Medicamentos inovadores são prioridade para registro

Registro de medicamentos inéditos no país e de genéricos inéditos tem recebido mais atenção para aumentar a oferta de tratamentos no mercado.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 09/05/2017 18:13
Última Modificação: 09/05/2017 18:23

No Brasil existem cerca de 25 mil medicamentos no mercado, sendo que, desses pouco mais de 12 mil foram comercializados no ano passado. Ou seja, apenas metade dos produtos registrados pelos laboratórios farmacêuticos, foram colocados no mercado no ano passado. Por isso, a Anvisa tem investido no registro daqueles medicamentos que trazem mais impacto para a saúde da população, seja aumentando a concorrência de mercado, que puxa os preços para baixo, ou aprovando tratamentos inéditos no país.

Em geral, há dois tipos de produtos que trazem mais benefícios para os pacientes quando ganham o registro. O primeiro é o genérico inédito, quando a Anvisa autoriza o registro de um genérico concorrente de outro produto que antes estava sozinho no mercado. A segunda situação é a aprovação de medicamento novo, que amplia as opções de tratamento à disposição de médicos e pacientes.

Somente em 2016, a Anvisa registrou 61 medicamentos novos e 28 genéricos inéditos no país. Veja alguns produtos novos aprovados, com a principal indicação terapêutica de cada um:

Medicamento

Indicação

Praluent® (alirocumabe)

controle do colesterol

Eloctate® (alfaefmoroctocogue)

controle de hemorragias como substituto do fato VIII

Upelior® (diaspartato de pasireotida)

tratamento da doença de Cushing

Repatha® (evolocumabe)

controle do nível de colesterol

Inovelon® (rufinamida)

tratamento de convulsões

Zurampic® (lesinurade)

tratamento da gota

Entresto® (sacubitril/valsartana)

insuficiência cardíaca crônica sintomática com fração de ejeção reduzida

Em 2017, a Agência já aprovou alguns tratamentos importantes. No último mês de abril, foram aprovados medicamentos para câncer, o Blincyto (blinatumomabe), e hemorragias, o Praxbind (idarucizumabe). Ambos são medicamentos biológicos novos.

Você confere a lista completa de medicamentos novos aprovados em 2016 no Relatório de Atividades da Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED).

O que é prioridade na aprovação de medicamentos?

Atualmente a Anvisa está reavaliando os critérios de prioridades para registro de medicamentos. Isso porque a Lei nº 13.411, de 28 de dezembro de 2016 definiu novos critérios e prazos para o registro de medicamentos.

A Resolução RDC nº 37/2014, que disciplinava os critérios e a pontuação para obtenção de priorização de análise de petições de medicamentos e produtos biológicos foi revogada no dia 29 de março de 2017, para permitir a adequação aos novos critérios.

A lei prevê que a Anvisa definirá os critérios de enquadramentos de petições como “prioritárias” ou “ordinárias”, especificando prazos próprios para resposta da Anvisa em cada caso.

Novos genéricos dão mais opções de tratamento

Os genéricos inéditos são os primeiros medicamentos desta categoria para determinada molécula. Ou seja, a Anvisa dá prioridade para o registro de genéricos que vão entrar em mercados onde o consumidor ainda não conta com opções.

Seguindo a lei da oferta e da procura, o registro desses produtos força uma concorrência de preços que é benéfica para o consumidor.

O genérico inédito cria uma concorrência real em segmentos nos quais antes não havia disputa de mercado. Por lei, o genérico entra no mercado com um preço, no mínimo, 35%, menor que o valor do medicamento de referência, levando a uma redução geral nos preços dos medicamentos concorrentes. Além dos 28 genéricos inéditos de 2016, a Anvisa aprovou ainda 7 genéricos com concentrações ou formas inéditas.

Consulte a lista completa de todos os medicamentos genéricos inéditos registrados de 2010 a 2016.

