Varejo retoma investimento

Setor supermercadista, responsável por 30% das vendas do comércio, projeta expansão no número de unidades nos próximos meses

» RODOLFO COSTA

Publicação: 17/09/2017 04:00

Presidente da Abras, João Sanzovo Neto diz que a geração de empregos depende do otimismo dos empresários
A melhora no consumo das famílias, auxiliada pela desaceleração dos juros e da inflação, abriu espaço para destravar os investimentos na atividade supermercadista. Empresários do setor afirmam que vão expandir o número de unidades ao longo dos próximos meses. O processo, que deve começar no segundo semestre deste ano e ser intensificado em 2018, é algo a ser comemorado. Isso porque os supermercados representam 30% do volume de vendas de todo o mercado varejista. Logo, o reaquecimento das aplicações por eles é imprescindível para auxiliar na retomada do Produto Interno Bruto (PIB).

Os investimentos serão disseminados nos estados brasileiros. Somente em Minas Gerais, o grupo Super Nosso investirá R$ 60 milhões este ano. O valor contempla um centro de distribuição, já inaugurado há dois meses, e quatro unidades, que ainda serão abertas até o fim do ano na região metropolitana de Belo Horizonte.

Para 2018, a expectativa do diretor executivo do grupo, Euler Fuad, é de injetar outros R$ 60 milhões na abertura de seis supermercados. Mas o investimento pode ser maior. “A meta é abrir 10 unidades, mas todo saco tem fundo. Seis já é um número ousado neste momento de travessia que enfrentamos. Mas é na crise que aparecem boas oportunidades de pontos a preços acessíveis”, diz.

O apetite de Euler para investir está ancorado nas expectativas de que o pior da crise ficou para trás. “Sinto que a economia começa a se desvencilhar da crise política e caminhar em ritmo próprio. E vejo isso como um bom sinal. Estou entusiasmado e preparado para investir, pois acredito na retomada”, justifica. E não falta dinheiro em caixa. “Farei os investimentos com capital próprio”, afirma.

Em São Paulo, somente o grupo Sonda Supermercados está disposto a investir R$ 80 milhões até o primeiro semestre de 2018 em quatro unidades varejistas. A expectativa é de que uma seja inaugurada este ano no estado, e outras três no próximo ano — uma na capital e outras duas em São Caetano (SP).

Além da melhora dos indicadores econômicos, o diretor executivo do grupo, Roberto Longo, atribui a expectativa à aprovação da reforma trabalhista e ao empenho do governo em tocar as agendas reformistas. “A modernização das leis do trabalho vão ajudar muito o setor a ter mais produtividade”, ressalta. Com as quatro unidades construídas, a expectativa é de que a empresa gere 1,4 mil empregos diretos.

O quadro de investimentos segue um padrão comum entre os varejistas. Com a crise, muitos tiraram o pé do acelerador e deixaram a expansão dos negócios em pausa. Agora, com os sinais de reação da economia, o apetite voltou. É, também, o caso do diretor-executivo do grupo Verona Supermercados, Wilson Sanches, que vai abrir mais uma unidade, em Telemaco Borba (PR), em um investimento avaliado em R$ 15 milhões. “Também vou reformar outras lojas e pretendo investir em tecnologia e inovação. As vendas estão voltando a melhorar e preciso agir”, enfatiza.

Também há fome por investimentos no Rio Grande do Sul. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) pretende realizar investimentos no segundo semestre deste ano. Embora em nível nacional não haja dado específico, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, assegura que há otimismo e expectativa de expansão de unidades, ancorados em um aumento recente das vendas e nas reformas.

“Os projetos que ainda estão na gaveta vão sair. Percebo claramente que existe esse otimismo dos nossos empresários”, destaca Sanzovo. Ele acredita, no entanto, que o grosso dos investimentos deverá ser feito somente em 2018. “A retomada do emprego depende disso. E só acontecerá quando os investimentos saírem”, acrescenta.

Reação

A reação dos investimentos no setor supermercadista respinga na indústria. Um aumento das aplicações pode elevar a demanda por produtos industrializados. A grande interrogação sobre a sustentabilidade do crescimento da injeção de capital, no entanto, está no descasamento entre o consumo e os investimentos, ressalta o chefe interino da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes.

