Heineken pode reduzir portfólio e investir na venda de cerveja pela internet

Depois de comprar a Brasil Kirin, companhia percebeu a necessidade de diminuir a complexidade de seu portfólio de marcas

Dayanne Sousa, O Estado de S.Paulo

31 Outubro 2017 | 16h19

A Heineken Brasil pode reduzir a 'complexidade de seu portfólio de marcas' e vai concentrar esforços em redes de "atacarejo", de vizinhança e nas vendas pela internet para tentar ampliar sua participação no mercado de cerveja depois da incorporação da Brasil Kirin.

Segundo o diretor de vendas da companhia, Oliver Fuljahn, a empresa enxergou a necessidade de diminuir a complexidade de seu portfólio de marcas. Fuljahn participou de evento da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), em São Paulo. Ele afirmou que a participação de vendas da marca Heineken já é maior no atacarejo que na média do varejo de autosserviço.

Com a aquisição da Brasil Kirin, a Heineken atinge cerca de 20% de participação no Brasil e passa a ter marcas como Devassa e Schin. De acordo com Fuljahn, a companhia considera que tem uma posição forte de mercado em segmentos fora do chamado mainstream do mercado de cerveja.

Enquanto nesse mercado de marca Heineken tem 2,4% do mercado brasileiro, a fatia de mercado no segmento premium é de 33,9%, conforme números apresentados por Fuljahn com base em dados da Nielsen. O executivo destacou ainda um outro segmento do mercado, chamado de 'economy', representado por marcas de menor preço: nesse universo, a participação da Heineken é de 68%.

Mainstream. Para Fuljahn, a companhia ainda tem o desafio de desenvolver melhor marcas mainstream, segmento no qual a dominância é de marcas da Ambev, como Skol e Brahma. A Heineken trabalha nesse mercado as marcas Amstel e Devassa. A Schin está sendo tratada como uma marca econômica, com força mais regional.

O diretor da Heineken considerou que a companhia tem muito ainda a fazer do ponto de vista de política comercial e afirmou que 'algumas indústrias evoluíram mais rápido'. Ele mencionou problemas recentes de atendimento de pedidos. Segundo o executivo, a companhia sofreu com alguma falta de produto, mas o atendimento dos pedidos já foi normalizado.

Paviloche e Frooty se unem para lançar picolés de açaí e pitaya

hamilton 1 novembro, 2017

O açaí e a pitaya já conquistaram o paladar dos brasileiros e chegaram para ficar. A novidade é que, através do co-branding entre a Paviloche Sorvetes e a Frooty, líder com 64% do mercado nacional em venda de açaí, as duas frutas viraram picolé. Os lançamentos da marca catarinense para o Verão já estão disponíveis nos três mil pontos de venda de Santa Catarina e do Paraná. “São sabores refrescantes, que estão em alta e têm a cara da estação mais quente do ano. Para obter excelência no resultado final, o processo de desenvolvimento foi feito em conjunto pelas duas empresas. Primeiramente utilizamos 50% de açaí e de pitaya fornecido pela Frooty e, a partir daí, começamos a elaborar as receitas”, destaca o diretor da Paviloche, Douglas Pavinato.

A parceria entre as duas marcas começou em março de 2016, quando a Paviloche passou a distribuir os produtos Frooty em Santa Catarina. Essa é a terceira vez que a Paviloche se une a outras empresas para desenvolver sobremesas geladas. Em 2014, o co-branding com a Chocoleite resultou no Chocoleite no Palito e no Sorvete de Chocoleite. Já em 2016, foi a vez da famosa Laranjinha Agua da Serra® ganhar uma versão em picolé. “É aquele velho ditado: a união faz a força. As parcerias valorizam ainda mais os produtos das empresas envolvidas e quem sai ganhando é o consumidor, que terá a oportunidade de vivenciar novas experiências gastronômicas”, complementa Pavinato.

Resultado da Batalha de Sabor
Para celebrar o mês do sorvete, em setembro a Paviloche lançou a Batalha de Sabor, um concurso online onde o público votou para escolher o novo sorvete da marca. Eram três opções: Pudim de Leite, Cuca de Banana ou Torta de Maçã. Com 53% dos votos, o escolhido foi o Pudim de Leite. O lançamento oficial do produto, já disponível para compra nos pontos de venda de Santa Catarina e do Paraná, será em 10 de novembro, quando é comemorado o Dia do Pavilover.