Alguns números do registro de medicamento em 2016:
28 genéricos inéditos 61 medicamentos novos 317 similares 404 genéricos 882 medicamentos registrados

A cobertura do tratamento da Amiotrofia Espinhal Progressiva pelos planos de saúde

Marcos Paulo Falcone Patullo

O presente artigo pretende trazer reflexões sobre a obrigatoriedade de cobertura do medicamento SPINRAZA pelas operadoras de planos de saúde.

terça-feira, 9 de maio de 2017

A Amiotrofia Espinhal Progressiva é uma rara e grave doença hereditária, que afeta o desenvolvimento neurológico de crianças a partir dos seis meses de vida e que, em seus estágios mais avançados, pode levar a comprometimento motor grave e até morte do paciente.

O tratamento da referida doença sofreu uma revolução em dezembro de 2016, uma vez que o FDA (Food and Drug Administration) aprovou a utilização do medicamento "SPINRAZA" para o tratamento da Amiotrofia Espinhal Progressiva nos Estados Unidos. Segundo consta em literatura médica especializada, o mencionado medicamento demonstrou comprovada eficácia contra a degeneração motora causada pela Amiotrofia Espinhal Progressiva e, atualmente, é considerado o único tratamento eficaz contra esta doença.

Em matéria publicada no site do próprio FDA no dia 23 de dezembro de 2016, o diretor da Divisão de Produtos de Neurologia do FDA Billy Dunn explica que "há muito tempo que se espera por um tratamento para a Amiotrofia Espinhal Progressiva, que é a mais frequente causa de morte genética em crianças e uma doença que pode pessoas em qualquer estágio da vida. (…) O FDA é comprometido em auxiliar o desenvolvimento e aprovação medicamentos seguros e efetivos para doenças raras e nós trabalhamos duro para rapidamente analisar esse requerimento. Nós não poderíamos estar mais satisfeitos em ter aprovado o primeiro tratamento para essa doença debilitante." (tradução livre, clique aqui, acesso em 23.2.17). O medicamento SPINRAZA vem justamente suprir esta lacuna no tratamento desta grave doença, e hoje constitui a única alternativa disponível no mercado.

O presente artigo pretende trazer reflexões sobre a obrigatoriedade de cobertura do medicamento SPINRAZA pelas operadoras de planos de saúde. Com efeito, as operadoras alegam que, por não ter sido aprovado pela ANVISA, nem incluído no Rol de Procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o tratamento com o referido medicamento seria considerado "experimental" e, assim, estaria excluído de cobertura contratual.

A aludida negativa, no entanto, é considerada abusiva pelo Poder Judiciário. Com efeito, o Rol da ANS deve ser interpretado de forma extensiva, de modo que o simples fato de um tratamento ou medicamento não constar nesse rol não pode justificar a negativa de cobertura.

Aliás, essa questão já foi amplamente debatida no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual, inclusive, editou a súmula 102, com o seguinte teor: "Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS" (Súmula 102, TJ/SP).

Ademais, no caso do tratamento da Amiotrofia Espinhal Progressiva, faz-se necessário considerar que o medicamento SPINRAZA é o único tratamento disponível no mercado e, portanto, a esperança de cura para os pacientes portadores de AEP. O Superior Tribunal de Justiça, em decisão recente, fundamentou a obrigatoriedade da cobertura de medicamento importado, justamente em razão da inexistência de tratamento convencional eficaz, senão vejamos:

"A interpretação conjunta dos arts. 10 e 12 da lei 9.656/98 conduz à compreensão de que, na hipótese de existir tratamento convencional, com perspectiva de resposta satisfatória, não pode o paciente, às custas da seguradora ou operadora de plano de saúde, optar por tratamento experimental. Por outro lado, nas situações em que os tratamentos convencionais não forem suficientes ou eficientes, fato atestado pelos médicos que acompanham o caso, existindo, no País, tratamento experimental, em instituição de reputação científica reconhecida, com indicação para a doença, a seguradora ou operadora deve arcar com os custos do tratamento, na medida em que este passa a ser o único de real interesse para o contratante, configurando o tratamento mínimo garantido pelo art. 12 da lei. Assim, a restrição contida no art. 10, I, da lei 9.656/98 somente deve ter aplicação quando houver tratamento convencional eficaz para o segurado".

