Amostras de cafés especiais mineiros são enviadas para a China

Expandir as fronteiras e prospectar novos mercados para a principal commodity do agronegócio mineiro, o café

Por: Agrolink com inf. de assessoria

Publicado em 16/04/2018 às 16:10h.

Expandir as fronteiras e prospectar novos mercados para a principal commodity do agronegócio mineiro, o café. Com este objetivo o Governo de Minas Gerais iniciou um conjunto de ações com o objetivo de ampliar a participação do café mineiro no mercado chinês. Numa articulação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), cinquenta amostras de café especial torrado foram enviadas para o mercado do país asiático.

Todo o conjunto de amostras faz parte do Programa Certifica Minas Café, programa de certificação das propriedades cafeeiras no estado, coordenado pela Secretaria de Agricultura e executado pelas empresas vinculadas ao sistema (Emater-MG, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA).

As amostras foram entregues à consultora-chefe Li Xia, da Huixin Management Consulting, grupo representante e proprietário de cafeterias e lojas especializadas em cafés gourmet em várias partes do mundo. As amostras, que já estão a caminho da China, serão avaliadas pelos analistas sensoriais de uma rede de supermercados, potenciais compradores da produção mineira de cafés especiais.

Potencial de mercado

Na terra do maior produtor e consumidor mundial de chá, o café vem abrindo espaço no gosto da população, estimulado pela chegada de grandes redes internacionais especializadas no consumo do café gourmet. “É um mercado atrativo para os produtores mineiros. Ainda que o consumo individual seja pequeno e as exportações para a China representem pouco menos de 0,5% da receita de todo o café mineiro exportado no ano passado, o mercado vem sinalizando crescimento consistente ao longo dos anos. Tanto o volume quanto a receita podem alcançar números significativos se multiplicados pelo tamanho da população, que é a maior do planeta com mais de 1,5 bilhão de habitantes”, afirma o Secretário de Agricultura interino, Amarildo Kalil.

A Secretaria de Agricultura acompanha os dados de exportação do agronegócio mineiro desde 1997. Naquele ano, de acordo com a série histórica elaborada pela Seapa, Minas Gerais exportou pouco mais de mil sacas de café para o mercado chinês, alcançando receita de US$ 239,6 mil. Duas décadas depois, o volume exportado em 2017 alcançou 44,2 mil sacas e receita de US$ 7,9 milhões. Em relação a 2016, os negócios fechados com o mercado chinês cresceram 15,1% na receita e 23,3% no volume.

Na avaliação do secretário Amarildo Kalil, o salto dado neste intervalo não é apenas de quantidade. “Vinte anos atrás, exportávamos um produto considerado convencional para a época. Atualmente, estamos conquistando o mercado internacional com cafés especiais, certificados e reconhecidos mundialmente pela sua qualidade”.

Fim da obrigação de selo em transgênico pode ser votado por Comissão de Meio Ambiente

Conjuntura / 16 Abril 2018

O fim da obrigatoriedade dos rótulos com informações sobre a presença de transgênicos em produtos alimentícios pode ser votado amanhã na Comissão de Meio Ambiente (CMA). O relatório do senador Cidinho Santos (PR-MT) é pela aprovação do PLC 34/2015, do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS).

O texto determina a retirada do triângulo amarelo com a letra "T", que hoje é colocado obrigatoriamente nas embalagens de alimentos transgênicos. Cidinho afirma que "uma análise científica rigorosa" sobre a questão dos transgênicos é o melhor caminho para que se afaste "o medo em torno deles", a seu entender fruto de "ignorância e obscuridade". O senador afirma ainda que ainda não há "qualquer evidência que demonstre a negatividade dos transgênicos".

"A despeito dos alimentos transgênicos serem uma realidade há mais de 15 anos no mundo, ainda não há registros de que sua ingestão cause danos diretos à saúde humana. Não existe um registro sequer", escreveu.

No mês passado esta mesma proposta foi rejeitada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na ocasião, Cidinho disse que ONGs dos EUA tentaram contatá-lo para que também votasse contra, mas respondeu que "achava melhor que eles fossem defender esta bandeira no país deles".