O consumo tem dado sinais de melhora, puxado por uma baixa inflação e por uma gradual melhora do mercado de trabalho — ainda que puxada pela informalidade. Os investimentos, de uma maneira geral, entretanto, ainda estão em compasso de espera. E não serão apenas os supermercadistas que mudarão o panorama.

Para mudar o cenário e fazer os investimentos reagirem, a aprovação da reforma da Previdência é imprescindível, avalia Bentes. “O mercado sabe que o quadro fiscal não mudará neste ano ou no próximo. Mas a admissão do texto daria uma sinalização positiva”, destaca.

Sem o equilíbrio das contas públicas, o governo continuará precisando se financiar no mercado de títulos públicos a juros altos, tornando necessário o aumento da taxa básica de juros (Selic). Tudo isso, por fim, elevaria o custo para investimento na economia, reduzindo o apetite dos empresários em investir.

O freio nos investimentos, por consequência, tenderia a reduzir a oferta no mercado de bens e serviços, gerando um desequilíbrio com a demanda das famílias, que pressionaria a inflação. Um cenário perverso que não dialoga com a intenção dos supermercadistas. “É preciso que a taxa de retorno do empresariado seja previsível. Para isso, a reforma da Previdência precisa ser aprovada.”

Sinto que a economia começa a se desvencilhar da crise política e caminhar em ritmo próprio. E vejo isso como um bom sinal”

Euler Fuad, diretor executivo do grupo Super Nosso

Setor de supermercados tem expectativa de crescimento ainda em 2017

Enviado em 17/09/2017 às 10:00

Setor de supermercados tem expectativa de crescimento ainda em 2017: Estudo apresentado durante 51ª Convenção da ABRAS, associação de supermercadistas, mostra o setor voltou a atingir um patamar 18% maior que em junho de 2017

A GfK, uma das mais respeitadas empresas de pesquisa de comportamento de consumo do mundo, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), acaba de constatar em um de seus mais recentes estudos, uma contínua evolução na confiança dos supermercadistas do Brasil para os próximos meses.

De acordo com a pesquisa, a expectativa do varejista do setor de supermercados deve continuar subindo gradativamente ao longo do tempo, o que pode proporcionar novos investimentos no comércio. Além disso, a pesquisa revela também que, caso não existam alterações nas alíquotas tributárias, até o final do ano, os preços da Cesta Básica deverão ficar estáveis e com poucas oscilações em alguns produtos sazonais.

Na opinião de Marco Aurélio Lima, diretor executivo da GfK e coordenador do estudo, esses números refletem uma significativa retomada no ânimo dos empresários. “Sem dúvida, é um sinal que poderá trazer otimismo para o setor supermercadista. Devemos ter um segundo semestre mais aquecido que em 2016”, avalia o executivo.

O estudo comprova também que mudanças genuínas no comportamento dos consumidores estão se tornando fatores bastante influentes para o futuro do mercado. Atualmente, existe uma grande preocupação por parte do consumidor em relação ao impacto ambiental e ao que está sendo consumido. De olho nisso, as empresas estão cada vez mais atentas às suas responsabilidades ambientais, rótulos, ingredientes e saudabilidade.
Setor de franquias

Entre os principais players franqueadores do setor, está o DIA. No Brasil a rede internacional marca presença desde 2001 e possui mais de 1055 lojas divididas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro. Desse total, cerca de 655 são unidades franqueadas e 400 são operações próprias.

Segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, é a 1ª franquia de supermercados no Brasil e a 4ª maior franquia em faturamento no Brasil. Para alcançar esse patamar, a rede inovou o varejo brasileiro com o modelo Discount, que adota o conceito de operação enxuta, diminuindo custos para garantir o menor preço ao cliente.

Uma nova unidade franqueada requer o investimento total entre R$ 700 mil e R$ 1.5 milhão. Nesse montante já estão incluídos o capital de instalação entre R$ 250 mil e R$ 430 mil, a taxa de franquia de R$ 15 mil, o capital de giro entre R$ 180 mil e R$ 280 mil. O prazo de retorno do investimento ocorre em até 36 meses, com base em um faturamento médio mensal de aproximadamente R$891 mil.

