Água de Gravatal recebe prêmio internacional

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A água mineral Gravatal recebeu um prêmio de terceira colocação como a melhor água mineral natural na Feira Internacional de Turismo Termal Saúde e Bem-estar (Termatalia).

Para o secretário de Turismo do município, Fabrício Medeiros de Medeiros, o prêmio é uma vitória para a empresa e também para a cidade. “É um produto nosso, e, com esta premiação, nossa água termal passa a figurar no rol mundial entre as melhores que existem”, comemora.
Concorrendo com outras 126 marcas de todo o mundo, na feira que ocorreu em Ourense, Espanha, a água Gravatal ficou atrás apenas de uma marca da França e outra da Espanha.

A Termatalia é uma mostra que atinge a sua 17ª edição, sendo a única feira mundial especializada que representa uma ponte entre a Europa e a América Latina, reunindo profissionais de mais de 25 países.

Fabrício destaca que a feira serve como ponto de referência internacional para negócios de turismo termal, saúde e bem-estar. Nesta edição, teve a participação de 260 expositores, 30 operadores turísticos e 40 países representados, com uma presença maciça na América Latina e na Europa, também incorporando a Ásia-Pacífico.

A próxima edição da mostra ocorre em 2018, em Foz do Iguaçu, e a intenção é levar a água de Gravatal mais adiante. “A ideia é trabalhar para que o produto da cidade ganhe o primeiro lugar, se tornando, assim, referência de qualidade. Também temos a ideia de trazer a feira para o município, na edição de 2020, e vamos trabalhar para isso”, frisa o secretário.

TJ-RJ determina que cerveja carioca mude seu rótulo por copiar marca belga

22 de setembro de 2017, 18h20

Por Fernando Martines

Por haver muita semelhança nos rótulos de produtos da mesma natureza e espécie, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que a cerveja Deuce mude todo seu layout para se diferenciar da Duvel. A decisão é da 11ª Câmara Cível, que deu 15 dias para a mudança ser feita e manteve a condenação da empresa ao pagamento por danos materiais, em valores que ainda serão definidos, e por danos morais, estipulados em R$ 20 mil.
Produtos tem grande semelhança no rótulo e design da garrafa. Reprodução

A cerveja Deuce é fabricada por um belga radicado no Rio. Já a Duvel é uma cerveja belga com mais de um século de existência. Ambos os nomes significam “diabo” e a marca europeia alegou que a brasileira tem letras, rótulo, cores e formato de garrafa praticamente idênticos aos seus.

O desembargador Luiz Henrique Oliveira Marques acolheu o pedido da marca belga, que nos últimos anos passou a ser comercializada no Brasil. “Com efeito, a marca de cerveja ‘Deuce’ é muito semelhante à cerveja ‘Duvel’ da autora, sendo certo que são produtos da mesma natureza e espécie, no mesmo ramo de atividade mercantil, de forma que a utilização do rótulo em questão, por certo, possibilitou o desvio de clientela, gerando confusão entre as empresas e consequentemente, prejuízo à recorrida, sendo devida a reparação por danos materiais”, disse.

A cerveja brasileira chegou a mudar seu rótulo, mas não foi o suficiente para convencer o desembargador. Para ele, ficou caracterizada a prática de concorrência desleal.

“A aparência substancialmente idêntica tem evidente intenção de obter vantagem indevida sobre os esforços da Duvel, cervejaria com quase um século de atuação no exterior e que vem construindo um fiel mercado no Brasil, especialmente entre os consumidores de produtos artesanais. Isso configura concorrência desleal por parte da Deuce e justificou a condenação inclusive por dano moral, o que não é comum neste tipo de caso”, aponta a advogada Roberta Arantes, sócia do escritório Daniel Legal & IP Strategy, que atuou na defesa da marca belga.

