Com vendas maiores e com o Assaí, GPA reverte prejuízo em lucro

No segundo trimestre deste ano, a maior varejista do País conseguiu lucro consolidado de R$ 165 milhões, com alta de 9,5% nas vendas líquidas

O GPA, detentor das bandeiras Pão de Açúcar, Extra e outros, conseguiu rever o prejuízo verificado no segundo trimestre de 2016 para lucro no segundo trimestre deste ano. Segundo informou a companhia, o lucro consolidado foi de R$ 165 milhões. As vendas líquidas da companhia apresentaram aumento de 9,5%, para R$ 10,6 bilhões no período.

Entre os destaques da companhia está, mais uma vez, o forte crescimento do Assaí, de 27,7%. A bandeira Extra também apresentou bom desempenho, com destaque para os modelos de hipermercados  – aumento de 7,6% em vendas em “mesmas lojas”.

“Uma palavra que sintetiza bem nosso segundo trimestre é a continuidade de tudo o que estamos fazendo ao longo dos últimos trimestres”, afirmou a investidores Ronaldo Iabrudi, CEO do GPA. “Isso tem nos levado a aperfeiçoar a execução e aperfeiçoamento das lojas, ganho de marketshare, inclusive da Via Varejo, e tem nos levado a uma melhora nos indicadores e resultados financeiros”, completou o executivo.

Os investimentos do segmento Alimentar totalizaram R$ 286 milhões, montante superior ao mesmo período do ano anterior. Boa parte desses investimentos são direcionados para as conversões de Extra Hiper para Assaí.

No trimestre foram concluídas três conversões, além de outras 11 lojas já em processo de conversão. No ano, a empresa deve entregar um total de 16 conversões. Foram abertas três lojas ao todo no trimestre. O Assaí deve encerrar o ano com seis a oito novas lojas, incluindo a entrada em dois novos Estados.

Outra novidade da companhia, o aplicativo Meu Desconto, tem gerado resultados. Segundo Luís Moreno, CEO do Multivarejo da empresa um em cada seis clientes já usa a ferramenta digital e o envolvimento dos fornecedores na plataforma segue alto.
Desempenho por bandeira

Por bandeira, apenas o Assaí e o Extra apresentaram desempenho positivo em vendas. As vendas líquidas cresceram 27,7% no primeiro caso e 1,1% no Extra. As vendas líquidas do Pão de Açúcar, por sua vez, apresentaram recuo de 1,2%. As vendas das bandeiras de Proximidade recuaram 2,8%.

“Para o Assaí, nossa palavra de ordem é crescimento”, segundo Iabrudi.  “É um crescimento através de um plano assertivo, que teve um consenso grande interno e crescimento através de abertura. Isso faz com que a bandeira aumente a lucratividade e a participação no negócio como um todo”, comentou o executivo.

No Multivarejo, o CEO comentou que as evoluções em vários projetos. “O Meu Desconto foi fundamental, porque ele nos permite falar, comunicar e fazer promoções de maneira cirúrgica e personalizada. Há outras iniciativas que têm nos permitido continuar. São iniciativas transversais porque tem uma influência em todas as bandeiras do Multivarejo”, explicou Iabrudi.
Continuidade de esforços

Para Iabrudi, os próximos meses representam continuidade dos negócios da companhia. “O segundo trimestre nos leva a crer que a continuidade desses esforços desse time continua assertiva, mas sempre seguindo uma tendência de evoluir gradativamente e temos conseguido fazer isso apesar de um cenário
macroeconômico,  que continua desafiador e complexo”, disse.

Extra fecha supermercado da rua Campos Salles, no centro

Esta é a segunda unidade do Grupo Pão de Açúcar a encerrar as atividades na região; a primeira foi em Mogi

Mais uma unidade da rede de supermercados e hipermercados Extra encerrará as atividades no Alto Tietê. O supermercado instalado na rua Campos Salles, no centro de Suzano, foi fechado ontem. A medida ocorreu após estudos de viabilidade econômica, segundo informou o Grupo Pão de Açúcar (GPA), empresa responsável pela marca. Alguns funcionários e clientes do estabelecimento foram pegos de surpresa com o fechamento da loja.