– Porque estas ONGs não exigem o mesmo no frango ou no leite que é produzido por lá? Nenhum país do mundo utiliza esta simbologia, que desvaloriza a produção. Porque não usam símbolos também para identificarem sódio ou gordura trans? Porque não faz sentido, e o uso do "T amarelo" também é desnecessário – afirmou, na ocasião.

Na CAS, o relatório pela rejeição foi da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela argumentou que a expansão das plantações de transgênicos leva ao aumento no uso de agrotóxicos, pois grande parte das sementes geneticamente modificadas (OGMs) tem como principal característica a resistência aos venenos agrícolas.

– Com o aumento do emprego de agrotóxicos, crescem os riscos à saúde dos consumidores, pois os efeitos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente já são mais do que conhecidos – disse na ocasião.

Para ela, portanto, retirar o triângulo amarelo com a letra "T" restringe a informação para o consumidor em relação aos alimentos que compra, no caso de terem transgênicos.

A senadora afirmou que seu relatório teve o apoio do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), além de outras entidades que representam profissionais de saúde, associações acadêmicas e defesa de pacientes.

Vanessa também considerou altamente prejudicial à agricultura familiar o artigo do projeto que dificulta a comercialização de produtos orgânicos, ao vincular a divulgação de que um alimento é livre de OGMs a uma análise comprobatória. Para ela, jogar este custo sobre os pequenos produtores é proibitivo.

Agência Senado

Cápsulas da Drinkfinity são a aposta da PepsiCo em bebidas saudáveis

Em um momento no qual a indústria de alimentos tenta se reinventar com produtos mais saudáveis, a PepsiCo parece ter uma alternativa, veja só, ao refrigerante. A novidade, batizada como Drinkfinity, consiste em uma garrafa de água de quase 600 ml e cápsulas de sabor descartáveis. Segundo a empresa, trata-se de “um inovador sistema de bebidas”.

De uma coisa não dá para discordar: o preparo é, no mínimo, diferente. O consumidor conecta a cápsula (ou “pods”, como são chamados) à tampa da garrafa e “estoura” o conteúdo dentro dela (veja o vídeo abaixo). São 12 sabores diferentes.

Segundo a revista Fast Company, para colocar a ideia de pé, a PepsiCo rompeu com sua fórmula convencional de criar novas receitas e produtos. A empresa tirou uma equipe do escritório tradicional para elaborar a Drinkfinity em um espaço de coworking.

O primeiro mercado a receber a bebida foi o Brasil, em 2014. O piloto inspirou mudanças no design (como mover o pod do fundo da garrafa para o topo). Depois, a PepsiCo fez um teste interno com funcionários nos EUA. E por fim, em vez de aproveitar a presença que a Pepsi já tem em pontos físicos, a Drinkfinity foi oficialmente lançada com vendas na internet. (No Brasil, no entanto, a marca também conta com pontos físicos.) “[Esses produtos] não precisam ser projetados para durar 120 anos, como uma Pepsi Cola”, disse Luis Montoya, presidente da PepsiCo Latin America Beverages, em entrevista à Fast Company. “As pessoas estão buscando mais variedade e essa plataforma pode fornecer isso O gosto, os hábitos e até os ingredientes terão de evoluir.”

Nestlé inaugura Centro de Tecnologia Analítica de Qualidade em Araras

A Nestlé Brasil inaugura hoje seu novo Centro de Tecnologia Analítica de Qualidade – NQAC (Nestlé Quality Assurance Center) na cidade de Araras (SP). Com investimento de R$ 23 milhões, a unidade ampliará em 10% a atual capacidade de atendimento de análises.

O NQAC Brasil faz parte de uma rede global de Centros de Qualidade da Nestlé, que inclui 24 laboratórios ao redor do mundo, responsáveis pela realização de análises microbiológicas e físico-químicas para controle de qualidade de matérias-primas, embalagens, produtos finalizados e amostras ambientais. Também realizam análises de composição para aferir o conteúdo nutricional informado nos rótulos dos produtos, como no caso de substâncias adicionadas (vitaminas e outros nutrientes).

