Pacientes brasileiros podem participar de pesquisa mundial sobre artrite reumatoide

10 de Março de 2018 Ray Santos

Trabalho avaliará aspectos que vão além das dificuldades clínicas e funcionais, mas que interferem na rotina do indivíduo acometido pela doença 

Os cerca de 2 milhões[1],[2] de brasileiros que sofrem de artrite reumatoide terão a oportunidade de participar de uma pesquisa internacional, que tem como objetivo, entender o impacto real da doença, com destaque para quatro aspectos fundamentais: trabalho, relacionamentos, atividades e aspirações.

Desenvolvida pela Eli Lilly, a iniciativa, denominada “A Artrite Reumatoide Importa”, possui perguntas que estimulam a discussão e incentivam ações sobre as questões que verdadeiramente importam e fazem diferença na rotina do indivíduo que sofre com a doença. Ao final do questionário, além de contribuir para um melhor entendimento da AR, o respondente poderá ter acesso e comparar as próprias respostas com as dos demais participantes.

“A partir dessa pesquisa, queremos elevar a expectativa do paciente sobre a vivência diária dele com a artrite reumatoide. O questionário traz aspectos importantes e práticos que podem elucidar os desafios reais enfrentados pelo indivíduo no dia a dia, que precisam ser revelados ao público em geral e compartilhados com o médico durante uma consulta”, explica Livia Firmino, Gerente Médica de Imunologia da Eli Lilly.

Esta é a segunda etapa da pesquisa, que já contou com 5 mil participantes em países da Europa e Canadá. Agora, pacientes do Brasil, Argentina, Colômbia, México, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Kuwait, Coréia do Sul e Taiwan poderão ter a oportunidade de participar da pesquisa por meio de uma plataforma que estimula a discussão sobre o que mais importa para o paciente com AR. 

Serviço 

Iniciativa: Pesquisa “A Artrite Reumatoide Importa”

Público: Pacientes com artrite reumatoide e médicos

Período: Disponível até o dia 30 de abril

Para participar, clique no link: https://livingwithra.az1.qualtrics.com/jfe/form/SV_88GfSmhNpOi1yip?Q_Language=PT-BR&s=l&m=w 

Sobre a artrite reumatoide

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica. A incidência aumenta com a idade e o maior pico é entre os 30 e 50 anos. O sexo feminino é o mais impactado, cerca de duas a três vezes em relação ao masculino. Sem tratamento, 20 a 30% dos acometidos pela enfermidade podem ficar permanentemente incapazes de realizar suas atividades após três anos do diagnóstico. Estima-se que a doença atinja cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.

Sobre a Eli Lilly and Company

A Lilly é uma organização global líder na área da saúde que une cuidado e descoberta para melhorar a vida das pessoas ao redor do mundo. Foi fundada há mais de um século por um homem comprometido com a criação de medicamentos de alta qualidade e hoje permanece sendo guiada por essa missão em tudo o que faz. Ao redor do mundo, funcionários Lilly trabalham para inovar e entregar medicamentos que mudem a vida daqueles que precisam, melhorando o entendimento e o tratamento de doenças, e servindo a comunidades com voluntariado e filantropia. Para saber mais sobre a Lilly, acesse www.lilly.com.br.

Vinicius Volpi

Tino | Relações Públicas

Agência de PR, marketing digital e especializada em qualidade de vida

+55 (11) 5049-1759/+55 (11) 97492-8040

Congresso apresenta novos medicamentos

Millena Grigoleti
Guilherme Baffi 9/3/2018

Dois medicamentos que podem ser importantes aliados no tratamento do câncer estão sendo apresentados no Encontro de Cancerologia do Interior Paulista e Simpósio de Mastologia, Oncologia e Imaginologia Mamária, que acontece até este sábado, 10, no Centro de Convenções da Famerp. O evento é organizado pela Funfarme/Hospital de Base.

O diferencial dos medicamentos são os poucos efeitos colaterais. "Bem mais brandos, não cai cabelo, não vomita, não cai imunidade, é bem menos tóxico", explica Gustavo Girotto, organizador do encontro e oncologista do Hospital de Base.

O pertuzumab funciona como uma chave que fecha a porta do câncer. "Ele aumentou a taxa de cura do câncer de mama de alto risco, é uma nova droga que está incorporada ao arsenal de quimioterapia no tratamento de câncer de mama localizado", fala Girotto.

