Consumidores sentem aumento dos preços de remédios

Gustavo Amorim
gamorim@jj.com.br

INGRID – “Os laboratórios diminuem o desconto de acordo com a tributação” Com a inflação e os descontos concedidos normalmente pelas farmácias em baixa, o jundiaiense segue sofrendo com os remédios mais caros nas farmácias da cidade. A operadora de caixa Maria Aparecida Toledo revela que precisa cortar produtos da despesa mensal para conseguir comprar os medicamentos contra triglicérides. “Compro um remédio que custa mais de R$ 100 e cada mês que passa eu percebo a diferença no preço. Às vezes preciso comprar menos no mercado”, afirma.

O aumento, entretanto, está relacionado à diminuição dos descontos feitos pela indústria farmacêutica na compra do produto por partes das farmácias. “Os laboratórios diminuem esse desconto de acordo com a tributação federal”, afirma Ingrid Cunha, gerente de uma farmácia no Centro de Jundiaí. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) revelou que os medicamentos ficaram 0,82% mais caros – mais que o dobro da média geral de produtos (0,31%). “Nós que não somos rede temos muita dificuldade para comprar com preços baratos”, diz Mauro Amaro, dono de outra farmácia na cidade.

Em abril, o governo federal autorizou o aumento dos remédios de 1,36% para 4,76%. Por isso, o preço máximo ao consumidor (PMC) não é maior, mas o cidadão vê o valor final aumentar na prateleira. Nos últimos 12 meses, o valor dos remédios subiu em 5,78%. Em 2017, o crescimento é de 3,92%. “Fica cada dia mais difícil. Uso remédios de tarja preta. A gente sente muito no bolso”, diz a aposentada Josefa Silva,

Roche traz inovação para o mercado de coagulação

Analisador de coagulação cobas t 411

A Roche está entrando em uma nova era de testes de coagulação. Com um portfólio já consolidado com soluções Point of Care (PoC), o objetivo da empresa é trabalhar o mercado de laboratórios clínicos e hospitalares com o lançamento de uma nova família de sistemas, a cobas t. Segundo o gerente de Produto Specialty Testing, Vinícius Sugiyama, hoje a participação da empresa nesse mercado se limita às soluções PoC e Multiplate (equipamento para função plaquetária), o que dá acesso a uma fatia pequena do mercado de coagulação.

Ao entrar no mercado clínico e laboratorial de coagulação, a Roche quer ampliar sua participação num mercado projetado para atingir 4,84 bilhões de dólares até 2021, segundo relatório da consultoria Research and Markets. “É nessa fatia que está a grande maioria dos pacientes e, consequentemente, testes. É o início do trabalho em uma área do Laboratório onde nunca tivemos condições de competir por conta do limite de nosso portfólio para coagulação”, expõe Sugiyama.

Da família cobas t, o destaque é o analisador de coagulação cobas t 411, um sistema de coagulação de laboratório adequado para testes de rotina de baixo volume (até 140 amostras por dia). Com lançamento previsto no Brasil, a Roche amplia sua oferta global de coagulação laboratorial ao oferecer aos laboratórios mais flexibilidade em seus testes. “A família cobas t é dedicada a exames de coagulação laboratorial, um mercado que a Roche nunca atendeu por falta de portfólio. Isso mostra o comprometimento da empresa com a área de coagulação e em ser uma parceira completa com soluções para todo o laboratório”, garante Sugiyama.

BEPANTOL® Baby Lança Versão De 30 Gramas E Adicional De 15% Do Produto Na Mesma Eembalagem

Segunda, 19 Junho 2017 14:25 Escrito por Liliane Cavalcante
Edição limitada do produto já esta à venda nas farmácias e drogarias de todo o país

Quanto mais protegidos os bebês estão contra assadura – inflamação causada pelo contato prolongado da pele com fezes e urina que ficam na fralda, favorecendo a proliferação de bactérias e fungos devido à umidade e ao abafamento da região – mais tranquilos seus pais ficam por saberem que os filhos estão bem, livres desse incômodo que pode evoluir se não houver o tratamento adequado.

Pensando na importância desse cuidado extra, Bepantol® Baby, o creme antiassadura da Bayer, e um dos líderes da categoria, acaba de trazer uma novidade: Bepantol® Baby de 30 gramas com mais 15% do produto.

Em edição limitada e promocional, o produto, que é ideal para os cuidados preventivos diários com os bebês, tem o mesmo custo da embalagem com 30 gramas, com valor sugerido de R$19,90.

