Ministro da Saúde inaugura linha final de produção de vacina contra febre amarela

Publicado: Quarta, 24 de Janeiro de 2018, 19h35

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, fará a inauguração nesta quinta-feira (25/01), em São Paulo (SP), da linha final de produção da vacina de Febre Amarela na Indústria Farmacêutica Libbs. A empresa será parceira do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz) na produção do insumo. Inauguração da linha final de produção da vacina de febre amarela
Data: 25 de janeiro (quinta-feira)
Horário: 15h15
Local: Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu das Artes – São Paulo (SP)
Assessor em Viagem – Renato Strauss – (61) 98179 3441 Assessoria de imprensa do Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351 / 2745

Abbott lança a primeira lactase em comprimidos mastigáveis do mercado brasileiro

LacLev é uma enzima lactase, necessária para quebrar a lactose em açúcares menores (glicose e galactose) para ser absorvidos pelo organismo

Para melhorar o conforto das pessoas intolerantes à lactose ao ingerir produtos lácteos, a Abbott apresenta o LacLev, a primeira lactase em comprimidos mastigáveis do mercado brasileiro.

Recomendado para uso adulto e pediátrico, o produto não possui glúten e nem contém adição de açúcar. É pronto para ingestão e deve ser administrado imediatamente antes do consumo de leite e derivados de produtos lácteos.

MS 6.6282.0003.001-1

www.abbottbrasil.com.br

União Europeia aprova OCREVUS® (ocrelizumabe) para esclerose múltipla nas formas remitente recorrente e primaria progressiva

Primeiro e único medicamento modificador da doença indicado para as duas formas da EM tem sua administração intravenosa semestral e perfil de segurança favoráveis, demonstrado em três grandes estudos de fase III

A Roche, líder mundial em inovação em saúde, anunciou que a Agência Europeia de Medicamentos concedeu o registro de comercialização ao OCREVUS® (ocrelizumabe) para uso em pacientes com as formas primária progressiva e remitente recorrente de esclerose múltipla (EM). A doença afeta aproximadamente 700.000 pessoas na Europa, das quais cerca de 96.000 têm a forma progressiva primária, altamente incapacitante.
“Para os europeus que vivem com EM, a aprovação do ocrelizumabe pela Agência Europeia de Medicamentos representa um importante avanço no tratamento da doença’’, disse a Dra. Sandra Horning, Diretora Médica e de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche. “Este é o primeiro medicamento aprovado para uso no tipo primária progressiva, uma forma debilitante da patologia, na qual a incapacidade irreversível se acumula rapidamente; ele também representa uma opção terapêutica altamente eficaz para pessoas com a forma remitente recorrente. Nosso compromisso é trabalhar com os países membros para proporcionar acesso a esta nova terapia.”
A aprovação na União Europeia (UE) se baseou nos dados de três estudos pivotais de fase III que incluíram 2.388 pacientes e que alcançaram resultados tanto nos parâmetros primários e quase todos os principais parâmetros secundários.

Os dados de dois estudos de fase III idênticos, em formas recorrentes (OPERA I e OPERA II), mostraram que OCREVUS® teve eficácia superior, com aproximadamente 80% dos pacientes livres de recidiva e com progressão significativamente mais lenta da doença no período de dois anos de tratamento controlado, em comparação a terapia padrão. O ocrelizumabe também aumentou significativamente a probabilidade de desaparecimento das evidências de atividade da doença em 64% no estudo OPERA I e 89% no OPERA II.
Em um estudo de fase III separado, em pessoas com a forma primária progressiva (ORATORIO), o fármaco foi o primeiro e único tratamento que diminuiu significativamente o ritmo de progressão da incapacidade e reduziu os sinais de atividade da doença no cérebro por um período mediano de acompanhamento de três anos, em comparação ao placebo. Os pacientes tratados com ocrelizumabe tiveram probabilidade de apresentarem progressão da incapacidade 24% menor em três meses e 25% menor em seis meses. OCREVUS® também diminuiu significativamente o ritmo de progressão da incapacidade para caminhar, medida pelo teste de caminhada cronometrada, sendo a redução de 29,4% em comparação ao placebo.