Automedicação pode encobrir doenças e mascarar sintomas

Abusos de analgésicos e anti-inflamatórios são os mais comuns

Franco Malheiro

O uso indiscriminado e sem consulta médica de antibióticos para tratar de crises de sinusite crônica levou a fotógrafa Ariane Faria ao hospital.

“Eu desmaiei, tive vômito, meu estômago foi completamente atacado”, relata a fotógrafa que estocava remédios em casa, por não completar os tratamentos prescritos pelos médicos. “O problema se agravou quando eu tomei com um intervalo menor do que o usual”.

De acordo com especialistas, uma das principais complicações da automedicação é ela encobrir um diagnóstico, o que pode causar danos desde intoxicações e até mascarar sintomas de doenças graves.

“Chamamos sempre atenção para o erro de diagnóstico. As pessoas acreditam estar tratando de uma doença, mas estão, na verdade, com outra e acabam utilizando medicamentos errados”, chama a atenção o médico Oswaldo Fortini, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, regional Minas Gerais.

O médico alerta para os riscos de mascarar os sintomas. “A pessoa aparece com uma dor forte no estômago e entra com medicamento sem consultar o médico, e aquela dor pode ser, por exemplo, uma apendicite que, se não cercada logo, pode se agravar muito”, destaca Fortini.

De acordo com o clínico geral, os abusos mais frequentes são de remédios como analgésicos e anti-inflamatórios. “Esses remédios mais corriqueiros e de fácil acesso, as pessoas abusam mais”, relata. Ele ressalta que, se utilizados de forma indiscriminada e por períodos prolongados, esses medicamentos podem causar sérios danos à saúde. “Anti-inflamatório com uso prolongado pode causar no paciente problemas renais, e analgésicos podem afetar o sangue, aumentando a probabilidade de hemorragias”, alerta.

A advogada Carolina Parreira, 25, sofre de enxaqueca e, por isso, sempre abusou do uso de analgésicos. “Chegou a um ponto em que a minha dor de cabeça estava muito frequente e cada vez mais intensa, além de não passar facilmente, mesmo com o uso de remédios”, conta a advogada. Ela comenta que precisou ficar um tempo sem fazer uso de analgésico, e com isso as crises de enxaquecas foram diminuindo. “Eu tomava todo dia. Sentia uma pontada e já tomava um comprimido. Precisei ficar um tempo sem tomar. Hoje, tenho menos crises, mais quando fico sem meus óculos”, completa.

Mistura. Os especialistas alertam para os riscos de interações medicamentosas. Alguns pacientes crônicos, que fazem uso de determinados medicamentos, correm o risco de intoxicação com automedicação.

Estatísticas. A cada quatro brasileiros que vão às farmácias comprar remédios, três o fazem sem receita médica, mostra pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Continuada da Federação Brasileira de Farmácias (Ifepec).

Remédios para nariz trazem risco à saúde

Nesse período do ano, devido ao tempo seco, é comum que as pessoas fiquem com o nariz ressecado e congestionado. Com isso, passam a recorrer ao uso de soros, e remédios de aplicação nasal.

O médico Oswaldo Fortini alerta para o grande risco que esses remédios oferecem. “Muitos desses remédios possuem efeito de vasoconstrição, prejudicando a circulação sanguínea, podendo causar até mesmo infarto”, ressalta.

A advogada Carolina Parreira fazia uso abusivo de um desses descongestionantes nasais, o que lhe causou dependência. “Meu nariz foi totalmente corroído pela química do remédio, e parei de sentir cheiro”, conta.

“Precisei ficar sem usar e, para isso, usava apenas algumas horas do dia, e fui diminuindo a dosagem até ficar apenas com o soro fisiológico”. De acordo com especialistas, é recomendável, nesta época do ano, o uso apenas de soro fisiológico puro.

Problemas medicamentosos

Anticoagulantes com anti-inflamatórios: Pode causar hemorragias.