À venda nas farmácias e drogarias de todo o país, Bepantol® Baby hidrata, protege e ajuda na recuperação da pele sensível dos pequenos, mantendo-os livres de assaduras, também conhecidas como dermatite de fralda.

Passar uma camada fina de creme antiassadura após cada troca ajuda a proteger o bumbum do bebê contra possível inflamação na pele, já que esse tipo de irritação é comum entre bebês e crianças pequenas que possuem a pele sensível e delicada.

Sobre a Linha Bepantol® Baby

Sempre pensando no bem-estar da mãe, do pai e, claro, dos bebês, a Bayer oferece Bepantol® Baby, creme antiassaduras com tripla proteção: protege, hidrata e ajuda na recuperação da pele dos pequenos. Contém pró-vitamina B5, que cria uma barreira transparente, protegendo o bumbum do bebê e deixando-o mais resistente contra as assaduras. Além disso, o antiassaduras da Bayer é fácil de ser espalhado e retirado, evitando assim fricções desnecessárias. Sua fórmula hipoalergênica não contém agentes potencialmente irritantes, como fragrâncias, corantes e conservantes, que podem irritar a pele sensível do bebê. Bepantol® Baby é a evolução dos antiassaduras.

Preço médio sugerido de Bepantol® Baby: 30 gramas – R$ 19,90; 60 gramas – R$ 34,90; 100 – R$ 49,90

Bayer: Ciência para uma vida melhor

A Bayer é uma empresa global focada em Ciências da Vida nas áreas de cuidados com a saúde humana e animal e na área de agricultura. Seus produtos e serviços são desenvolvidos para beneficiar as pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Além disso, a companhia objetiva criar valor por meio da inovação. A Bayer é comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e com suas responsabilidades sociais e éticas como uma empresa cidadã. Em 2015, o grupo empregou cerca de 117 mil pessoas e obteve vendas de 46,3 bilhões de euros. Os investimentos totalizaram 2,6 bilhões de euros e as despesas com Pesquisa & Desenvolvimento somaram 4,3 bilhões de euros. Esses números incluem os negócios de polímeros de alta tecnologia, que foram lançados no mercado de ações como companhia independente nomeada Covestro, em 6 de outubro de 2015.

Cientistas norte-americanos testam vacina contra câncer de pulmão desenvolvida em Cuba

19 Junho 2017

Cientistas norte-americanos testam vacina contra câncer de pulmão desenvolvida em Cuba

Por Opera Mundi

Cerca de mil pacientes do Instituto do Câncer Roswell Park, nos Estados Unidos, começaram a receber doses mensais da vacina CIMAVAX-EGF, que combate o câncer de pulmão. O medicamento foi desenvolvido em Cuba por pesquisadores do Centro de Imunologia Molecular de Havana e foi enviado aos EUA antes mesmo da reaproximação entre os dois países.

Os médicos têm esperança de que a vacina possa funcionar para outros tipos de câncer como o de cólon, de cérebro e do útero. “Os efeitos colaterais para os pacientes cubanos que tomam a vacina têm sido mínimos”, disse o chefe da oncologia torácica de Roswell, Grace Dy, segundo o Cubadebate.

A vacina, que já foi testada em países como Colômbia, Perú, Paraguai e Bósnia-Herzegóvina, passou por extensos testes e estudos antes de ser aprovada como tratamento para o cêncer de pulmão. A parceria entre o Centro Imunológico Molecular de Havana e o Instituo de Roswell Park começou em 2011, quatro anos antes da reaproximação entre Cuba e os EUA.

Para o presidente do Departamento de Imunologia de Roswell, Kalvin Lee, “isso foi muito inesperado e nós, como muitos outros, pensávamos que Cuba estava presa nos tempos de ‘I love Lucy’ e sua tecnologia provavelmente se parecia com a de seus carros dos anos 1950”. Segundo o pesquisador, reporta o Cubadebate, essa vacina, ao invés de atacar a célula cancerígena, responde contra o fator de crescimento do câncer. “Mediante a geração dessa resposta imune que neutraliza o fator [de crescimento epidérmico EGF] circulante, mata o câncer de fome e ele para de crescer”, disse.

Embora o tratamento com a CIMAVAX seja totalmente gratuito em Cuba, os estrangeiros que forem à ilha em busca da vacina poderão pagar até 12 mil dólares por um suprimento de um ano do medicamento.