Justiça do Trabalho decide que supermercados podem funcionar aos domingos e feriados

No entendimento do juiz Ocelio de Jesus, escala de trabalho dos supermercados não viola a constituição.

Por G1 PA

15/09/2017 18h56

A Justiça do Trabalho decidiu, nesta sexta-feira (15), que o funcionmaneto dos supermercados em domingos e feriados não viola a lei trabalhista que determina o direito a folga dos funcionários. A decisão é em primeira instância e o sindicato ainda pode recorrer. O G1 tentou contato com o sindicato da categoria, mas não foi atendido.

Desde 2014 os supermercados da região metropolitana de Belém só podem funcionar até as 14h aos domingos, por conta de um acordo coletivo que determinava carga horária dos funcionários. O sindicato da categoria recorreu à justiça para garantir as folgas dominicais, alegando que os supermercadistas violavam os direitos individuais dos trabalhadores, mas o entendimento da justiça foi diferente.

"Na era das necessidades contínuas e permanentes como a que vivemos é ilógico, irrazoável e desserviço para sociedade privá-la do funcionamento dos supermercados em domingos e feriados", disse o juiz Ocelio de Jesus na decisão.

Com esta decisão, as redes do comércio varejista poderão abrir normalmente todos os domingos e nos feriados civis e religiosos, desde que respeitem façam escala de revezamento, respeitando o direito de cada funcionário de folgar um dia por semana, ou efetuem o pagamento dobrado pelo trabalho em dia que seria de descanso.

Descanso equivalente

No entendimento do juiz trabalhista Ocelio de Jesus Carneiro Moraes, o dia de descanso do trabalhador deve ser preferencialmente aos domingos, mas isto não é uma obrigação desde que o empregador ofereça uma compensação equivalente.

"Essa escala é de competência exclusiva do empregador, não podendo sofrer interferência do sindicato profissional, sobp ena de interferência indevida ao poder diretivo da empresa", explica o magistrado.

Ainda de acordo com o juiz, a escala prévia, se comunicada aos empregados convocados, garante ao trabalhador o direito de receber em dobro nos dias de trabalho que forem aos domingos ou feriados, ou recebendo folga compensada em outra data estipulada pelo empregador.

Heineken começa nova distribuição em outubro

Brasil Kirim vai assumir o papel que ainda hoje é desempenhado pela Coca-Cola em Pernambuco

Rosália Rangel*
rosalia.rangel@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 16/09/2017 03:00

Apartir de outubro, a Heineken Brasil passará a usar a estrutura de distribuição do Brasil Kirin para levar a cerveja de mesmo nome aos pontos de venda no país. Em junho, a companhia adquiriu a Brasil Kirin, assumindo todo o controle das marcas da empresa. Apesar da negociação, a distribuição da Heineken continua sendo feita pela Coca-Cola. O momento, agora, é de adaptação tanto do portfólio de marcas quanto das fábricas e do time de comercialização, segundo Leandro Gléria, assessor de comunicação da companhia.
Entre os produtos adquiridos na negociação está a cerveja Schin, que tem duas fábricas em Pernambuco (Recife e Igarassu). Na unidade do Recife são produzidos dois milhões de hectolitros/ano. Já em Igarassu, a produção chega a 1,1 hectolitros/ano. Não é por acaso que o Nordeste é o principal mercado da marca. Para se ter uma ideia, 50% de todo investimento da empresa está concentrada na região, sendo 25% no carnaval e 25% no São João. Regionalizar os produtos da companhia, de acordo com informações do grupo, é uma das estratégias para conquistar o consumidor.
Em Porto Alegre, há 10 anos a Schin patrocina a Semana Farroupilha, uma das festas mais populares do Rio Grande do Sul. A empresa também tem uma fábrica na cidade de Igrejinha, situada a 90 quilômetros do centro da capital gaúcha. Lá são fabricadas oito marcas de bebidas (cervejas, refrigerantes, chopp, água mineral), dando oportunidade de emprego para 500 pessoas. Na fábrica, são produzidos 1,4 milhão de litros/dia. Os produtos abastecem os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Heineken, que chegou ao Brasil em 2010, gera mais de 10 mil empregos e tem 16 fábricas instaladas no país.

