A droga barata que pode evitar um terço das mortes de mulheres após o parto

Pesquisas sugerem que ácido tranexâmico, criado por casal japonês em 1960, poderia evitar hemorragias que matam 100 mil mães todos os anos.

Por BBC

30/04/2017 17h08

Um medicamento barato criado em 1960 por um casal de japoneses pode evitar um terço as mortes causadas por hemorragias pós-parto, sugere um estudo publicado na revista científica Lancet.

Cerca de 100 mil mulheres morrem todos os anos por causa de sangramentos intensos momentos após o parto, o que torna a hemorragia pós-parto a principal causa de mortes decorrentes da gravidez e da maternidade precoce.

Pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres afirmam que o ácido tranexâmico seria eficaz em inibir a dissolução de coágulos, auxiliando o corpo a estancar os sangramentos.

De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com 193 hospitais principalmente da Ásia e África e que envolveu 20 mil pacientes, o uso do ácido tranexâmico reduziu as mortes em um quinto. Entre as mulheres que tomaram o medicamento em até três horas após o parto, a redução foi ainda maior: 31%.

"Nós conseguimos um resultado importante. Descobrimos que um medicamento barato, tomado em dose única, reduz o risco de hemorragia severa e pode ter um papel significativo em diminuir a mortalidade maternal ao redor do mundo", disse Ian Roberts, que participou da pesquisa.

Após a publicação dos resultados, a Organização Mundial da Saúde afirmou que mudaria a recomendação de uso do medicamento para incluir os casos de hemorragia pós-parto.

O remédio

As descobertas não seriam uma surpresa para Utako Okamoto, que inventou o medicamento ao lado do marido, Shosuke, na década de 60 no Japão.

A pesquisa do casal Okamoto começou durante a pobreza do período pós-guerra no Japão. Eles decidiram começar a estudar o sangue porque poderiam colher amostras próprias para a pesquisa.

"Queremos que nosso trabalho seja internacional, queremos descobrir novos medicamentos para mostrar nossa gratidão à humanidade", disse ela.

Na época, o casal não conseguiu convencer os médicos locais a testarem o ácido em casos de hemorragia pós-parto. O medicamento então foi comprado por uma empresa farmacêutica e usado contra fluxos menstruais intensos.

A história quase parou por aí. Mas o casal começou uma parceria com hospitais ao redor do mundo e contou com 20 mil inscritos para testar o medicamento.

A professora morreu, aos 98 anos, logo antes de os testes feitos com 20 mil voluntários comprovarem que suas suspeitas sobre a eficácia do remédio em hemorragias pós-parto se corfimavam.

Em um vídeo filmado antes do final dos testes, ela afirmou já ter certeza da eficácia do remédio nesses casos.

"Mesmo antes da pesquisa, eu sei que vai ser eficiente", disse Okamoto.

Auxílio

O pesquisador Ian Roberts afirmou que se sentiu absolutamente inspirado por ela e que a descoberta a respeito da eficácia do medicamento não é o fim da jornada.

Segundo ele, apesar do custo baixo, levar o medicamento a hospitais do mundo todo ainda é um desafio.

"É uma coisa horrível uma mãe morrer no parto. É extremamente importante que tenhamos certeza sobre a disponibilidade do tratamento em qualquer lugar onde ele possa salvar vidas. Não deveríamos ter uma criança crescendo sem a mãe por falta de um medicamento que custa um dólar", afirmou.

Um desses lugares é o Paquistão. De acordo com a médica Rizwana Chaudri, da Universidade Médica da cidade de Rawalpindi – a quarta maior do país – há muitas mulheres que morrem de hemorragias pós-parto ou que já chegam mortas ao hospital.

"Você não conseguiria nem pensar numa coisa dessas no mundo desenvolvido, mas por aqui esses casos ocorrem diariamente, sem parar."

Um dos casos de hemorragia ocorreu com Nosheen, que quase morreu depois de dar à luz sua filha. Ela sobreviveu apenas depois de uma histerectomia (remoção de parte ou de todo o útero) de emergência.

"Minha saúde está completamente destruída, e estou muito triste por causa disso", contou ela, a quem o ácido tranexâmico poderia ter ajudado.

