Fernando Almeida é o novo presidente do conselho da INTERFARMA

Por Bruno Folli-Interfarma

20 de junho de 2017

O executivo Fernando Almeida, general manager da Chiesi, foi eleito por unanimidade como o novo presidente do Conselho Diretor da INTERFARMA, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira de manhã, dia 19, com 100% de presença do Conselho.

Fernando assume o lugar de Victor Mezei, que pediu desligamento das funções da INTERFARMA. “É um excelente nome para dar continuidade à gestão”, disse Mezei, que havia indicado Almeida para sucedê-lo.

Também por unanimidade, José Antônio Vieira, general manager da Novartis, assumiu a vice-presidência do Conselho.

Almeida é formado em administração de empresas com MBA em General Management pelo INSPER de São Paulo. General manager da Chiesi desde janeiro de 2013, o novo presidente do Conselho começou a sua carreira na Janssen-Cilag, com passagem pela AstraZeneca e pela Roche.

No total, ele já acumula 29 anos de experiência no mercado farmacêutico, atuando em diversas posições e liderando diferentes projetos. Desde abril de 2016, Almeida exercia a função de vice-presidente substituto do Comitê de Gestão da INTERFARMA.

“Estou muito feliz pela confiança e pela indicação que recebi do Victor Mezei. E também pelo apoio do Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA, e de todos os conselheiros. Existe, evidentemente, um projeto de continuidade por eu já estar no Comitê de Gestão. Como tenho sempre feito ao longo desses anos na INTERFARMA, meu objetivo é colaborar com os projetos da entidade, com as oportunidades que temos e ajudar o Britto na gestão da entidade”.

Hypermarcas confirma redução de capital e restituição de R$ 1,30 por ação

Estadão Conteúdo
20.06.17 – 20h37

A Hypermarcas não recebeu manifestação dos credores em oposição à redução de capital da companhia em R$ 821,909 milhões, aprovada pelos acionistas em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) de 19 de abril, e com isso, os acionistas vão receber como restituição o valor de R$ 1,30 por ação.

O pagamento será feito no dia 03 de julho com base na posição acionária da próxima sexta-feira (23). Segundo a Hypermarcas, a redução do capital social é necessária porque a companhia o considera excessivo, tendo em vista os desinvestimentos realizados ao longo dos últimos meses, como dos negócios de cosméticos, preservativos e produtos descartáveis.

Indústria dificilmente vai retomar produção de emagrecedores, diz Sindusfarma

Estadão Conteúdo
20.06.17 – 19h02

A indústria dificilmente vai retomar a produção de emagrecedores que levam em sua composição anfetaminas, avalia o presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Mesmo que sancionada pelo presidente Michel Temer, a liberação dos remédios aprovada nesta terça-feira, 20, pela Câmara dos Deputados exigiria o registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um processo demorado e caro. “Não sei se algum produtor terá interesse, sobretudo diante da polêmica em torno dessas drogas”, disse Mussolini.

A retirada de emagrecedores a base de anfetamina foi determinada pela Anvisa em 2012. A justificativa era a de que não havia estudos que comprovassem a eficácia das substâncias e que os riscos do uso desses medicamentos eram superiores a eventuais benefícios. A decisão na época provocou uma comoção entre associações de médicos e pacientes, que defendiam a permanência do produto no Brasil. Tão logo a agência publicou a restrição, o Conselho Federal de Medicina ingressou com uma ação na Justiça contra a decisão e um projeto de lei liberando novamente os medicamentos foi proposto – texto que agora é aprovado.

Quando emagrecedores a base de anfetamina começaram a ser usados no Brasil, há 40 anos, as regras para o registro de remédios eram bem menos rigorosas. Não era necessário, por exemplo, a apresentação de estudos que comprovassem a segurança e a eficácia do medicamento, o que hoje é indispensável. “Tenho minhas dúvidas se alguém estaria disposto a fazer um estudo clínico com um número significativo de pacientes para colocar novamente esses medicamentos no mercado”, completou.

Além de o processo ser demorado e exigir um investimento considerável, o retorno seria pouco atrativo pela indústria. Os emagrecedores femproporex, mazindol e anfepramona são considerados de baixo custo. “O processo de registro de um medicamento no Brasil demora em média 3 anos. Antes disso, seria preciso fazer os estudos clínicos, o que também leva tempo.”