OCREVUS foi aprovado para uso em vários países da América do Norte, América do Sul, Oriente Médio, Leste Europeu, além da Austrália e da Suíça. Mais de 30.000 pessoas já foram tratadas com OCREVUS até o momento.
No Brasil, a molécula está sob aprovação do órgão regulatório competente e a aprovação está estimada ainda para o ano de 2018.

Sobre a esclerose múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que afeta cerca de 35 mil pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), para a qual não há cura e que se manifesta de forma recocorrente ou progressiva. A EM ocorre quando o sistema imunológico ataca anormalmente o isolamento em torno de células nervosas (bainha de mielina) no cérebro, medula espinhal e nervos ópticos, causando inflamação e danos cerebrais.
Este dano pode causar uma ampla gama de sintomas, incluindo fraqueza muscular, fadiga e dificuldade visual, e pode, eventualmente, levar a deficiências, por vezes incapacitantes, a depender do local atingido, dificultando os movimentos e a independência dos portadores dessa doença. A maioria das pessoas com EM experimentam seu primeiro sintoma geralmente entre 20 e 40 anos de idade, tornando a doença a principal causa de incapacidade não traumática em adultos jovens.
A EM recorrente (EMR) é a forma mais comum da doença, aproximadamente 85% dos diagnosticados, e caracteriza-se por episódios com sintomas novos ou agravados (recorrências), seguidos de períodos com recuperação. Já a EM primária progressiva (EMPP) é uma forma debilitante da doença marcada por sintomas que se agravam de forma constante, mas tipicamente sem recorrências distintas ou períodos de remissão. Aproximadamente 15% dos pacientes com esclerose múltipla diagnosticados, têm a forma progressiva da doença e, até agora, não havia nenhuma terapia aprovada. A atividade da doença consiste em inflamação no sistema nervoso e perda permanente de células nervosas no cérebro e na medula espinhal, mesmo quando seus sintomas clínicos não são aparentes ou não parecem estar piorando. O objetivo do tratamento é reduzir a atividade da doença para impedir que a incapacidade progrida.

Sobre a Roche
A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas. Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível.
É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central. É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Vinte e nove medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer. Pelo oitavo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável do grupo Indústria Farmacêutica, Biotecnologia e Ciências da Vida pelos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).
Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2016, empregou mais de 94.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 9,9 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 50,6 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche. A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão. Para mais informações, visite www.roche.com.br.

Contatos para a imprensa
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Dengvaxia® : Ministério da Saúde emite nota informativa em resposta à Abrasco

24 de Janeiro de 2018

Nota Informativa Nº 13/2018-CGPNI/DEVIT/SVS/MS

Considerações do Programa Nacional de Imunizações sobre a nota da ABRASCO, veiculada na página eletrônica dessa Instituição, no dia 11 de janeiro de 2018, que versa sobre o posicionamento a respeito da vacina Dengvaxia®

I – DO CONTEÚDO:

A Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) do Ministério da Saúde (MS) presta esclarecimentos sobre a nota da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), veiculada na página eletrônica dessa Instituição, no dia 11 de janeiro de 2018, que versa sobre o uso vacina Dengvaxia® e faz questionamentos a respeito do posicionamento do Ministério da Saúde sobre esse imunobiológico.

II- CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTRODUÇÃO DE NOVAS VACINAS NO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES/PNI:

As estratégias de vacinação no Brasil, a inclusão de novas vacinas no Programa Nacional de Imunizações e o estabelecimento de grupos populacionais a serem cobertos, são decisões respaldadas em bases técnicas, científicas e logísticas, evidência epidemiológica, eficácia e segurança do produto, somados a garantia da sustentabilidade da estratégia adotada para a vacinação.

A tomada de decisão de introdução de novas vacinas é subsidiada por discussões realizadas pelo Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI). Este comitê analisa os dados de morbimortalidade, os resultados dos estudos de custo efetividade e os aspectos imunológicos da vacina.