Produtores de cacau querem polo capixaba de chocolate

Proposta do setor é aumentar a qualidade do produto para ganhar mercado. Acal prevê criação de polo de chocolate no estado em 10 anos.

Por Patrik Camporez, A Gazeta

15/09/2017 10h03

Depois de ter passado por altos e baixos na última década, a atividade de produção de cacau no Espírito Santo busca se reinventar. A proposta do setor é aumentar a qualidade do produto para, num futuro próximo, fugir dos atravessadores e ganhar o mercado externo. A Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), estima que em 10 anos sejá possível criar um polo turístico de chocolate no estado.

Atualmente, menos de 5% do cacau capixaba é processado em terras capixabas, ou seja, as amêndoas saem daqui para virar pasta de chocolate em outros estados, como a Bahia e São Paulo.

“O produtor sempre foi o elo fraco da cadeira. Sabe produzir bem, mas não sabe comercializar bem. Queremos mudar isso. A mudança ocorre melhorando a qualidade e abrindo caminho no exterior”, avaliou o presidente da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), Maurício Buffon.

No município do Norte do estado, encontra-se um dos melhores cacaueiros da América Latina. Tanto que as fazendas São José e Ceará, localizadas às margens do Rio Doce, garantiram o segundo lugar no Salão do Chocolate em Paris, a maior vitrine gastronômica da linha gourmet.

No entanto, cerca de 40 municípios capixabas já estão produzindo cacau, sendo que Linhares, o maior produtor estadual abriga sozinho 600 propriedades. No município, alguns agricultores já produzem o próprio chocolate, e tem buscado divulgar seus produtos em feiras nacionais e internacionais.

“O cenário é promissor. Se o clima se normalizar, a gente muda a história do cacau aqui no estado, atingindo um volume de até 8 mil toneladas por ano até 2020”, frisou Buffon.

Plano
Para fugir da dependência dos atravessadores e das multinacionais do chocolate, o setor traçou um plano que se divide em três etapas. O primeiro passo é oferecer capacitação aos produtores, alinhar os arranjos produtivos e criar uma identidade para o cacau capixaba.

Num segundo momento, a aposta será na verticalização da produção, que vai possibilitar que as amêndoas sejam transformadas em massa de chocolate sem precisar sair do estado.

“De R$ 10 o quilo, o preço vai passar para R$ 50 com esse processo. Aí vamos estimular os produtores a usar parte do cacau na produção de chocolate. Na medida que a propriedade ganha musculatura, monta-se a produção de chocolate”, explicou Buffon.

Para facilitar o trabalho dos pequenos produtores, a Acal briga pela construção de uma unidade coletiva de processamento. O local vai servir para transformar as amêndoas em massa de cacau. Dados esses dois primeiros passos, a associação estima que em dez anos será possível criar um polo turístico de chocolate no estado.

"Já temos a Indicação Geográfica (um selo que certifica a origem do produto). É uma ‘Ferrari’ que a gente tem guardada, mas nunca usou”, completa Buffon.

Empresa brasileira faz sucesso exportando macarrão de arroz para a China

"Made In Brasil": aos 54 anos, a brasileira Bifum decidiu exportar seu macarrão noodle

15/09/2017 – 16h29 – Atualizada às 16h29 – POR NAYARA FRAGA

Uns dos maiores consumidores de massa do mundo, há um mês os chineses começaram a se deparar nos supermercados com um macarrão cuja embalagem exibe um vistoso “made in Brasil” (com S mesmo). Vistoso e intrigante. Que brasileiro se daria ao trabalho de vender macarrão do tipo noodle num mercado em que a oferta desse produto já é abundante (7,2 milhões de toneladas consumidas em 2016, segundo a Euromonitor)? Que brasileiro, aliás, diria que é autoridade no assunto justamente na terra que inventou o macarrão (foi em Lajia, na China, que foram encontrados os fios cilíndricos de massa mais antigos do mundo, de 4 mil anos)?

Helio Chiang, de 41 anos, é o corajoso em questão. À frente da Bifum, companhia fundada por seus avós taiwaneses em Suzano, São Paulo, em 1963, ele está convencido de que seu produto tem chances na China. Vinte e cinco mil pacotes começaram a ser vendidos recentemente (depois de uma viagem de 50 dias de navio e quatro meses de espera na alfândega chinesa), em cem pontos de venda de Guangzhou, uma das maiores cidades chinesas, com 13 milhões de habitantes.