A alternativa seria recorrer às farmácias magistrais. “Vai ser um paraíso para as farmácias de manipulação”, disse. Algo que deverá dificultar a vigilância. “Claro que existem farmácias de manipulação de qualidade. O problema é que as regras para importação de matéria-prima são bem mais flexíveis para esses grupos.” O jornal “O Estado de S. Paulo” procurou a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que não se pronunciou.

Na Itália, Sindusfarma participa de encontro sobre rastreabilidade

O gerente de Boas Práticas e Inovação Farmacêutica do Sindusfarma, Jair Calixto, participou de um encontro nos dias 14 e 15/6, em Brescia, Itália, sobre as tendências da rastreabilidade de medicamentos no mundo e no Brasil.
Jair abordou os desafios da implementação da rastreabilidade no Brasil
Jair fez uma apresentação sobre a Resolução nº 157/2017, que fala sobre a implementação do sistema de rastreabilidade no Brasil e destacou a importância e os desafios da implementação no país.

Durante sua apresentação Jair falou sobre os aspectos que pautaram as conversas entre o setor regulado e a Anvisa nos últimos anos e que tornaram a implantação da rastreabilidade factível. Jair citou que o próximo passo será a seleção de empresas voluntárias para a realização do projeto piloto.

O encontro foi organizado pela Antares Vision e contou com a participação de representantes de indústrias farmacêuticas europeias.

Jarbas Barbosa reúne-se com demais autoridades reguladoras

Diretor-presidente da Anvisa coordena grupo sobre gerenciamento de crise nesta coalização internacional de agências.

Publicado: 20/06/2017 00:44
Última Modificação: 20/06/2017 00:52

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, participa em Chicago (EUA) da reunião da Coalizão Internacional das Autoridades Reguladoras de Medicamentos – ICMRA. Autoridades reguladoras da Austrália, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Coréia, Dinamarca, Estados Unidos, Irlanda, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, Suíça e União Europeia discutiram temas de interesse regulatório global para o acesso a medicamentos seguros e eficazes, tais como integridade da cadeia produtiva, gerenciamento de crise, farmacovigilância, inspeção em boas práticas de fabricação e inovação.

Jarbas Barbosa, líder do projeto do ICMRA sobre Gerenciamento de Crise, apresentou os principais resultados do evento paralelo organizado pela Anvisa às margens da Assembleia Mundial da Saúde, que debateu o papel das agências reguladoras de medicamentos em situações de emergência de saúde global.

Além disso, informou que os próximos passos do Grupo sobre Gerenciamento de Crise objetivam definir procedimentos operacionais para as agências em casos de emergências e estreitar o relacionamento com a OMS para trabalho conjunto nessas situações.

O ICMRA é uma instituição voluntária, executiva, de coordenação estratégica, “advocacy”, de liderança e que reúne autoridades reguladoras de medicamentos para o trabalho conjunto com o objetivo de fornecer orientações sobre uma variedade de áreas e atividades comuns a muitas missões e metas regulatória. Como exemplos, podemos citar a identificação de áreas de potenciais sinergias a serem feitas e, sempre que possível, a alavancagem de esforços para maximizar o impacto global da regulamentação existente.

As autoridades reguladoras do ICMRA são: Therapeutic Goods Administration (TGA), Austrália; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Brasil; Health Products and Food Branch (HPFB-HC), Canadá; China Food and Drug Administration (CFDA), China; European Medicines Agency (EMA) e Comissão Europeia – Directorate General for Health and Food Safety (DG – Santé), União Europeia; Agency for Medicines and Health Products Safety (ANSM), França; Paul-Ehrlich-Institute (PEI), Alemanha; Health Product Regulatory Authority (HPRA), Irlanda; Italian Medicines Agency (AIFA), Itália; Ministry of Health, Labour and Welfare (MHLW) and Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA), Japão; Ministry of Food and Drug Safety (MFDS), Coreia; Federal Commission for the Protection against Sanitary Risks (COFEPRIS), México; Medicines Evaluation Board (MEB), Países Baixos Medsafe, Clinical Leadership, Protection & Regulation, Ministry of Health, Nova Zelândia; National Agency for Food Drug Administration and Control (NAFDAC), Nigéria; Health Sciences Authority (HSA), Cingapura; Medicines Control Council (MCC), África do Sul; Medical Products Agency, Suécia; Swissmedic, Suíça; Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), Reino Unido; e Food and Drug Administration (FDA), Estados Unidos.

