Consumidor que encontrar produto vencido em supermercado terá direito a item gratuito

Assessoria
Publicação: 03-05-2018, 07:43

Consumidores que encontrarem produtos vencidos em supermercados paranaenses poderão ter o direito a receber, de graça, item similar, dentro do prazo de validade. O benefício está previsto em termo de ajuste de conduta firmado entre a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba e a Associação Paranaense de Supermercados (Apras).
O documento, assinado dia 27 de abril, busca resgatar a campanha "De olho na validade", iniciativa da própria Apras que havia sido encerrada há alguns anos. A iniciativa deve estar valendo nas próximas semanas.
Com o TAC, ficou definida a retomada da iniciativa, mas com alguns ajustes. Pelas regras atuais, se o cliente achar até nove caixas vencidas, ganha uma na validade. Acima deste número terá direito a receber 10% do total de produtos vencidos encontrados, respeitado-se o mínimo de um produto. Por exemplo: se encontrar dez caixas de leite vencidas, recebe uma caixa de leite. Para 20 caixas, duas, e assim por diante. A troca deve ser feita antes da pessoa sair da loja, devendo-se procurar a gerência ou similar e indicar a localização dos produtos vencidos. No entanto, a medida só vale para empresas filiadas à Apras.

Centro de Distribuição está com 90% das obras concluídas

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Gestão Social de Nova Odessa, Elvis Ricardo Maurício Garcia, visitou na manhã desta sexta-feira, dia 04, as obras do Centro de Distribuição da Rede de Supermercados São Vicente, que está sendo construído na Avenida Ampélio Gazzetta. O empreendimento está com cerca de 90% das obras concluídas e a expectativa é que esteja em funcionamento em aproximadamente de 60 dias.

“Anunciamos este importante empreendimento para Nova Odessa no final do ano passado, logo que assumi a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Gestão Social. Me dá muito orgulho ver, hoje, as obras já na fase final”, afirmou Garcia. “Assim como outros, este empreendimento certamente vai ajudar muitas famílias novaodessenses, que terão oportunidade de ter um emprego ou uma melhor colocação no mercado de trabalho”, continuou.

O secretário afirmou que está em contato direto com os responsáveis pela construção e também da rede de supermercados. “Eles estão apostando em Nova Odessa, na nossa cidade, na nossa população. Esta obra vai gerar emprego e renda e terá, certamente, grande contribuição para o desenvolvimento do Município”, disse.

Prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza também destacou a importância do empreendimento. “Quando anunciamos esta obra, destaquei o quanto o investimento é importante para nós. São pessoas que acreditam na cidade, que estão apostando no seu crescimento, de forma estruturada, sustentável”, disse.

O chefe do Executivo também ressaltou o trabalho que Garcia tem realizado frente à uma das principais secretarias de seu governo. “Ele aceitou o desafio de assumir uma pasta difícil, já que mexe diretamente com emprego, com geração de renda e tem desenvolvido um excelente trabalho, não apenas buscando novos empreendedores, mas principalmente incentivando pessoas que já estão na cidade a ampliarem suas atividades, a investirem em qualificação”, afirmou.

Bill lembrou que o novo Centro de Distribuição deve gerar cerca de 400 vagas de trabalho. Segundo Garcia, atualmente aproximadamente 200 pessoas trabalham na construção do prédio.

Durante o lançamento do projeto, no ano passado, o diretor geral da rede, Marcos Cavicchioli, explicou que a prioridade no preenchimento das vagas será para moradores da cidade. Na ocasião ele ressaltou que, embora não haja exclusividade, a empresa busca contratar mão de obra da cidade em que está se instalando.

O novo empreendimento está instalado em uma área de 72 mil metros quadrados, sendo 30 mil metros quadrados de área construída, e conta com estrutura para armazenamento de 20 mil paletes e vagas de espera para 22 caminhões, além de estacionamento com 200 vagas. O Centro de Distribuição reunirá todo o processo logístico das 21 lojas da Rede de Supermercados São Vicente.