Diferentemente da massa tradicional de trigo, o macarrão da Bifum é feito de arroz. Não que esse tipo de massa seja inédito lá. O macarrão de arroz, chamado de “bifun” em Taiwan, já é usado em pratos quentes no Oriente há mais de um século. Mas Chiang acredita ter diferenciais “naturais” para competir.

Na sua empresa, o processo de fabricação envolve secagem de 12 horas e, depois disso, os fios descansam por mais 12 horas – realidade bem distante dos processos industriais ultrarrápidos, inclusive na China, que lançam mão de conservantes.

Esta é a primeira vez que a Bifum exporta seu produto. A internacionalização resulta de um processo de profissionalização da empresa que ocorre desde 2013. Chiang, agora, quer iniciar uma fase de novos mercados. O próximo passo, depois de vender padre-nosso ao vigário chinês, é prospectar a terra do churrasco, a Argentina.

Indústria omite presença de transgênicos em carnes e derivados

Publicado em: setembro 15, 2017

Por Cida de Oliveira
Da Rede Brasil Atual

Metade das carnes e derivados contém em sua composição ingredientes transgênicos e o consumidor nem desconfia. É o que sugere uma pesquisa do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgada durante o Agroecologia 2017 – 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno.

Dos 496 produtos analisados, 49,2% continham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho. A maior concentração foi encontrada nos subgrupos de peito de peru e patês. A proteína de soja, detectado em 217 alimentos do grupo (43,7%), foi o ingrediente mais usado. (43,7%), seguido do amido de milho, que estava em 27 itens (5,4%).

Do total, 209 alimentos continham ingredientes derivados de soja, 18 deles continham derivados de milho e outros 21, derivados de ambos.

Os ingredientes derivados de milho e soja identificados na tabela dos rótulos destes alimentos são a proteína de soja, o amido de milho, lecitina de soja, óleo de milho, farinha de soja, farinha de milho, óleo de soja, xarope de milho, molho de soja e dextrose de milho.

As lavouras brasileiras de soja e milho são, em sua maioria, geneticamente modificadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os organismos geneticamente modificados (OGM) estão cada vez mais presentes na alimentação da população mundial, seja como alimento ou como ingrediente de alimentos industrializados.

O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.

“Tais cultivos dão origem a subprodutos que são utilizados pela indústria alimentícia como constituintes de muitos alimentos. Considerando a crescente produção de alimentos transgênicos no Brasil, presume-se uma grande possibilidade de que os ingredientes derivados de milho e soja, presentes nesses produtos, também sejam transgênicos”, afirmou a professora da UFSC e líder da pesquisa, Suzi Barletto Cavalli.
Mais agrotóxicos

Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem.

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo “T” referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.
Mais agrotóxicos

Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem.

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo “T” referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.
Origem

Foram considerados subprodutos de soja e milho aqueles ingredientes que continham a determinação da origem, como óleo de milho, proteína de soja. Ingredientes como óleo vegetal ou amido não foram considerados, se não contivessem essa especificação. Também foi analisada a frequência dos ingredientes, com o intuito de verificar quais ingredientes derivados de soja e/ou milho estavam entre os mais frequentes nos alimentos analisados.

Do total de carnes e preparações à base de carnes analisadas, 49,2% traziam em sua composição pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho, sendo que a maioria dos subgrupos apresentava mais da metade dos alimentos com esses componentes.

Em apenas dois subgrupos (caviar e charque) não havia nenhum alimento contendo ingredientes derivados de soja e/ou milho. Os subgrupos que continham mais alimentos com ingredientes passíveis de serem transgênicos foram os subgrupos 13 – peito de peru; 14 – patês; 11 – preparações de carnes com farinhas ou empanadas e 1 – almôndegas a base de carnes.

Os achados são semelhantes aos de estudos internacionais e nacionais, que demonstraram a utilização de proteína de soja pela indústria alimentícia como um ingrediente em produtos processados à base de carne.

Estudos apontaram a presença de soja transgênica em carnes como presunto, mortadela de frango e steak de frango; outra, em 12 de 50 amostras de alimentos derivados de mortadela, salsichas, salame, patê, linguiça, frios e rocambole de carne, e em 11 de 30 amostras de salsichas contendo soja.