Ao contrário do que ocorreu em Mogi das Cruzes, a unidade de Suzano não será substituída por outra marca do grupo. O GPA explicou que o plano de conversão leva em conta os hipermercados Extra. Como em Suzano se tratava de um supermercado, não foi possível reaproveitar a estrutura para a mudança, como aconteceu em Mogi, que terá o espaço reaproveitado para a implantação de uma rede atacadista da marca Assaí, administrada pelo Pão de Açúcar.

Os clientes e até mesmo os funcionários do estabelecimento foram surpreendidos ao chegar no local e se depararem com as portas fechadas e apenas uma placa informando o encerramento das atividades. "Como assim fechou? Ontem eu vim trabalhar e estava normal", questionou um dos trabalhadores.

No entanto, o grupo informou que os colaboradores que manifestarem interesse em continuar no grupo poderão ser transferidos para outras unidades da região. Não foi informado o número de funcionários.

O GPA também responde pelas marcas Assaí, Ponto Frio e Casas Bahia, que têm lojas na região. O Dat questionou sobre a possibilidade de fechar ou adotar o plano de conversão em alguma outra unidade do grupo no Alto Tietê, mas a empresa informou que ainda não há planos para mais encerramentos de atividades nos municípios do entorno.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego de Suzano informou que o fim das atividades do supermercado Extra na cidade é uma perda preocupante, pois trata-se de um grande empregador, além de ser uma empresa com nome forte para o município. "A ideia é buscar mais informações junto à empresa e estimular para que demitam o menos possível, transferindo alguns funcionários para outras lojas do grupo, ou ainda estimular que outras redes contratem essa mão de obra", informou a pasta em nota.

Totvs, patrocinadora do APASNEXT, quer tornar os supermercados mais competitivos

Uma das missões da Totvs, especialista no desenvolvimento de soluções tecnológicas para empresas de todos os segmentos e portes, é tornar os supermercados mais competitivos, um dos fatores que justifica o patrocínio ao APASNEXT, evento de tecnologia da Associação que será realizado no dia 29 de agosto, no ESPAÇO APAS Centro de Convenções.

“Para a Totvs é muito importante participar dos fóruns que discutem os problemas do setor e buscam as melhores soluções para apoiar o crescimento dos varejistas. Compartilhar conhecimento e experiências é uma forma de cumprir nossa missão”, explica Ronan Maia, vice-presidente de Distribuição e Varejo da empresa.

De acordo com Maia, a tecnologia é uma aliada do setor supermercadista para levar ao cliente final novas experiências de consumo, e auxiliar os gestores no controle e gerenciamento mais simples do negócio, inclusive, a partir de indicadores de resultados.

“A tecnologia é uma alavanca para impulsionar os resultados, automatizar controles e processos, e integrar informações e os canais de atendimento, de forma a eliminar o retrabalho e personalizar o relacionamento com a marca/loja. Ou seja, trata-se de tendências que são destaque no contexto da transformação digital dos negócios”.

Ronan Maia destaca ainda que os supermercados são prioridade nos negócios da Totvs.

“Além da solução de gestão da RMS, empresa adquirida em 2013, oferecemos plataformas de e-commerce, colaboração, analytics, mobilidade e inteligência artificial integradas, voltadas às empresas do setor”, concluiu.

Em breve, o Portal APAS disponibilizará mais informações sobre o APASNEXT, inclusive o início das inscrições.

A segunda edição do APASNEXT reunirá temas como:

– “Como a computação cognitiva irá aprender, personalizar e transformar o varejo e experiência de compra”;

– “Transformação digital e os desafios do varejo supermercadista”;

– “Como transformar a base de dados dos clientes em ações de relacionamento duradouro”;

– “Executivos discutem o varejo digital e o empoderamento dos consumidores”;

– “Transformação digital no varejo. Como prepara as pessoas, processos e tecnologia para era digital”;

– “Painel cases de supermercadistas: experiências na adoção de tecnologias”;

– Painel Digital | “Transformação digital no varejo. Como preparar as pessoas, processos e tecnologia para era digital” (Big data, analytics, Machine Learning, Mobile, Internet das Coisas (IoT), APIs, APPS, CLOUD e todas as consequências disso para os negócios);

– Transformando dados em estratégias para o negócio.

