Faturamento da indústria de farmacêuticos subiu 11,7% em 2017

Última atualização 15 Janeiro, 2018

O faturamento da indústria de farmacêuticos subiu 11,7% no ano passado e chegou a quase R$ 57 bilhões, segundo dados do Sindusfarma (sindicato do setor).

A alta é maior que a do número de remédios consumidos, que cresceu 5,7%.

“A indústria tem tido um desempenho descolado do resto da economia”, afirma Nelson Mussolini, presidente-executivo da entidade.

O número foi positivo, mas nos últimos três meses houve uma desaceleração, especialmente porque a quantidade de fármacos passou a crescer a taxas menores, diz.

Se a reforma da previdência for aprovada e o dólar não subir excessivamente, esse ano deve ter um desempenho parecido, ele estima. Isso não significa, no entanto, que haverá investimentos em capacidade produtiva.

“A maioria das empresas hoje trabalha com dois turnos e pode adicionar um terceiro antes de fazer aportes.”

Nota ABIMIP: Enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição

Publicada em agosto de 2016, a RDC 98/16 da Anvisa atualizou as exigências para que um medicamento seja registrado como medicamento isento de prescrição (MIP) e possa ser vendido diretamente ao consumidor através do autosserviço de farmácias e drogarias. A nova resolução estabeleceu ainda critérios para que as indústrias farmacêuticas que têm hoje registros de medicamentos tarjados, mas que sejam passíveis de enquadramento como MIP, possam contar com regras claras para solicitar à Agência o reenquadramento desses medicamentos.

De acordo com o procedimento estabelecido pela RDC, após ter seu medicamento aprovado como isento de prescrição, as empresas devem providenciar a adequação da bula e também a retirada da tarja do medicamento. Somente após essas adequações realizadas pela indústria é que o medicamento poderá ser disponibilizado em autosserviço nas farmácias e drogarias.

RDC 98/16 (…)

Art. 12. A empresa deverá submeter uma "notificação de alteração de texto de bula" em até 30 (trinta) dias após aprovação da solicitação de alteração da categoria de venda.

Parágrafo Único. Nenhuma mudança além das decorrentes da alteração da categoria de venda poderá ser realizada nas informações constantes no texto de bula.

Art. 13. Os medicamentos enquadrados como isentos de prescrição só poderão ser disponibilizados em autosserviço após adequação do material de bula e rotulagem.

Segundo a própria Anvisa, a demora para a atualização da norma sobre os MIPs “impossibilitou que medicamentos que tivessem perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados a essa categoria de venda o que em última instância pode ter dificultado o acesso da população a obtenção de tratamento adequado”.

Dessa forma, como diversas empresas já possuem em seus portfólios produtos que atendem plenamente às condições estabelecidas em lei, é esperado que ainda em 2018 um número considerável de medicamentos seja reclassificado como MIP no Brasil, o que permite que passem a ser objeto de autosserviço nos respectivos pontos de venda, sendo os antihistamínicos, antiácidos, antifúngicos e anti-inflamatórios, as principais classes terapêuticas envolvidas nesse processo.

ABIMIP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO – 2018

AstraZeneca tem novo Diretor de Oncologia no Brasil

A AstraZeneca anuncia Marcelo de Holanda como seu novo diretor da Unidade de Negócios de Oncologia no Brasil.

Com 25 anos de mercado farmacêutico, incluindo vivência de um ano no mercado dos EUA, o executivo é pós-graduado em Marketing e Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-CEAG), e possui experiência na implementação de novos modelos de negócio em cenários com cases de sucesso no licenciamento e lançamentos de novos medicamentos, além de conhecimento técnico-científico em oncologia, cuidados respiratórios e primários.

Nos últimos anos, Marcelo atuou como Gerente Geral para Uruguai, Paraguai e Bolívia na farmacêutica Roche.

Sobre a AstraZeneca em Oncologia

A AstraZeneca possui uma grande herança em oncologia e oferece um portfólio de novos medicamentos que crescem rapidamente, com o potencial de transformar a vida dos pacientes. Com amplo pipeline de pequenas moléculas e produtos biológicos em desenvolvimento, a AstraZeneca está empenhada em avançar nos tratamentos para oncologia como um dos pilares de crescimento da companhia, este voltado para os cânceres de pulmão, ovário, mama e hematológicos. Além de nossas capacidades, buscamos ativamente parcerias e investimentos inovadores que aceleram a entrega de nossa estratégia.