O Centro de Distribuição oferecerá 88 docas de recebimento e expedição. A expectativa é de 100 caminhões circulando por dia na unidade. A nova estrutura oferece ainda refeitório interno, área de convivência e o espaço “Apoio ao Caminhoneiro”, que oferece melhores condições aos motoristas durante o período de permanência na unidade.

O Centro de Distribuição concentrará a maior parte das compras de mercadorias dos Supermercados São Vicente e Arena Atacado com a utilização de modernos sistemas de controle para sugestão de compra e reposição de mercadorias automatizados, além de todo o controle do ciclo de vida do produto.

Diretoria de Comunicação

Cepêra lança nova linha de produtos na APAS Show 2018

Uma das tradicionais empresas fabricantes de conservas, molhos e condimentos, apresentará a linha "Sabores Cepêra" na maior feira de supermercados do país.

Com 70 anos recém-completados, a Cepêra, empresa que abastece as gôndolas dos principais supermercados e atacados do Brasil também com distribuição para outros países, participará da APAS Show 2018, organizada pela Associação Paulista de Supermercados para apresentar sua nova linha de produtos. O evento acontece entre os dias 7 e 10 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo e reunirá cerca de 600 expositores de diversos países.

Nesta edição, que tem como tema “Nós Amamos Supermercado”, a empresa irá apresentar ao mercado sua nova linha de produtos “Sabores Cepêra”. Há 70 anos produzindo receitas para o paladar brasileiro, a Cepêra tem como objetivo atender e acompanhar as tendências dos perfis dos consumidores e oferecer produtos de alta qualidade para que o público aprecie novos sabores na cozinha.

A nova linha é dividida em três segmentos: molhos de pimentas, condimentos e doces. Entre os molhos de pimenta, a Cepêra será pioneira ao lançar embalagens de 270ml com um exclusivo bico dosador com a opção gotas ou fluxo contínuo e nos sabores: Sweet Chilli, Mexicano, Extra Forte, Chipotle e Sriracha.

Já entre a linha de condimentos, o Ketchup Original ganhou embalagem de 1,01 kg, além do novo sabor Habanero. Já a Mostarda aparece nas opções: Amarela, Com Mel e o lançamento Escura, além de Rústica e Dijon. Muito popular na mesa dos americanos, o molho Barbecue aparece em duas versões: tradicional e com mel, além do clássico molho American Burger.

Outra grande novidade é a linha de doces, que traz duas opções de goiabada “on the go”, com tampa abre e fecha para consumação em qualquer lugar, nas versões Goiabada Cremosa e Goiabada com Açaí, ambas sem conservantes e com menos adição de açúcar.

Para a marca, a participação na feira é tão importante, que os lançamentos de produtos são sempre programados para o mês de maio, em conjunto com a feira. “É a 16ª vez que participamos da APAS Show e nossas expectativas são sempre as melhores. Em quatro dias conseguimos apresentar todas as novidades de uma só vez ao maior número de supermercadistas de todo o país, além de estreitar o relacionamento com nossos clientes, e entender melhor a operação do dia a dia criando soluções para atender melhor não só a eles, mas também os consumidores”, explica Decio Augusto da Costa Filho, CEO da marca.

Os produtos da marca Cepêra podem ser encontrados nos principais supermercados do país. Confira todo o portfólio de produtos no site www.cepera.com.br

Feira APAS Show 2018, de 7 a 10 de maio de 2018. Feira de Negócios: 7 a 9 de maio, das 14h às 22h, e 10 de maio, das 13h às 19h. Congresso de Gestão: 8 a 10 de maio, das 8h30 às 14h. Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP.

Brasil inventa película que prolonga vida útil das frutas

Nova tecnologia estende em pelo menos 4 vezes o tempo de armazenamento dos produtos. Com isso, algumas frutas já têm as portas abertas para a exportação

O coco verde sempre foi uma fruta muito desejada pelo mercado europeu, mas os seus 10 dias de vida útil não eram suficientes para o credenciar a ingressar na lista de produtos exportados pelo Brasil, pelo menos não em grandes quantidades. Pensando não só no coco, mas também em outras frutas, a Embrapa Agroindústria de Alimentos conseguiu criar um revestimento comestível que pode prolongar em até quatro vezes a vida útil destes alimentos.