Informações para imprensa – Oficina das Palavras:
Letícia Oberger – jornalismo4@grupoodp.com.br – (47) 3322-0545 / (47) 99994-1534

Paviloche
Rua Landmann, 259, Costa e Silva – Joinville (SC)

Aos 50 anos, Cereser quer entrar em baladas e ficar mais jovem

"É natural que ao longo dos anos o público consumidor vá envelhecendo. Mas queremos recrutar novos consumidores", diz diretor
Por Karin Salomão
1 nov 2017, 06h00

São Paulo – Com meio século de vida, a Cereser quer repaginar sua imagem.

A sidra da marca é uma bebida tradicional para as celebrações de fim de ano e é conhecida do público mais adulto, entre 40 e 45 anos. Agora, a empresa quer se aproximar dos jovens e conquistar outros momentos de consumo, além das festas de Natal e Ano Novo em família.

“A marca tem 50 anos. É natural que ao longo dos anos o público consumidor vá envelhecendo. Por isso queremos recrutar novos consumidores”, diz Lourenço Filho, diretor comercial e de marketing da CRS Brands, fabricante e distribuidora da Cereser.

No ano passado, a companhia de bebidas realizou uma pesquisa para entender o que o público mais jovem buscava e para descobrir nichos de mercado. “Vimos uma oportunidade de modernizar a sidra Cereser. Fizemos uma nova embalagem e lançamos uma edição especial”, afirma o diretor.

A marca também lançou um produto completamente novo: um espumante voltado para o público feminino.

O Cereser Frizée tem base de maçã, assim como a sidra, mas se aproxima mais do sabor de espumante de uva. O teor alcóolico é de 8%, maior do que os 5,7% da sidra, que também era um pedido dos clientes.

Além de buscar um público novo, a empresa também quer conquistar mais momentos da vida do cliente, além das festas de fim de ano. Cerca de 70% das vendas se concentram no segundo semestre do ano. Especialmente no último trimestre, com um grande volume de consumo durante o mês de dezembro.

O novo espumante será vendido em bares, boates e baladas, ao invés de supermercados e atacados. Com uma embalagem de 330 ml, a ideia é que o produto seja consumido assim como uma garrafa de cerveja long neck.

Em 2018, a empresa pretende vender cerca de 1,2 milhão de garrafas Frizée. A sidra tradicional irá vender 15 milhões de garrafas em 2017, segundo estimativas da empresa, e 11 milhões de garrafas de vinho.

Esse ano, Lourenço espera que as vendas da categoria sidra sejam 10% a 15% maiores do que no ano passado.

Brasil tem boas práticas contra desperdício de alimento, mas perdas chegam a 40%

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil 31/10/2017 16h39

O Brasil está em posição mediana no panorama da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) sobre perdas e desperdício na América Latina, mas apresenta boas práticas, como as centrais de abastecimento (ceasas) e bancos de alimentos, que fortalecem e integram a atuação das unidades de segurança alimentar e nutricional. O grande problema pela frente, segundo disse à Agência Brasil o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, é que o país ainda tem entre 10% e 30% de alimentos desperdiçados desde a colheita até o consumidor, chegando a 40% em alguns casos.

As centrais de abastecimento estão entre as boas práticas que o Brasil desenvolveu contra o desperdício de alimentos. Na foto, a Ceagesp, em São Paulo.Rovena Rosa/Agência Brasil

“É ao longo da cadeia que acontecem distintas porcentagens [de desperdícios]”, afirmou Bojanic, que participou do seminário Sem Desperdício – Diálogos Brasil e União Europeia, promovido hoje (31) no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) pela FAO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a organização não governamental WWF-Brasil. O seminário reuniu especialistas da Dinamarca, Espanha, França, Holanda e Suécia, além de pesquisadores brasileiros e representantes do varejo e indústria nacionais.