Ao dar um parecer positivo, as esferas de decisão do Ministério da Saúde (Ministro da Saúde e Secretários de Vigilância e de Ciência e Tecnologia) avaliam o parecer e recomendam a análise da incorporação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Dessa forma, uma nova vacina, ou qualquer outro medicamento para ser integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), precisa passar pela análise da CONITEC, que também leva em conta aspectos como a eficácia, segurança e custo efetividade do produto, além dos benefícios da oferta para a população. No presente momento, não há nenhum processo na CONITEC avaliando a introdução da Dengvaxia® no Calendário Nacional de Vacinação.

Apesar da ANVISA ter autorizado o uso da Dengvaxia® no Brasil (registro em dezembro de 2015), em 2016, o CTAI recomendou a não introdução no Calendário Nacional de Vacinação, uma vez que os resultados dos estudos clínicos dessa vacina evidenciaram a existência de limitações que foram descritas no parecer elaborado por esse comitê, especialmente, quando se analisou a sua utilização para fins de Saúde Pública, limitações essas também explicitadas no parecer emitido pelo Comité Technical Advisory Group da Organização Mundial da Saúde.

A partir da análise das publicações sobre vários aspectos da epidemiologia e das apresentações clínicas da dengue no Brasil, constatou-se, à época, ser necessária a realização de algumas investigações, com vistas à definição de critérios mais objetivos para seleção de populações alvo a serem vacinadas contra a dengue. Desse modo, o CTAI propôs a realização de alguns estudos e o Ministério da Saúde já adotou iniciativas visando à execução destas investigações, a saber:

a) Caracterização da transmissão, morbidade e letalidade da dengue: revisão e análise sistemática dos dados de morbidade e letalidade da dengue no Brasil, disponíveis nos vários sistemas e bancos de dados do Ministério da Saúde.

b) Estudos transversais de soroprevalência: estratificados por faixas etárias (de 1 ano a 20 anos) em 23 UF e 63 municípios selecionados. A execução desse estudo foi, em parte, acoplada à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2015. A seleção dos municípios teve como critério cidades brasileiras com população entre 100 mil e 1 milhão de habitantes e que com incidência por dengue acima de 300 casos/100 mil habitantes, em pelo menos dois anos entre 2008 e 2012.

c) Determinação dos alvos da resposta das células T: específicas em indivíduos infectados pelo vírus da dengue visando identificar os passos intracelulares da cadeia de mediadores inflamatórios envolvidos na resposta primária e secundária aos vírus da dengue, identificando diferenças críticas nos padrões de ativação intracelular entre as formas clássica e com complicações da dengue. Adicionalmente, considerando que a vacina da Sanofi foi produzida a partir de uma quimera com vírus da febre amarela, avaliar as respostas de células T em três diferentes coortes de indivíduos infectados com dengue: pacientes que foram e que não foram expostos a dengue antes; com e sem vacina prévia para flavivírus (DENV e FA); e, finalmente, bebês que nasceram de mães soropositivas e soronegativas.

d) Elaboração de modelo de suporte a decisão: baseado em lógica nebulosa para definir qual a melhor estratégia para introdução da vacina contra a dengue no Calendário Nacional de Vacinação, considerando as variáveis epidemiológicas, de morbimortalidade, das respostas imune protetoras e hiperinflamatórias, dos riscos associados à vacinação em diferentes faixas etárias e, finalmente, as possibilidades estruturais que permitam a efetiva aplicação das eventuais estratégias vacinais propostas idealmente. O resultado final desse trabalho subsidiará o Ministério da Saúde nas discussões da proposição da melhor estratégia vacinal para o controle da dengue no Brasil, considerando a idade adequada para a introdução da vacina no Calendário Nacional de Vacinação, a distribuição das regiões prioritárias para vacinação e a eventual proposição de uma campanha vacinal destinada a acelerar os efeitos protetores da introdução da vacinação no Brasil.

e) Estudo de custo efetividade: pesquisa que será desenvolvida em 2018, pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, no período de 12 meses, sob responsabilidade da Drª. Ana Marli Christovam Sartori, objetivando avaliar o impacto epidemiológico e o custo-efetividade da introdução da vacina de dengue no PNI, nas perspectivas da sociedade e do Sistema Único de Saúde (SUS) em comparação à estratégia atual (sem vacinação), bem como estimar o impacto orçamentário da introdução da vacina de dengue no PNI, na perspectiva do SUS, em comparação ao cenário de referência atual (conjunto de opções preventivas e terapêuticas atualmente disponíveis para o tratamento da dengue, sem vacinação).