Paracetamol com álcool: O paracetamol é bastante agressivo ao fígado. Usado para curar dores de cabeças de ressacas alcoólicas, pode envenenar fígado e rins.

Antibióticos: O mau uso pode criar resistência em bactérias, intensificando as infecções.

Descongestionantes nasais: Esses remédios podem causar dependências e problemas cardíacos sérios.

Farmácia Solidária de Orleans disponibiliza medicamentos gratuitos para a população

22/09/2017

A Farmácia Solidária foi criada em novembro de 2015, através do Programa Reciclando Medicamentos, uma parceria entre a Prefeitura de Orleans e o Centro Universitário Barriga Verde – Unibave, com objetivo inicial de dar um destino mais útil às sobras de medicamento que a população tem em suas residências.

Conforme explica o farmacêutico responsável, Alexandre Piccinini, a Farmácia Solidária funciona em dois formatos. As pessoas dirigem-se até o local ou até as Unidades de Saúde para fazerem a doação dos remédios. Os que estiverem dentro do prazo de validade e atenderem requisitos de conservação serão disponibilizados na farmácia solidária para serem doados as pessoas que precisarem, sem custo algum.

Outra finalidade da Farmácia Solidária, segundo Piccinini, é servir como ponto de coleta de remédios com prazo de validade ultrapassado. Eles são encaminhados para a Vigilância Sanitária, sem correr o risco de serem descartados inadequadamente no lixo comum.

A Farmácia Solidária também recebe doações de amostras dos consultórios médicos com a intenção de contribuir com a saúde pública. O responsável conta ainda que o fornecimento da medicação é feita por meio da prescrição médica, preferencialmente. As pessoas que sofrem de doenças crônicas devem apresentar a embalagem do medicamento na hora da retirada.

“O objetivo da Farmácia Solidária é conscientizar a população do descarte correto dos medicamentos com o intuito de evitar a contaminação do solo e de animais. Além disso, ela serve também para beneficiar a população com medicamentos doados gratuitamente”, frisou Alexandre.

A caixa “Reciclando Medicamentos” é outra maneira de as pessoas depositarem os remédios vencidos. Elas estão presentes em todas as Estratégia Saúde da Família – ESF’s da rede pública. Todo mês, Alexandre visita as unidades para fazer a coleta das doações.

A doação para menores de 18 anos é realizada somente na companhia de um responsável. Atualmente, a Farmácia Solidária tem mais de 1,5 mil produtos cadastrados. Entre eles, estão: Benicar, Brasart, Micardis Anlo, Bicalutamida. Estes possuem valores elevados e, no local, são disponibilizados gratuitamente a quem necessita.

A Farmácia Solidária conta ainda com remédios direcionados a quem sofre de diabetes, controle de pressão, anti-inflamatório, anticoncepcional e entre outros. “Pedimos que a população faça a sua doação, repasse os medicamentos adiante, pois outras pessoas podem fazer o uso. Tudo pode ser aproveitado. E, antes de utilizar qualquer medicamento, o paciente deve procurar o profissional farmacêutico e tirar todas as dúvidas”, destaca.

A Farmácia Solidária realiza atendimento ao público apenas no período da tarde, das 13h30min às 17h30min. Ela Está localizada na Rua Alexandre Sandrini, no Centro de Especialidade, ao lado da Unidade de Saúde São Donato, próximo ao Pró-Saúde (apenas referência). Para mais esclarecimentos, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (48) 98406-3891.

Colaboração: Edivaldo Lubavem / Comunicação Prefeitura de Orleans

De Olho no Amanhã

As Salas de Atenção Farmacêutica da A Nossa Drogaria

22/09/2017

Com a aposta de que este será o futuro das farmácias no Brasil, a rede A Nossa Drogaria, com 26 lojas próprias no estado do Rio de Janeiro, revela que está investindo cada vez mais em salas de atenção farmacêutica com o objetivo de oferecer ao consumidor um serviço e atendimento personalizado de saúde. "Hoje nós aplicamos vacinas, realizamos teste de colesterol, glicemia, aplicação de injetável e até teste de avaliação física.", comenta Eduardo Pereira de Souza, diretor comercial da A Nossa Drogaria, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News.