A decisão transcrita é muito interessante, posto que o STJ restringe a incidência do art. 10, inc. I, da lei 9.656/98 (que autoriza a exclusão de tratamentos experimentais) aos casos em que há tratamento convencional eficaz à disposição do paciente. A interpretação sugerida pelo STJ aproxima esse dispositivo legal dos valores constitucionais fundamentais, notadamente da proteção da dignidade da pessoa humana, que é fundamento da nossa Constituição Republicana (CF, art. 1.º, inc. III).

Portanto, considerando que a doença "Amiotrofia Espinhal Progressiva" possui cobertura contratual obrigatória, conforme disposto no art. 10, caput, da Lei dos Planos de Saúde, bem com que a única opção terapêutica disponível é o medicamento SPINRAZA, é forçosa a conclusão que os planos de saúde possuem o dever – contratual e legal – de fornecer esse fármaco para os pacientes acometidos por essa rara doença.
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*Marcos Paulo Falcone Patullo é advogado, mestre em Direito Político e Econômico, professor e sócio do escritório Vilhena Silva Advogados.

Sindicato de propagandistas pede investigação do MPT

ENTIDADE que representa 1,8 mil profissionais no Estado afirmou que categoria não compactua com práticas agressivas reveladas por ZH

Após a série de reportagens de Zero Hora sobre irregularidades na indústria farmacêutica, o Sindicato dos Propagandistas do Rio Grande do Sul (Sinprovergs) encaminhou, ontem, representação para o Ministério Público do Trabalho (MPT) pedindo a abertura de inquérito “para a punição das empresas e das pessoas envolvidas nos fatos relatados”.

Nesta semana, Zero Hora publicou reportagens mostrando que laboratórios utilizam dados sigilosos das receitas para pressionar médicos, que recebem brindes, amostras grátis e até inscrições em congressos, em troca de prescrições. A reportagem também participou de um curso que descreve ambiente de machismo e pressões para entrar e fazer carreira no setor.

O Sinprovergs, que representa 1,8 mil profissionais no Estado, informou, em nota, que a categoria não compactua com irregularidades e que o trabalho de ZH demonstra “a prática agressiva e antiética de determinadas indústrias farmacêuticas na consecução dos seus objetivos comerciais e, principalmente, demonstra a falta de respeito em relação aos direitos dos trabalhadores à intimidade, à liberdade de credo, ao respeito a sua integridade pessoal”.

– São situações que a gente sabe que ocorrem. Não dá para negar, mas isso é muito pequeno. O representante, quando faz, é porque é pressionado. Faz para preservar o emprego. O propagandista estuda e se prepara muito para visitar o médico e levar informações técnicas e científicas. A escolha (do medicamento) é soberana do médico – afirmou o presidente do Sinprovergs, Silvio Luiz Nassur Ferreira.

Segundo ele, a entidade trabalha “incessantemente” para coibir práticas ilegais no meio, porém, sem êxito: “quando recebemos denúncias contra algumas empresas, estas não atendem os nossos pedidos de esclarecimento e de cessação das condutas ilegais, adotando as estratégias de negar e omitir tais práticas”, explicou o sindicato, também em nota.

Nelson Mussolini, presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), que representa 95% do mercado de medicamentos no Brasil, afirmou, em nota, que “a atualização profissional é fundamental em qualquer atividade e mais ainda na área médica e farmacêutica”. O texto ainda destaca que, “no caso da prescrição de medicamentos, é o acesso a informações científicas fidedignas que valida, do ponto de vista clínico, a escolha deste ou daquele produto para o tratamento de enfermidades. É nessa perspectiva que devem ser entendidos os contatos dos propagandistas dos laboratórios com médicos e profissionais da saúde”.

CREMERS COGITA ABRIR SINDICÂNCIA

Presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Fernando Matos disse que a categoria vê “uma batalha grande dos laboratórios”, que tentam convencer os médicos a prescreverem seus produtos. Matos afirmou que denúncias podem ser encaminhadas à entidade, que pode abrir sindicância para apurar eventuais desvios na relação entre médicos e propagandistas.

cleidi.pereira@zerohora.com.br
CLEIDI PEREIRA

Aberta seleção para gerente de medicamentos

Processo seletivo para gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos recebe inscrições de profissionais com ou sem vínculo com a Administração.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 09/05/2017 15:37
Última Modificação: 09/05/2017 18:00

As inscrições para o processo seletivo de Gerente-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa estarão abertas entre os dias 15 e 19 de maio. Os profissionais interessados em participar da seleção devem preencher e enviar o formulário disponível no link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=31699.