Araras, centro de Excelência

A Nestlé está presente em Araras desde 1921, quando inaugurou sua primeira fábrica no Brasil. Desde então, a região se tornou um polo de excelência e referência da companhia, seja na produção fabril, como em tecnologia e até na formação de pessoas. “Araras conta com um hub de engenharia da Nestlé Brasil, com equipe altamente especializada, que contribui diretamente para a alta performance em toda cadeia de produção, desenvolvimento e inovação da Nestlé no país”, destaca o Head da área Técnica da Nestlé Brasil, Luis Garcia. Atualmente, a cidade conta com fábricas da Nestlé para produção de NESCAFÉ® solúvel e achocolatado em pó NESCAU® que, em 2017, atingiu volume de produção de 130 mil toneladas.

Em Araras também opera uma unidade da DPA (joint-venture da Nestlé e Fonterra) para produção de refrigerados, além de um Centro de Distribuição, que juntos empregam mais de 2.100 colaboradores. A instalação do NQAC é mais um passo na consolidação da cidade como um grande centro de excelência da Nestlé Brasil, inclusive na qualificação de pessoas. “Por ser uma fábrica de alta complexidade, em porte, volume de produção e tecnologia, Araras se tornou um ponto de capacitação de profissionais da companhia”, reforça o gerente do NQAC Brasil, Frede Politi.

Ampliação de negócios

A nova operação irá potencializar a oportunidade de negócios para o NQAC no Brasil e na América Latina. Além de atender o mercado brasileiro, a unidade exporta produtos para mais de 40 países – entre eles, Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile e Peru, além do Canadá e países do Leste Europeu. A partir da inauguração da nova sede, o NQAC terá também capacidade para atender novos mercados no continente e expandir os serviços para fornecedores de insumos das unidades.

Mercado de alimentação saudável: consumidor brasileiro ainda relata dificuldade na busca por produtos 100% integrais

16 abr 2018
10h46

Encontrar produtos disponíveis nos mercados com composição 100% integral é um desafio, diz Angela Maria, 38 anos, paulista, mãe de dois filhos em idade escolar. "As pessoas aprenderam a comparar os rótulos dos produtos e as empresas precisam ser cada vez mais transparentes, pois o consumidor está atento", enfatiza a nutricionista Michelle Cavalcante.

A lei que regulamenta o setor é de 1969, que originalmente exigia um mínimo de 50% de base integral na formulação de produtos considerados integrais. Mas essa lei foi alterada no ano de 2000, havendo um retrocesso na transparência junto ao consumidor, pois foi retirada a exigência de um produto possuir um percentual mínimo, de ingrediente integral, para ser considerado integral. Desta forma, apenas pode conter um único ingrediente integral, não importando sua quantidade.

"A legislação brasileira atual é muito permissiva e não obriga um percentual mínimo para a composição dos produtos integrais, por isso, buscamos uma certificação internacional", diz Fernando Ramos, Diretor Comercial na Da Magrinha – fazendo referência a certificação WHOLE GRAIN, já amplamente reconhecida nos Estados Unidos e Europa.

Embora a legislação permita que empresas digam que seus produtos são integrais, quando na verdade podem conter 99,9% de ingredientes não integrais, essa falta de rigor pode significar uma oportunidade. O mercado de alimentação saudável já movimenta US$ 35 bilhões por ano e, por consequência, aumentou sua demanda por inovação, variedade e qualidade no setor.

Fundada em 1991, em Florianópolis, a Da Magrinha inovou sendo a primeira marca com a linha completa de produtos 100% integrais. "Integral de Verdade, essa é a nossa causa! E os números tem se mostrado favoráveis, crescemos 10 vezes nos últimos 5 anos e esse é só o começo", complementa Fernando. A Da Magrinha se destaca por manter um toque artesanal mesmo com um mix abrangente de produtos, composto de Snacks de Granola, Pipoca Zero Gorduras, Multigrãos (cookies salgados), complementos alimentares e a Linha Amazônica, com snacks, cookies e granolas. Sua linha de produtos é amplamente encontrada em 10 estados brasileiros e esse ano a marca inicia uma forte expansão para o estado de São Paulo.