Medicamentos para doenças raras entram em discussão

Consulta Pública tem por objetivo regulamentar um procedimento especial para registro de medicamentos e produtos biológicos utilizados nos tratamentos de doenças raras.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 20/06/2017 17:53
Última Modificação: 20/06/2017 18:04

Os medicamentos destinados ao tratamento de doenças raras poderão ter registro mais rápido no Brasil. A doenças raras são aquelas que atingem até 65 indivíduos em cada 100 mil pessoas. A medida deve permitir que os pacientes destas doenças tenham acesso mais rápido aos tratamentos no Brasil.

A proposta está na Consulta Pública 355/17, publicada nesta terça-feira (20/06). O prazo para envio de contribuições e sugestões vai do dia 27 de junho a 27 de julho.

O objetivo é que seja adotado um procedimento especial para registro de medicamentos e produtos biológicos utilizados nos tratamentos de doenças raras. Além de reduzir o período de análise das petições, o texto prevê a diminuição do tempo que as empresas demoram para submeter a solicitação de registro no Brasil. De acordo com o texto, a empresa deverá solicitar à Anvisa uma reunião de pré-submissão para apresentação do produto em até 60 dias após a primeira solicitação de registro em outra agência reguladora do mundo.

A proposta de norma prevê procedimento especial de registro para medicamentos para tratamento, diagnóstico ou prevenção de doenças raras e anuência de ensaios clínicos a serem realizados no Brasil para avaliação desses medicamentos. A Anvisa também poderá, independente de solicitação, designar medicamentos para doenças raras.
Como Participar da discussão

Acesse a Consulta Pública 355/17 sobre medicamentos para doenças raras dos dias 27 de junho a 27 de julho.

Estudos questionam segurança de medicamento do SUS no tratamento diabetes

19/06/2017 25

A prevalência de diabetes vem aumentando assustadoramente no Brasil e Curitiba aparece em um perigoso ranking das capitais com o maior diagnóstico médico da doença. Para acompanhar de perto os avanços nos estudos científicos sobre controle e tratamento da diabetes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR) marcou presença no Congresso da American Diabetes Association 2017, realizado entre os dias 9 e 13 de junho, em San Diego, na Califórnia.

Um dos principais debates girou em torno dos novos tratamentos para o diabetes do tipo 1, doença autoimune em que o paciente precisa receber insulina diariamente. Estudos científicos foram apresentados sobre o transplante de células beta – recriadas a partir do transplante de células tronco para evitar que as mesmas sejam atacadas pelo sistema imune  – e também sobre o pâncreas artificial – um dispositivo que monitora os níveis de glicose no sangue e, automaticamente, ajusta os níveis de insulina injetados no organismo do paciente.

Segundo a endocrinologista Silmara Leite, de Curitiba, que preside a SBEM no Paraná, ficaram evidentes as limitações para o transplante de célula beta. “Os estudos têm avançado mas ainda é cedo para considerar a cura do diabetes tipo 1”, afirma. Ela explica que pesquisas estão sendo realizadas para se extrair células do intestino, que representaria a fonte de células tronco para desempenhar as funções das células pancreáticas de maneira eficiente.

Já o pâncreas artificial, recentemente aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), embora não seja a cura do diabetes, se revela como a tecnologia mais atual para controle da doença. “Trata-se de uma nova tecnologia de infusão contínua de insulina acoplada com um sensor que comunica o valor de glicose no interstício e interrompe a infusão de insulina antes do paciente apresentar hipoglicemia”, explica a médica. “O aparelho está sendo aprimorado, mas precisamos de insulinas mais rápidas para reduzir o tempo entre a aplicação da insulina e sua ação efetivamente”, conclui.

No decorrer do Congresso da American Diabetes Association 2017 pesquisas foram publicadas sobre as novas medicações para o tratamento da diabetes do tipo 2. O alto custo das novas drogas representa o principal entrave para a maioria dos pacientes. Mas segundo a médica curitibana, os pacientes em tratamento não devem se preocupar com relação à segurança das sulfonilureias, classe de medicamentos mais receitada nos consultórios médicos. “As novas drogas são muito caras e apenas pessoas com alto poder aquisitivo se beneficiam dos novos tratamentos e, além disto, ficou bem claro que as sulfonilureias (Glimeprida e Gliclazida) devem permanecer nos nossos receituários, não apenas porque são mais baratas, mas porque são efetivas e seguras”, afirmou a presidente da SBEM-PR.