O processo seletivo está aberto a profissionais com ou sem vínculo com a Administração Pública seleção e será composto por duas fases: análise curricular e entrevistas comportamental e técnica. O cargo é de livre nomeação e exoneração.

Problemas de segurança em um de cada três fármacos nos EUA (estudo)

AFP
09.05.17 – 20h56

Quase um de cada três novos fármacos aprovados nos Estados Unidos apresenta um problema de segurança após sua saída ao mercado ser autorizada, disseram na terça-feira pesquisadores americanos.

Embora raramente estas questões sejam suficientemente sérias para decidir pela retirada do medicamento do mercado, os pesquisadores disseram que os novos produtos deveriam ser monitorados durante anos depois de serem disponibilizados ao público.

Terapias de vanguarda conhecidas, como produtos biológicos, medicamentos psiquiátricos e remédios que saíram pela via rápida da agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) eram mais propensos a requerer advertências de segurança adicionais após a aprovação, disse o estudo publicado na revista Journal of American Medical Association (JAMA).

Para o estudo, pesquisadores da Universidade de Yale analisaram 222 novos medicamentos aprovados entre 2001 e 2010, acompanhando-os ao longo de 2017.

No total, 32% (71) dos novos remédios tiveram um resultado deficiente de segurança após a aprovação, segundo a pesquisa.

Três fármacos foram retirados por motivos de risco para a saúde: Valdecoxib, um anti-inflamatório; Tegaserod, utilizado para o tratamento da síndrome do intestino irritável; e Efalizumab, uma droga usada para tratar a psoríase.

“Muito raramente há uma retirada de drogas (do mercado), mas existe, mais comumente, uma caixa preta de advertência, ou um comunicado para avisar sobre a segurança de um fármaco emitido pela FDA”, disse Joseph Ross, professor de medicina e saúde pública na Universidade de Yale.

Regufe defende PEC de sua autoria que isenta remédios de impostos

Da Redação e Da Rádio Senado | 09/05/2017, 16h48 – ATUALIZADO EM 09/05/2017, 17h44

O senador Reguffe (sem partido-DF) defendeu, em pronunciamento nesta terça-feira (9), proposta de emenda à Constituição (PEC 2/2015) de sua autoria que proíbe a cobrança de impostos sobre remédios. Ele informou que a matéria poderá ser votada na próxima semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

O parlamentar afirmou que a relatora da proposta, senadora Simone Tebet (PMDB-MS) propôs uma forma escalonada na redução dos tributos sobre os medicamentos. Começaria com um desconto de 20% em 2018 até chegar à isenção total em 2022.

Reguffe ressaltou que há famílias que gastam mais de R$ 3 mil mensais na compra de medicamentos e que cerca de 37,5% desse valor são impostos.

– O correto seria o governo distribuir remédios gratuitamente para toda a população, mas na impossibilidade financeira do governo fazer isso, o mínimo que o Estado brasileiro devia fazer é não tributar esses medicamentos – disse.

Agência Senado

Fusão cria farmacêutica de R$ 1,2 bi

Farmoquímica, controlada pela argentina Roemmers, e Divcom, do Recife, une os negócios para avançar em dermocosméticos no País

Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

10 Maio 2017 | 05h00

A farmacêutica Farmoquímica (grupo FQM), controlada pela argentina Roemmers, e a Divcom, do Recife, uniram seus negócios para criar uma nova companhia, com receita estimada em R$ 1,2 bilhão, apurou o Estado. Na transação, que inclui troca de ações, a Farmoquímica ficará com 80% da nova empresa e a Divcom com os 20% restantes.

A união das duas empresas tem como estratégia reforçar a posição da Farmoquímica em dermocosméticos, uma divisão de negócio que tem crescido acima de dois dígitos nos últimos anos. A operação também prevê que a Divcom deverá receber R$ 400 milhões pela venda das marcas de medicamentos, que são voltadas para a classe média baixa.