Embora uma mudança na lei possa forçar as indústrias a revisarem suas linhas de produtos, esse seria um grande avanço para o consumidor. Pois, hoje, não há a obrigatoriedade de informar tudo nas embalagens e isso possibilita que muitas empresas não possuam um transparente controle de qualidade. Algo que pode mudar com o atual projeto de lei nº 6.797, que visa exigir que alimentos considerados integrais possuam um mínimo de 50% de ingredientes integrais em sua composição.

A alimentação saudável já provou que não é apenas uma moda passageira, mas sim, uma forte tendência no setor de alimentos. De acordo com um estudo da Euromonitor, o mercado de alimentação ligado à saúde e ao bem-estar cresceu 98% no país de 2009 a 2014. Caminhando a passos largos, o setor mais do que dobrou de tamanho nos últimos 10 anos, com crescimento superior a 100%.

Website: http://www.damagrinha.com.br/
Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra

Alimento vendido como integral? Nem sempre!

Encontrar produtos disponíveis nos mercados com composição 100% integral é um desafio no Brasil devido à leis permissivas

Estadão Conteúdo 16 de abril de 2018 – 14:00

Encontrar produtos disponíveis nos mercados com composição 100% integral é um desafio, diz Angela Maria, 38 anos, paulista, mãe de dois filhos em idade escolar. “As pessoas aprenderam a comparar os rótulos dos produtos e as empresas precisam ser cada vez mais transparentes, pois o consumidor está atento”, enfatiza a nutricionista Michelle Cavalcante.

A lei que regulamenta o setor é de 1969, que originalmente exigia um mínimo de 50% de base integral na formulação de produtos considerados integrais. Mas essa lei foi alterada no ano de 2000, havendo um retrocesso na transparência junto ao consumidor, pois foi retirada a exigência de um produto possuir um percentual mínimo, de ingrediente integral, para ser considerado integral. Desta forma, apenas pode conter um único ingrediente integral, não importando sua quantidade.

“A legislação brasileira atual é muito permissiva e não obriga um percentual mínimo para a composição dos produtos integrais, por isso, buscamos uma certificação internacional”, diz Fernando Ramos, Diretor Comercial na Da Magrinha – fazendo referência a certificação WHOLE GRAIN, já amplamente reconhecida nos Estados Unidos e Europa.

Embora a legislação permita que empresas digam que seus produtos são integrais, quando na verdade podem conter 99,9% de ingredientes não integrais, essa falta de rigor pode significar uma oportunidade. O mercado de alimentação saudável já movimenta US$ 35 bilhões por ano e, por consequência, aumentou sua demanda por inovação, variedade e qualidade no setor.

Fundada em 1991, em Florianópolis, a Da Magrinha inovou sendo a primeira marca com a linha completa de produtos 100% integrais. “Integral de Verdade, essa é a nossa causa! E os números tem se mostrado favoráveis, crescemos 10 vezes nos últimos 5 anos e esse é só o começo”, complementa Fernando. A Da Magrinha se destaca por manter um toque artesanal mesmo com um mix abrangente de produtos, composto de Snacks de Granola, Pipoca Zero Gorduras, Multigrãos (cookies salgados), complementos alimentares e a Linha Amazônica, com snacks, cookies e granolas. Sua linha de produtos é amplamente encontrada em 10 estados brasileiros e esse ano a marca inicia uma forte expansão para o estado de São Paulo

Embora uma mudança na lei possa forçar as indústrias a revisarem suas linhas de produtos, esse seria um grande avanço para o consumidor. Pois, hoje, não há a obrigatoriedade de informar tudo nas embalagens e isso possibilita que muitas empresas não possuam um transparente controle de qualidade. Algo que pode mudar com o atual projeto de lei nº 6.797, que visa exigir que alimentos considerados integrais possuam um mínimo de 50% de ingredientes integrais em sua composição

A alimentação saudável já provou que não é apenas uma moda passageira, mas sim, uma forte tendência no setor de alimentos. De acordo com um estudo da Euromonitor, o mercado de alimentação ligado à saúde e ao bem-estar cresceu 98% no país de 2009 a 2014. Caminhando a passos largos, o setor mais do que dobrou de tamanho nos últimos 10 anos, com crescimento superior a 100%.