México aprova lei para uso medicinal da maconha

Ministério da Saúde mexicano será responsável pela importação da cannabis

Da Ansa

A Câmara dos Deputados do México aprovou na última sexta-feira (28), por maioria absoluta, a legalização do uso medicinal e científico da maconha. A medida inclui mudanças no Código Federal e na Lei Geral da Saúde.

Em 2016, os foros de debate convocados pelo governo sobre o tema foram finalizados e, apesar de tudo apontar que a proibição chegaria ao fim, os legisladores não entraram num acordo para colocar a medida em prática naquela época.

Agora, a nova lei permite que os produtos derivados da cannabis, em concentração de até 1%, possam "ser comercializados, exportados ou importados, cumprindo os requisitos estabelecidos pela regulação sanitária". O Ministério da Saúde será o responsável por emitir autorizações para importação das substâncias. As autoridades sanitárias poderão também criar estratégias para regular o uso medicinal dos derivados da maconha assim como a investigação e produção nacional de medicamentos.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, enviou no ano passado um projeto de lei que propunha aumentar a quantidade mínima de posse da droga para civis, mas a Igreja Católica e grupos conservadores se opuseram à iniciativa.

O deputado do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Aber Murrieta, disse que a reforma "muda o paradigma" do uso do ilícito e enfatizou o "direito à saúde dos mexicanos reconhecido na Constituição". "Está comprovado cientificamente que a marijuana tem propriedades que podem ajudar a controlar certas doenças", afirmou. Já o vice-coordenador da bancada do Partido da Revolução Democrática (PRD), Jesús Zambrano, classificou a aprovação da inciativa como um "fato histórico".

A justiça mexicana tinha aprovado, no ano passado, a importação de um medicamento fabricado à base de cannabis para os pais de uma menina que vive no norte do país e sofre de eplepsia. O remédio ajuda a diminuir os ataques.

Há cerca de dez anos, o México foi cenário uma onda de violência que começou quando o então presidente, Felipe Calderón, começou uma "guerra contra as drogas", que causou até agora mais de 200 mil mortes e deixou mais de 28 mil pessoas desaparecidas.

Justiça

Questão de sobrevivência

Um julgamento dos mais relevantes está prestes a ocorrer no STJ. Diz respeito ao uso de medicamentos fora da indicação de bula ou protocolo (off label). Serão ouvidas entidades representativas dos consumidores, planos de saúde, associações médicas e a Anvisa. Há centenas de processos nos tribunais contra empresas de planos de saúde, que se recusam a reembolsar despesas com remédios nessas condições. A decisão quer for tomada pela 4ª Turma criará jurisprudência. O caso em questão envolve o remédio regorafenibe, indicado para tumores na região do estômago.

Novo medicamento para pacientes com HIV será testado em Manaus

27/04/2017 17h15 Bianca Paiva – Correspondente da Agência Brasil

As pessoas que vivem com HIV/Aids têm 40% a mais de risco de desenvolver doenças do coração. Uma pesquisa inédita no mundo vai testar um novo medicamento para prevenir os problemas cardiovasculares deste grupo.

O anúncio foi feito hoje (27) pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HDV), em Manaus. A instituição é a única da Região Norte e uma das oito no país que vão participar do estudo, coordenado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Segundo o diretor de Ensino e Pesquisa da Fundação, Marcus Lacerda, as pessoas com HIV estão morrendo mais por causa de infartos e derrames cerebrais do que de outras doenças. “O próprio vírus faz com que haja aumento de colesterol e triglicerídeos e destrói vasos. Ainda que esteja muito baixo no sangue, o vírus vai fazendo alterações cardiovasculares. Além disso, as drogas para o tratamento do HIV também aumentam os triglicerídeos e o colesterol. Então, juntando a droga do coquetel com o próprio vírus, isso faz com que haja mais infartos”, disse.

O novo tratamento consiste no uso do medicamento chamado Pitavastatina, que tem em sua composição a estatina, uma substância que é usada para controle do colesterol. Segundo a diretora-presidente da FMT, Graça Alecrim, o diferencial é que o remédio não reduz a eficácia dos coquetéis usados por pessoas com HIV.