A empresa atinge um público de baixo poder aquisitivo, com maior carência de acesso a saúde, essa tendência só deve se confirmar e se tornar a maior oportunidade do setor. "O primeiro acesso que as pessoas têm são as farmácias e drogarias. Por isso, investimos para que o cliente com problema de saúde seja atendido rapidamente pelo farmacêutico, que realiza o diagnóstico e encaminha para o hospital", explica Eduardo. Todos os serviços oferecidos pela rede são pagos e a faixa de preço fica em torno de R$ 20. Atualmente, A Nossa Drogaria presta o serviço de atenção farmacêutica em 17 lojas e a promessa é de implementar as salas em todas as novas lojas da rede a partir deste ano.

Projeto de Chegar a 40 Lojas Até 2019
Ainda de acordo com o executivo, a empresa projeta chegar a 40 lojas até 2019. "Hoje nós temos uma forte atuação na baixada Fluminense, na Zona Oeste e na Zona Norte do Rio de Janeiro. O nosso conceito é trabalhar saúde e a autoestima do consumidor e, quando falamos de autoestima, estamos falando de higiene e beleza. Por isso, a nossa ideia é abrir lojas cada vez maiores com o objetivo de oferecer um sortimento mais adequado às necessidades do cliente, tanto em medicamentos, Mips, higiene e beleza e serviços em geral", finaliza Eduardo.

O setor de farmácias repete processo vivido pelo comércio de eletrodomésticos há duas décadas: ameaças e alternativas para a economia regional

O mesmo movimento que se viu em Campos (e outras cidades de porte médio) há cerca de duas décadas, na área de eletrodomésticos, agora acontece com o setor farmacêutico.

A entrada no comércio local dos grandes grupos que atuavam nas regiões metropolitanas como o Ponto Frio, Tele Rio, Casas Bahia e outros, que foram responsáveis por desmontar o comércio local deste segmento com o fechamento da Icaraí Móveis, Distribuidora Mercantil, Tri Som e outras.

Agora este processo avança para um setor onde a característica de varejo – com pequenas e constante compras – é ainda forte, como no caso da venda de medicamentos e materiais de beleza e perfumaria, como é o caso das farmácias, onde se vende de tudo um pouco.

A invasão das lojas de redes como a Pacheco, Droga Raia e outras, já espreme o segmento varejista local do comércio de farmácias, mesmo aqueles que possuem não apenas lojas, mas uma base de distribuição, como é o caso da tradicional Isalvo Lima, grupo cada vez mais vinculado à área de imóveis e menos à de drogarias.

Este movimento não é um fenômeno local, mas atinge todo o interior, inicialmente nas cidades de porte médio em quase todo o Brasil.

Observa-se assim que o comércio no país é cada vez menos local e mais de massa, com grandes grupos e corporações comandando o varejo em boa parte do país. Tudo isto, sem falar nas vendas pela internet (e-commerce).

No máximo, os interessados em investir nos comércios locais, quase que ficam restritos às franquias de marcas mais conhecidas e com os riscos já conhecidos, para quem se dispõe a colocar suas economias no setor. Neste tipo de alternativa, muita gente vem perdendo dinheiro iludido com as promessas das marcas.

Inicialmente, as comunidades tendem a ver neste processo, uma espécie de sinal de modernidade, pelo acesso a estas marcas, porém, mais adiante percebem que elas embutem outros problemas e riscos.

Desta forma, avança-se na oligopolização também ne varejo, em grande parte do comércio nacional. Os grupos ficam de olho nas economias locais/regionais que ganham algum dinamismo, com o objetivo de capturar seus excedentes que são levados para as metrópoles.

