Pacientes não serão prejudicados com fim do Farmácia Popular, diz prefeitura

19/06/2017 19h06
Por Matheus Monteiro

Edição 2188

Nesta segunda-feira (19/6), vereadores de Anápolis levaram para o plenário da Câmara Municipal a discussão a respeito do possível fechamento da Farmácia Popular da cidade. O vereador Antônio Gomide (PT) disse que a normativa do governo federal não é para o fechamento, mas pela adequação de como é repassado o dinheiro para a atenção básica. “Os municípios possuem autonomia para dar continuidade às farmácias populares”, disse.

De acordo com Eduardo Lucio Franco, diretor do Departamento de Atenção Básica, em entrevista ao Jornal Opção, a Secretaria Municipal de Saúde, com o encerramento de recursos previsto por ofício em abril de 2017 a Farmácia Popular teria que ser mantida pelos cofres público, o que oneraria o município, que “teria que ampliar os investimentos em pessoal e medicamentos”.

Por isso, por decisão do governo federal, a unidade central do programa Farmácia Popular realmente encerrará suas atividades por completo até agosto. “Os medicamentos de saldo serão distribuídos para a Unidade de Saúde da família, os postos de saúde”, afirmou Eduardo.

Segundo o diretor, a assistência farmacêutica terá aumento no valor por habitante, o que irá impactar e incrementar por mês R$ 170 mil e por ano aproximadamente R$ 2 milhões. “O abastecimento será melhorado. Os medicamentos serão comprados para as doenças mais recorrentes na cidade. Iremos destinar de forma mais adequada para ações que são prioridade”, acrescentou.

O vereador Jakson Charles (PSB), que é líder do prefeito na Câmara Municipal, reforçou que o possível fim do programa não é um desejo do prefeito Roberto Naves (PTB), e que existe um esforço para que a Farmácia Popular continue cumprindo seu papel junto à população, sobretudo a mais carente.

Eduardo Lucio concordou com a fala do vereador. “Nós tínhamos uma farmácia que atendia uma cidade inteira, agora teremos recursos para 44 unidades de saúde”, explicou. Além disso, as unidades privadas que recebiam recursos do programa continuarão recebendo e auxiliarão no atendimento à população.

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