A Embrapa garante que o uso dessa tecnologia mantêm não só as características nutricionais do coco natural, como a água dentro dele sem alteração de cor ou sabor; atendendo a um mercado consumidor exigente.

Agora, quem for a Portugal, no próximo verão europeu, poderá consumir água de coco como se estivesse no Brasil. Afinal, chegarão ao país, a partir do mês de junho, cerca de 500 mil unidades de coco verde brasileiro, graças a esta invenção inovadora.

Os cocos da variedade anão-verde, que começaram a ser exportados para a Europa, são produzidos no Polo de Fruticultura do Vale do São Francisco em Petrolina (PE). O empresário Edivânio Domingos, da Fazenda Coco do Vale, buscava há anos uma tecnologia que mantivesse a qualidade do coco verde in natura e aumentasse com qualidade a sua vida útil.

“O revestimento atua como uma barreira física e reduz o metabolismo do fruto ao diminuir a respiração, a atividade enzimática, a degradação de açúcares, minerais e vitaminas, mantendo as características sensoriais e garantindo a qualidade microbiológica do fruto e da água, ou seja, conservando-o por mais tempo”, conta Josane Resende, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que realizou o estudo pioneiro em 2007, sob co-orientação dos pesquisadores Antonio Gomes, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, e Neide Botrel, da Embrapa Hortaliças.

Vida útil e preço de venda maiores

“Essa tecnologia da Embrapa é espetacular, porque é de baixo custo e requer pouca mão-de-obra. São apenas três etapas: higienização, imersão na solução filmogênica e secagem. Assim, conseguimos ampliar a vida útil do coco verde para mais de 40 dias, viabilizando sua exportação para países europeus como Portugal, Bélgica e Holanda”, conta o empresário Domingos.

Para obter esse resultado, ele também seguiu as orientações técnicas da Embrapa Agroindústria de Alimentos sobre a melhor forma de armazenamento dos frutos, além de regulagem de temperatura, umidade e ventilação dos contêineres no processo de exportação.

Durante o verão europeu, o empresário consegue vender a unidade do coco por um valor quase dez vezes superior ao praticado no Brasil no mesmo período, quando por aqui é inverno. O mercado brasileiro também tem demonstrado interesse no coco verde natural com revestimento, devido ao seu alto valor agregado. O produto já começou a ser vendido para São Paulo e outros estados brasileiros.

Filme pode ser aplicado em diferentes frutas

Após a secagem do revestimento, o produto fica pronto para ser embalado e armazenado para exportação ou comercialização no mercado nacional. A composição da solução filmogênica pode variar de acordo com as características fisiológicas do fruto, e não provoca alteração de cor ou sabor.

“O revestimento pode ser utilizado em diversas frutas, como coco, melão, mamão, manga, melancia e goiaba. É uma tecnologia simples, que o próprio produtor pode aplicar em sua propriedade”, revela o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Antonio Gomes. Ele e sua equipe realizam cursos, treinamentos, palestras e consultorias sobre tecnologias e práticas pós-colheita, incluindo a do revestimento de frutas.

Quarto produtor mundial

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), o Brasil é o quarto maior produtor mundial de coco verde, chegando a quase dois bilhões de unidades por ano. A produção está concentrada na região litorânea do país, nos Estados da Bahia, Sergipe e Ceará. A mais alta produtividade registrada é a da região do Vale do São Francisco, no sertão pernambucano, com cultivo irrigado e uso intensivo de tecnologia.

Revestimento biodegradável e comestível

Há mais de vinte anos, a equipe da área de pós-colheita da Embrapa Agroindústria de Alimentos, realiza pesquisas com objetivo de aumentar a vida de prateleira e reduzir as perdas de alimentos. Os estudos sobre o revestimento de frutas, que é biodegradável e comestível, começaram há pouco mais de dez anos.

Brasil e ONU lançam redes para combater consumo de sódio e de alimentos processados

O Ministério da Saúde do Brasil, agências da ONU e delegações de nove países da América Latina e Caribe lançaram nesta semana, em Brasília, duas redes para combater o consumo de alimentos processados e a ingestão de sódio. Apresentadas em Brasília, na sede nacional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), iniciativas buscam cumprir compromissos da Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição, observada de 2016 a 2025.