Assim, as economias e os comerciantes locais vão sendo ameaçados por um processo difícil de ser detido. Tratam-se de circuitos distintos da economia que merecem ser investigados. Um é ligado às grandes marcas (e fundos financeiros que são seus controladores) e o outro, “inferior”, cada vez mais empurrado para o comércio informal e marginalizado instalado mais próximo do cidadão.

Em alguns pontos eles se cruzam com o uso das informações digitais e buscam disfarces para fugir dos tributos e das fiscalizações governamentais.

Fato é que este movimento tende, no geral, a enfraquecer as economias locais-regionais e favorecer – com a captura de dinheiro e lucros – os maiores grupos econômicos do país.

A vida na sociedade contemporânea é cada vez mais complexa e o interesse e capacidade de atuação dos grandes grupos é quase avassalador.

O fato chama mais a atenção porque o comércio sempre foi um espaço de atuação da antiga burguesia, num momento pós-rural, nestes negócios de intermediação, que exigia menos investimentos, por exemplo do que a implantação de plantas industriais.

O caso parece ser apenas do comércio, mas ele aponta outras as dificuldades. Analisando mais profundamente este fato, ele mostra que a implantação de projetos regionais de desenvolvimento precisam ser integrados e envolver vários municípios. Será necessário visão de integração regional.

Será necessário um projeto de desenvolvimento regional que vá além do comércio e serviços. Será preciso envolver a produção material (agrícola e industrial), para assim arrastar os demais setores. Sem essa perspectiva, os municípios viverão sempre dependentes.

Não agir pró-ativamente nesta linha reforçará a velha ideia de esperar e estimular os grandes projetos que vêm de fora (exógenos), o chamados “Grandes Projetos de Investimentos” (GPI) que quando acontecem, tendem a se instalar como enclaves, com pouquíssimo diálogo e articulação com as comunidades locais que ficam isoladas.

É preciso investir nas pessoas da região com os recursos que ainda existem e que vão ficar mais escassos adiante quando a Economia dos Royalties tiver se liquefeito.

Mas, fiquemos por aqui com a análise que acaba levantando outras questões que esta postagem quer apenas provocar.

É preciso pensar saídas, num momento em que há um certo vazio, em termos de se pensar alternativas para a diversificação da economia (para além dos royalties do petróleo) e em implantar Políticas Públicas mais eficientes e de interesse do cidadão.

Postado por Roberto Moraes às 17:02

Audiência pública discute segurança em farmácias e drogarias, nesta segunda-feira (25)

22/09/2017 17:05h

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), através da Comissão de Assistência Social e Trabalho, realizará, nesta segunda-feira (25), audiência pública para discutir a segurança em farmácias e drogarias do Estado.

A audiência, que acontecerá no plenário Ruy Araújo, do Parlamento Estadual, foi proposta pelo presidente da Comissão, deputado Dr. Gomes (PSD), atendendo a solicitação do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas (CRF-AM).

No documento encaminhado ao Dr. Gomes, a presidente do CRF-AM, Ednilza Guedes, destaca que a violência e a sensação de insegurança dentro das farmácias e drogarias se tornaram recorrentes no Estado do Amazonas, fragilizando a adequada prestação do serviço à população.

Ednilza Guedes relatou uma série de assaltos ocorridos em estabelecimentos farmacêuticos, recentemente. Em um deles, no dia 19 de julho passado, a farmacêutica Larissa Straus da Costa foi baleada quando trabalhava em uma farmácia na Rua Rodrigo Otávio, no bairro Japiim, na zona sul de Manaus.

A presidente do CRF-AM informou que, somente entre os dias 16 e 17 de julho último, foram registrados aproximadamente seis assaltos em farmácias e drogarias, no bairro Japiim. “Certamente tal situação desperta a preocupação deste Conselho Regional, isso porque, para o pleno exercício da farmácia, é indispensável que o profissional farmacêutico tenha sua integridade física resguardada”, destaca um trecho da solicitação do CRF-AM.