Focamos em quatro pilares científicos principais: imuno-oncologia, direcionamento de tumores e resistência, respostas ao dano de DNA e combinação de drogas baseadas em anticorpos. A AstraZeneca tem a visão de redefinir o tratamento do câncer e, um dia, eliminar o câncer como uma das principais causas de morte no mundo.

Sobre a AstraZeneca

A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, voltada para inovação, com foco principal na descoberta, desenvolvimento e na comercialização de medicamentos de prescrição, principalmente para o tratamento de doenças em três principais linhas terapêuticas – Oncologia, Doenças Cardiovasculares & Metabólicas e Respiratória. A companhia também atua nas áreas autoimunidade, neurociência e infecção. A AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo. Para mais informações acesse: www.astrazeneca.com.br

Esclarecimento

A área Empresas em Foco publica notícias elaboradas e enviadas pelas empresas filiadas ao Sindusfarma; seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade das empresas e não reflete anuência nem posições ou opiniões da entidade.

Prêmio Qualidade 2018 recebe inscrições até fim de fevereiro

Estão abertas até 25 de fevereiro as inscrições para o Prêmio Sindusfarma de Qualidade 2018, que reconhece os melhores fornecedores e prestadores de serviços da indústria farmacêutica. As empresas podem se inscrever no hotsite do Prêmio.
Jair durante encontro que apresentou detalhes da 22ª edição do Prêmio Qualidade
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 21 de maio, em local a ser definido.

O Prêmio Qualidade é concedido em 24 categorias, distribuídas em cinco grandes classes: Material de Embalagem; Matéria-Prima; Prestadores de Serviço; Máquinas e Equipamentos; Materiais, Equipamentos, Instrumentos, e Serviços de Qualidade.

O calendário e o regulamento da 22ª edição do Prêmio foram apresentados pelo gerente de Boas Práticas e Inovação, Jair Calixto, em encontro realizado no dia 13/12.

Votação

Encerradas as inscrições, os laboratórios farmacêuticos associados ao Sindusfarma votarão nos melhores fornecedores. O período de votação irá de 26/2 a 27/3.

As auditorias com os selecionados nas 24 categorias estão programadas para 9 a 27/4.

Finalistas

Os fornecedores e prestadores de serviço finalistas do Prêmio Sindusfarma de Qualidade serão conhecidos no dia 10/5.

Vírus Zika pode combater tumor cerebral

16 de janeiro de 2018

Elton Alisson  |  Agência FAPESP – O vírus Zika, temido por causar microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas durante a gestação por atacar as células que darão origem ao córtex cerebral do feto, pode ser uma alternativa para o tratamento do glioblastoma – o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral maligno em adultos.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF-Unicamp). Resultado de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP, o estudo foi descrito em um artigo no repositório de Ciências Biológicas bioRxiv e aceito para publicação pelo Journal of Mass Spectrometry.

“O vírus Zika, que se tornou uma ameaça à saúde nas Américas, poderia ser modificado geneticamente para destruir células de glioblastoma”, disse Rodrigo Ramos Catharino, professor da FCF-Unicamp e coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da instituição.

Estudos anteriores, realizados recentemente no Brasil e no exterior, indicaram que células progenitoras neurais humanas (hNPCs) infectadas pelo vírus Zika apresentam taxas aumentadas de mortalidade juntamente com comprometimento do crescimento e anormalidades morfológicas.

As alterações nessas células – que são precursoras de células cerebrais e se transformam no córtex em embriões e fetos – podem ser uma possível causa de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas pelo Zika. Outros estudos sinalizaram que o vírus é capaz de se deslocar para células cerebrais, modificar a regulação do ciclo e induzi-las à morte.

Com base nessas observações, os pesquisadores da Unicamp decidiram analisar o que o vírus Zika causaria ao infectar células de glioblastoma. Para isso, infectaram células humanas de gliobastoma maligno com o Zika e registraram imagens delas em microscópios 24 horas e 48 horas após a infecção a fim de verificar eventuais alterações metabólicas (efeitos citopáticos) provocadas pela inoculação do vírus.