Na abertura do evento na capital federal, na quinta-feira (3), Joaquín Molina, representante da OPAS no Brasil, lembrou que a nutrição aparece claramente em seis dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, os ODS. “A má nutrição, em todas as suas formas, afeta todos os países, e as diferentes formas de má nutrição, como a fome e a obesidade, convivem dentro dos mesmos países”, disse.

Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos no Brasil, ressaltou que “a nutrição é hoje o mais importante tema de saúde pública a ser discutido pelo mundo”.

Segundo o especialista, os recursos gastos para combater os males causados pela má nutrição deveriam ser utilizados para promover a nutrição adequada — e portanto, prevenir problemas de saúde. “O Guia Alimentar brasileiro serve de exemplo para vários países do mundo porque mostra claramente quais alimentos são benéficos e quais são maléficos para a nossa saúde e o que precisamos fazer para ter uma alimentação saudável.”

Os dois projetos inaugurados pelo governo brasileiro são a Rede sobre difusão de Guias Alimentares baseados no nível de processamento dos alimentos e a Rede sobre estratégias para redução do consumo de sódio e prevenção e controle de doenças cardiovasculares.

A estratégia do Ministério da Saúde faz parte dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Década para a Nutrição da ONU. Entre as promessas, está a criação de outras três redes, com atuação prioritária nas Américas. Programas visam promover a alimentação escolar sustentável, prevenir obesidade e doenças crônicas, garantir a governança em segurança alimentar e nutricional e estimular as compras públicas de produtos alimentícios da agricultura familiar.

As redes são coligações de países que trabalham pelo fortalecimento de políticas e legislação, fomentando iniciativas de cooperação técnica e compartilhando boas práticas em temas específicos. A expectativa do Brasil é de que esses organismos sejam catalisadores para o cumprimento dos objetivos de cada nação junto à Década de Nutrição.

Além de instituir esses espaços institucionais de diálogo, o Brasil se comprometeu a deter o crescimento da obesidade entre adultos, reduzir o consumo regular de bebidas adoçadas com açúcar em pelo menos 30% no mesmo grupo etário e ampliar em no mínimo 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente.

Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, afirmou que “é importante atuar nos territórios onde estão os grupos vulneráveis à má nutrição”. O dirigente lembrou que a Década da Nutrição teve início em 2016 e que, portanto, ainda existem oito anos de trabalho pela frente para alcançar as metas.

Alimentos orgânicos: mercado cresce e pesquisa responde desafios de produção

O mercado de alimentos orgânicos tem crescido em nível mundial e, no Brasil, a realidade não é diferente

O mercado de alimentos orgânicos tem crescido em nível mundial e, no Brasil, a realidade não é diferente. A expansão ocorre na faixa de 20% ao ano no País. A produção também tem aumentado: 200% no período de 2001 a 2016. Mas a oferta não acompanha o ritmo do crescimento da demanda, que foi de 330% no mesmo período.

Os dados são apresentados pelo produtor de sementes Carlos Thomaz Lopes, da empresa Grãos Orgânicos Ltda., que produz e comercializa a variedade de milho BRS Caimbé, desenvolvida pela Embrapa. Carlos Thomaz explica que as cadeias produtivas de aves, ovos, leite e carne apresentam aumento crescente de demanda por grãos orgânicos para ração animal. "Essa é uma importante razão para o aquecimento do mercado de milho e soja orgânicos", ressalta.

"Além da maior procura pelos orgânicos no Brasil, o desequilíbrio entre oferta e demanda por esses produtos na Europa e nos Estados Unidos indica que o mercado externo também será importante por muito tempo", analisa o produtor.

Com todo o contexto favorável, Carlos Thomaz acredita que a adesão de agricultores à produção orgânica ainda é lenta por causa de algumas dificuldades. "A legislação exige um período de transição, que no caso do milho é de um ano. É preciso tempo e disciplina para adaptação ao sistema de produção, que não utiliza químicos", afirma. Existem os desafios para fazer o controle de plantas espontâneas e o manejo ecológico de pragas e doenças.