O acordo foi fechado ontem, depois de meses de negociações. Fontes de mercado afirmaram que a Divcom, que é especializada em medicamentos de apelo mais popular, como o Imecap, para tratamento capilar, já tinha sido sondada por multinacionais no passado.

Com sede no Rio de Janeiro, a Farmoquímica está entre as maiores empresas do setor farmacêutico no País e tem importante atuação no segmento pediátrico – um dos carros-chefes é o xarope Abrilar –, e também tem uma linha de antibióticos.

A farmacêutica também tem produto capilar no seu portfólio – o Exímia Fortalize e outros produtos vitamínicos. Procuradas, as duas companhias não retornaram os pedidos de entrevista.

Fundada nos anos 1930 no Rio, o controle do grupo FQM foi adquirido pelo grupo argentino em 2001. Desde então, a empresa foi crescendo por aquisições. Em 2009, a FQM comprou a companhia paranaense Herbarium Laboratório Botânico e, em 2013, adquiriu a SKL Pharma, de produtos funcionais, expandindo sua atuação. “A Roemmers é uma das maiores empresas da América Latina e está atenta a aquisições”, disse uma fonte a par do assunto.

Concentração. O setor farmacêutico no País, que viveu um boom de investimentos e alvo de grupos internacionais entre 2009 e 2013, deverá voltar a ser atrativo, diz Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo (Sindusfarma). “Há espaço para novos negócios e os fundos de investimentos voltaram a olhar o setor novamente”, disse.

No ano passado, o faturamento do setor somou cerca de R$ 55 bilhões, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Neste ano, Mussolini espera um crescimento menor, de cerca de 8%.

O setor de saúde é um dos que mais crescem no País e está mais alheio à crise econômica. Segundo fontes, a farmacêutica Biotoscana, que tem o fundo Advent como principal acionista, está se preparando para abrir seu capital na Bolsa.

O Advent também é apontado como o favorito para comprar a Teuto, divisão de genéricos que pertence ao grupo americano Pfizer e que foi colocada à venda, conforme informou o Estado em janeiro.

A farmacêutica nacional Theraskin, especializada em dermocosméticos, também tem sido alvo de multinacionais, mas as negociações ainda não avançaram, segundo fontes.

Cidade dos EUA abalada pela heroína processa empresas farmacêuticas

Em Huntington, mortes por overdose superam em dez vezes média do país; prefeito acusa companhias de 'distribuição maléfica' de medicamentos viciantes

Por BBC

09/05/2017 13h22

Uma cidade americana adotou uma estratégia pouco ortodoxa para combater o número crescente de mortes por overdose entre seus habitantes.

Huntington, no Estado da Virgínia Ocidental, decidiu processar nove empresas farmacêuticas por considerar que elas contribuem para o uso indiscriminado de receitas médicas, sobretudo de remédios que causam dependência.

As autoridades locais argumentam que isso levou as pessoas a se viciarem em substâncias como analgésicos e, posteriormente, em heroína.

“Huntington é uma cidade com pouco menos de 50 mil habitantes. Nosso condado tem 96 mil habitantes. E, ainda assim, em um período de cinco anos, foram distribuídas 4 milhões de doses de opioides só nesta região”, diz Steve Williams, prefeito de Huntington.

“Os números falam por si mesmos.”

A cidade, no noroeste dos EUA, tem um índice de mortes por overdose que supera em dez vezes a média dos Estados Unidos. Um em cada dez bebês nasce com sintomas de abstinência.

Essa epidemia sobrecarregou as equipes de emergência locais. Hoje, a maioria das chamadas recebidas estão relacionadas ao uso abusivo de drogas.

O bombeiro Michael está concendendo uma entrevista para a BBC, em que explica que o abuso de substâncias químicas está por trás de “cerca de de um terço das ligações, enquanto incêndios respondem por 15% a 10%”, quando é interrompido pelo soar do alarme.

“É uma overdose. Vamos, pessoal, vamos!”

Ao chegar em um supermercado, ele e sua equipe são direcionados ao banheiro do estabelecimento, onde um cliente teve uma overdose de heroína.