IST Alimentos e Bebidas leva laboratório de análise para feira de tecnologia em Dourados

16 de Abril de 2018 Daniel Susumura dos Santos

O IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas) terá, a partir desta terça-feira (17/04), um laboratório para fazer ensaios microbiológicos e físico-químicos de alimentos e bebidas durante a edição 2018 da Feira de Tecnologias e Conhecimentos para a Agricultura Familiar (Tecnofam), que prossegue até quinta-feira (19/04) na Embrapa Agropecuária do Oeste, em Dourados (MS). A iniciativa é para divulgar aos visitantes o portfólio de produtos e serviços técnicos e tecnológicos e consultorias disponibilizados pela unidade instalada no município da região sul do Estado.

Na avaliação do gerente do Senai de Dourados, Yashi Miranda, a participação do ISI Alimentos e Bebidas contribui para aproximar a instituição de novos clientes e fortalecer a parceria com a Embrapa Agropecuária do Oeste. “É importante nossa participação até para posicionar o Instituto perante o público que não é industrial, mas que pode demandar nossos serviços, transformando seu negócio em uma agroindústria”, afirmou.

A Tecnofam é um evento bienal realizado pela Embrapa Agropecuária do Oeste com o objetivo de criar um ambiente favorável para o conhecimento e a adoção de tecnologias que façam diferença no negócio agrícola de base familiar. A primeira edição foi realizada em 2014 e contou com 1.200 participantes, enquanto a segunda edição foi em 2016 e reuniu cerca de 1.500 pessoas e, para este ano, a expectativa é igualar o mesmo número do ano retrasado, incluindo visitantes de 11 Estados e do Paraguai e Bolívia.

Para a edição 2018, a Tecnofam contará com 23 estações de campo, seis oficinas, além de apresentação de casos de sucesso na organização de agricultores familiares e deve reunir agricultores familiares, técnicos de assistência técnica, estudantes, acadêmicos e professores, além da população urbana interessada em conhecer as tecnologias voltadas para o setor agrícola de base familiar.

O evento conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), da Prefeitura de Dourados e da APOMS (Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul).

Serviço – A Embrapa Agropecuária do Oeste fica no quilômetro 253 da BR-163, em Dourados (MS)

Com sucos funcionais, empresário fatura R$ 4 milhões

A WNutritional, do empreendedor Daniel Feferbaum, usa nutrientes como cálcio, fibras e ômega 3 em seus produtos
16.04.2018|Por Carina Brito

Na década passada, o empresário Daniel Feferbaum, 39, morava nos Estados Unidos. Passeando por um supermercado para fazer as compras do dia a dia, ele teve uma ideia de negócio.

“Eu percebi que haviam muitos sucos funcionais nas prateleiras, produtos que não existiam no Brasil”, diz o empresário.

Sucos funcionais, explica Feferbaum, são bebidas desenvolvidas por profissionais de saúde com adição de nutrientes como, cálcio, fibras, vitaminas e ômega 3. "Em tese, ele faz bem para o corpo", diz.

De volta ao Brasil, em 2011, o paulistano começou a fazer pesquisas e descobriu que o mercado de produtos saudáveis era promissor. Ele entrou em contato com médicos e nutricionistas para criar receitas do suco para o gosto do brasileiro. Foram três anos de pesquisa para criar os sucos e conseguir o registro do Ministério da Agricultura.

Os sucos da WNutritional foram lançados em fevereiro de 2014. “Como era um produto que muitas pessoas não conheciam, criamos jeitos de apresentá-lo para as pessoas, como degustação. Deu certo e as pessoas compraram a ideia”, afirma Feferbaum. Segundo o empresário, os pais gostaram muito dos sucos para dar aos filhos que estavam em fase de crescimento.

Atualmente, o principal canal de vendas dos sucos é o varejo, mas a empresa tenta levar o produto para instituições privadas, como escolas. “O processo é diferente e tem que ser aprovado por nutricionistas e alguns pais para ser vendido nas cantinas’, afirma o empresário.