III – DA INTRODUÇÃO DA VACINA DENGVAXIA® NO PARANÁ:

Quanto à continuidade ou não do Programa de Vacinação com a Dengvaxia® no estado do Paraná, este Ministério esclarece que a implantação dessa vacina, que não faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, foi uma decisão singular, até o momento, adotada apenas pelo Estado do Paraná, que em teses tem autonomia legal e o fez, após aprovação do produto pela ANVISA, e em consonância com a OMS.

Quanto à continuidade ou não do programa de vacinação com a Dengvaxia® no Estado do Paraná, em atenção à existência da gestão descentralizada prevista nos artigos 8º e 9º da Lei n. 8.080/90, é de responsabilidade do ente estadual definir se dará ou não continuidade as ações de vacinação nos moldes até então realizados, bem como, definir o procedimento de monitoramento a ser adotado para as pessoas que já foram vacinadas, inclusive no que diz respeito ao acompanhamento, avaliação, notificação e prestação de assistência e avaliação dos possíveis eventos adversos pós vacinação; não cabendo, portanto, até o momento, qualquer interferência ou incidência da esfera federal (Ministério da Saúde) na gestão estadual.

IV- CONCLUSÃO:

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável pela aquisição e distribuição dos imunobiológicos que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação. A introdução de uma nova vacina passa por rigorosos critérios estabelecidos como avaliação das taxas de morbimortalidade de uma determinada doença, bem como aspectos relativos à própria condição da vacina (fatores imunológicos), além de outros aspectos: operacionais, socioeconômicos, financeiros, tecnológicos e legais. Sua introdução deve ser precedida de análise do CTAI e da CONITEC, portanto, neste momento, não há nenhuma recomendação de introdução da Dengvaxia® no Calendário Nacional de Vacinação.

Reitera-se que mesmo após aprovação e comercialização das vacinas a serem utilizadas na população, vários estudos ainda podem ser realizados para melhor definição da população alvo a ser coberta pelas ações de vacinação no país.

Há consenso de que o desenvolvimento de qualquer vacina para prevenção da dengue é um grande avanço para o controle desta doença. No entanto, os resultados dos estudos que estão em andamento são imprescindíveis para definições da utilização da vacina no Brasil, destacando-se as avaliações de custo-efetividade, que devem ser conduzidas a partir do conhecimento do valor comercial do imunobiológico e das estimativas do custo da carga da doença. Os resultados deste tipo de avaliação irão aportar maiores subsídios para o planejamento dos recursos financeiros/orçamentários e fundamentar sob firme base técnico-científica a decisão político institucional de inclusão ou não inclusão de uma vacina contra dengue no Calendário Nacional de Vacinação.

Nesse sentido, em relação à necessidade de desenvolvimento de pesquisas citadas pela ABRASCO para esclarecer as lacunas de conhecimento sobre vacinas contra dengue, esse Ministério está cumprindo o seu papel e vários estudos sobre esse tema já estão sendo realizados, conforme já citado, e seus resultados serão importantes para fundamentar a decisão da incorporação ou não de uma vacina contra dengue na rotina de vacinação do PNI.
Portanto, o Ministério da Saúde esclarece que enquanto todos os estudos não estiverem finalizados, não tomará a decisão de inclusão de uma vacina contra a dengue no Calendário Nacional de Vacinação, e nesse sentido, não há elementos para introdução da Dengvaxia® nos serviços de vacinação do SUS.

Brasília, 17 de janeiro de 2018

Carla Magda A. S. Domingues – Coordenadora-Geral do Programa Nacional de Imunizações
Márcio Henrique de Oliveira Garcia – Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis

Contribua para CPs sobre dois temas da Farmacopeia

Monografia de oxigênio 93% e capítulo sobre antígenos leucocitários humanos estão em consulta pública para atualizar Farmacopeia Brasileira.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 24/01/2018 18:08
Última Modificação: 24/01/2018 18:16

Até o próximo dia 8 de fevereiro estão abertas duas consultas públicas para atualizar a Farmacopeia Brasileira. A primeira é a Consulta Pública 443/2017 propõe a monografia para o oxigênio 93% e define o padrão físico e de pureza para utilização deste gás com fim medicinal.