“Hoje as pessoas de mais de 50 ou 60 anos tomam as estatinas para prevenir exatamente doenças cardiovasculares. E essa é uma nova estatina, que não vai interagir com as drogas próprias que tratam o vírus, para melhorar a situação cardiovascular desses pacientes”, ressaltou Graça Alecrim.

Em todo o mundo, a expectativa é de que 6.500 voluntários, que têm o vírus, participem dos testes. Em Manaus, a previsão é de 150, que deverão ser acompanhados durante cinco anos.

Segundo Marcus Lacerda, os voluntários ainda estão sendo recrutados. "As pessoas devem ter entre 45 e 70 anos de idade. Elas já têm que estar usando o coquetel para o HIV e podem nos procurar diretamente aqui na Fundação de Medicina Tropical, para dizer que têm interesse em participar do estudo”, informou.

Caso seja comprovada a eficácia do novo medicamento na redução dos riscos de doenças cardíacas, o Ministério da Saúde poderá incluí-lo na lista de medicamentos oferecidos de forma gratuita aos pacientes com HIV.

“Temos a perspectiva de análises seriadas intermediárias e, na medida em que observarmos que a droga é de fato muito eficaz, o estudo será interrompido e o Ministério da Saúde passará, então, a adquirir a Pitavastatina para ser usada pela população com HIV/Aids”, afirmou Lacerda.

Pesquisa

A pesquisa Estudo randomizado para prevenir eventos vasculares em HIV (Reprieve) também está sendo realizada em países como Estados Unidos, Porto Rico, África do Sul, Botswana e Tailândia. O trabalho é financiado pelo National Heart Lung e Blood Institute, do National Institutes of Health (NIH).

No Brasil, o projeto tem o apoio do Ministério da Saúde e é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Centros de Pesquisa de São Paulo, Minas Gerais e da Bahia também participam do estudo.
Edição: Maria Claudia

Em defesa dos medicamentos genéricos, AGU afasta ação movida por laboratório

Publicado : 27/04/2017 – Atualizado às : 15:31:23

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a legalidade da Política Nacional de Medicamentos Genéricos do Governo Federal, que foi questionada por empresa que queria impedir a concessão de registos sanitários para genéricos e similares do Crestor – medicamento utilizado para controlar o colesterol alto.

A Astrazeneca do Brasil Ltda. e sua matriz europeia recorreram ao TRF1 contra sentença da 21ª Vara do DF que negou a exclusividade sobre as informações relativas às pesquisas científicas e testes clínicos realizados para a obtenção do registro sanitário do princípio ativo rosuvastatina cálcica.

As empresas afirmavam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agiria ilegalmente ao conceder registro sanitário a genéricos utilizando, para comparação da eficácia dos medicamentos, os dados fornecidos no pedido do registro do Crestor, o que violaria seu direito de exclusividade sobre informações patenteadas.

Alegaram, ainda, que essas informações gozariam de proteção legal pelo Acordo Trips e por aplicação por analogia da Lei nº 10.603/92, que regulamenta a proteção das informações para comercialização de produtos farmacêuticos de uso veterinário, fertilizantes e agrotóxico.

Prejuízo para consumidores

Entretanto, a Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região (PRF1) e a Procuradoria Federal junto à agência (PF/Anvisa) demonstraram que o objetivo das empresas é que Judiciário lhes concedesse um privilégio de exclusividade de comercialização do medicamento, em prejuízo aos consumidores.

Segundo as unidades da AGU, a tentativa de impedir o cumprimento da política de genéricos, estabelecida pela Lei nº 9.787/99, tinha como base um direito inexistente de exclusividade sobre informações constantes do processo de registro do Crestor.

A Advocacia-Geral apontou que, para registro de genéricos, a legislação brasileira exige a apresentação de testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa para comprovar a segurança e eficácia dos medicamentos.

Acrescentou que esses testes exigem somente que a empresa que pretenda lançar um genérico adquira o medicamento referência para que possa fazer os testes comparativos. Dessa forma, a Anvisa não divulga, explora ou utiliza resultados de testes ou dados apresentados pelas empresas no momento do registro do medicamento referência.