Os resultados das análises indicaram que as células de glioblastoma apresentaram efeitos citopáticos leves 24 horas após a infecção, como células redondas e inchadas, além da formação de sincícios – células multinucleadas, em que a membrana celular engloba vários núcleos.

Os efeitos citopáticos mais severos foram observados 48 horas após a infecção, em que se constatou maior quantidade de células redondas e inchadas, formação de sincícios e perda pronunciada de integridade celular, que é um prenúncio da morte celular.

“Observamos mais nitidamente os efeitos citopáticos da infecção das células de glioblastoma com Zika após 48 horas. Nesse tempo, a morfologia delas foi alterada quase que totalmente”, disse Catharino.

Molécula-chave

A fim de identificar os principais compostos (metabólitos) produzidos pelas células de glioblastoma durante a infecção pelo Zika, os pesquisadores analisaram amostras por espectrometria de massa por ionização por dessorção a laser (MALDI-MSI).

A técnica consiste em quebrar os átomos ou moléculas de uma amostra para que fiquem carregadas com mais ou menos elétrons do que o original (ionização) e, em seguida, separá-los em função da sua relação massa/carga a fim de identificá-las e quantificá-las.

Os dados de espectrometria de massa foram então submetidos à análise estatística. Os resultados das análises indicaram que, 24 horas após a infecção, as células começaram a produzir glicosídeos cardíacos, especialmente a digoxina.

Estudo anteriores, realizados in vitro por pesquisadores no exterior, demonstraram que essa molécula foi capaz de diminuir a taxa de multiplicação e aumentar a morte de células de melanoma – o tipo mais agressivo de câncer de pele –, de mama e neuroblastoma – um tumor que costuma afetar principalmente pacientes com até 15 anos de idade.

Como foi demonstrado que glicosídeos cardíacos, como a digoxina, induzem a morte de células cancerosas, os pesquisadores da Unicamp estimam que a infecção pelo Zika desencadeou a síntese da molécula em células de glioblastoma. E que esse fenômeno provavelmente é um dos gatilhos que desencadeiam a morte de células neuronais. “A digoxina pode ser a molécula-chave que ativa a morte das células de glioblastoma durante a infecção pelo Zika”, disse Catharino.

Com base nessas constatações, os pesquisadores sugerem que o Zika possa ser geneticamente modificado com o intuito de eliminar os efeitos da infecção e deixar apenas as partículas virais responsáveis pela síntese da digoxina. Dessa forma, o vírus poderia ser uma alternativa para o tratamento do glioblastoma, que apresenta alta resistência a quimioterápicos.

“O uso de vírus oncolíticos [modificados geneticamente por engenharia genética para destruir células tumorais] está bastante avançado, principalmente para o tratamento de câncer de pele e mieloma [câncer de medula óssea]”, disse Catharino. “O Zika pode ser um candidato para o tratamento de glioblastoma.”

O artigo Zika virus infection induces synthesis of Digoxin in glioblastoma cells (doi: 10.1101/174441), de Estela Lima, Tatiane M. Guerreiro, Carlos Melo, Diogo N. de Oliveira, Daisy Machado, Marcelo Lancellotti e Rodrigo Catharino, pode ser lido no bioRxiv em www.biorxiv.org/content/early/2017/08/09/174441.

O artigo MALDI-Imaging detects endogenous Digoxin in glioblastoma cells infected by Zika virus – would it be the oncolytic key? (doi: 10.1002/jms.4058), de Estela Lima, Tatiane M. Guerreiro, Carlos Melo, Diogo N. de Oliveira, Daisy Machado, Marcelo Lancellotti e Rodrigo Catharino, será publicado no Journal of Mass Spectrometry em onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jms.4058/full.

Anvisa agiu dentro da lei ao autorizar compra pelo MS

Agência tem absoluta certeza, e o demonstrará na Justiça, que agiu de acordo e em respeito à legislação e à regulamentação sanitária.

