERNATIVAS
O secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, afirma que o encerramento da parceria com o Ministério da Saúde torna economicamente inviável para o município a manutenção da unidade. Ele informou que a secretaria estuda alternativas para a incorporação desses itens na Remume (Relação Municipal de Medicamentos). "Em cerca de 15 dias, devemos finalizar essa análise. A intenção é trazer para a atenção básica aqueles medicamentos que não são comuns nas UBS de Londrina e que estavam sendo comercializados pela Farmácia Popular. O mais importante é não deixar a população desassistida e garantir o acesso aos medicamentos", ressalta.

Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 90% dos usuários do programa Farmácia Popular buscam medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, que são gratuitos. "Eles continuarão tendo acesso aos fármacos, de forma gratuita, nas unidades particulares cadastradas", informa o secretário.

Machado explica que o MS vai aumentar o ressarcimento ao município de R$ 5,10 ao ano por habitante para R$ 5,58. "O ministério trabalhava com os dados do IBGE de 2010 e agora irão atualizar com os dados do IBGE 2016. Pelas nossas estimativas, Londrina receberá uma diferença de R$ 450 mil a R$ 500 mil ao ano com esse reajuste", destaca.

Os funcionários que trabalhavam no espaço devem ser remanejados para a Farmácia Municipal e outros unidades. Os medicamentos que ficaram no estoque também serão absorvidos pelas unidades básicas de saúde.

Vítor Ogawa
Reportagem Local