A substância deve ser disponibilizada ainda no primeiro semestre de 2018 aos usuários do SUS para tratamento de tumores de mama com metástase (quando a neoplasia já se espalhou para outros locais do corpo além do original). De acordo com Gustavo, pesquisas apontam que o pertuzumab pode ser administrado também em cânceres que não se espalharam pelo corpo, mas por enquanto essa não é uma indicação do SUS.

O outro composto cuja ação foi debatida no evento é o nivolumabe. "É como se a gente desse uma espada para as nossas células de defesa e elas conseguissem reconhecer e agredir o tumor, consequentemente estabilizando e controlando a longo prazo", afirma. O medicamento foi liberado pela Anvisa para doença incurável e metastática de cabeça e pescoço, mas apenas para os usuários da rede privada. Para ir para o SUS, precisa da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).

Para chegar à aprovação das substâncias foram necessários diversos estudos. "Mundiais, que inclusive alguns nós temos disponíveis no Centro Integrado de Pesquisas do Hospital de Base para uso e convite de pacientes que tenham indicação. São 68 estudos nos mais diversos tipos de neoplasia e nos mais diversos cenários, tanto doença curável quanto incurável", fala.

A empresária Dulce Helena Augusto da Silva, de 56 anos, teve dois tumores. O primeiro foi diagnosticado em 2016 na mama direita e ela precisou fazer quimioterapia. "Cabelo caiu tudo. A quimioterapia já te dá depressão, você vai perdendo a força", afirma.

Dulce diz que ficou feliz quando soube que havia medicamentos com menos efeitos adversos entrando no mercado. "Fiquei muito feliz, era o que eu mais queria porque o mais doloroso é a quimioterapia. Não sei nem explicar o quanto é ruim, parece que tem outro corpo dentro da gente", diz ela.

Em 2017, ela teve outro tumor diagnosticado, mas mais brando. Fez cirurgia de retirada das mamas e também de reconstrução e agora faz tratamento de manutenção.

Capacita-Visa divulga calendário de cursos para 2018

São mais de 200 cursos oferecidos por diferentes entidades do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 09/03/2018 18:10
Última Modificação: 09/03/2018 18:14

Já está disponível o calendário 2018 do Capacita-Visa. São mais de 200 cursos oferecidos em diversas áreas de Vigilância Sanitária em todo o Brasil. Na programação estão disponíveis as informações sobre data, local e o nome da instituição responsável pelo curso.

O Programa de Formação e Aperfeiçoamento Profissional (Capacita-Visa), da Anvisa, é destinado a todos os trabalhadores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). O objetivo do projeto, que já completa três anos, é oferecer oportunidades de formação e desenvolvimento profissional em Vigilância Sanitária. Instituições de todo o Brasil estão participando em parceria com as vigilâncias dos estados.

Para saber quais cursos estão disponíveis e outras informações, como local e data, confira a Programação Integrada para Formação e Aperfeiçoamento Profissional do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Outras informações podem ser obtidas na página do programa Capacita-Visa ou pelo e-mail capacitavisa@anvisa.gov.br.

Nova fábrica do Estado vai produzir medicamentos para o SUS

10 de Março de 2018 Ray Santos

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) investirá R$ 82 milhões para a construção de um Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos em Maringá. A unidade vai produzir medicamentos para o sistema público, principalmente os utilizados no tratamento de câncer e de artrite reumatoide.

Essa é primeira planta industrial do Tecpar fora de Curitiba e os recursos para a obra são do Ministério da Saúde. O convênio para a liberação do valor foi assinado nesta sexta-feira (09) em solenidade que reuniu o governador Beto Richa e a vice-governadora Cida Borghetti, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.

O investimento representa mais um avanço para a área de pesquisa em saúde, e consolida o Tecpar como uma das principais instituições do país nesta área, disse Richa, destacando que o instituto vai produzir medicamentos que atualmente são importados pelo Brasil.

Ricardo Barros reforçou que o Tecpar irá produzir com qualidade os medicamentos que hoje são trazidos do exterior e que isso trará mais economia ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ele também destacou a importância do projeto para a região. Estamos investindo na consolidação do polo de medicamentos de Maringá, afirmou o ministro.