O oxigênio 93% é produzido a partir do enriquecimento do ar ambiente através de um processo de adsorção por peneira molecular, também conhecido como PSA (pressure swing adsorption).
Antígenos Leucocitários Humanos

A outra proposta está na Consulta Pública 442/2017 que trata do capítulo sobre antígenos leucocitários humanos (HLA na sigla em inglês). O complexo HLA é um grupo de genes localizado no braço curto do cromossomo. A verificação da compatibilidade HLA é essencial para que um transplante de órgãos seja bem-sucedido.

Participe da consulta pública

Para participar, basta acessar a página das consultas, ler o texto proposto para o regulamento e utilizar o formulário para envio de contribuições.

CP 442/2017 – Antígenos Leucocitários Humanos

CP 443/2017 – Monografia de Oxigênio 93%

Boletim educativo “Minuto Saúde” leva informações sobre saúde e prevenção de doenças à TV aberta

Fonte: Sanofi

Em parceria com a TV Cultura, a Sanofi leva ao ar a série de boletins "Minuto Saúde", que tem o objetivo de estimular a prevenção de doenças e a promoção da saúde por meio de dicas e informações úteis. Com cerca de 2 minutos de duração, os episódios contam com a apresentação do Dr. Jairo Bouer, médico psiquiatra e comunicador em saúde, e tratam de temas como prevenção para uma vida saudável, colesterol, diabetes, doenças raras e a importância da vacinação ao longo da vida, com uma linguagem coloquial, simples e acessível ao público em geral.

De acordo a diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativa da Sanofi, Marcia Goraieb, a educação é um elemento primordial para que as pessoas sejam protagonistas de sua saúde e atuem de forma ativa na prevenção de doenças. “O Minuto Saúde está alinhado à estratégia de Responsabilidade Corporativa da Sanofi, pois entendemos que oferecer informações médicas de qualidade e de forma didática para as pessoas contribui para manter saúde e qualidade de vida em dia”, afirma.
Os boletins da série Minuto Saúde vão ao ar nos intervalos da programação da TV Cultura. O projeto é apoiado por meio da Lei Rouanet.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Sobre a TV Cultura

Atual, atrativa, crítica e democrática, a TV Cultura é um modelo de emissora pública brasileira. Com programação reconhecida e voltada para diversos públicos e faixas etárias, destaca-se no cenário nacional pelo conteúdo, dedicado ao desenvolvimento do cidadão. Em 48 anos, conquistou mais de 400 prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro Emmy Awards e mais de 10 troféus Prix Jeunesse. Além disso, foi tida como a segunda melhor emissora do mundo em qualidade de programação, de acordo com pesquisa encomendada pela BBC. Entre outros destaques, é lembrada por público e crítica por suas produções infantis de vanguarda, que mesclam educação e entretenimento com respeito à inteligência da criança.

Esclarecimento

A área Empresas em Foco publica notícias elaboradas e enviadas pelas empresas filiadas ao Sindusfarma; seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade das empresas e não reflete anuência nem posições ou opiniões da entidade.

Confirmados novos palestrantes do curso de estratégias de acesso

Silvia Sfeir e José Fábio Moreira são dois novos palestrantes confirmados da 2ª turma do curso Acesso de Medicamentos e Farmacoeconomia no Sistema de Saúde Brasileiro, promovido pelo Sindusfarma, que terá início no próximo dia 23 de fevereiro.

O curso, inédito, qualifica profissionais da indústria farmacêutica na elaboração de estratégias de acesso no planejamento de marketing nos mercados de saúde público e privado. Está distribuído em 14 módulos, sempre às sextas-feiras. Profissionais de empresas associadas ao Sindusfarma desfrutam de 50% de desconto.

Precificação

Entre outros temas, o curso vai mostrar como funciona o processo de registro; precificação; incorporação de medicamentos nos sistemas público e privado; financiamento da saúde; e pagamento de medicamentos.