No caso de carnes e preparações à base de carnes, as proteínas de soja são amplamente utilizadas por suas propriedades de ligação de água, ligação de gordura, textura e capacidade emulsionante, além das características organolépticas como aparência, firmeza e corte.

No estudo catarinense, nenhum dos alimentos analisados continha identificação da presença de transgênicos no rótulo. Contudo, estudos brasileiros identificaram a presença de soja e milho em diversos alimentos, incluindo carne processada e produtos à base de soja em quantidade superior a 1% sem, no entanto, declarar a presença de transgênicos no rótulo, conforme a legislação de rotulagem.

“Assim, considerando que 94% da soja e 85% do milho cultivados no país são transgênicos, é provável que os ingredientes derivados de soja e milho identificados no presente estudo também o sejam”, disse Suzi Cavalli.

Segundo ela, esses resultados são preocupantes porque, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, 24,5% da quantidade per capita média diária de consumo da população brasileira são provenientes de produtos de origem animal, incluindo carnes, leite e derivados e ovos.

Além da grande quantidade de ingredientes possivelmente transgênicos adicionados pela indústria alimentícia em carnes e preparações a base de carnes, animais alimentados com ração produzida com milho e/ou soja transgênicas também podem constituir fonte de transgênicos na alimentação humana.

Mercados começam a tirar do ‘armário’ carne da marca Friboi

Nas últimas semanas, a rede Extra destacou peças de contrafilé e alcatra Friboi em seu encarte com anúncios de promoções

sábado, 16 de setembro 2017

Depois de passar meses em uma espécie de ostracismo, a marca Friboi, principal nome da linha de produtos da JBS, voltou a aparecer nos folhetos de ofertas que supermercados e atacarejos distribuem a seus clientes.

Nas últimas semanas, a rede Extra destacou peças de contrafilé e alcatra Friboi em seu encarte com anúncios de promoções. A rede Guanabara, do Rio, também voltou a expor a marca -a mais recente foi na quinta-feira (14), já após a prisão de Wesley Batista, presidente da JBS.

Roldão, Makro e Dia também são alguns dos mercados que expuseram recentemente em seus tabloides de ofertas as carnes da Friboi, marca que vinha sendo evitada desde que a delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista revelou os atos de corrupção praticados pela cúpula da JBS, em maio.

“Essas veiculações tiveram grande redução em junho e julho. A partir de agosto voltaram a ser mais frequentes”, diz Marília Taboada, administradora do site Ofertas de Supermercados, que fez levantamento da presença da marca Friboi nos tabloides.

A notícia de que a empresa admitia ter pago propina a políticos desencadeou reações por parte de consumidores e entidades de defesa nas redes sociais, com manifestações de repúdio e ameaças de boicote aos produtos da JBS -especialmente Friboi.

Em resposta, varejistas e a própria fabricante passaram a tratar com discrição o nome Friboi, que a JBS até então exibia ostensivamente nas propagandas de TV com celebridades de cachês milionários como Tony Ramos.
Menos associadas à imagem dos Batista, outras marcas da JBS, como Seara e Doriana, não tiveram seus anúncios descontinuados.

A confecção dos tabloides é realizada pelos varejistas, que consultam os fabricantes sobre o interesse em anunciar promoções a cada edição, cobrando por isso.

As negociações comerciais entre varejo e indústria costumam ser fechadas em pacotes que abrangem todos o material de comunicação para promoções de produtos, incluindo anúncios em TV, rádio, impressos e internet.
Quando começaram os ataques de consumidores à Friboi, a JBS recuou a exposição da marca. Em substituição, ela passou a exibir mais outros nomes do portfolio, como Maturatta e Do Chef.

Nas últimas semanas, a empresa voltou a solicitar a inserção dos itens Friboi nos encartes dos distribuidores, segundo a reportagem apurou.
A reportagem entrou em contato com todos os varejistas, mas nenhum respondeu. O Tenda afirma que se trata apenas de uma coincidência.