O coordenador técnico regional da Emater-MG Walfrido Albernaz concorda que a transição dos modelos convencionais para a agricultura orgânica tem sido o grande desafio entre os produtores. "Essa mudança requer novos conhecimentos, novas formas de manejo, investimentos e uma atuação coletiva para organização da produção e da comercialização. No sistema convencional, já existe toda uma logística, que envolve a disponibilidade de insumos, serviços, financiamentos e estrutura comercial. Já na agricultura orgânica, essa logística geralmente ainda precisa ser construída".

Uma saída que tem se mostrado interessante para agricultores familiares é a venda de seus produtos para o mercado institucional. O PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) remuneram melhor os produtos orgânicos e estimulam o associativismo. "Esses programas institucionais têm possibilitado a implantação de novas cooperativas, onde a discussão da agricultura de base agroecológica conquista espaço cada vez maior. E os agricultores recebem o preço de varejo pelos produtos", comenta Walfrido.

O técnico da Emater-MG acredita que a agricultura orgânica é uma alternativa de inovação na gestão das propriedades rurais e nas áreas de produção urbanas e periurbanas. "As hortas comunitárias em Sete Lagoas são referência importante na adoção de práticas agroecológicas e há 25 anos constroem sua história de ação coletiva. A orientação técnica da Emater tem se pautado nas práticas de manejo sustentável dos recursos naturais e na comercialização de produtos livres de agrotóxico".

Pesquisas têm indicado cada vez mais respostas para os desafios dos sistemas de produção orgânica. Durante encontro técnico realizado na Fazenda da Mata, em Fortuna de Minas-MG, foram apresentadas alternativas de adubação orgânica, manejo ecológico de plantas espontâneas e controle biológico de insetos-praga.

O engenheiro agrônomo Virgínio Augusto Diniz Goncalves apresentou o sistema de produção adotado na fazenda, que é de propriedade da empresa Grãos Orgânicos Ltda., e produz as sementes de milho BRS Caimbé. Leguminosas, como o feijão-de-porco e a crotalária, são usadas como adubo verde e promovem a fixação biológica de nitrogênio no solo. Há plantio solteiro de milho e também em consórcio, fileiras com leguminosas e com braquiária.

Virgínio relata que as áreas nativas preservadas no entorno das lavouras têm papel importante ao garantir a biodiversidade e a presença de inimigos naturais das pragas. "Recentemente, uma lagarta começou a atacar as áreas cultivadas com feijão-de-porco, e depois foi possível perceber que um inseto predador da praga passou fazer o controle dela", conta o engenheiro agrônomo.

O coordenador técnico estadual de culturas da Emater-MG Sergio Brás Regina falou sobre a importância da análise de solo e de sua interpretação com bases agroecológicas para a produção orgânica.

Sérgio apresentou diversas fontes de adubação, como fertilizantes orgânicos e biocaldas para sistemas agroecológicos. Já o professor Antônio Wilson de Oliveira Malta, da Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, apresentou resultados de experimentos que demonstram o uso da homeopatia no manejo de plantas espontâneas. O pesquisador Walter Matrangolo, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), apresentou técnicas de controle biológico de insetos-praga.

O Encontro Técnico sobre Produção de Sementes Orgânicas foi realizado no último dia 26 de abril e reuniu mais de 60 pessoas, entre agricultores, estudantes, extensionistas e pesquisadores.

Alimentos alagoanos se destacam em feira de exportação no Canadá

04/05/2018 13:58

Alimentos produzidos em Alagoas, como o óleo de coco, paçoca e a pimenta rosa, estão em exposição, até esta sexta-feira (4), no Salão Internacional de Alimentação e Bebidas (SIAL), que acontece em Montreal, no Canadá. O evento é uma das principais entradas para os mercados norte-americano e internacional.