Alan Bojanic disse que experiências internacionais bem-sucedidas podem ser adotadas no Brasil para que haja redução substantiva dessas perdas. “Porque não é só uma questão ética, mas também tem uma dimensão ambiental muito forte, [como] as emissões de gases de efeito estufa muito grandes dos alimentos que são desperdiçados. Tem uma questão financeira, econômica, social”.

Exemplos

Segundo o representante da FAO no Brasil, as campanhas de comunicação bem financiadas e de londo prazo existentes na França, com a meta de mudar a atitude dos consumidores, poderiam ser adaptadas ao Brasil. Esse marketing objetiva mostrar à população que o país está enfrentando um problema muito grande e, ao mesmo tempo, como podemos ir mudando o comportamento para tornar realidade a redução do desperdício de alimentos, indicou.

Da Espanha, citou a questão legislativa como exemplo exitoso a ser copiado, em termos de acordos firmados entre a sociedade civil e os governos. Destacou que o seminário está sendo também uma ótima oportunidade de mostrar para os estrangeiros as boas experiências brasileiras que podem ser exportadas, entre as quais os bancos de alimentos, cuja eficiência e qualidade não existe em nenhum outro país da América Latina.

Bojanic considerou muito interessante a experiência que vem sendo desenvolvida pela Embrapa no sentido de desenvolver embalagens que protejam e aumentem a vida útil dos alimentos. “As embalagens estão no centro da discussão”, garantiu. Nesse sentido, salientou a questão da tecnologia para produção de produtos de maior durabilidade, além dos segmentos de transporte e distribuição.

Aprimoramento

Observou a necessidade de aprimoramento da regulamentação das perdas ao longo da cadeia produtiva, desde a produção até o consumo, e da aprovação de projetos de lei pelo Congresso para orientar políticas públicas que venham a ser feitas. Ressaltou que o problema é tão grande que serão precisos maiores esforços e investimentos para diminuir as perdas que acontecem nas estradas. “O problema não é fácil. É uma combinação de mudança de atitudes com grandes investimentos, em alguns casos. Em outros casos, são investimentos menores, mas têm que ser feitos”.

Para isso, disse ser preciso uma boa legislação que incentive o crédito, a adoção de novas tecnologias e a mudança de hábitos, além de articular os interesses do setor privado da indústria de alimentos, da distribuição e dos supermercados com os interesses dos consumidores e da sociedade em termos gerais. Na avaliação de Bojanic, a articulação de atores é um tema central nessa empreitada.

O seminário integra projeto aprovado pela plataforma Diálogos Setoriais, parceria estratégica entre União Europeia e Brasil para favorecer o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas sobre temas de interesse mútuo, informou a assessoria de imprensa do evento. O projeto, com duração de um ano, prevê a contratação de um consultor externo para conduzir um estudo quantitativo sobre desperdício de alimentos no Brasil, com foco no consumo das famílias.

Lançado creme de queijo minas Regina

Estadao Conteudo: Joyce Rouvier

Publicação: 31-10-2017, 07:00

Empresa de laticínios, a Barbosa & Marques lançou o Creme de Queijo Minas Frescal nas versões Tradicional e Light em nova embalagem, mais prática para consumo. Os produtos chegam às gôndolas em embalagens de 250 gramas. A versão light tem 25% menos gordura que a opção tradicional.

Os produtos de laticínios da marca REGINA podem ser encontrados nos principais supermercados do país. Outras informações pelo site http://site.regina.com.br/ou facebook https://www.facebook.com/QueijosRegina.

Referência:

http://www.brasilalimentos.com.br/lan%C3%A7amentos/2017/lan%C3%A7ado-creme-de-queijo-minas-regina

ADM apresenta produção de proteína de soja de nova unidade em Mato Grosso do Sul

Companhia ainda opera a maior planta de biodiesel no Brasil, e conta mais de 40 silos em todo o país

SÃO PAULO – A ADM do Brasil, subsidiária da norte-americana Archer Daniels Midland, apresentou nesta semana em uma feira em São Paulo soluções para as indústrias alimentícia e farmacêutica produzidas a partir da proteína de soja fabricada na nova unidade de Campo Grande (MS), informou a empresa nesta terça-feira.