11 dúvidas sobre antibióticos e resistência bacteriana

22/09/2017 Redação do Paranashop Vida e Saúde

Eles revolucionaram a maneira como tratamos infecções. Desde que o bacteriologista escocês Alexander Fleming descobriu a penicilina, em 1925, os antibióticos vêm desempenhando um papel fundamental no combate às infecções causadas por bactérias.

No entanto, o uso indiscriminado desse tipo de medicamento passou a preocupar as autoridades mundiais de saúde, pois, quando um antibiótico é utilizado, as bactérias que ele combate podem se tornar resistentes ao tratamento.

Este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma lista de bactérias resistentes a múltiplos antibióticos[i]. Esses organismos têm capacidades inatas de encontrar formas de resistir ao ataque dos medicamentos e podem transmitir seu material genético para outras bactérias, fazendo com que também se tornem resistentes aos fármacos.

A lista da OMS é dividida em três categorias principais: Acinetobacter, Pseudomonas e várias Enterobacteriaceae (incluindo Klebsiella, E. coli, Serratia e Proteus), responsáveis por causar problemas graves e que podem levar à morte, como infecções da corrente sanguínea e pneumonia.

Um relatório encomendado pelo governo britânico estima a morte de 10 milhões de pessoas por resistência bacteriana, em 2050, ultrapassando as mortes por câncer e diabetes, caso nenhuma medida de combate à resistência bacteriana seja instituída[ii].

Seja dentro de casa (sob prescrição médica) ou no ambiente hospitalar, o uso de antibióticos e a resistência bacteriana ainda causam muitas dúvidas. Abaixo, a Dra. Ana Gales, coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), esclarece as principais. Confira!

Qual a função dos antibióticos e por que sua invenção representa um marco na história da humanidade?

Os antibióticos são substâncias capazes de matar bactérias – microrganismos que causam infecções. Algumas dessas infecções são graves e podem levar à morte. O uso desses medicamentos evita consequências mais graves. Antes dos antibióticos, algumas infecções, como a meningite bacteriana e a pneumonia bacteriana tinham altas taxas de mortalidade, que foram reduzidas consideravelmente.

O que são as chamadas “superbactérias”?

Nem sempre as superbactérias são as mais mortais. O que acontece é que elas carregam consigo muitos genes de resistência. Dessa maneira, há poucas opções terapêuticas para combatê-las, o que não significa uma sentença de morte e sim uma dificuldade maior de encontrar o tratamento mais adequado.

Quais são os riscos da resistência bacteriana?

O principal risco da resistência bacteriana é a redução do número de opções disponíveis para tratar as infecções.

Muito se fala sobre o relação do uso inadequado de antibióticos e o aumento da resistência bacteriana. Como isso acontece e o que pode ser feito para evitar o problema?

A bactéria resistente já existe na natureza. Quando utilizamos um antibiótico, involuntariamente favorecemos seu crescimento, porque o tratamento atinge as bactérias mais sensíveis dando espaço e condições para que as remanescentes (mais resistentes) cresçam e se multipliquem.

A chave para frear o crescimento das bactérias resistentes é evitar o uso de antibióticos, não só em humanos, mas na criação de animais, de desinfetantes e de metais pesados que têm ação antimicrobiana e podem favorecer a resistência bacteriana.

A população em geral tem a ideia de que as bactérias necessariamente são vilãs, que sempre causam doenças. Na realidade, muitas são benéficas, a exemplo das presentes na microbiota intestinal que são responsáveis por vários processos como a digestão de alimentos.

O que define o uso inadequado dos antibióticos?