Depois de atendido, o paciente é questionado sobre como ele começou a usar a droga.

“Estava tomando analgésicos e, na verdade, tentava parar…”

O prefeito de Huntington diz que as empresas acionadas na Justiça devem assumir sua responsabilidade e colaborar com o combate à epidemia de drogas.

“Espero que não percam tempo dizendo: ‘Não é nossa culpa. Somos apenas um negócio’”, afirma Williams.

“Quando eu estava no mercadode investimentos, se eu desse desse um conselho que prejudicasse alguém, isso acabaria com minha carreira, me faria perder minha licença e, possivelmente, teria de pagar uma multa.”

Quatro das empresas dizem que contestarão a ação na Justiça. Cinco não responderam ao contato da BBC.

Anvisa moderniza Central de Atendimento

Gravação orientará usuários para informações que já estão disponíveis no portal da Agência como as consultas à situação de documentos e à regularidade de produtos ou empresas.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 09/05/2017 16:17
Última Modificação: 09/05/2017 16:46

A Central de Atendimento da Anvisa está passando por uma profunda reformulação para aumentar sua resolutividade. A operação do novo modelo de atendimento tem previsão de início no próximo dia 1º de junho.

Uma das mudanças é que assim que o usuário telefonar para a Central de Atendimento, o 08006429782, ouvirá uma resposta automática da Unidade de Resposta Audível (URA). A gravação direcionará o solicitante a pesquisar, diretamente no portal da Anvisa, os serviços que já estão disponíveis para o público, como as consultas à situação de documentos e à regularidade de produtos ou empresas.

Outra inovação é que os usuários selecionarão, ainda no início do atendimento, o assunto que desejam tratar na Central de Atendimento. De acordo com o tema escolhido, a ligação será direcionada a um grupo que domina aquelas informações – chamado, internamente, de “células de conhecimento”.

Público

Além das medidas voltadas à racionalização do atendimento pelo 0800, a Anvisa também buscará um retorno dos usuários sobre a qualidade do atendimento prestado pela Central. Os pedidos de informação abertos pelos canais de comunicação da Central de Atendimento da Anvisa e respondidos pelas áreas técnicas passaram a ser avaliados pelos usuários que recebem as respostas.

A avaliação do atendimento inclui questionamentos quanto ao tempo de retorno da resposta, à satisfação e clareza das orientações recebidas e à necessidade de novos contatos para o total esclarecimento da dúvida.

De janeiro a março deste ano, a Central de Atendimento da Anvisa atendeu a 97.379 solicitações. Deste total, 92,21% das solicitações foram atendidas dentro do prazo legal, que é de cinco dias úteis para temas elencados como urgentes na Portaria 570/2013 e 15 dias úteis para os demais assuntos. Os dados estão no Boletim da Central.

Informações da Anvisa têm agora maior transparência

O Portal de Informações Analíticas da Anvisa disponibiliza painéis, relatórios e análises, transformando dados brutos em conteúdos acessíveis.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 09/05/2017 11:18
Última Modificação: 09/05/2017 17:59

Painéis gerenciais que apresentam dados sobre diversos processos e estratégias da Anvisa. Este é o serviço prestado pelo Portal de Informações Analíticas. O sistema, acessível pelo endereço eletrônico da Agência, disponibiliza gráficos, relatórios e análises publicados regularmente, à medida que os processos de geração de informação na instituição são desenvolvidos.

O sistema transforma dados brutos em informações compreensíveis, utilizando, para isso, soluções corporativas e ferramentas analíticas. Assim, o usuário pode realizar os mais diversos tipos de análises para a tomada de decisão e posterior ação.

O objetivo do Portal de Informações Analíticas é integrar os diversos dados gerados, ampliando o acesso a conteúdos e auxiliando nos processos de tomada de decisões. Isto aumenta a transparência, o acesso a informações públicas e favorece o controle social.

Os painéis estão atualmente divididos em seis categorias de interesse: Gestão Documental; Planejamento e Execução Orçamentária; Descontinuação de Medicamentos; Portos, Aeroportos e Fronteiras; Fila de Análise; e Gestão de Pessoas.

Saiba mais acessando: portalanalitico.anvisa.gov.br