A unidade, que recebeu investimentos da ordem de 250 milhões de dólares, deve ser inaugurada oficialmente nos próximos meses, mas já funciona, o que permitiu que os clientes conhecessem os produtos em uma feira internacional de ingredientes.

Enquanto o mercado de grãos e oleaginosas tem vivido momentos de aperto de margens, devido a grandes safras no mundo, companhias de commodities agrícolas como a ADM têm avançado em novas áreas, com foco em produtos de maior valor agregado, como é o caso da produção de Campo Grande.

Na semana passada, a Cargill anunciou a aquisição da primeira empresa de nutrição animal no Brasil, em segmento que registra crescimento expressivo no país.

No futuro, a ADM pretende atender com a unidade de Campo Grande a indústria alimentícia e farmacêutica de vários países da América Latina, não apenas do Brasil.

"Há uma procura crescente de nossos clientes por proteínas, e esse complexo nos permitirá produzir os ingredientes funcionais localmente, possibilitando atender, de forma mais eficiente, às necessidades crescentes da indústria de alimentos e bebidas em toda a região", disse Roberto Ciciliano, diretor de América Latina da unidade WILD Flavors & Specialty Ingredients, da ADM.

Os produtos da ADM produzidos na capital sul-mato-grossense, fabricados ao lado de uma umidade de processamento de soja, permitem que as indústrias formulem produtos com texturas, sabores diferentes e contêm atributos que atendem consumidores que buscam uma alimentação saudável.

Dentre as tendências de aplicação da proteína de soja apresentados na feira WellFood Ingredients estão, por exemplo, a utilização em produtos para nutrição esportiva, controle de peso e alimentos para idosos e crianças.

A ADM conta ainda com duas outras fábricas no Brasil (Manaus e Uberlândia), que produzem ingredientes para bebidas mistas, energéticos, chás e refrigerantes.

Já o segmento do agronegócio, no qual a ADM é uma das maiores empresas do Brasil, conta com 3.300 empregados e processa soja em quatro instalações.

A companhia ainda opera a maior planta de biodiesel no Brasil, e conta mais de 40 silos em todo o país.

A ADM relatou nesta terça-feira um lucro trimestral menor do que o esperado, uma vez que seus principais negócios de venda e processamento de grãos estão sofrendo com um excesso de produtos no mercado.

(Por Roberto Samora)

Reuters

Ambev vende menos cerveja, mas tem alta no lucro no 3º trimestre

Cervejaria registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,236 bilhões no 3º trimestre de 2017, resultado 1,2% maior que o registrado no mesmo período de 2016

A Ambev, maior fabricante de cerveja e refrigerantes da América Latina, registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,236 bilhões no 3º trimestre de 2017, resultado 1,2% maior que o registrado no mesmo período de 2016 (R$ 3,198 bilhões), segundo demonstração de resultados divulgada pela companhia na quinta-feira (26). O lucro líquido é o atribuído aos sócios da empresa controladora, base para a distribuição de dividendos.

A receita líquida da empresa teve crescimento de 9,6% em relação ao 3º trimestre de 2016 e ficou em R$ 11,362 bilhões. Segundo a empresa, esse resultado foi impulsionado pelo forte desempenho nas operações no Brasil (+9,7%), América Latina Sul (+21,3%) e América Central e Caribe (+7,5%).

A Ambev registrou alta de 15,8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no 3º trimestre deste ano em relação a 2016, somando R$ 4,551 bilhões. Segundo a empresa, o resultado é consequência do bom desempenho em praticamente todos os mercados de atuação da cervejaria.

Sem ajustes, o lucro líquido caiu 95,7%, para R$ 136,5 milhões.

Nos últimos trimestres, a empresa teve de lidar com a menor demanda e as variações nos preços das commodities, como o alumínio, grãos e açúcar. A concorrência no Brasil, seu principal mercado, também ficou mais dura, após a rival holandesa Heineken NV ter duplicado sua presença ao adquirir a operação local da Kirin Holdings.

No balanço, a empresa destacou que o "pior ficou para trás" e que "o Brasil, nosso maior mercado, está de volta à sua trajetória".