Integrando a programação do evento, a originalidade e o sabor dos produtos alagoanos foram exaltados em jantares promovidos para representantes da Câmara de Comércio Brasil-Canadá e investidores. Itens da empresa Popular Alimentos, como a paçoca e a goiabada, o leite de coco da Copra Alimentos e o açaí estavam entre os ingredientes utilizados nos menus do chef de cozinha de Toronto, Doug Penfold.
Vale ressaltar que ambas empresas participantes da SIAL são incentivadas por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado (Prodesin), que oferece a redução de 92% no pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na saída dos produtos industrializados, dependendo da quantidade de empregos gerados.
De acordo com a avaliação de um dos sócios da empresa, responsável pelo contato dos produtos com o mercado internacional, a SBB Traiding,  Murilo Cesar Schlempe, a participação na Feira vem sendo extremamente positiva. “Em sua quase totalidade os consumidores e empresários se deparam com total surpresa por nunca terem experimentado esses alimentos, então esse contato é bastante essencial para que o mercado canadense e de outros países conheçam o que temos para oferecer”, pontua Murilo.

Outra iguaria levada para SIAL é a pimenta rosa, especiaria produzida às margens do São Francisco, em Piaçabuçu.

Sabor da terra

A participação de produtores e empresas locais em feiras de exportação integram ações voltadas para as rodadas de negócios, promovidas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), que buscam aproximar os vendedores dos possíveis compradores.
Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, a oportunidade é compreendida como uma forma de captar novos mercados. “Queremos mostrar a qualidade e a nossa diversidade de sabores, e assim desenvolver ainda mais a economia local, promovendo a cultura exportadora entre os produtores e empresários”, avalia Rafael.
Além disso, a participação em feiras integra o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) do Governo Federal, que, em Alagoas, é formado pela Sedetur, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Sebrae, Senac, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Correios.
Fonte: Sedetur

Aumenta concorrência no mercado de água de coco

Por Redação SM – 04/05/2018
No ano passado, as vendas do mercado totalizaram 157,4 milhões de litros, com avanço de 6% em comparação ao ano anterior

A Ducoco vivencia, nos últimos anos, uma disputa mais acirrada no mercado de água de coco, com multinacionais buscando avançar na categoria, antes dominada por empresas nacionais especializadas na área.

Além da Pepsico, dona da marca Kero Coco, competem na categoria a Do Bem, controlada pela Ambev e a britânica Britvic, dona da Puro Coco. A Danone avalia desenvolver o produto no Brasil. Entre os competidores nacionais, está a Frysk, dona da marca Obrigado. Desde o fim de 2016, as indústrias investem em novas linhas, misturando água de coco com sucos, e linhas de leite de coco pronto para beber.

De acordo com dados da Euromonitor International, a Ducoco é a segunda maior empresa de água de coco do país, atrás da Pepsico. A Ducoco tem participação de mercado de 21,2% em receita, em 2017, com vendas de R$ 462,7 milhões.

No ano passado, as vendas do mercado totalizaram 157,4 milhões de litros, com avanço de 6% em comparação ao ano anterior. Para 2018, a previsão da Euromonitor é que a categoria crescerá novamente 6%, chegando a 166,9 milhões de litros vendidos. Em valor, o mercado de água de coco movimentou R$ 2,2 bilhões em 2017, com alta de 13,5% no ano. Para 2018, a estimativa é de um crescimento de 7,8% nas vendas da categoria, para R$ 2,4 bilhões.

Evento em Salvador fomenta a cultura cervejeira e valoriza produtos locais

Data: 04-05-2018

No próximo dia 12 de maio, acontece em Salvador, na Casa Guió (Rio Vermelho), evento inédito sobre um tema que vem frequentando cada dia mais a mesa dos baianos: cerveja artesanal. A Mostra Colaborativa Beba Local Bahia propõe um encontro com duração de nove horas – das 13h às 22h – para, em meio a clima festivo, tratar de um assunto importante para a economia do estado, o impulsionamento do cenário de cervejas artesanais da Bahia e consequente visibilidade dos rótulos locais.

A primeira edição do evento conta com a participação de três cervejarias artesanais locais, instaladas em Lauro de Freitas e Camaçari, Feyh Bier, 2 de Julho e Sotera. Dentro de uma proposta de entretenimento, com música e degustação das cervejas, o encontro tem o objetivo de dar um pontapé inicial para o fortalecimento de marcas baianas dentro de um nicho de mercado em crescimento no país.