Dignidade humana

“A dispensa da comprovação de resultados de estudos clínicos e pré-clínicos para os medicamentos genéricos provém de imperativos lógicos, financeiros e humanitários. A apresentação de novos ensaios reclamaria nova submissão de animais e seres humanos a prolongado e doloroso desgaste. Está claro que a desobrigação de exposição de novos ensaios funciona em benefício da dignidade da pessoa humana”, defenderam as unidades da AGU.

Os procuradores federais afirmaram, ainda, que não há a aplicação por analogia do direito de exclusividade previsto para os agrotóxicos a medicamentos genéricos, já que os dados fornecidos para o registro de produtos farmacêuticos de uso humano foram retirados pela a Lei nº 10.603/2002.

Além disso, alegaram que o Acordo TRIPS não estabelece quaisquer direitos de exclusividade na forma pleiteada pelas empresas, mas apenas protege a propriedade intelectual da concorrência desleal, o que não ocorre no procedimento de registro e comercialização de genéricos, uma vez que esse processo é regulado por lei.

O procurador federal Rodrigo Salim Feitoza, do Núcleo de Atuação Prioritária de Saúde da PRF1, distribuiu memoriais e fez sustentação oral na sessão de julgamento do recurso realizada na segunda-feira (24/04). O resultado da atuação foi que a 6ª Turma acolheu os argumentos da AGU e negou provimento à apelação da empresa.

A PRF1 e a PF/Anvisa são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

Ref.: Processo nº 36154-51.2011.4.01.3400/DF – TRF1.

Funcionários da Anvisa tentam barrar nomeação de diretor

Engenheiro e apoiado pelo PP

Por Gabriel Mascarenhas
27 abr 2017, 14h11

Os funcionários da Anvisa estão arrumando um furdúncio para evitar que João Abukater Neto assuma a cadeira de diretor da agência.

Ele foi indicado por Michel Temer ao cargo em março, mas ainda não passou pela sabatina do Senado.

Abukater trabalhou na prefeitura de Celso Pitta e conta com o apoio de Celso Barros e outras figuras do PP. Mas esse é só um dos problemas. Engenheiro, ele não tem nenhuma relação com a área de saúde.

Com esse argumento, a Associação dos Servidores da Anvisa decidiu em assembleia trabalhar contra a indicação.

Ontem, representantes da entidade entregaram a Marta Suplicy, presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, onde ocorrerá a sabatina do pretenso diretor, um ofício pedindo que o colegiado vete o nome dele.

Paraná busca novas parcerias com a Índia na área farmacêutica

Publicado em 27/04/2017 16:50

O Paraná busca novas parcerias farmacêuticas com a Índia na International Exhibition for Pharma and Healthcare (Iphex 2017), um dos maiores eventos do setor do mundo, que acontece entre 27 a 29 de abril, na cidade de Hyderabad, naquele país. A exposição reúne cerca de 300 empresas indianas ligadas à indústria farmacêutica e da saúde. O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, o diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, e o diretor da Agência Paraná de Desenvolvimento, Adalberto Netto representam o Estado na comitiva brasileira que participa da feira.

Mais de 400 compradores estrangeiros estão na exposição organizada pela Pharmexil (Conselho de Promoção à Exportação de Farmacêuticos da Índia) e apoiada pelo Governo Indiano, por meio do seu Ministério do Comércio e da Indústria. Em sua quinta edição, o evento recebe representantes de cerca de 100 países.

A Índia está entre os dez maiores destinos de exportação do Paraná. O secretário João Carlos destacou a importância de avançar com novas parcerias entre o Estado e a Índia, com foco na transferência de tecnologia.

“Podemos ampliar a boa relação já existente entre os dois países no setor comercial para o segmento científico e da pesquisa. A Índia possui uma indústria de pesquisa e desenvolvimento, que engloba a indústria farmacêutica, biotecnologia, nanotecnologia, e todo tipo de investigações relacionadas com a ciência, a engenharia e tecnologia, e o Paraná desponta no Brasil com um potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos”, explicou.