Prazo

Barros destacou que o prazo para a conclusão da obra é de dois anos, contados a partir da licitação, e que quando a planta estiver concluída o Ministério da Saúde repassará outros R$ 80 milhões para aquisição de equipamentos. A unidade será instalada em um terreno transferido pela prefeitura de Maringá ao Tecpar.

O instituto já atua na cidade há mais de trinta anos com um laboratório de análises e certificações para a indústria alimentícia, porém esta será a primeira unidade completa na cidade. Esta parceria demonstra a competência do Tecpar no Paraná e no Brasil, afirmou o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.

Transferência

A parceria entre Tecpar e Ministério da Saúde para produção destes medicamentos teve início no ano passado com a assinatura de um termo de compromisso para o fornecimento de seis medicamentos usados no tratamento de câncer e de artrite reumatoide.

Com a formalização da parceria, a empresa detentora da patente dos medicamentos faz a transferência tecnológica ao Tecpar para que o instituto produza os medicamentos para o SUS. O centro se constitui em uma nova plataforma tecnológica de produtos biológicos. O SUS passará a ser abastecido com produtos estratégicos por um laboratório público. Já a cidade se tornará um polo farmacêutico, com atração de empregos qualificados, afirmou o presidente do Tecpar, Júlio Felix.

Felix ressaltou que a entrega dos produtos ao SUS começa ainda neste mês porque o modelo legal da relação permite que no primeiro ano o instituto importe o produto do transferidor de tecnologia. Atuamos com tecnologia de última geração nessa área de saúde, com alto valor agregado. Estamos internalizando a produção no Brasil, afirmou.

O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, disse que o instituto trará mais desenvolvimento econômico para a cidade. Serão gerados mais de 150 empregos em Maringá, disse.

Novas plantas

A unidade de fill and finish em Maringá contará, em um primeiro momento, com uma fábrica de finalização de medicamentos biológicos, um centro de distribuição e o laboratório de Controle da Qualidade. Essa unidade, financiada pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo realizar a formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos produzidos pelo instituto. Nos próximos anos, novas plantas biológicas serão instaladas no local.

Três plataformas

Com fábrica de Maringá, o instituto passa a contar com três plataformas tecnológicas na área da saúde. As outras duas estão em Curitiba, onde está o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Imunológicos, no câmpus CIC; e em Ponta Grossa, que abriga o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Sintéticos, localizado no câmpus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Presenças

Também participaram da solenidade o diretor Industrial do Tecpar, Julio Salomão; o diretor de Administração e Finanças, José Ciro Costa de Assunção; o diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Reginaldo Joaquim de Souza; o deputado federal Edmar Arruda; os deputados estaduais Paulo Litro e Evandro Junior; a chefe do Estado-Maior da PM, coronel Aldilene da Rosa; e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), José Carlos Valêncio.

Assessoria de Comunicação
Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)
(41) 3316-3007 / (41) 2104-3355

Professor da Ulbra quer estudar os efeitos terapêuticos do Canabidiol

Fabricia Albuquerque 9 de março de 201810 de março de 2018

O neurologista e docente do curso de Medicina da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), doutor Jorge Luiz Wincler, um dos idealizadores da iniciativa, detalha uma série de dados sobre o tema e conta sobre os projetos que vem desenvolvendo para analisar o efeito de pastas e óleos à base de cannabis em pacientes com as mais diversas doenças.

1) Quais são os benefícios medicamentosos do uso do Canadibiol? São muitos, por exemplo, ao ser ministrado para pacientes com epilepsia refratária, que não respondem a nenhum medicamento existente, o canadibiol elimina em até 100% as convulsões. Em casos de pessoas com a Doença de Parkinson, ele ajuda a reduzir os distúrbios involuntários de movimento. Sem falar na inibição de náuseas provocadas pela quimioterapia, em pacientes com câncer, ou na redução da fadiga sentida por doentes com esclerose múltipla.