Procurada, a JBS diz que “o marketing de ponto de venda é utilizado pela Friboi de modo recorrente há anos, não havendo nenhuma iniciativa extraordinária ou inédita em andamento”.
Para Marco Quintarelli, especialista em varejo da consultoria Azo, é precipitado voltar a explorar já a marca Friboi. “Com o tempo, as pessoas esquecem, mas ainda é cedo para voltar a trabalhar a marca com ênfase pois o caso JBS ainda está em evidência.”

atualizado por Daniel Negreiros
negreiros@oestadoce.com.br
Fonte: Folhapress

Cachaça Trade Fair

set 15th, 2017 Luis Orsolon Feiras e Eventos

Nos dias 20 e 21 de setembro, São Paulo (SP) irá sediar a Cachaça Trade Fair, evento dedicado exclusivamente aos negócios da segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil, país onde é produzida há mais de cinco séculos. A feira vai reunir produtores e distribuidores nacionais em um espaço que pretende incentivar o desenvolvimento do setor de forma representativa, democrática e transparente.

No Brasil, o mercado de cachaças movimenta R$ 1 bi com a comercialização de 1,3 bilhão de litros, anualmente. Com consumo interno 5 vezes maior que o do whisky (348 milhões de litros) e da vodca (270 milhões de litros), o País concentra mais de 40 mil produtores da bebida, sendo que 99% deste total é representado pelas microempresas.

Com números surpreendentes no mercado nacional, o segmento também demonstra alto potencial de crescimento para as exportações de um de seus mais representativos produtos, mas ainda depende de ações que ajudem a organizar o setor e posicionar a cachaça entre os mais importantes mercados mundiais.

Organizada em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), representante formal de empresas que detêm 80% da produção de cachaças vendidas no Brasil, a Cachaça Trade Fair contará com uma intensa programação de degustações guiadas, palestras e workshops voltados à formação dos profissionais que buscam estratégias mercadológicas inovadoras e eficientes para potencializar o segmento.

Além da plataforma de aprendizado desenvolvida pelo IBRAC, proprietários de restaurantes e bares, compradores de supermercados e empórios, gerentes de redes hoteleiras e outros importantes players do segmento vão ter à disposição os meeting points, espaços onde terão a oportunidade de realizar reuniões para impulsionar vendas e negociações com foco na abertura de novas oportunidades nos mercados nacional e internacional.

“Teremos participantes de diversos estados brasileiros, todos comprometidos com a proposta de expandir as possibilidades de negócios em uma iniciativa que reunirá um painel atualizado e amplo do setor de cachaças no Brasil. Nosso principal objetivo é criar, por meio de um conteúdo de qualidade e credibilidade, a oportunidade de aprendizado e comunicação entre empresários, produtores e compradores, formadores de opinião, imprensa especializada, entidades associadas e toda a cadeia produtiva de um dos setores mais rentáveis e promissores do nosso país”, comenta Zoraida Lobato, diretora da feira.

Entre os expositores da Cachaça Trade Fair estão importantes marcas do segmento, como a Weber Haus, do Rio Grande do Sul; Cachaça da Quinta, do Rio de Janeiro; Princesa Isabel, do Espírito Santo; Alambique Brasil, do Paraná; Capim Cheiroso, de Minas Gerais; e Diageo, de São Paulo.

A Cachaça Trade Fair é exclusiva para profissionais do setor portadores de CNPJ (proprietários de bares, restaurantes, gestores de alimentos e bebidas de supermercados, hotéis, lojas de bebidas, grandes atacadistas, importadores internacionais, jornalistas especializados e demais categorias relacionadas ao segmento).

Serviço:

Data: 20 e 21 de setembro

Horário: 14 às 22 horas

Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi  

Site: www.cachaçatradefair.com.br

Itambé triplicará resultado com food service em 2017

Na primeira metade do ano, o faturamento da Itambé no segmento dobrou e a perspectiva é fechar 2017 com receita três vezes maior

O Estado de S.Paulo

18 Setembro 2017 | 05h00

A indústria de lácteos Itambé investe para aumentar sua participação no segmento de food service. “Este mercado vem crescendo a taxas maiores do que as do varejo de alimentos”, afirma à coluna Ricardo Cotta, diretor de Novos Negócios e Relações Institucionais. Na primeira metade do ano, o faturamento da Itambé no segmento dobrou e a perspectiva é fechar 2017 com receita três vezes maior. Nesta toada, Cotta acredita que em três anos o food service representará 15% do faturamento da Itambé. No ano passado, a receita bruta da empresa foi de R$ 3,1 bilhões. Especialmente para o segmento, a Itambé inaugurou, no segundo semestre de 2016, uma fábrica de R$ 10 milhões em Guanhães (MG) e investiu R$ 5 milhões em desenvolvimento de produtos e para treinar pessoal.