Além das escolas, a empresa quer oferecer o suco em hospitais para pacientes que precisam de alimentos mais ricos em nutrientes.

Crescimento da empresa

Segundo Feferbaum, as pessoas estão mais interessadas em levar uma vida saudável, o que refletiu no aumento de vendas da WNutritional. Em 2017, a empresa teve um crescimento de 100% e faturou R$ 4 milhões.

Para este ano, o empresário espera expandir a comercialização para os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, já que, por enquanto, as vendas estão concentradas em São Paulo.

Outro plano é aumentar a linha de produtos, incluindo de chás, produto que Feferbaum acredita ser muito promissor.

Turma da Mônica

Uma das últimas conquistas da WNutritional foi uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções. "A empresa estampa os personagens da Turma da Mônica nas embalagens dos sucos", diz.

“Nós procuramos a produção e coincidiu com o momento que eles estavam buscando produtos saudáveis para divulgar o novo desenho Bairro do Limoeiro”, diz Feferbaum. Não à toa, a linha de sucos, que é destinada às crianças, foi chamada de Life Mix Bairro do Limoeiro.

Frango e ovo mais baratos para o consumidor, mas por péssimos motivos

Sem poder exportar para a Europa, grandes empresas como BRF e Aurora diminuem o alojamento de frangos e dão férias coletivas; com a crise, preço ao consumidor já caiu 11% no mercado interno
Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Brasil é o maior exportador mundial de frango

Carambeí, Castro e Ponta Grossa (PR) |
16/04/2018 | 08h34 | Estadão Conteúdo

Para evitar que uma superoferta de frango no mercado nacional derrube ainda mais o preço do produto, as empresas do setor se preparam para dar férias coletivas em diversas de suas plantas, reorganizar a cadeia de produção e repassar centenas de ovos, que seriam fecundados, para o comércio e para a indústria.

Os ovos não vão virar omelete por acaso. Desde março, o setor tem de lidar com um autoembargo imposto pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) aos países da União Europeia contra plantas brasileiras, a maioria delas da BRF, após denúncias de presença de salmonela em produtos.

Grande parte da produção que iria para o exterior ficou no Brasil e o impedimento às exportações ocorreu em um momento em que o consumo interno ainda não se recuperou completamente da recessão. Também tem pesado o aumento do preço do milho, um dos principais insumos do setor.

Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF dará férias coletivas de 30 dias aos funcionários da linha de abate de aves da planta de Rio Verde (GO) e a todos os que atuam na linha de produção de Carambeí (PR), a partir de maio. As unidades de Mineiros (GO) e de Capinzal (SC) também sofreram ajustes. A Aurora anunciou férias coletivas em uma unidade de Santa Catarina, em junho.

“É uma tempestade perfeita. Ainda que esteja em níveis aceitáveis, a produção foi afetada pelo retorno do produto não exportado. As férias coletivas são um indicativo da apreensão”, diz Ricardo Santin, vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína animal (ABPA). As exportações caíram 8% em janeiro e 5% em fevereiro. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo.

Com mais frango no mercado nacional, o preço do produto resfriado vendido no atacado caiu 17% no Estado de São Paulo desde novembro, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Para o consumidor, o preço do quilo da ave na cesta básica também caiu: está 11% mais barato, segundo o Procon-SP, fechando fevereiro a R$ 5,20.

“Esperávamos uma recuperação. Em 2017, o poder aquisitivo do brasileiro estava menor, mas o mercado parecia que iria ficar menos incerto este ano”, diz Marcos Iguma, do Cepea.

Quem nasceu primeiro

A crise no setor preocupa principalmente os produtores integrados – que recebem os pintinhos com um dia de vida, a ração e a assistência técnica para fazer a engorda dos animais até o abate. Como são remunerados pela produtividade, eles dependem de uma demanda forte do mercado pela carne de frango.

“Se perguntar para o produtor, ele vai dizer que já há uma hiperoferta”, diz Euclides Costenaro, integrado da BRF em Rio Verde. “A cadeia de frango é como um transatlântico: quando um mercado deixa de comprar, levam-se meses para mudar a rota e reajustar. A superoferta pode durar até o meio do ano.”