Parceiro da APAS já implantou e-commerce para supermercados em mais de 100 cidades

Com mais de um ano de operação, o SiteMercado, empresa especializada em e-commerce para supermercados, já alcançou uma marca positiva e, hoje, já está presente em mais de 100 cidades pelo Estado de São Paulo.

“Até pouco tempo tínhamos somente grandes redes vendendo por e-commerce no país”, comenta Davi Costa, diretor de Tecnologia do SiteMercado.

Costa explica que a grande procura dos supermercados pela plataforma do SiteMercado é fruto da metodologia de trabalho da empresa, que possui um custo baixo e implanta o e-commerce em aproximadamente 30 dias.

“Isto é possível porque o SiteMercado consegue se integrar com qualquer ERP do mercado, e a empresa sobrepõe os obstáculos que geram trabalho extra para o supermercadista”, explica Davi Costa.

Mais informações: www.sitemercado.com.br.

Notícia na íntegra: http://www.profissionaldeecommerce.com.br/newsdino/?title=empresa-de-tecnologia-alcanca-100-cidades-atendidas-por-e-commerce-para-supermercados&partnerid=233&releaseid=126108

26% das pessoas não têm prazer em fazer compras em supermercados

É o que aponta pesquisa realizada pelo app MeSeems, a pedido da startup Superlist

Pesquisa realizada pelo app MeSeems, a pedido da startup Superlist – que permite ao usuário realizar compras de mercado programadas e com desconto pela internet – indica que 26% das pessoas nas grandes cidades não têm prazer em fazer compras em supermercados. E mais: 12% dos consumidores preferem evitar ao máximo a ida a este tipo de estabelecimento.

Falta de tempo, economia e acesso à internet foram fatores relatados pelos consumidores, que ainda contaram gastar mais de duas horas dentro do supermercado realizando compras quando poderiam utilizar esse tempo em outras atividades de seu interesse.

A pesquisa também revela que 29% das pessoas entrevistadas concordam total ou parcialmente que a ida ao supermercado é considerada uma obrigação e gostariam de poder se livrar dela.

O estudo reforça a importância do e-grocery (supermercado online) na vida das pessoas nas grandes cidades. “A internet revolucionou mercados estabelecidos como o da música, dos livros e dos vídeos e está claro que também será responsável pela alteração no modo como os consumidores lidarão com a questão do varejo alimentar e sobretudo na maneira com que as residências modernas serão abastecidas, diz Alberto Parra, CEO de Superlist.

Outro dado que comprova a força do e-grocery é que o setor deve se expandir consideravelmente nos próximos oito anos. De acordo com projeção do instituto Nielsen, as compras de supermercados online, que hoje representam menos de 1% do setor de varejo, devem alcançar 25% de market share até 2025.

Rede de Supermercados Comper é condenada por vender produtos vencidos

Redação do GD

A Rede de Supermercados Comper foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) a pagar R$ 100 mil em danos morais coletivos por vender produtos com prazo de validade vencidos ou sem informação quanto à data de fabricação e validade. A ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 1ª instância foi julgada improcedente. Ou seja, com ganho de causa ao Comper.

No entanto, o Ministério Público recorreu e interpôs recurso de apelação que foi acolhido por unanimidade pela 4ª Câmara Cível do TJTM. De acordo com o Ministério Público, não cabe mais recurso por parte do mercado pois a decisão já transitou em julgado. Sendo assim, a empresa terá que efetuar o pagamento.

Conforme a decisão do Tribunal de Justiça, as empresas devem se abster de vender, expor à venda ou, de qualquer outra forma, entregar ao consumo produtos com o prazo de validades vencidos, ou que não contenham informações quanto à data de fabricação e validade ou identificação e origem do lote e produtos com embalagens danificadas ou deterioradas. Em caso de descumprimento da ordem judicial, a Rede de Supermercado Comper terá que pagar R$ 200 por produto apreendido (unidade).