Publicado: 15/01/2018 15:01
Última Modificação: 15/01/2018 15:07

A respeito da ação civil pública de improbidade administrativa aberta pelo Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) contra servidores da Anvisa, por conta da compra do medicamento Leuginase para abastecer a rede pública, a Agência esclarece:

Até o momento, a Anvisa não foi notificada pela Justiça, tendo recebido a notícia pela imprensa. Lamentamos que o MPF/DF não tenha solicitado nenhuma informação para esclarecer a participação da Agência na aquisição da Leuginase pelo Ministério da Saúde.

A Agência tem absoluta certeza, e o demonstrará na Justiça, que agiu de acordo e em respeito à legislação e à regulamentação sanitária naquilo que lhe cabia institucionalmente na importação do medicamento Leuginase, em caráter excepcional, para não permitir que crianças vítimas de leucemia linfoide aguda ficassem sem o medicamento.

Esse mesmo procedimento, amparado pela lei e pelo regulamento sanitário, é realizado todas as vezes em que, na falta de um medicamento com registro em nosso país, se faz necessário autorizar, em caráter excepcional, a importação de medicamentos pelo Ministério da Saúde, por Secretarias Estaduais e Municipais ou hospitais públicos ou privados.

A Agência está à inteira disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.

Norma simplifica processo de importação

Procedimento foi desburocratizado com a eliminação de exigências que impactavam no custo de armazenagem das empresas.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 08/01/2018 14:42
Última Modificação: 08/01/2018 14:44

Os procedimentos para importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária foram simplificados. A Anvisa publicou nesta segunda-feira (8/1) a resolução RDC 208/2018 que eliminou algumas exigências da norma anterior.

A medida simplifica alguns procedimentos e deve ter um impacto positivo no custo de armazenagem das empresas que trazer produtos relacionado à saúde para o Brasil.

De acordo com o diretor de Controle e Monitoramento Sanitários, Willian Dib, a RDC 208 retirou das exigências documentos que as empresas só conseguiam depois que as cargas chegavam ao país, o que gerava custos com armazenagem, encarecendo o preço final dos produtos.

Segundo Dib o foco é atuar baseado no risco “A simplificação do processo referente a licenças de importação é mais uma iniciativa da Anvisa que visa racionalizar sua atuação e focar nos produtos com maior risco.”

A Agência também está abrindo uma consulta pública sobre o gerenciamento de risco sanitário aplicado às atividades de controle e fiscalização na importação de bens e produtos sob vigilância sanitária

Confira as principais mudanças da RDC 208/2018:

Alterações
Alterado o prazo de cumprimento de exigência para 30 dias. Alterado capítulo de rotulagem que agora diferencia as informações segundo a classe de produtos.

Revogações

Vinculação de NCM a determinado procedimento.

Todos os dispositivos que determinavam a análise do processo no local do desembaraço do produto.

Todos os dispositivos que requeriam a autenticação e reconhecimento de firma.

Exigência de registrar nas observações da LI os dados de AFE e registro do produto, que passam a integrar o formulário eletrônico de petição.

Exigência de declaração de lote, pois essa informação consta no formulário eletrônico de petição.

Exigências de autorização de embarque, agora restritas a procedimento 1 que incluiu a lista C3.

Exigência de comunicação de Entreposto Aduaneiro.

Exigência de licenciamento de cabelo e vestuário.

Exigências de GRU, assinatura de responsável técnico, autorização de acesso, declaração de lotes, procuração e documento de averbação emitido pelo recinto alfandegado que comprovem a presença da carga.

Exigência de certificado e laudo de análise para importação de alimentos.

Farmacêutica Celgene faz oferta pela Impact Biomedicines

Última atualização 8 Janeiro, 2018

NOVA YORK  –  A farmacêutica americana Celgene informou no domingo que fechou um acordo para adquirir a Impact Biomedicines, empresa americana de biotecnologia especializada em doenças no sangue, em um negócio que pode chegar a US$ 7 bilhões.

O acordo prevê que a Celgene pagará, em um primeiro momento, US$ 1,1 bilhão pela companhia. Ela se comprometeu a desembolsar mais US$ 1,4 bilhão caso o tratamento para mielofibrose – tipo de câncer que afeta as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea – da Impact Biomedicines seja aprovado pelas autoridades regulatórias e mais US$ 4,5 bilhões se as vendas globais anuais do tratamento excederem US$ 5 bilhões.