Portfólio. Em 2017, a Itambé lançou 12 produtos específicos para o food service e deve apresentar mais dois até dezembro, como requeijão em embalagens de 1,6 quilo e creme de leite gourmet de 1 quilo, com 25% de gordura. Já em 2018 serão 10 a 15 novidades, promete Cotta, o que deve ampliar em 30% o portfólio da Itambé.

Incógnita. Cotta diz que seguirá com o projeto, “independentemente do que ocorrer”. A mexicana Lala comprou a Vigor, que detém 50% das ações da Itambé. A situação do quadro executivo da Itambé, cujos outros 50% pertencem à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de MG, dependerá da organização estatutária e da governança com os novos sócios.

Saiu por quê? Nos últimos dias a JBS suspendeu a compra de gado, o que provocou especulações. Para alguns, está clara a relação com a prisão, na semana passada, do presidente da empresa, Wesley Batista, que comandava diariamente as operações com pecuaristas. Para outros, a estratégia é uma forma de tentar segurar novas altas do preço do boi gordo em um momento de fraco consumo doméstico e amplos estoques de carne bovina.

Mangia! Após conquistar mercado com a versão nacional do queijo italiano grana padano, a RAR/Rasip, empresa de alimentos e vinhos do empresário Raul Randon, quer se consolidar no segmento de queijo parmesão premium. O produto foi lançado em julho e há expectativa de encerrar o ano com venda de 300 toneladas no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em São Paulo, diz Sérgio Barbosa (foto), diretor superintendente da companhia. Em 2018, deve chegar a 600 t.

Bons ventos. A produção recorde de grãos e o bom desempenho do setor sucroalcooleiro na safra 2016/2017 devem levar a um aumento de 6% a 7% das vendas de máquinas agrícolas este ano, diz o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Pedro Bastos de Oliveira. Em relação à armazenagem, a expectativa é de crescimento de 10% na receita. Juros mais baixos na linha de crédito oficial para silos, colheita abundante e déficit de armazéns puxam a alta.

Indústria pronta. Apesar do otimismo no campo, Oliveira avisa que não se deve esperar investimentos em ampliação de fábricas ou novas plantas. Como as vendas foram muito fracas em 2015 e 2016, as empresas estão usando cerca de 75% de sua capacidade instalada. “Ainda dá para aumentar a produção sem investir em novas unidades industriais”, diz.

Biodiesel. A indústria de alimentos Caramuru concluiu as obras da terceira unidade de produção de biodiesel de soja em Sorriso (MT), que deve começar a operar em 15 de outubro. A capacidade anual da unidade será de 95,7 mil metros cúbicos, o que aumenta o potencial de produção da Caramuru para 545,7 mil m³. “Nessa fase de vacas magras agricultores da região devem usar o biodiesel para reduzir o custo de produção”, diz à coluna o vice-presidente do Conselho de Administração, César Borges.

Cogeração. A unidade de MT também vai produzir 61.200 MWh de energia via cogeração, utilizando sobras de madeira de terceiros. A Caramuru obteve autorização para transferir 30.873 MWh ao sistema elétrico nacional.

Respiro. As exportações de suco de laranja se recuperaram após a oferta da fruta aumentar 50% em 2017/2018 no Brasil. As vendas globais da bebida nos dois primeiros meses da safra, julho e agosto, cresceram 8% em volume e 24% em receita ante igual período de 2016. Só a União Europeia comprou 6% mais, com receita adicional de 21% para o Brasil, líder de produção da bebida. Os dados são da CitrusBR, associação de empresas do setor.

Mistura. Os Estados Unidos importaram 32% mais suco brasileiro no primeiro bimestre da safra 2017/2018. Por seu gosto e cor, o suco nacional é enviado ao mercado dos EUA para ser misturado à bebida consumida lá, ou mesmo para ser reexportado.