Além da importância no combate ao câncer de pulmão, os pesquisadores salientaram a importância do medicamento na prevenção, uma vez que ela impede o crescimento da doença. “O que é realmente interessante no CIMAVAX é a possibilidade de que poderá ser usado para prevenir o câncer de pulmão; a causa número um de morte por câncer em homens e mulheres nos EUA é o câncer de pulmão”, afirmou Lee.

Estudos questionam segurança de medicamento do SUS no tratamento diabetes

19/06/2017 25

A prevalência de diabetes vem aumentando assustadoramente no Brasil e Curitiba aparece em um perigoso ranking das capitais com o maior diagnóstico médico da doença. Para acompanhar de perto os avanços nos estudos científicos sobre controle e tratamento da diabetes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR) marcou presença no Congresso da American Diabetes Association 2017, realizado entre os dias 9 e 13 de junho, em San Diego, na Califórnia.

Um dos principais debates girou em torno dos novos tratamentos para o diabetes do tipo 1, doença autoimune em que o paciente precisa receber insulina diariamente. Estudos científicos foram apresentados sobre o transplante de células beta – recriadas a partir do transplante de células tronco para evitar que as mesmas sejam atacadas pelo sistema imune  – e também sobre o pâncreas artificial – um dispositivo que monitora os níveis de glicose no sangue e, automaticamente, ajusta os níveis de insulina injetados no organismo do paciente.

Segundo a endocrinologista Silmara Leite, de Curitiba, que preside a SBEM no Paraná, ficaram evidentes as limitações para o transplante de célula beta. “Os estudos têm avançado mas ainda é cedo para considerar a cura do diabetes tipo 1”, afirma. Ela explica que pesquisas estão sendo realizadas para se extrair células do intestino, que representaria a fonte de células tronco para desempenhar as funções das células pancreáticas de maneira eficiente.

Já o pâncreas artificial, recentemente aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), embora não seja a cura do diabetes, se revela como a tecnologia mais atual para controle da doença. “Trata-se de uma nova tecnologia de infusão contínua de insulina acoplada com um sensor que comunica o valor de glicose no interstício e interrompe a infusão de insulina antes do paciente apresentar hipoglicemia”, explica a médica. “O aparelho está sendo aprimorado, mas precisamos de insulinas mais rápidas para reduzir o tempo entre a aplicação da insulina e sua ação efetivamente”, conclui.

No decorrer do Congresso da American Diabetes Association 2017 pesquisas foram publicadas sobre as novas medicações para o tratamento da diabetes do tipo 2. O alto custo das novas drogas representa o principal entrave para a maioria dos pacientes. Mas segundo a médica curitibana, os pacientes em tratamento não devem se preocupar com relação à segurança das sulfonilureias, classe de medicamentos mais receitada nos consultórios médicos. “As novas drogas são muito caras e apenas pessoas com alto poder aquisitivo se beneficiam dos novos tratamentos e, além disto, ficou bem claro que as sulfonilureias (Glimeprida e Gliclazida) devem permanecer nos nossos receituários, não apenas porque são mais baratas, mas porque são efetivas e seguras”, afirmou a presidente da SBEM-PR.

Riscos da medicação oferecida pelo SUS

A médica alerta, porém, que existem diferenças significativas entre as sulfonilureias adotadas para o tratamento da diabetes e que a glibenclamida, oferecida aos pacientes pelo Sistema único de Saúde no Brasil, deveria ser banida do mercado. “Essa medicação aumenta em três vezes o risco de morte quando o paciente diabético sofre um infarto. Evidências científicas relevantes foram mostradas para justificar a recomendação para que o Ministério da Saúde mude o medicamento oferecido aos diabéticos atendidos na rede pública”, enfatiza a endocrinologista. Uma alternativa seria a gliclazida, medicação que já faz parte da lista da RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e que se encaixa em perfil de segurança cardíaca e renal semelhante aos mais modernos medicamentos.

Prevalência de Diabetes

O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O levantamento revelou também que as mulheres registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 6,3% para 9,9% no período, contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens. Ainda segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Natal e Belo Horizonte (ambos com 10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,6).