2) Como se obtém essa substância? Ela possui efeitos colaterais alucinógenos, como os da maconha? A cannabis sativa precisa ser depurada em laboratório para a extração do canadibiol e eliminação do THC (composto ativo da erva que confere propriedades alucinógenas à maconha). Apesar de ainda contar com alguns resíduos de THC, tanto o óleo como a pasta não possuem efeito psicotrópico, logo, não alteram o nível de consciência do paciente. Vale a pena lembrar que o nosso organismo produz uma molécula que possui efeitos semelhantes ao do canadibiol, mas em quantidade muito pequena para reduzir efetivamente o limiar da dor e controlar a ansiedade.

3) Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a prescrição de remédios à base de maconha, a produção desse tipo de medicamentos no Brasil passa por uma série de entraves, como o senhor percebe isso? A Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou a comercialização de medicamentos à base de canadibiol em 2016. Hoje, é possível encontrar no mercado pastas e óleos sintetizados a partir do composto ativo da maconha, mas o acesso a esse tipo de remédio ainda é muito restrito, pois é necessário importá-lo, o que aumenta o custo do tratamento no país. Um frasco de óleo de canadibiol chega a custar U$$ 250,00 dólares, um valor que afasta as camadas mais pobres da sociedade. Para que possamos deixar de importar e passar a fabricar esse tipo de medicamento, é necessário vencer uma série de preconceitos, entre eles a legalização da droga e sua descriminalização por parte do poder público.

4) O senhor está dizendo que a regulamentação do uso da maconha para uso medicinal e recreativo no Brasil é o que necessita ser aprovado para que o canadibiol passe a ser produzido em território nacional. Você acha que atualmente exista um ambiente propício para isso no País? Acho. Por que não? Se o Uruguai já produz, se o estado norte-americano da Califórnia já produz, por que não aqui? Mas isso é uma grande polêmica, pois a maconha sempre foi ilegal no Brasil, então é necessário fomentar o debate sobre o tema, e nisso a academia pode ajudar.

5) O uso do canadibiol é um tema recorrente nos congressos de Medicina realizados no Brasil? Nos encontros de neurologia é possível assistir a uma ou outra palestra sobre o assunto, mas o que queremos mesmo é promover um estudo mais aprofundado. O que almejamos, com o apoio de uma empresa norte-americana que produz óleo de canadibiol, é desenvolver um grupo de estudos sobre o uso da substância como medicamento. A nossa ideia é centralizar essa pesquisa aqui dentro do campus da Ulbra. Logo devemos submeter esse projeto para o comitê de ética da Universidade e, após sua validação, podemos iniciar testes com voluntários aqui e na região metropolitana de Porto Alegre.

6) Sobre o que o senhor vai falar no Congresso que ocorre na Universidade?

No dia 19 de março, pretendo apresentar um projeto para o desenvolvimento de um estudo clínico inédito sobre o efeito do canadibiol em pacientes com doença de Parkinson, uma iniciativa que concebi em parceria com o doutor Kelson James Almeida, neurologista e diretor técnico do CEIR (Centro Integrado de Reabilitação do Piauí).

Pesquisa da UFPI desenvolve bioproduto para tratamento do Câncer de Pele

Pesquisadores trabalham em projeto que objetiva encontrar menores efeitos adversos para o tratamento do melanoma

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí acabam de desenvolver um novo bioproduto que pode se tornar uma importante alternativa no tratamento do câncer de pele do tipo Melanoma. O melanoma é considerado uma das formas mais agressivas e letais de câncer, que se desenvolve a partir da transformação maligna dos melanócitos, células produtoras de melanina da pele.

O novo bioproduto é constituído por nanopartículas contendo o composto α-terpineol, uma substância natural obtida de várias plantas do gênero Pinus (pinheiro), e que possui várias atividades farmacológicas descritas, tais como analgésica, anti-inflamatória e antitumoral.

Os professores da UFPI, Dr. Anderson Nogueira Mendes (Pós-Graduação em Química-PPGQ) e o Dr. Juan Carlos Ramos Gonçalves (Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais-NPPM); e os alunos Felipe Alves Batista (doutorando do PPGQ) e Sabryna Brena Cunha Fontele (graduanda em Farmácia e bolsista ICV/UFPI), incorporaram o composto natural α-terpineol em nanopartículas poliméricas e realizaram a caracterização físico-química, avaliando o potencial antitumoral/anticancerígeno do novo bioproduto sobre células de melanoma, por meio de testes farmacológicos e toxicológicos. A pesquisa contou ainda, com a colaboração do Prof. Dr. João Marcelo de Castro e Sousa, pesquisador do Núcleo de Tecnologia Farmacêutica-NTF da UFPI.