A Celgene é uma das maiores empresas de biotecnologia dos Estados Unidos, com valor de mercado de mais de US$ 80 bilhões, especializada no tratamento de câncer. A Impact é uma empresa estabelecida há menos de dois anos, criada para retomar a produção do fedratinib, medicamento para o tratamento do mielofibrose cujo desenvolvimento foi interrompido  pela francesa Sanofi em 2013, por conta de seus efeitos colaterais. No ano passado, o regulador da área de medicamentos dos Estados Unidos, a Divisão para Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), liberou a retomada dos testes com o medicamento.

Se aprovado, o fedratinib poderá concorrer com o jakafi, um dos principais produtos no mercado para o tratamento de câncer no sangue, produzido pela americana Incyte.

Fonte: Valor Online

Em fevereiro, 2ª turma do curso de estratégias de acesso e marketing nos sistemas de saúde

O Sindusfarma abriu inscrições para a segunda turma do curso inédito ‘Acesso de Medicamentos e Farmacoeconomia no Sistema de Saúde Brasileiro’, que qualifica profissionais da indústria farmacêutica na elaboração de estratégias de acesso no planejamento de marketing nos mercados de saúde público e privado.

Ministrado por renomados executivos da indústria, o curso começa no próximo dia 23 de fevereiro e está distribuído em 14 módulos, sempre às sextas-feiras. Profissionais de empresas associadas ao Sindusfarma desfrutam de 50% de desconto.

Entre outros temas, o curso vai mostrar como funciona o processo de registro, precificação e obtenção de acesso para medicamentos no Brasil; quais as formas de financiamento da saúde e de pagamento de medicamentos, e como integrar estratégias de acesso no planejamento de marketing.

Anvisa aprova teste que diagnostica meningite em uma hora

8 jan 2018
21h15

O FilmArray, plataforma de biologia molecular desenvolvido pela Biofire, empresa do grupo bioMérieux, líder mundial em diagnóstico in vitro, agora possui mais um painel aprovado pela Anvisa: o FilmArray Meningitis/Encephalitis Panel. O sistema identifica em até uma hora 14 tipos de agentes causadores de Meningite e Encefalites, sendo 6 bactérias, 7 vírus e 1 fungo, direto da amostra de clínica de líquor.

Em comparação com testes convencionais, a tecnologia do FilmArray possibilita reduzir o tempo para obtenção dos resultados, em alguns casos, de 4 a 21 dias para apenas 1 hora.

"No caso das meningites virais, o diagnóstico padrão é por meio da identificação material genético do vírus na amostra de líquor pelo método de PCR. Os prazos dos resultados variam bastante entre os laboratórios,
normalmente entre 1 a 4 dias. Esse prazo é similar ao do resultado final da cultura, referência nos casos de meningites bacterianas", afirma o Dr. Gustavo Bruneira, Diretor Operacional do Senne Liquor Diagnóstico, de São Paulo, pioneiro no Brasil no uso do FilmArray Meningitis/Encephalitis Panel, sistema de diagnóstico rápido que detecta a meningite e a encefalite em até uma hora.

"Já para os casos de meningite por Cryptococcus, a cultura pode demorar até 21 dias e os testes disponíveis (tinta da china e pesquisa de antígenos por aglutinação em partículas de látex), exigem profissional capacitado e têm sensibilidade inferior", explica.

O sistema FilmArray não demanda grande quantidade de amostra para obtenção do resultado, o que também significa menos desconforto para o paciente, segundo o especialista. "A obtenção de amostra de líquor, ou líquido cefalorraquiano, se faz rotineiramente por meio de uma punção lombar, um procedimento invasivo que como tal traz riscos inerentes ao procedimento. Uma vez que a amostra de líquor adicional não é facilmente obtida, metodologias que utilizam pequenos volumes, a exemplo do FilmArray, são fundamentais", afirma Bruneira.

A meningite e o diagnóstico rápido – Todas as faixas etárias, dos recém-nascidos aos idosos, estão propensas a contrair meningite. O que muda é o agente etiológico mais frequente, de acordo com idade e status imunológico do paciente.