Além disso, as empresas do grupo EBS Supermercados Ltda e Comati Comercial de Alimentos Ltda terãoque comprovar a regularização de todas as irregularidades constatadas pela Vigilância Sanitária. Caso contrário, haverá interdição da área de padaria, câmaras frias, área refrigerada de frutas, legumes, verduras, além do açougue, peixaria, área de frios, rotisseria e restaurante, sujeitando-as também a multa diária de R$ 5 mil para caso de descumprimento.

Relator do recurso, o desembargador José Zuqim Nogueira destacou em seu voto que as irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária Municipal, quanto ao armazenamento, manuseio e exposição de produtos com data de validade vencida, fogem completamente do aceitável, violando padrões mínimos de higiene, em flagrante violação às regras protetivas do Código de Defesa do Consumidor.

“O armazenamento, manuseio e a forma como os produtos eram colocados à venda deixa evidente o dano causado à coletividade, diante do comprometimento da vida e da saúde dos consumidores (…) Sendo assim, entendo pela condenação das apeladas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos (….). No que diz respeito ao valor (R$ 100 mil) mostra-se proporcional, reparando de forma adequada o dano causado aos direitos consumidores e de acordo com o precedente desta Câmara em situação semelhante”, destacou Zuquim.

Outro lado – Em nota a rede Comper informou que "trata-se de uma ação relativa ao ano de 2010 e que a empresa já fez todas as adequações necessárias estabelecidas pela legislação vigente. A empresa reforça que cumpre seu papel no desenvolvimento econômico das cidades onde está presente, gerando empregos e atuando em ações sociais locais".

Savegnago Supermercados colhe frutos da campanha de aniversário

O Savegnago Supermercados, com atuação no interior paulista – está com a Campanha “Aniversário Savegnago: o maior de todos os tempos”, em comemoração aos 41 anos da rede. A ação, que iniciou no dia 27 de julho, já mostra superação de metas e adesão do consumidor. Em apenas quatro dias (27 a 30 de julho) de promoção , as vendas foram 38,26% maiores do que o esperado. O fluxo de clientes aumentou 28,40%. Segundo a rede, o valor médio de cada cupom de compra dos clientes (ticket médio) foi maior em 45,02%. O universo de clientes já alcançados também é destaque: 180 mil pessoas informaram seu CPF no caixa, ou seja, estão aptas a se cadastrar no site da rede e concorrer aos sorteios. A rede já gerou 404 mil cupons.

Concorre o consumidor que adquirir R$ 80,00 e seus múltiplos em compras. A ação terá um total de 20 prêmios, somando R$ 400 mil. São cinco vale-prêmios de R$ 50 mil em barras de ouro cada e outros 15 de R$ 10 mil em barras de ouro cada um. Além da premiação, a campanha atrai o consumidor principalmente pelas promoções e preços baixos em produtos de diversos setores dentro das lojas.

“Isto é possível pelo poder de negociação que temos com nossos fornecedores. São mais de 300 itens em promoção”, destaca o gerente de marketing Murilo Savegnago. Outra alternativa que a rede oferece aos clientes para driblar a crise e atrair mais consumidores é o cartão de crédito da própria empresa, que oferece possibilidade de parcelamento sem juros. “Quem paga as compras com o ‘Nosso Cartão’ ainda ganha pontos em dobro na campanha de aniversário, aumentando as chances de concorrer ao sorteio”, destaca o gerente.

A campanha de aniversário do Savegnago Supermercados é válida em todas as filiais e terá duração total de 54 dias, concluindo até o dia 19 de setembro de 2017.

“Os números da rede mostram que é possível driblar as margens apertadas e melhorar os resultados, mesmo diante de um cenário de menor poder de compra”, afirma Chalim Savegnago, presidente-executivo da rede.

Fundado em agosto de 1976 em Sertãozinho, interior de São Paulo, o Savegnago Supermercados possui 38 lojas em atividades em 13 cidades; um Centro de Distribuição e quatro postos de combustíveis.

STF invalida lei fluminense sobre empacotamento em supermercados

Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 907, ajuizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) contra a Lei estadual 2.130/1993, do Rio de Janeiro, que torna obrigatória a prestação de serviços de empacotamento nos supermercados.