Os pesquisadores realizaram, ainda, testes sobre células normais de macrófagos de camundongo e em animais como Artemia salina, com a finalidade de avaliar o perfil toxicológico das nanopartículas contendo α-terpineol. De acordo com os resultados apresentados, foi demonstrado que o novo bioproduto foi capaz de induzir a morte das células de melanoma, sem no entanto, interferir com a integridade das células normais avaliadas.

De acordo com os pesquisadores envolvidos no projeto, esses resultados foram de grande relevância. “O processo de síntese de nanopartículas e o encapsulamento de α-terpineol demonstrou-se um método viável para o desenvolvimento de uma nova droga anticancerígena, mais efetiva e com menores efeitos adversos para o tratamento do melanoma, em um futuro próximo”, explica o professor Dr. Juan Gonçalves.

Novo bioproduto está em processo de patenteamento

O desenvolvimento das nanopartículas contendo α-terpineol encontra-se em processo de patenteamento junto ao Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFPI (Nintec), o qual foi solicitado recentemente pelos professores Anderson Mendes e Juan Gonçalves.

“Com o patenteamento, há uma grande possibilidade de algumas empresas privadas buscarem a UFPI para negociação e investimento. No Brasil temos poucas empresas privadas investindo em pesquisa atualmente, e o nosso projeto tem potencial para fomentar o financiamento de bolsistas de iniciação científica e pós-graduandos, além de outros projetos de pesquisa, cujos insumos e equipamentos possuem elevado custo”, explica o professor Dr. Anderson Mendes.

Melanoma

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o melanoma constitui a causa de 75% de todas as mortes decorrentes de neoplasias que acometem a pele e tem como principal fator de risco a exposição excessiva à radiação solar UV, altamente incidente em estados do Nordeste do Brasil, como o Piauí. Apesar do grande avanço nos últimos anos, a quimioterapia do melanoma ainda é um processo bastante prejudicial para os pacientes, grande parte devido aos efeitos adversos produzidos pelos medicamentos disponíveis na terapêutica.

Sobre o projeto

O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do EDITAL 002/2016–PPSUS, o qual tem como objetivo realizar o planejamento, a síntese e a avaliação pré-clínica de bioprodutos nanoestruturados para o tratamento e prevenção do câncer de pele, sob a coordenação do Prof. Dr. Juan Gonçalves.

Programa Fazbem da AstraZeneca ganha novos conteúdos de crônicos

Última atualização 8 Março, 2018

A AstraZeneca, biofarmacêutica global, reformulou o site do Programa FazBem para que farmacêuticos, médicos e pacientes possam ter livre acesso a conteúdos completos com foco em prevenção, qualidade de vida e bem-estar. “Com a atualização, trazemos uma série de novidades em conteúdos e funcionalidades, oferecendo benefícios que vão muito além dos descontos em medicamentos”, explica Jorge Mazzei, diretor executivo de relações corporativas, regulatório e acesso ao mercado da AstraZeneca do Brasil.

A plataforma conta com novidades. A área de conteúdos sobre saúde feminina e oncologia, traz informações sobre câncer de mama, ovário, próstata, pulmão e outras doenças, além de vídeos com a participação do médico Drauzio Varella. Já a área de receitas recebe conteúdos assinados por uma nutricionista especializada, e conta com filtros que podem ser aplicados de acordo com a dieta e necessidade de cada paciente, que podem ir de alimentos sem glúten, lactose ou açúcar.

Desde 2008, o FazBem conta com mais de 680 mil membros ativos e mais de 28 mil farmácias cadastradas em todo o território nacional. Os descontos contemplam medicamentos das áreas de cardiometabólicos, respiratória, gástrico intestinal e depressão.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Tecpar receberá R$ 82 milhões

Redação

09/03/2018 às 02:00 – Atualizado em 09/03/2018 às 02:00

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assina junto ao Ministério da Saúde, hoje, às 15 horas no auditório Miguel Kfouri Neto, na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), o contrato de repasse de R$ 82 milhões para a obra do Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos, unidade do instituto voltada ao desenvolvimento de pesquisas e produção de medicamentos biológicos localizado em Maringá. A solenidade contará com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros, do governador Beto Richa e da vice-governadora Cida Borghetti.