No Brasil

As operações da companhia no Brasil registraram um aumento no Ebitda de 17,4% no terceiro trimestre, para R$ 2,4 bilhões. Considerando apenas o segmento de cerveja no Brasil, o crescimento do Ebitda foi de 25,7%. O volume total de bebidas comercializado pela Ambev recuou 4%, para 24,7 milhões de hectolitros. A receita total no país subiu 9,7%, para R$ 6 bilhões.

Venda de cervejas cai

A venda de cervejas caiu no Brasil no período, mas a receita no segmento subiu. A queda no volume foi de 5,4% (de 19,5 milhões de hectolitros para 18,5 milhões de hectolitros). No entanto, o aumento da receita no segmento foi de 9,6% (de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,2 bilhões).

A Ambev atribui a queda na venda pelo fraco resultado da indústria e pelo fato de os consumidores continuarem a ser pressionados pelo ambiente macroeconômico. Outro fator, segundo a companhia, foram os ajustes de preços ocorridos no 3º trimestre, diferente do ano anterior, quando foram feitos no 4º trimestre.

“Neste ano, fizemos o reajuste dos nossos preços no terceiro trimestre e não no quarto como no ano passado, o que torna a base de comparação mais difícil neste trimestre”, explica Ricardo Rittes, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev.

Apesar do recuo entre julho e setembro, no acumulado do ano o volume de vendas de cerveja continua acima da média da indústria. “Para o resto do ano, seguimos cautelosamente otimistas com o mercado brasileiro de cerveja e já conseguimos ver sinais de melhora no cenário macroeconômico, em função do aumento da renda disponível dos consumidores e da redução do desemprego”, afirma Rittes.

Ilhabela realiza o 1º Festival da Cerveja Artesanal

Por: Da Redação, com prefeitura de Ilhabela Share:

Entre os dias 2 e 5 de novembro será realizado o 1º Festival da Cerveja Artesanal de Ilhabela, na Praça Coronel Julião, na Vila – Centro Histórico.

O evento é uma realização do Ilhabela Convention & Visitors Bureau e da Confraria dos Cervejeiros Artesanais de Ilhabela e conta com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo.

Segundo a organização do Festival, a proposta é reunir apaixonados pela bebida em uma programação especial, que se estenderá por todo o feriado (2 de novembro, Dia de Finados).

Os visitantes poderão participar de degustações de cinco tipos de cervejas artesanais, escolhidos cuidadosamente pelos membros da Confraria de Ilhabela. Para acompanhar, comidas de boteco serão servidas em um espaço gourmet, enquanto restaurantes parceiros oferecerão um roteiro gastronômico com pratos preparados especialmente para harmonizar com as cervejas do Festival.

Ricardo Fazzini, secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo de Ilhabela, destacou que o Festival pode incentivar o fomento de micro cervejeiros artesanais da cidade.

“Lançamos o evento no mês de julho, no 3º Encontro dos Cervejeiros Artesanais de Ilhabela. O Festival irá integrar o nosso calendário de eventos incentivando o fomento de micro cervejeiros locais, que são os novos empreendedores e, assim, visamos atrair um público em expansão que foge ao padrão da produção em grande escala”.

O evento contará também com o lançamento da Cerveja DAILHA, criada especialmente para a abertura do Festival e produzida por uma cervejaria convidada, além de um Concurso de Melhor Cerveja Artesanal, com júri composto por profissionais da área que irão analisar a produção dos dez membros da Confraria dos Cervejeiros Artesanais de Ilhabela.

Novidades e tendências deste universo abordadas por especialistas, palestras gratuitas com a presença de destaques internacionais como a Sommelier de Cerveja, Paula Yunes, atual Cervejeira na Brasserie Fleurs du Malt, na Bélgica, e apresentadora do programa Cervejantes, do Canal +Globosat, também fazem parte da programação.

Outras participações confirmadas são do cervejeiro belga Valery de Breucker e de Kadu Mendes, Sommelier de Cervejas, Mestre em Estilos e responsável pelo site brejada.com.

O Festival também convidará os participantes a queimar as calorias acumuladas durante o evento na “Maratoma”, uma corrida que reunirá esporte, cerveja e música.