Primeiro devemos definir o que é considerado adequado. Quando falamos em uso adequado, estamos falando daquele feito de acordo com o resultado do antibiograma, que é o teste realizado em laboratório para saber se a bactéria é sensível ao antibiótico ou não. Com isso estabelecido, a dose correta deve ser prescrita pelo período apropriado de tempo. No caso de infecções mais graves, a aplicação deve acontecer o mais rápido possível.

Existe algum risco de se tomar antibióticos prolongadamente? Quanto mais eu tomo um antibiótico, menos efeito ele faz?

Nesse caso, maior é a chance de ter uma mudança no equilíbrio da microbiota (bactérias naturalmente presentes no corpo). Existem algumas bactérias no organismo humano cuja função é proteção. Quando tomamos um antibiótico de maneira inadequada, podemos matar as bactérias “boas” e dar espaço para bactérias não habituais aparecerem, sobreviverem e se multiplicarem.

Por que não conseguimos mais comprar antibióticos sem receita?

O uso de antibióticos sempre foi condicionado à prescrição médica, mas desde outubro de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a exigir a retenção de receita para a compra de antibióticos. Isso aconteceu devido ao reconhecimento de que a resistência bacteriana ao antibiótico é um grave problema de saúde pública.

Houve queda nos índices de uso de antibióticos no país desde a implementação da medida em 2010?

Sabemos que houve uma queda no uso de antibióticos pela população – que geralmente não são os mesmos prescritos no ambiente hospitalar. Enquanto, na maioria dos casos, para o público geral são prescritos medicamentos orais, no ambiente hospitalar geralmente são utilizados antibióticos de outros grupos, mais fortes e de administração intravenosa.

A questão é que a redução do uso de antimicrobianos terá resultados visíveis em longo prazo. Porém, outros fatores interferem na resistência. O uso de antibióticos em animais de criação (pecuária, suinocultura, avicultura, piscicultura) e agricultura – também influencia na taxa de resistência. Aliás, 70% dos antimicrobianos são de uso veterinário e não humano.

Por que alguns antibióticos devem ser tomados de 6h em 6h, outros de 8h em 8h e outros de 12h em 12h?

A dose de um antibiótico varia de acordo com o tempo que cada um leva para sua concentração ser reduzida no sangue. Se eu tomar um antibiótico via oral, ele vai ser absorvido e passar para o sangue. Dependendo do tempo que demora para sua concentração cair no sangue – o que varia de medicamento para medicamento – haverá a metabolização e depois a excreção. Em linguagem clínica, o intervalo de doses é estabelecido pela meia-vida do antibiótico.

Qual é o risco de tratar um paciente com antibiótico sem que haja a real necessidade de utilizá-lo?

O antibiótico pode salvar muitas vidas, realmente, mas é muito utilizado erroneamente em casos de doenças respiratórias virais. As pessoas têm a impressão de que um antibiótico pode, por exemplo, evitar que uma gripe se transforme em pneumonia e pressionam o médico pela prescrição. Não adianta tomar um antibiótico se não houver infecção bacteriana, pois caso haja uma posteriormente, o caso pode se agravar ou haverá infecção por uma bactéria pouco comum ou já resistente aos medicamentos mais indicados para o tratamento.

Há novos antibióticos sendo pesquisados para ajudar a conter a resistência bacteriana?
Algumas companhias farmacêuticas estão enfrentando o desafio de desenvolver novos medicamentos eficazes no tratamento das bactérias multiresistentes. Um exemplo dessa movimentação é o investimento da MSD para disponibilizar um antibiótico que une de forma inédita os princípios ativos ceftolozana e tazobactam. O produto é indicado para tratar infecções intra-abdominais e das vias urinárias complicadas, causadas por Pseudômonasresistentes a carbapenêmicos como as Pseudomonas aeruginosa. Essas bactérias estão na lista de prioridade divulgada pela OMS.