PARCERIAS – No início da semana, a comitiva do Paraná visitou potenciais parceiros na área de medicamentos. Entre eles estão a Natco Pharma Limited, uma Joint Venture entre Natco Pharma Limited, da Índia, e LevoMed Inc, dos Estados Unidos.

Recentemente, representantes da Natcofarma Brasil, estiveram reunidos com a equipe de desenvolvimento e transferência de tecnologia do Tecpar para apresentar seu portfólio de medicamentos sintéticos para submissão de projeto de PDP, conforme listagem de medicamentos estratégicos para o SUS. A empresa está em fase de preparação regulatória para consolidação de suas divisões de produtos farmacêuticos, oncológicos, oftálmicos, hospitalar e produtos de higiene pessoal no Brasil.

Ainda em Hyderabad, a comitiva visitou o Centre for Cellular and Molecular Biology (CCMB) e o Indian Institute of Chemical Technology (IICT). O CCMB é uma organização de pesquisa criada em 1977, com o objetivo de realizar estudos de novas técnicas nas áreas interdisciplinares da biologia. O Centro oferece programas acadêmicos, como o de Ph.D., de treinamento – mestrado, doutorado e cursos de verão – além de oportunidades para alunos de ensino médio com o programa Young Innovators. O CCMB também conta com grupos de pesquisas e desenvolvimento de patentes.

O Indian Institute of Chemical Technology é reconhecido internacionalmente por ser o primeiro da Índia em se especializar em pesquisa e desenvolvimento. Tem também um viés social, buscando abrir vagas de emprego na região e com projetos voltados à melhoria de vida. Possui em sua estrutura um centro destinado a fins acadêmicos, com programas de mestrado, doutorado, Ph.D. e especialização.

Hyderabad é a segunda maior cidade da índia em termos de área e a quarta maior população de toda a Índia. Nos arredores da cidade foi construído um complexo tecnológico, conhecido como Hitec City, popularmente conhecido como Vale do Silício da Índia.

A cidade abriga muitas instituições de ensino superior importantes da Índia, entre elas está a Universidade Osmania, fundada em 1918, uma das mais antigas do país, e a Universidade de Hyderabad, fundada em 1974, muito conceituada por desenvolver pesquisas na área de tecnologia da informação. As duas instituições são públicas.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

Lucro líquido da Bayer salta 38% no 1º tri para US$ 2,27 bi

Estadão Conteúdo
27.04.17 – 10h09

Frankfurt, 27/4 – A companhia alemã do setor de produtos químicos Bayer reportou, nesta quinta-feira, 27, ganhos de 38% no seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, para 2,08 bilhões de euros (US$ 2,27 bilhões), comparado com 1,51 bilhão de euros em igual período do ano anterior. Analistas projetavam um lucro de 1,85 bilhão de euros. O resultado favorável, segundo a empresa, foi impulsionado pelo negócio de plástico.

As vendas totais do grupo saltaram 12%, para 13,24 bilhões de euros (US$ 14,43 bilhões), sustentadas pela Covestro (antiga Divisão MaterialScience) e a Divisão de Farmacêuticos.

No setor de Defensivos Agrícolas, as vendas subiram 6,3%, para 3,12 bilhões de euros. O movimento foi principalmente influenciado pelo desempenho do mercado da América do Norte. Analistas do DZ Bank disseram que os resultados do setor foram uma “surpresa positiva” após o trimestre de crescimento lento anterior, em virtude das fracas condições de mercado. A divisão foi protagonista na Bayer no ano passado, em meio à planejada aquisição da empresa de biotecnologia do Estados Unidos, Monsanto, por US$ 57 bilhões.

A empresa destacou no balanço que pretende concluir a aquisição da Monsanto até o fim deste ano, negócio que criaria o maior fornecedor mundial por vendas de sementes e agrotóxicos.

Na Divisão de Saúde Animal, as vendas saltaram 7,8%, para 440 milhões de euros (US$ 480 milhões), comparados com 408 milhões de euros em igual período do ano anterior. O desenvolvimento dos negócios na região Ásia/Pacífico, em particular, incentivou os resultados, informou a empresa. Na América do Norte, as vendas foram impulsionadas pelo Cydectin, que a Bayer adquiriu da Boehringer Ingelheim Vetmedica.