Depois de correr ou caminhar cinco quilômetros, saindo do Perequê e chegando à Vila, os atletas receberão como prêmio uma cerveja gelada e ainda poderão se divertir assistindo um show musical.

Para reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social, os organizadores adotaram medidas e cuidados como o uso de copos ecológicos, lixeiras adequadas para o descarte de orgânicos e recicláveis, fruto de uma parceria com o Centro de Triagem de Ilhabela para a reciclagem de tudo o que for descartado no evento, gerando renda e preservando o meio ambiente, e a venda de camisetas personalizadas com renda revertida ao Lar do Ancião Feliz de Ilhabela.

Se beber, não dirija

Lembrando que bebida e direção não combinam, para garantir o conforto e a segurança dos visitantes, o evento oferecerá aos hóspedes dos hotéis e pousadas associados ao Ilhabela Convention & Visitors Bureau o sistema de volta segura, disponibilizando veículos para buscar e levar os cervejeiros.

Para aqueles que precisam de dicas de hospedagem, o site do festival oferecerá um roteiro completo.

Ambev e Coca-Cola se unem em programa conjunto de reciclagem

Parceria entre concorrentes visa aumentar investimentos para catadores e reduzir embalagens
por JÉSSICA OLIVEIRA
publicado em 30 de outubro, 2017 – 08:30

A Coca-Cola Brasil e a cervejaria Ambev estão com um programa conjunto de reciclagem. O "Reciclar pelo Brasil" é uma plataforma unificada que conta com a parceria da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT). Lançado em outubro, o projeto não tem data para acabar e as empresas estão buscando a adesão de outras indústrias para aumentar seu impacto.

A integração dos programas das duas fabricantes de bebidas otimiza e potencializa os resultados dos investimentos direcionados às cooperativas de catadores do país. A expectativa é a de que as 110 cooperativas que integram a etapa inicial do programa recebam até 25% a mais de investimentos.

Além de impulsionar os investimentos, o Reciclar Pelo Brasil visa ajudar na meta do Acordo Setorial de Embalagens, de reduzir no mínimo 22% das embalagens em aterros sanitários até 2018. A união também reforça o compromisso ambiental das duas empresas, que investem em programas de reciclagem e de apoio a cooperativas há mais de 10 anos.
Túlio VidalPedro Rios, VP de relações corporativas da Coca-Cola Brasil; Roberto Laureano, presidente da ANCAT; e Pedro Mariani, VP de relações corporativas e jurídico da Ambev

“Com o programa, estamos unindo esforços não só para reduzir o impacto ambiental das nossas embalagens, mas para desenvolver, capacitar e profissionalizar cada vez mais as cooperativas de catadores. Esse é o nosso sonho, unir pessoas por um mundo melhor”, afirma Pedro Mariani, vice-presidente de relações corporativas e jurídico da Ambev.

“Idealmente, nenhum componente de um produto deveria ser encarado como resíduo. As embalagens são 100% reaproveitáveis e têm valor de mercado, ou seja, podem e devem voltar ao ciclo industrial. Trata-se de uma agenda prioritária, acima de qualquer lógica concorrencial”, completa Pedro Rios, vice-presidente de relações corporativas da Coca-Cola Brasil.

O programa é fruto de um ano de trabalho conjunto e foi cocriado com a ANCAT, que fará sua operação com uma equipe de assessoria técnica. "Aceitamos o desafio de construir essa plataforma conjunta por acreditar que os catadores serão os principais beneficiados. Esta parceria contribuirá para avançarmos com ações de qualificação das cooperativas, especialmente na sua regularização jurídica, na melhoria da infraestrutura e na construção de melhores condições de trabalho. A união das duas empresas é uma contribuição importante", ressalta Roberto Laureano, presidente da ANCAT.

Do nicho ao grande mercado: como as pequenas empresas veganas estão crescendo

Estilo de Vida / A crescente adesão das pessoas ao veganismo e ao vegetarianismo abriu oportunidades para o empreendedorismo no Brasil. O país tem cerca de 240 restaurantes com pratos sem ingredientes de origem animal, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

O empresário Ricardo Campos se tornou vegetariano aos 11 anos e, depois de fazer intercâmbio em Dublin, capital da Irlanda, voltou inspirado e decidido a abrir seu próprio negócio direcionado aos públicos vegano e vegetariano.