Costenaro, que tem 40 aviários com capacidade para produzir 1 milhão de aves por lote, vai ter a produção reduzida em um terço. Ele lembra que os problemas da cadeia de frango também acabam desorganizando outros setores. “Se o frango ficou barato, o consumidor reduz a compra de carne bovina ou suína. É um efeito cascata.”

“Em Carambeí, antes os lotes chegavam com um intervalo de 15 dias. Agora são 20”, diz Carlos Bonfim, presidente da Associação dos Avicultores de Campos Gerais, no Paraná. “O abate vai diminuir, estão falando de 50 mil frangos a menos por dia.”

Ele diz que os ovos, que seriam fecundados, estão sendo encaixotados para o comércio e a indústria, indo para a fabricação de empanados ou ovos líquidos, para confeitaria.

A tendência, na avaliação de especialistas ouvidos pelo Estado, é que o preço do frango continue em queda pelos próximos dois meses. O dos ovos também pode cair, embora o impacto da oferta maior do produto seja menos significativo.

Retoma das exportações?

A Comissão Europeia deverá decidir em uma votação, na próxima quarta-feira, sobre as restrições às exportações de carne de aves do Brasil aos países do bloco, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Após a publicação da medida, ela será avaliada e serão tomadas as providências consideradas necessárias, para restabelecer o fluxo comercial”, disse o ministro da pasta, Blairo Maggi.

Há um mês, o Ministério da Agricultura decidiu, de maneira cautelar, interromper temporariamente a produção e certificação sanitária de produtos, sobretudo da BRF, para o bloco.

Dona das marcas Perdigão e Sadia, a BRF teve oito unidades com exportação suspensa de produtos de aves para a União Europeia. A medida foi adotada pelo Brasil para se antecipar aos países europeus, que já haviam ameaçado suspender todas as importações após a Operação Trapaça, que revelou um esquema de fraudes na análise da bactéria salmonela em lotes.

“O Brasil tem alguns quadros que favorecem a retomada das exportações. Há registros de gripe aviária em vários países da União Europeia e isso ajuda a favorecer a imagem do Brasil”, diz Marcos Iguma, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse esperar uma efetiva e rápida solução para a retomada das exportações. A entidade lembra que o Brasil exportou mais de 5 milhões de toneladas de carne de frango para o bloco nos últimos dez anos e “nunca houve qualquer registro de problemas de saúde pública relacionados à carne brasileira”.

Sobre as medidas a serem tomadas para a recuperação do setor, a BRF disse, em nota, que não comentaria a questão, por razões estratégicas. A Aurora Alimentos e a JBS também não quiseram se pronunciar.
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Mais de dez toneladas de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos em um supermercado em Guaíba

Marcelo Warth Neto 11 de abril de 201811 de abril de 2018

A Força-Tarefa do Programa Segurança Alimentar realizou, na terça-feira (10), uma das maiores apreensões de alimentos irregulares em um só local desde o início das suas atividades no Rio Grande do Sul, em 2015. Foram recolhidas e inutilizadas em torno de 10,5 toneladas de alimentos no Supermercado Paulinho, em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O casal de proprietários do estabelecimento foi preso em flagrante, e o local interditado. Além do alvará sanitário do mercado estar vencido, foram encontrados alimentos fora da temperatura adequada e sem procedência, embalagens estragadas, roídas por animais e rasgadas.

Muitos produtos fora do prazo de validade também foram identificados pelos agentes, alguns vencidos há mais de cinco anos e em decomposição. Havia também alimentos podres, com moscas, baratas e ratos vivos e mortos e diversos problemas de infraestrutura e falta de higiene.

Na padaria, foram encontrados chocolate, leite condensado, farinha, leite e outros produtos vencidos, além de ovos quebrados que eram utilizados como matéria-prima de doces e tortas vendidas no local. Também havia produtos vencidos e mofados no balcão para comercialização.

Participaram da operação o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, a promotora de Justiça de Guaíba Ana Luisa Domingues de Souza Leal e representantes da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, da Vigilância Sanitária de Guaíba, das secretarias estaduais de Agricultura e da Saúde e do Procon.