Sobre a MSD

Há mais de um século, a MSD, uma das líderes globais do ramo biofarmacêutico, cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e Canadá e que está sediada em Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio dos nossos medicamentos de prescrição, vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal, trabalhamos com clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde inovadoras. Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos cuidados de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje em dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa para avançar na prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e comunidades ao redor do mundo – inclusive o câncer, doenças cardiometabólicas, doenças emergentes de animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e Ebola. Para mais informações, acesse www.msd.com e nos siga no Twitter.

Sobre a MSD no Brasil

Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br.

[i] Organização Mundial da Saúde. Acessado em 01/09/2017 Disponível em http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5357:oms-publica-lista-de-bacterias-para-as-quais-se-necessitam-novos-antibioticos-urgentemente&Itemid=812

[ii] O’NEIL, J.Tackling Drug-Resistant Infections Globally: Final Report and Recommendations. Acessado em 12/09/2017 Disponível em: https://amr-review.org/sites/default/files/160525_Final%20paper_with%20cover.pdf

<suzanne.santos@ketchum.com.br>

Preços de remédios genéricos variam até R$ 71 em JP; veja onde achar mais barato

Foram comparados os preços de 94 medicamentos, em 11 estabelecimentos da cidade
Economia | Em 22/09/17 às 14h50, atualizado em 22/09/17 às 14h53 | Por RedaçãoImagem ilustrativa

A diferença no preço do medicamento genérico nas farmácias da Capital chega a R$ 71,04 para um mesmo produto, de acordo com pesquisa do Procon-JP. O levantamento foi feito entre os dias 18 e 22 de setembro de 2017, em 11 estabelecimentos. Foram comparados os preços de 94 medicamentos destinados a controle de hipertensão, diabetes, colesterol, osteoporose e tireoide.

“A pesquisa para medicamentos genéricos vai ajudar ao consumidor da Capital a encontrar o seu remédio de uso constante mais barato. Qualquer economia hoje em dia é muito bem-vinda, principalmente de algo essencial para quem sofre de problemas como hipertensão, diabetes, colesterol, osteoporose e tireoide”, avaliou o secretário Helton Renê.

A maior variação, 220,54%, foi encontrada no medicamento para tireoide, Levotiroxina Sódica Merk, 75mg, com preços entre R$ 4,48 (Farmácia do Extra – Epitácio Pessoa) e R$ 14,36 (Francy – Geisel), diferença de R$ 9,88.

O remédio Rosuvastatina de 20mg do fabricante EMS para colesterol está com preços entre R$ 58,12 (farmácia Globo – Bairro dos Estados) e R$ 129,16 (farmácia do Hiper Bompreço – Bessa), com variação de 122,23%. Outras grandes oscilações nos valores ficaram com a Sinvastatina (colesterol) 40mg EMS, R$ 28,10, com preços entre R$ 19,99 (Farmácia do Trabalhador – Mangabeira) e R$ 48,09 (Hiper Bompreço – Bessa); Atorvastatina Cálcia (colesterol) de 20mg EMS, R$ 13,05, com preços entre R$ 20,85 (Drogaria Figueiredo – Valentina) e R$ 33,90 (Hiper Bompreço – Bessa); Residronato de sódio (osteoporose) de 35mg EMS, R$ 12,80, com preços entre R$ 35,07 (Farmácia do Trabalhador – Mangabeira) e R$ 47,87 (Hiper Bompreço – Bessa); Ciprofibrato (colesterol) de 100mg da Neo Química, R$ 11,77, com preços entre R$ 38,73 (farmáciaTambiá – Shopping Tambiá) e R$ 50,50 (Hiper Bompreço – Bessa).

O Procon-JP pesquisou preços nas seguintes farmácias: São Paulo e Permanente (Torre); Tambiá (Shopping Tambiá); Drogaria Figueiredo (Valentina); Francy (Geisel); Supermercado Extra e Globo (Epitácio Pessoa); 26 de Julho (Cristo); Hiper Bompreço (Bessa); Drogasil (Bancários); Farmácia do Trabalhador (Mangabeira).