Conheça os nove renomados especialistas já confirmados no curso: Anderson Ribeiro, Sócio da Kasznar Leonardos Propriedade IntelectualAndreas Strakos, Consultor do SindusfarmaBruno Abreu, Diretor de Mercado e Assuntos Jurídicos do SindusfarmaCesar Rodrigues, Sócio Sênior da PromktgFábio Zanini, Diretor de Acesso do Grupo MerckGabriela Tannus, Sócia Sênior da AXIA.BIO Life Sciences InternationalJosé Fábio Moreira, Gerente de Negócios Institucionais da AstellasRosana Mastellaro, Diretora de Assuntos Regulatórios do SindusfarmaSílvia Sfeir, Diretora de Acesso ao Mercado da Bayer

Situação dos genéricos no País

17/01/18 | Equipe Online – online@jcruzeiro.com.br

Mário Cândido de Oliveira Gomes

Os genéricos são medicamentos que têm a mesma fórmula química do produto de marca, assim como a mesma bioequivalência (dose). Então, por que existem barreiras que impedem o aumento na prescrição e no consumo desses produtos? Em 2003, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos) divulgou pesquisa realizada entre médicos, balconistas de farmácias e consumidores, para conhecer os dois mais sérios problemas enfrentados pelos genéricos: troca de produto do receituário por similares nos pontos de venda e falta de confiança dos consumidores.

As principais conclusões do estudo foram:

A – Médicos: 95% têm confiança nos genéricos, mas não estão bem informados, por falta de divulgação do governo e laboratórios; 81% discordam de promoções de similares feitos pelos balconistas, pois induzem a bonificação, com prejuízo para o paciente; 85% da classe não têm restrições à troca pelos farmacêuticos do medicamento de referência; 85% dos médicos ou seus familiares já tomaram genéricos, porém não prescrevem; 77% têm restrições à prescrição de similares, que não apresentam testes de bioequivalência e equivalência farmacêutica; 75% aguardam mais informações sobre os medicamentos para aumentarem suas prescrições; 61% afirmam não ter qualquer tipo de restrição; 53% sequer dispõem de uma lista de genéricos no consultório e somente 20% acessam as listas disponíveis na internet. Ainda, 52% confiam no governo para divulgar os medicamentos para a população e, finalmente, 59% acreditam que o preço é a única diferença entre genéricos e medicamentos de marca.

B – Consumidores: 98% conhecem o termo "genérico", 78% desconhecem o nome "medicamento de referência" e 30% nunca ouviram falar em "similar"; 89% associam os genéricos à eficácia terapêutica e preço acessível, enquanto 84% gostariam de mais informações; da mesma forma, 78% sugerem mais campanhas pelo governo e 76% informam que preço é o fator decisivo; todavia, 67% alegam que os médicos não receitam (17% dos médicos fazem como primeira escolha) e somente 47% confiam nesses produtos.

C – Balconistas de farmácias: 78% apresentam o similar e náo o genérico como alternativa à receita (prática ilegal por lei). sendo que 34% oferecem medicamentos diferentes dos prescritos pelo médico e outros 34% sugerem a opção de troca espontaneamente pelo genérico. Finalmente, apenas 25% das farmácias têm lista atualizada dos genéricos para consulta dos balconistas e consumidores.

Para concluir, a pesquisa evidenciou: 1 – Embora médicos e consumidores confiem nos genéricos, precisam de melhor informação; 2 – O Ministério da Saúde e a iniciativa privada devem assumir juntos o papel de responsáveis pela divulgação dos genéricos, para modificar a cultura da prescrição de medicamentos de marca pelos médicos e acesso a produtos de qualidade e mais baratos para a população carente. 3 – Intensificar a fiscalização dos pontos de venda.

Como se pode observar, todos os pontos da cadeia de utilização dos genéricos apresentam problemas que impedem a prescriçáo e o consumo desses medicamentos em nosso país. As providências devem partir do governo.

Artigo extraído do livro Doenças – Conhecer para prevenir (Ottoni Editora), de autoria do médico Mário Cândido de Oliveira Gomes, falecido aos 77 anos, no dia 6 de junho de 2013.