“As cervejas produzidas na Bahia têm preços justos e acessíveis e apresentam frescor incomparável, pois a produção é recente e não passa pelo processo de transporte de longas distâncias, que muitas vezes interfere na qualidade do produto. São cervejas que utilizam insumos importados de alta qualidade, mas que também são feitos por um importador local”, realça Adriano Bovo Mendonça, à frente da cervejaria Sotera, instalada em Vilas do Abrantes, Camaçari.

Se por um lado a Bahia já conta com um público consumidor de cervejas especiais, por outro existe a certeza por parte dos realizadores da Mostra Colaborativa Beba Local Bahia de que a preferência pelos rótulos artesanais só tende a ganhar novos adeptos nos próximos meses e anos. Daí o reconhecimento de que esse é um momento importante para formar público e conscientizar para a importância do consumo dos produtos locais, tendo como pano de fundo o desenvolvimento econômico regional.

“Existe um grupo de cerca de 10 empresários que, entre uma conversa e outra, já vinha manifestando o desejo de fazer algo conjunto voltado para o mercado local. Nós três estamos dando o primeiro passo para termos algo concreto que comprove a nossa tese. Mas a ideia é que outras cervejarias já instaladas na Bahia se incorporem ao processo, até porque o resultado dessas ações acaba beneficiando todo o mercado”, comenta Rodrigo Feyh, da cervejaria Feyh Bier, instalada em Lauro de Freitas.

O desejo comum a todas as novas fábricas cervejeiras baianas, segundo o empresário da cervejaria 2 de Julho, Bernardo Lepikson, é atingir um mercado onde a cerveja artesanal ainda não chega, como redes de conveniência, mercados, delicatessens e outros pontos de venda, como bares e restaurantes, que ainda não se atentaram para esse novo segmento de cerveja artesanal nem para a cerveja de qualidade local que existe aqui na Bahia.

“Esperamos abrir portas para que as cervejas artesanais produzidas na Bahia cheguem a pontos de venda frequentados por públicos com grande potencial de consumo para esse produto. Muitas pessoas que consumiriam uma cerveja local de qualidade não estão consumindo porque os estabelecimentos não têm conhecimento dessa atividade que está se desenvolvendo aqui. Muitos não sabem que temos cervejas de altíssima qualidade, que não deixam nada a desejar para cervejas de outros estados nem para as importadas”, defende ele

Cervejaria Germânia investe R$ 2 milhões em nova linha de cervejas

São Paulo – Depois de oito meses de preparação e mais de R$ 2 milhões de investimento, a Cervejaria Germânia lançará durante a APAS Show 2018, que ocorre entre os dias 7 e 10 de maio no Expo Center Norte, em São Paulo, sua nova linha de cervejas, rótulos e embalagens. As novidades fazem parte da estruturação da empresa com foco no varejo. São oito tipos de cerveja, incluindo duas artesanais, uma IPA (India Pale Ale) e uma WEISS. Entre os produtos estão ainda a Pilsen, Puro Malte, Black, Escura, Vinhedo – receita exclusiva feita com vinho – e a Gluten Free.

A entrada da cervejaria no segmento de varejo, por meio de diversos canais de venda, além de distribuidores regionais, é fruto de um reposicionamento da marca, já famosa no segmento de chope. Segundo Sandro Abreu, diretor de marketing da Germânia, a empresa aposta na qualidade de produção de sua cerveja para ganhar mercado. “Todo o malte, o lúpulo e a cevada possuem certificado de origem e são criteriosamente selecionados. A harmonia desses ingredientes, respeitando todo o processo de produção, oferece uma característica artesanal a nossos produtos”, afirma.

“Utilizamos o método de fermentação em tanques horizontais, como poucas cervejarias no mundo, o que proporciona uma pressão perfeita para nossa levedura”, completa Abreu.

Todos os rótulos dos produtos Germânia em exposição na APAS Show 2018 e já presentes no mercado foram reestilizados, enquanto que novas embalagens foram desenvolvidas.