No primeiro quadrimestre de 2017, deu início ao seu e-commerce ainda como MEI (Microempreendedor Individual), que tem limite de faturamento anual de até 60 mil. Em menos de um ano, precisou mudar de categoria fiscal, passando para EPP (Empresa de Pequeno Porte) — com previsão de receita anual acima de R$ 360 mil.

"É importante que os veganos comprem dos pequenos empreendedores dessa área justamente para o mercado se fortalecer. Assim, os recursos se concentram nas mãos de quem está lutando pela mesma causa. Os consumidores podem ajudar o nicho a virar mercado, ampliando a produção e refletindo no valor dos produtos", diz o empresário.

Atualmente, a loja online dele reúne 20 marcas com produtos veganos. Uma delas é a VidaVeg, criada em 2011 pelo administrador Anderson Rodrigues durante seu mestrado em gestão estratégica, marketing e inovação na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

"Eu estudava comportamento do consumidor, mais focado em consumo consciente, quando eu tive que escolher um grupo de consumidores conscientes para fazer minha pesquisa de mestrado que geraria minha dissertação. Como eu já atuava em ONGs de proteção animal, resolvi estudar consumidores vegetarianos. Me identifiquei com eles e tentei virar vegetariano na época, porém, ia ao supermercado e não achava nada. Foi quando resolvi montar uma empresa para ajudar a quem quer ser vegetariano em ter opções prontas para consumo", conta.

Em 2015, junto de um sócio, Rodrigues conseguiu expandir sua operação. Hoje, seus iogurtes, queijos e requeijões veganos são comercializados em mais de 500 pontos de venda, em 24 estados do país. A perspectiva de crescimento para 2018 é de 265%.

"A tendência é de que os veganos escolham pequenas empresas veganas que compartilham de suas crenças, pois mesmo que uma grande empresa tenha produtos veganos, se ela explora animais em outros itens haverá certa resistência dos consumidores", afirma.

Perspectivas de crescimento

De acordo com o Sebrae, em 2014, as vendas de produtos veganos e vegetarianos haviam crescido 60% em relação ao ano anterior. Apesar de não existirem números atualizados sobre esse mercado, é possível perceber a confiança dos empresários nos últimos anos.

Foi essa convicção que fez com que o empresário Cleverson Zanquetta, CEO da Zanquetta Alimentos Congelados, focasse nos produtos vegetarianos. A empresa nasceu em Curitiba, em 2013, com o objetivo de fazer massas congeladas.

Porém, um ano depois, o empreendedor lançou refeições tradicionais na versão vegetariana — sem leite, ovos, carnes e derivados, prontas para o consumo, como a feijoada, chilli, pizzas congeladas, pão de queijo vegetal e lasanhas.

O sucesso levou a marca a trabalhar exclusivamente com os produtos vegetarianos, que são vendidos hoje em mais de 50 lojas nas regiões sul, sudeste e nordeste. A perspectiva de crescimento para 2018 é de 100%.

"A cada dia o mercado vegano e saudável vem incomodando o mercado "tradicional" com lançamento de novos produtos, ligado com o crescimento e a conscientização da população em consumir esses itens", diz.

Para Ricardo Campos, da VegaSite (www.vegasite.com.br), o veganismo vai na contramão do capitalismo, pois a maioria dos adeptos levam em consideração a vida animal e o planeta, não apenas a si mesmo. "As grandes empresas que não se preocupam com a exploração animal ainda não perceberam o potencial desse mercado", afirma.

Apesar de pequenos, esses negócios contam com gente que pensa grande. O objetivo de Campos, por exemplo, é aumentar seu portfólio de produtos veganos, especialmente os secos, para atingir ainda mais pessoas fora de São Paulo.

Uma estimativa feita pela Sociedade Vegetariana Brasileira há cinco anos apontava que o país já tinha cerca de 16 milhões de vegetarianos e 5 milhões de veganos.

Website: http://www.vegasite.com.br