Anvisa define planejamento regulatório até 2020

Agenda Regulatória do órgão contempla diversos temas e busca o aprimoramento da vigilância sanitária no País.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 17/01/2018 14:43
Última Modificação: 17/01/2018 15:05

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu a Agenda Regulatória (AR) da instituição até 2020 com foco no fortalecimento e aprimoramento do marco regulatório. Ao todo, são 126 temas distribuídos entre 15 grandes áreas de atuação, tais como a vigilância sanitária de alimentos, agrotóxicos, medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, entre outros.

O planejamento regulatório, orientado pelo planejamento estratégico do órgão e por outros instrumentos de gestão do Governo Federal, dá transparência às ações e aos processos regulatórios em andamento.
Agenda democrática

Uma das novidades da Agenda Regulatória 2017/2020 foi sua forma de elaboração mais participativa. A invés da divulgar uma lista preliminar de temas, a Anvisa decidiu inverter o processo e perguntar para a sociedade sobre os problemas enfrentados com o marco regulatório atual.

Para o diretor de Regulação Sanitária, Renato Porto, foi uma inovação importante na forma de fazer a agenda. “Os participantes foram induzidos a se questionar quais problemas do seu dia a dia a Anvisa pode ajudar a resolver, essa é uma metodologia adotada pela OCDE que é extremamente eficaz para identificar falhas que merecem atuação do Estado”, defende Porto.

Para o diretor, outro ponto importante foi o foco na construção de uma agenda realista. “Até 2020 esperamos que a Anvisa tenha cumprido todo o planejamento, trazendo mais qualidade para a regulação e evitando gastos regulatórios desnecessários, economizando tempo, recursos financeiros e humanos na elaboração de normas”, conclui o diretor.
Temas estratégicos

A AR, que engloba temas sensíveis e de interesse do setor regulado e de toda a sociedade, é uma estratégia importante para o desenvolvimento da regulação sanitária no País e foi amplamente discutida e consolidada por diversas áreas da Anvisa. “O aprimoramento do processo regulatório passa, necessariamente, pelo estabelecimento de metas. Para tanto, precisamos de um instrumento como a Agenda Regulatória para assegurar o acompanhamento e execução das melhorias que precisamos implementar”, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Planejamento e previsibilidade

A Agenda Regulatória (AR) é um instrumento de planejamento utilizado para orientar a atuação da instituição sobre temas prioritários para um determinado período. A inclusão de um assunto no documento é o primeiro passo para a criação de uma norma sanitária, pois desencadeia uma série de discussões e o envolvimento de vários setores da sociedade, por meio de consultas públicas, resultando em uma ação regulatória concreta.

Os principais objetivos da agenda são fortalecer e aprimorar a regulação em vigilância sanitária, promovendo, ainda, a transparência das informações sobre o processo regulatório e a participação no processo de construção e desenvolvimento dos temas. Dessa forma, esse instrumento permite também a previsibilidade das ações da Anvisa para os setores envolvidos, tais como órgãos do Governo Federal, estados, municípios, indústria, comércio, laboratórios e centros de estudos. Além destes setores, a divulgação da AR permite o acompanhamento das ações também pela imprensa e cidadãos.

A elaboração da Agenda Regulatória é um processo dinâmico e construtivo, que resulta em um instrumento essencial para o funcionamento da Anvisa. É a partir dela que são elaborados os atos normativos, que consolidam e concretizam a regulação sanitária, como as Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) e Instruções Normativas (IN). Há também os instrumentos regulatórios não normativos, como guias e manuais direcionados à orientação e esclarecimentos das normas da Anvisa.
15 áreas de atuação

Para cada área de atuação, foram elencados temas prioritários. No Portal da Anvisa, é possível acompanhar o que está sendo discutido, avaliado e decidido em relação a cada uma das 15 áreas tratadas pela Agência, tais como alimentos, medicamentos e insumos farmacêuticos, produtos para a saúde, cosméticos, farmacopeia, agrotóxicos e saneantes. Há também assuntos relacionados à vigilância de portos, aeroportos e fronteiras, bem como de sangue, tecidos, células e órgãos. Também estão contempladas as seguintes áreas: laboratórios analíticos, serviços de saúde e de interesse para a saúde, tabaco e temas transversais (assuntos gerais ou que englobam uma grande variedade de tipos de produtos e serviços regulados).