A maioria dos ministros avaliou que a norma ofende o princípio da livre iniciativa, previsto no artigo 170 da Constituição Federal, ao obrigar os supermercados a manter pelo menos um funcionário em cada máquina registradora, com a atribuição de acondicionar as compras ali efetuadas. Prevaleceu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, que será o redator do acórdão.

Relator

O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela parcial procedência da ADI, declarando a inconstitucionalidade apenas do parágrafo único do artigo 1º da lei, o qual estabelece que o serviço deve prestado por funcionário do estabelecimento, que terá como função principal a de empacotador, de colocar, em sacolas, os produtos que forem adquiridos pelos clientes. A seu ver, esse dispositivo fere o artigo 22, inciso I, da Constituição, que prevê ser competência privativa da União legislar sobre Direito do Trabalho.

Em relação à obrigatoriedade do empacotamento, o relator avaliou que se trata de um trabalho com finalidade de evitar filas, possibilitando ao consumidor ter um serviço melhor prestado. Ele apontou ainda que os estados possuem competência concorrente à União para legislar sobre Direito do Consumidor, conforme prevê o artigo 24 do texto constitucional.

O ministro Alexandre de Moraes entendeu ainda que a lei fluminense não fere a livre iniciativa, pois ela não acarreta nenhum custo a mais ao estabelecimento. Citou ainda que a jurisprudência do STF é no sentido de que a autonomia à iniciativa empresarial não proíbe o Estado de atuar subsidiariamente para garantir a proteção ao consumidor. Seu voto foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.

Divergência

O ministro Roberto Barroso foi o primeiro a divergir do relator, julgando toda a lei inconstitucional. Na sua avaliação, o modelo econômico previsto na Constituição de 1988 é o da livre iniciativa. “Nesse modelo, não cabe ao Estado decidir se vai ter ou não empacotador nos supermercados”, afirmou. Ele sustentou que o Estado deve interferir na economia pelos fundamentos constitucionais que legitimem essa intervenção, que ele não verificou no caso.

A divergência foi seguida pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.

Liminar

A eficácia da lei fluminense já estava suspensa por liminar anteriormente deferida pelo STF. Com o julgamento de mérito realizado na sessão desta terça-feira (1º), o Plenário declarou a inconstitucionalidade da norma.

RP/AD

Processos relacionados
ADI 907

J&F negocia venda da Vigor e metade da Itambé para grupo mexicano Lala

A transação está na dependência da aprovação do conselho de administração do Grupo Lala, que deve discutir o assunto na quinta-feira.

Por Karina Trevizan, G1

01/08/2017 20h37

A J&F informou nesta terça-feira (1) que "está em um processo avançado de negociações" para vender toda sua participação na Vigor ao Grupo Lala a Vigor Alimentos, do México, incluindo também sua participação de 50% da Itambé Alimentos. Em nota, o Grupo Lala informou que que "concluiu o processo de negociação destinado a completar a aquisição".

Segundo as empresas, a celebração dos acordos relacionados à transação está sujeita à aprovação do conselho de administração do Grupo Lala, que irá discutir o assunto na quinta-feira (3). O Grupo Lala informou que a operação depende ainda de "autorizações governamentais, acordos de acionistas e outras condições contratuais".

A Vigor, tem 7,6 mil funcionários, 11 centros de coleta de leite e 14 plantas de produção. Os produtos são comercializados sob marcas como Vigor, Danubio, Faixa Azul, Leco entre outros. A participação da J&F na composição da Vigor representa 19% de suas ações. Os outros acionistas da Vigor são a FB Participações (72%) e Arla Foods (8%).

Já a Itambé é composta por 50% das ações pertencentes à Vigor (que estão em processo de negociação de venda ao Grupo Lala) e outros 50% que correspondem à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR).

O Grupo Lala, que tem ações negociadas na bolsa de valores mexicana, é o maior grupo industrial de lácteos do México, segundo a J&F, fundado há mais de 60 anos e com atuação nos mercados do México, EUA e América Central.

Venda de ativos

Esta é a segunda venda de ativos da J&F após a eclosão do escândalo de corrupção envolvendo o nome do grupo, controlador da JBS. Em junho, foi fechado acordo pela venda da Alpargatas à Cambuhy.