Riscos da medicação oferecida pelo SUS

A médica alerta, porém, que existem diferenças significativas entre as sulfonilureias adotadas para o tratamento da diabetes e que a glibenclamida, oferecida aos pacientes pelo Sistema único de Saúde no Brasil, deveria ser banida do mercado. “Essa medicação aumenta em três vezes o risco de morte quando o paciente diabético sofre um infarto. Evidências científicas relevantes foram mostradas para justificar a recomendação para que o Ministério da Saúde mude o medicamento oferecido aos diabéticos atendidos na rede pública”, enfatiza a endocrinologista. Uma alternativa seria a gliclazida, medicação que já faz parte da lista da RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e que se encaixa em perfil de segurança cardíaca e renal semelhante aos mais modernos medicamentos.

Prevalência de Diabetes

O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O levantamento revelou também que as mulheres registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 6,3% para 9,9% no período, contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens. Ainda segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Natal e Belo Horizonte (ambos com 10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,6).

Sanofi Pasteur pede aprovação de nova vacina contra gripe

Produto é exclusivo para idosos

A Sanofi Pasteur solicitou o registro de uma nova vacina contra gripe desenvolvida exclusivamente para idosos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina apresentou-se 24,2% mais eficaz na proteção contra a gripe se comparada à vacina contra influenza trivalente usada hoje no Brasil e diminuiu 39,8% das pneumonias.

O produto foi lançado nos Estados Unidos em 2010 e já protegeu mais de 67 milhões de idosos. “O Brasil tem uma população idosa crescente que precisa se proteger contra a gripe e muitos serão beneficiados com a chegada desta vacina inovadora”, explica o diretor geral da Sanofi Pasteur, Hubert Guarino.

Com o envelhecimento, há diminuição da função imunológica, declinando a resposta de anticorpos após o recebimento da vacina tradicional contra a gripe. Como a nova vacina foi desenvolvida e produzida para pessoas a partir dos 65 anos, promove resposta imune mais efetiva, chegando a ser 36,4% superior em temporada com alta circulação do vírus H3N2, tipo de influenza com maior prevalência no ano estudado.

A vacina protege contra os vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, e um tipo de Influenza B, de acordo com a recomendação anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte: Assessoria de Imprensa Sanofi Pasteur (Ketchum)

Anvisa libera novo tratamento para pacientes com câncer de pulmão

Medicamento atua no sistema imune, aumentando a capacidade de o organismo reconhecer e combater as células cancerígenas

Lígia Formenti, O Estado de S. Paulo

19 Junho 2017 | 19h01

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de uma nova terapia para o tratamento de câncer de pulmão. O medicamento, pembrolizumabe, atua no sistema imune do paciente, aumentando a capacidade de o organismo reconhecer e combater as células cancerígenas.

O remédio já é usado no País para o melanoma e para estágios mais avançados de câncer de pulmão. Com a decisão da Anvisa, a droga passa a ser indicada já no início do tratamento – mas em casos específicos. A terapia somente é prescrita para aqueles pacientes que apresentarem na célula do tumor uma proteína, a PD-L., em altos níveis. A estimativa é de que 26% do total das pessoas com diagnóstico de câncer de pulmão poderiam fazer uso do remédio.

A imunoterapia é considerada como uma ferramenta eficaz para o tratamento do câncer e menos agressiva ao organismo. A estratégia é atacar apenas as células do tumor, preservando as células sadias.

Indústria farmacêutica faturou R$ 62,1 bi em 2016

por Clarissa Stycer
19/06/2017 09:05

Laboratórios e empresas do setor farmacêutico faturaram 62,1 bilhões no ano passado. De acordo com o Sistema de Acompanhamento de Mercado de Medicamentos (Sammed), banco de dados da Anvisa, foram 4,50 bilhões de embalagens produzidas e 2,4 mil novos medicamentos no mercado — um aumento de 6,5% em relação ao número de remédios novos em 2015.