Estudo liga uso diário de aspirina por idosos a sangramentos

Autores de pesquisa publicada na revista The Lancet concluem que medicamentos usados para azia devem ser receitados para pessoas com mais de 75 anos que usam aspirina com frequência, a fim de reduzir hemorragias gastrointestinais

Fábio de Castro, O Estado de S.Paulo

16 Junho 2017 | 18h02

O uso diário de aspirina por pessoas com mais de 75 anos está relacionado a um risco maior de sangramento grave ou fatal, de acordo com um novo estudo publicado na terça-feira, 13, na revista científica The Lancet.

De acordo com os autores, embora o uso de aspirina por curtos prazos depois de um acidente vascular cerebral (AVC) ou um ataque cardíaco traz claros benefícios, mas aos pacientes acima do 75 anos que tomam aspirina todos os dias, deveriam ser prescritos fármacos inibidores da bomba de prótons – ou seja, medicamentos para azia como o omeprazol.

Nos Estados Unidos e na Europa, de acordo com os autores do estudo, de 40% a 60% das pessoas com mais de 75 anos usam aspirina ou outras drogas parecidas para evitar ataques cardíacos ou AVC. Esse tipo de tratamento é recomendado para o resto da vida a esses pacientes, como prevenção secundária.

A recomendação para o tratamento de longo prazo com aspirina se baseia em testes feitos com pacientes com menos de 75 anos, que foram estudados ao longo de períodos de dois a quatro anos. Estudos anteriores, porém, já ligaram esses tratamentos ao sangramento no trato gastrointestinal superior.

Embora já se soubesse que os riscos de sangramento crescem com a idade, havia dados insuficientes para estimar o aumento da severidade do problema com o envelhecimento, de acordo com o autor principal do estudo, Peter Rothwell, da Universidade de Oxford (Reino Unido).

"Nosso novo estudo permite compreender muito mais claramente o quanto aumenta o risco, a severidade e as consequências dos sangramentos. Estudos anteriores mostraram que há um claro benefício no tratamento de curto prazo com aspirina após ataques do coração ou AVC. Mas nossa descoberta levanta questões sobre o equilíbrio entre riscos e benefícios no uso a longo prazo por pessoas com mais de 75 anos", afirmou Rothwell.

O estudo acompanhou 3.166 pacientes que tiveram AVC ou ataque cardíaco e que receberam tratamento com drogas como a aspirina. Metade dos pacientes tinham mais de 75 anos no início do estudo. Ao longo de 10 anos de pesquisas, um total de 314 pacientes recorreram a hospitais após sangramento. O risco de sangramento – especialmente grave e fatal – cresceu conforme a idade.

Para pacientes com menos de 65 anos que tomam aspirina diariamente, a taxa anual de sangramento que exigiu atendimento hospitalar foi de 1,5%. Entre os pacientes de 75 a 84 anos, a taxa cresceu para 3,5%, chegando a 5% entre os pacientes com mais de 85 anos.

O risco de sangramento grave ou fatal também aumentou com a idade. Para pacientes com menos de 65, a taxa anual desse tipo de sangramento foi menor que 0,5%. Entre os pacientes de 75 a 84 anos, a taxa aumentou para 1,5%. Para os pacientes com mais de 85 anos, a taxa se aproximou de 2,5%.

Segundo os autores do estudo, embora os riscos de ataque cardíaco e AVC também cresçam com a idade, os resultados mostraram que, para os pacientes com mais de 75 anos, o sangramento do trato gastrointestinal superior como resultado da terapia com aspirina é perigoso, caso não seja feito em conjunto com a prescrição de um inibidor de bomba de prótons.

O uso conjunto desses medicamentos contra a azia, segundo os autores, pode reduzir o sangramento do trato gastrointestinal superior de 70% a 90% em pacientes que estão recebendo tratamento de longo prazo com aspirina. No entanto, a prescrição dos inibidores de bomba de prótons não são rotina. Entre os pacientes que participaram do estudo, só um terço recebia esse tipo de droga.

Médico:”Não existe nenhuma relação entre vacina e autismo”

Fernando Silva explica os reais riscos e benefícios da vacinação; mãe de autista conta seu lado

VINICIUS MENDES
DA REDAÇÃO

Grupos de pais que decidem não vacinar seus filhos estão crescendo no País.

Por falta de informação, eles acreditam que as vacinas trazem mais malefícios do que benefícios e podem fazer com que as crianças contraiam doenças ou até mesmo autismo.

Janielly Cássia Barbosa é mãe de uma criança autista. Ela afirma que tomou vacinas no período do pré-natal, mas não acredita na relação delas com o autismo.