Projeções 2017

Para o encerramento do ano, a empresa relatou que espera que as vendas alcancem 51 bilhões de euros, acima da previsão anterior para o encerramento do ano, de 49 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nota: medicamento para Atrofia Muscular Espinhal

Até o momento, não feita solicitação de registro do medicamento biológico Spinraza, princípio ativo nusinersen, indicado para AME. Para que um medicamento seja registrado no Brasil é indispensável que uma empresa devidamente autorizada solicite a concessão de registro para posterior avaliação da Agência.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 27/04/2017 16:40
Última Modificação: 27/04/2017 18:00

Com relação ao medicamento biológico Spinraza, princípio ativo nusinersen, indicado para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME), a Anvisa vem esclarecer que, até o momento, não foi feita qualquer solicitação de registro do referido produto junto à Agência.

Para que um medicamento seja registrado no Brasil, é indispensável que uma empresa, devidamente autorizada, tenha interesse em solicitar a concessão de seu registro, que será, posteriormente, avaliada pela Agência. Para tanto, a empresa deve apresentar documentação completa que comprove a qualidade, a segurança e a eficácia do produto a ser registrado.

Assim que receber tal documentação, a Anvisa dará início a sua análise, com o objetivo de, caso o produto atenda a todos os pré-requisitos necessários, conceder o registro que permitirá sua comercialização no país. Vale salientar que a incorporação do medicamento pelo SUS é uma decisão que fica sob responsabilidade do Ministério da Saúde, após parecer técnico da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Para a comprovação de segurança e eficácia, devem ser apresentados no dossiê de registro do medicamento, dentre outros documentos, relatórios de estudos não clínicos (tais como testes realizados em células e modelos animais) e relatórios de estudos clínicos (em seres humanos) em três fases.

Ou seja: o caminho legal para o fornecimento de um medicamento no país é a solicitação do registro, junto à Anvisa, para validação dos dados de qualidade, eficácia e segurança, com as respectivas responsabilidades da empresa, além do monitoramento pós-comercialização (farmacovigilância) e os estudos clínicos fase IV – que são pesquisas realizadas depois que o produto é comercializado.

Por fim, cabe pontuar que Anvisa é uma autoridade de referência, atua de forma convergente com as melhores agências internacionais, fortalecendo os padrões regulatórios, para que todos os medicamentos tenham qualidade, segurança e eficácia garantida, contribuindo para o uso terapeuticamente correto e custo-efetivo dos medicamentos pelos profissionais de saúde e usuários.

Hospital das Clínicas busca voluntários para testar vacina da dengue

Interessados devem ter de 2 a 59 anos de idade, morar em São Paulo e não podem estar gestantes ou amamentando

O Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP busca voluntários para dar continuidade à pesquisa da vacina contra a dengue.

Desde o início de 2016 o HC realiza testes em humanos para a primeira vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantã, unidade ligada à Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Os candidatos devem ter entre 2 e 59 anos, residir em São Paulo (capital e Grande São Paulo) e não podem estar gestantes ou amamentando.

A mesma vacina está sendo testada em outros 14 centros de pesquisa espalhados pelo Brasil, como Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS), e São José do Rio Preto (SP). Ao todo, são 15 centros de teste credenciados pelo Butantan, totalizando mais de 17 mil voluntários.

A vacina, feita em parceria com o “Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos” (NIH, na sigla em inglês), é produzida com vírus enfraquecidos, que não têm potencial para provocar a doença. Essa vacina deve proteger contra os quatro sorotipos da dengue com uma única dose.

A última etapa consiste na aplicação da vacina a 2/3 dos voluntários, enquanto 1/3 receberá placebo (substância com neutralidade de efeitos). O objetivo é saber se quem tomou a vacina ficou protegido.

Os interessados devem ligar para (11) 2661-3344 / 2661-7214 de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, para agendamento de consulta.

Da Assessoria de Imprensa da FMUSP

Jornal Da USP