Ao acessar esses tópicos, é possível encontrar o que exatamente o órgão regula em relação ao tema e os diversos processos regulatórios em andamento em cada um.

“É importante observar que as áreas reguladas pela Anvisa são de interesse de toda a população, pois se relacionam diretamente com o cotidiano das pessoas e a proteção à saúde da população. Quando vai a um supermercado, farmácia, unidades de saúde em geral, salão de beleza ou um estúdio de tatuagem, o cidadão está diretamente em contato com serviços e produtos que estão sob a regulação da Anvisa”, explica Jarbas Barbosa. “Portanto, nossa atuação extrapola a relação com governos, indústria e comércio. A população é a nossa principal beneficiária final”, conclui o diretor-presidente.
Públicos da Agenda Regulatória

Os temas contidos na AR interessam a diversos grupos e podem ser acompanhados por cada um deles. Por fazer parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, portanto da própria fiscalização, os temas da agenda devem ser de domínio e acompanhamento das unidades de vigilância sanitária dos estados e municípios (VISAs) e dos laboratórios centrais (LACENs).

Para os consumidores em geral, são de bastante interesse temas da AR relacionados à rotulagem de produtos, bulas, suplementos alimentares, implantes ortopédicos, agrotóxicos, propagandas de itens regulados pela Anvisa, além de produtos direcionados ao público infantil, entre outros.

No caso do comércio exterior, há temas como a notificação e recolhimento de drogas ou insumos farmacêuticos com desvios de qualidade comprovados e o controle e fiscalização das importações de bens e produtos para fins de vigilância sanitária, hemoderivados, pesquisa com substâncias sob controle especial, entre diversos temas.

Principais perfis de público relacionados aos temas da Anvisa:
Cidadãos, pacientes, usuários ou consumidores de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária; Profissionais que possuem relação com os temas da AR; Profissionais de saúde; Comunidade científica; Comércio exterior: importação e exportação de produtos sujeitos à vigilância sanitária; Empresas do setor regulado; Sociedade civil organizada (terceiro setor); Microempreendedor individual, empreendimento familiar rural e do empreendimento econômico solidário; Vigilâncias sanitárias estaduais e municipais (VISAs) e laboratórios centrais (LACENs).

MPF concorda com Anvisa em processo sobre patente farmacêutica

Agência tinha sido obrigada pela Justiça a acolher pedido da Novartis

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2) um parecer favorável à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em ação movida contra ela pelo laboratório Novartis. As patentes de medicamento e processo farmacêutico exigem aval prévio da agência, além da anuência do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), também réu na ação. Nesse caso, o pedido não chegara à Anvisa porque o INPI decidiu que, por falta de atividade inventiva, não seria patenteável o processo proposto de estabilização de macrolídeos ('grosso modo', preservação de propriedades de um grupo de antibióticos, com ação antioxidante, por exemplo).

O MPF na 2a Região (RJ/EJ) corroborou o recurso da Anvisa contestando a decisão da 31a Vara Federal do Rio de Janeiro que a obrigou a autorizar o pedido (PI 9915986-4), por entender que a agência não se baseou em risco à saúde pública, mas apenas em requisitos de patenteabilidade da alçada do INPI. A decisão de primeira instância foi suspensa em setembro até o recurso da Anvisa ser julgado pela 1a Turma do Tribunal.

No parecer ao TRF2, o MPF expôs três argumentos a favor da Anvisa: primeiro, a chamada vontade da Administração Pública não pode ser substituída por decisão judicial motivada pela omissão sobre a patente pela ótica da saúde pública; segundo, por se tratar de um ato complexo, que só tem validade com manifestações favoráveis dos dois envolvidos (Anvisa e Inpi), eventual manifestação da agência reguladora significaria o indeferimento do Inpi; e, por fim, a decisão viola o princípio constitucional da separação dos três poderes.

“O Judiciário, quando autoriza a concessão de patente de produto farmacêutico, do ponto de vista da saúde pública, quer se fazer substituir ao Administrador Público, o que não pode ser admitido”, destacou o procurador regional da República Newton Penna em parecer sobre o recurso da Anvisa.

Processo 0011160-34.2017.4.02.0000

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