“Quando tomei a vacina o bebê já estava pronto, porque eu só descobri que estava grávida aos cinco meses, só tomei as vacinas finais. Então como poderiam falar que foi a partir deste momento da vacina que meu filho ‘contraiu’ autismo se eu já descobri a gravidez tarde? Isso é contraditório nessa questão da vacina”, disse Janielly.

Ela afirma que já conhecia o boato da relação do autismo com as vacinas e que já chegou a acreditar nele.

Quando os pais falam de estudos que dizem que algumas vacinas podem levar ao autismo, tem que saber qual a base deste estudo. Eu nunca vi um estudo sério sobre isso, com um nível de evidência elevado”

“Meu filho tomou todas as vacinas, fez o teste do pezinho, fez todos os processos que uma criança recém-nascida deve fazer. Cheguei a achar que podia ter sido a vacina, mas hoje sei que não é, existem estudos que dizem que é genético. Até hoje eu ouço colegas falando que pode ser a vacina, que pode causar o autismo”, contou a mãe.

Ela acredita que este medo das vacinas vem do preconceito e da falta de informação das pessoas sobre o transtorno.

“A pessoa vê o autismo como um monstro ou como um bicho de sete cabeças, e nem sempre é assim. A relação que fazem entre a vacina e o autismo é ligada ao preconceito, à falta de informação. Veem o autista como uma pessoa fora da sociedade e não é por esse lado, eu como mãe, como educadora, sei que não é por esse olhar”, afirmou Janielly.

Este medo dos pais com relação às vacinas não está ligado somente ao autismo.

Muitos acreditam que as crianças vacinadas ficam mais propensas às doenças e que seus filhos não precisam de vacina para construir seus sistemas imunológicos.

Segundo o médico Fernando Antonio Santos e Silva, que atua na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Praeiro, em Cuiabá, podem sim existir efeitos colaterais às vacinas, mas o benefício é sempre maior que o risco.

“Pode haver algum efeito colateral, mas quando tem é um pouquinho de dor, dependendo pode dar febre, mas são reações esperadas da vacina, não é nada grave. O Ministério da Saúde não iria, de forma amadora, lançar vacinas que pudessem deixar as pessoas doentes ou com autismo”, afirma o doutor.

Quanto ao argumento de que a criança pode desenvolver seu sistema imunológico sozinha, o doutor diz que é possível, mas arriscado.

“A criança até pode criar imunização sozinha, mas a vacina é pra acelerar este processo, porque se depender da doença, às vezes quem pegou pode ficar com sequelas para o resto da vida”, disse o médico.

Ele afirmou que os grupos de pais que são contra a vacinação existem já há algum tempo e se baseiam em estudos que não são sérios.

“Isso já é de longa data. É muito em questão dos hábitos dos pais, às vezes eles tem um formação que não gosta de usar remédios, aí facilita pra eles terem este discurso. E quando os pais falam de estudos que dizem que algumas vacinas podem levar ao autismo, tem que saber qual a base deste estudo, qual o nível de evidências. Eu nunca vi um estudo sério sobre isso, com um nível de evidência elevado”, contou.

O médico também afirmou que não acredita, e nunca viu, algo que relacione a vacinação com o transtorno.

“Até onde eu conheça, nas literaturas científicas, não existe nenhuma relação com o autismo. Eu tomei vacina quando pequeno, tenho filhos e todos tomaram, ninguém ficou doente, nós não contraímos autismo, e meus pacientes também não”, disse.

Ele disse que, no Brasil, não existe uma obrigação legal dos pais para vacinar seus filhos e também explicou que esta prática, de não vacinar, é mais comum em classes mais altas, que não dependem do serviço público de saúde.

“Não existe nenhuma lei nem punição para quem não vacina, mas toda criança que vem na unidade a gente vê o cartão de vacina, e os agentes que fazem visitas nas casas também olham, e quando vemos que está atrasado nós cobramos, então quem utiliza os nossos serviços é difícil ficar sem vacinar. Você pode ver que a maioria destes pais que não vacinam seus filhos, normalmente, não frequentam o serviço público”, afirmou.

O médico explicou que o desenvolvimento das vacinas é feito baseado em muitos estudos e que até mesmo na hora da aplicação da vacina o processo é feito com muito cuidado.