Segundo o médico especialista do Senne liquor, os mais frequentes agentes etiológicos, especialmente nas crianças, são os vírus do grupo dos Enterovírus. Nos indivíduos imunossuprimidos, como transplantados, o Cryptococcus neoformans (fungo). Nas meningites bacterianas, temos o Neisseria meningitidis e o Streptococcus pneumoniae como os mais frequentes, porém nos bebês e nos idosos precisamos sempre pensar em Listeria monocytogenes, assim como no Haemophilus influenzae nos pacientes não vacinados.

"O diagnóstico rápido e preciso é fundamental em todos os casos, uma vez que propicia o tratamento adequado. Especialmente nos casos de meningites virais, o diagnóstico rápido e preciso, aliado a outros parâmetros clínicos e laboratoriais, pode significar a não internação do paciente, evitando o uso empírico de antibióticos, o risco de infecção hospitalar, etc.", avalia o médico especialista do Senne Liquor.

"De fato, o diagnóstico rápido e preciso traz benefícios sociais e econômicos importantíssimos ao paciente e ao sistema de saúde. No caso das meningites bacterianas mais frequentes, a vacinação é fundamental, enquanto que nas virais as medidas preventivas são basicamente higiene pessoal e de alimentos", conclui o médico especialista do Senne Liquor.

Como funciona – O FilmArray® é uma técnica de biologia molecular que consiste em uma estação de trabalho, na qual é inserido o painel – um cartucho a vácuo -, com diferentes reservatórios, onde ficam os reagentes. Nele é injetada a solução de hidratação por sistema à vácuo e depois a amostra a ser analisada. O sistema faz o resto.

Durante a análise, o FilmArray extrai e purifica todos os ácidos nucleicos da amostra não processada. Em seguida, realiza a técnica Multiplex PCR, em que um fragmento específico da molécula de DNA é amplificado milhares de vezes em curto espaço de tempo. Os microrganismos presentes são amplificados e a detecção é realizada utilizando a tecnologia Microarray.

Ao final, o Software FilmArray analisa e libera um relatório com os resultados da amostra. Quando o processo, que leva apenas uma hora, se completa, o software informa a presença ou ausência de cada patógeno na amostra.

Sobre a bioMérieux
Há mais de 50 anos no mercado, a bioMérieux é líder na área de diagnóstico in vitro. Em todo o mundo, a empresa tem o propósito de contribuir efetivamente com o desenvolvimento da saúde pública, fornecendo soluções (reagentes, equipamentos e softwares) que determinam a origem da doença e de contaminações de produtos industrializados a fim de melhorar a saúde do paciente e garantir segurança aos consumidores.

Fundada na França em 1963, a bioMérieux tem cerca de 5.800 colaboradores e está presente em mais de 150 países, por meio de 42 filiais e uma ampla rede de distribuidores. Em 2016, as vendas da companhia atingiram 2,3 bilhões de euros.

No Brasil, a bioMérieux possui o laboratório P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) situado no Rio de Janeiro, que foi inaugurado em 2009, e até 2014 a equipe teve como missão dar suporte à produção local da linha Imuno e desenvolver produtos de interesse para o grupo bioMérieux. No final de 2014, a visão do setor P&D da bioMérieux Brasil mudou para focar nas infecções tropicais e servir à estratégia local e global, a fim de responder às necessidades dos mercados emergentes e negligenciados.

A família Mérieux tem uma tradição ao longo de um século de compromisso na luta contra as doenças infecciosas. Marcel Mérieux, que trabalhou com Louis Pasteur e fundou o Instituto Mérieux, o Dr. Charles Mérieux, Alain Mérieux e Dr. Christophe Mérieux dedicaram suas vidas à biologia, com o objetivo de melhorar a saúde mundial.
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Mais informações:
Veropress Comunicação Corporativa – Assessoria de imprensa da bioMérieux
Thais Abrahão (thais@veropress.com.br) – (11) 9900-8402 / (11) 3061-2263 e Rosana Monteiro – (Rosana1@veropress.com.br) – (11) 3062-0843

Website: http://www.biomerieux.com.br