"A alienação da Vigor elevará a liquidez financeira da J&F e fortalecerá sua estrutura de capital", disse a J&F em nota nesta terça, sem divulgar o valor das negociações.

As vendas ocorrem após a J&F fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF). A empresa se comprometeu a pagar multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos. A negociação bilionária assegurará o fim das investigações da Polícia Federal (PF) e do MPF contra as empresas do grupo J&F nas operações Greenfield, Sepsis, Cui Bono, Bullish e Carne Fraca.

No entanto, o acordo de leniência não tem relação direta com a delação premiada fechada pelos executivos da J&F, entre os quais os empresários Joesley e Wesley Batista.

Doçuras à beira-mar

A produção do cacau destaca a cidade de Ilhéus como referência nacional na produção de chocolate. Visitantes podem fazer tours por fazendas que trabalham com o fruto e conhecer o processo

» Álef Calado*

Publicação: 02/08/2017 04:00

Quando você pensa na fabricação de chocolate, qual a primeira cidade brasileira que vem à sua cabeça? Muitos devem pensar, quase que instantaneamente, na charmosa, pacata e extremamente fria Gramado, na serra gaúcha, Rio Grande do Sul. O que pouca gente sabe é que vem de um estado bem mais quente, há quase 3 mil km da terra do chimarrão, mais de 70% da principal matéria prima para a fabricação do doce.

O clima agradável e o solo fértil foram essenciais para que o cultivo do cacau se estabelecesse extremamente bem no litoral sul da Bahia. Segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no ano passado, das 146,9 mil toneladas do fruto produzidas no Brasil, 101,3 mil cresceram em lavouras na região baiana. Um dos pontos cacaueiros mais importantes do estado é a cidade turística de Ilhéus, onde o fruto desembarcou em meados dos anos 40 e faz parte da história do município.

Quase tão bom quanto degustar os chocolates ilheenses é conhecer, de pertinho, a fabricação da guloseima. Para isso, grande parte das fazendas responsáveis pela colheita do cacau montam programações especiais para visitantes. Mas antes, um aviso: ainda no hotel, certifique-se de estar com tênis confortáveis, preparado para pisar na lama, e de levar repelente, protetor solar e um boné; itens quase obrigatórios para sobreviver nas plantações.

Um dos destinos mais procurados é a Fazenda Yrerê, na Rodovia Jorge Amado. Quem recepciona os turistas é a Amora, uma Fox Paulistinha extremamente dócil que faz questão de um cafuné. Com mais de 200 anos de história — 140, só de plantio de cacau — o rancho é uma antiga sesmaria doada aos primeiros donos pela coroa portuguesa. Antes do fruto, a principal atividade comercial do local era a extração de madeira; então, o visitante encontra exemplares de praticamente todas as espécies de árvores.

O bolo de chocolate da dona Dadá, na fazenda Yrerê, é imperdível

Na hora de conhecer a plantação, além da Amora, quem acompanha os visitantes é o fazendeiro Gérson Marques, proprietário do local. Explicações sobre o plantio e a extração do cacau, assim como histórias da fazenda e a prova in natura do fruto fazem parte do tour. Saindo do mato, conhecemos a barcaça, onde os grãos de cacau secam ao sol.

Subindo de volta para a sede, um local que encanta pelos detalhes e chama a atenção pela beleza, o melhor momento do passeio: a degustação. Não deixe de experimentar o incrível bolo de chocolate caseiro da dona Dadá. Para acompanhar, jarras do mais puro suco de cacau, uma iguaria deliciosa da região. Tanto a amêndoa quanto o nibs — pedaços tostados do grão — e até mesmo alguns chocolates fabricados com o fruto de Yrerê também estão disponíveis para degustação.

* Estagiário sob supervisão de Taís Braga

Cuidado com a Santa!
Quando Gerson e Dadá resolveram investir no potencial histórico do sítio, eles optaram por mudar o nome da fazenda, que se chamava Nossa Senhora de Fátima. Com medo de irritar a Santa, eles chamaram uma mãe de santo para fazer um trabalho diplomático e garantir que estava tudo bem.