“Toda vez que vai ser lançado um produto, têm estudos. Ninguém lança vacina de um dia para a noite, isso são anos fazendo e avaliando a relação do risco e do benefício. Em todas as vacinas você toma algumas precauções. Também na sala de vacina, o técnico que irá aplicar já está preparado para perguntar, para fazer uma triagem pra saber se a pessoa tem alguma contraindicação, alguma alergia a um ingrediente da vacina ou se não está com imunidade boa, pra saber se pode ou não ser vacinado”, explicou.

Fernando Silva diz que é arriscado não vacinar os filhos, já que além de colocar a própria criança em risco, também oferece perigo às pessoas em volta.

“Eu acredito que os pais têm o direito de decidir aquilo que eles julgam melhor para os filhos, porém não podem ser negligentes. E se seu filho ficar doente lá na frente? Você tem sua parcela de culpa. E isto também é perigoso porque se chega alguém doente em um lugar onde muita gente não está imune, começa a disseminar de forma rápida entre eles”, afirmou.

Algumas doenças já foram erradicadas no Brasil, graças à vacinação, como foi o caso da poliomielite e da varíola.

O Ministério da Saúde trabalha neste sentido. O órgão possui o Plano Nacional de Imunização (PNI), que oferece vacinas gratuitamente pela rede pública.

O médico afirmou que o papel dos servidores da saúde é este: garantir a saúde da população, sendo que a vacinação é uma ferramenta poderosa nesta ação.

“Nós aqui nas unidades de saúde, trabalhamos com prevenção de doenças e promoção de saúde. Minha recomendação aos pais é para levarem seus filhos à unidade de saúde mais próxima, manterem o calendário vacinal de seus filhos em dia, porque vacina é igual a saúde, e não há nenhum bem maior do que a saúde de nossos filhos”, disse.

Remédios sobem mais que o dobro da inflação em maio

Leda Antunes
do Agora

Embora a inflação de maio tenha sido a menor para o mês desde 2007, os gastos com saúde e cuidados pessoais pressionaram o orçamento das famílias.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, acumulou alta de 0,31% no mês passado, enquanto os medicamentos tiveram aumento de 0,82% no período.

A variação ainda é reflexo do aumento de 1,36% a 4,76% autorizado pelo governo para os remédios, que passou a valer em abril. Em 12 meses, os medicamentos têm alta de 5,78%. No ano, o aumento é de 3,92%.

Comissão debate uso de medicamentos e tecnologias para tratamento de doenças raras no SUS

A Comissão Especial de Inovação Tecnológica da Saúde realiza audiência pública nesta terça-feira (20) para debater a incorporação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de tecnologias e medicamentos no tratamento de doenças raras. O debate será realizado a pedido do deputado Hiran Gonçalves (PR-RR).

O parlamentar explica que o Ministério da Saúde reconhece como doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100.000 pessoas, ou seja, 1,3 pessoas para 2 cada 2.000 indivíduos.

Segundo o deputado, pacientes com doenças raras que enfrentam, em geral, graves dificuldades em sua vida, devido aos sintomas que sofre, e a dificuldade de encontrar tratamentos eficazes. “Com o avanço tecnológico, surgiram nos últimos anos possibilidades terapêuticas relevantes, mas em geral são medicamentos de alto custo e difícil acesso”.

Gonçalves acrescenta que, em 2014, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, que trouxe avanços. “Porém os serviços especializados em doenças raras ainda são poucos, e concentrados principalmente no Sudeste”, afirma.

Foram convidados para o debate representantes do Instituto Vidas Raras; do Ministério da Saúde; e da Associação Médica Brasileira (AMB).

O debate será realizado no plenário 16, às 14h30.

Da Redação – RL

Medicamento Perivasc é suspenso

Fábrica apresentou não-conformidades durante inspeção para verificação de Boas Práticas de Fabricação.

Publicado: 16/06/2017 11:45
Última Modificação: 16/06/2017 11:48

A Anvisa determinou a suspensão da importação, distribuição, comercialização e uso do medicamento Perivasc (diosmina + hesperidina). A formulação é utilizada no tratamento das manifestações da insuficiência venosa crônica, como varizes, sequelas de tromboflebites e úlceras varicosas.

A decisão, que consta na Resolução RE 1.592/2017, publicada nesta sexta-feira (16/6) no Diário Oficial da União, baseou-se nas não conformidades detectadas durante inspeção para verificação de Boas Práticas de Fabricação na empresa espanhola Kern Pharma, fabricante do medicamento. O produto é importado para o Brasil pela Eurofarma Laboratórios S.A. Por isso, a empresa deverá recolher os produtos que ainda existirem no mercado.