A nova unidade do instituto será instalada em um terreno transferido pela prefeitura de Maringá ao Tecpar – o instituto já atua na cidade há mais de trinta anos. No ano passado, o Ministério da Saúde assumiu o Termo de Compromisso com o Tecpar para o fornecimento de seis medicamentos usados no tratamento de câncer e de artrite reumatóide.

No decorrer da parceria, explica o diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, a empresa detentora da tecnologia realiza a transferência de tecnologia total ao Tecpar para que o instituto passe então a produzir os medicamentos. "Esse novo centro em Maringá é importante para o Tecpar, por constituir a nova plataforma tecnológica de produtos biológicos do instituto, para o SUS, que será abastecido com produtos estratégicos para o país por laboratório público, e para a cidade, que se torna um pólo farmacêutico, com atração de empregos qualificados", destaca.

A unidade de fill and finish em Maringá contará, em um primeiro momento, com uma fábrica de finalização de medicamentos biológicos, um centro de distribuição e o laboratório de Controle da Qualidade. Essa unidade, financiada pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo realizar a formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos produzidos pelo instituto. Nos próximos anos, novas plantas biológicas serão instaladas.

Felix destaca que, com o campus de Maringá, o instituto passa a contar com três plataformas tecnológicas na área da saúde. As outras duas unidades estão em Curitiba, onde está o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Imunológicos, e em Ponta Grossa, onte está o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Sintéticos.

Dificuldades na adequação de deals estrangeiros podem dificultar operações no setor farmacêutico, diz advogada

De acordo com a segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a indústria farmacêutica atingiu um faturamento total de R$ 63,5 bilhões no Brasil em 2016. O documento, lançado em 14 de dezembro do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aponta que entre as 20 empresas com maior faturamento em 2016, oito são brasileiras, sendo duas do governo (Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Butantan).

As empresas que possuem registro para fabricação de produtos farmacêuticos estão distribuídas em 14 estados. A maior concentração registrada é em São Paulo, que detém 76,6% do faturamento no país. No Brasil, 52 grandes empresas de medicamentos detêm 83,1% do faturamento do mercado e 75,7% das apresentações vendidas. Esse número cresceu entre 2015 e 2016, o que demonstra um acirramento da competição de mercado entre essas companhias.

No campo das fusões e aquisições, as companhias que produziam medicamentos de referência passaram a adquirir as especializadas em genéricos, para diversificar o portfólio e como estratégia de negócio. Segundo Camila Martino Parise, consultora na área de Life Sciences do Pinheiro Neto Advogados, atualmente o movimento é inverso.

A consultora nota que há uma consolidação neste movimento de aquisições e ressalta ainda que a estrutura de atuação e de negócios das empresas fabricantes de remédios de referência é um pouco diferente da de genéricos. Por isso, a segregação das atividades pode acabar sendo uma tendência no segmento.

A advogada avista outro movimento que pode acontecer nos próximos anos, que é a aquisição de empresas que fabricam produtos farmacêuticos específicos e não linhas de negócios. “A indústria pode começar a adquirir pequenas farmacêuticas que desenvolveram um produto específico, como os de terapia genética”.

Desafios

Segundo a advogada, por vezes, há uma dificuldade na tropicalização do deal estrangeiro para cumprir as formalidades brasileiras. No Brasil, por exemplo, para transferir as peculiaridades de registro de uma empresa para outra, a companhia precisa da anuência da Anvisa.

A agência também é responsável por avaliar, aprovar e deferir um contrato, uma operação societária, uma compra ou uma venda de ativos. Após o deferimento, há um período de 90 dias para a titularidade entrar em vigor.

A transferência de titularidade estipula um prazo de 180 dias para que o produto seja comercializado. Após isso, a empresa pode comercializar o estoque que já estava no Brasil, mas não pode trazer produto novo com a rotulagem antiga.

“Toda essa logística de timing é bastante desafiadora. Olhando a estratégia fiscal e regulatória para evitar a paralisação das operações e como adequar o timing da operação lá de fora com a do Brasil são os principais gargalos que a gente enfrenta”, disse Camila.

Fazer uma auditoria regulatória dentro da empresa para analisar o histórico do produto, as informações apresentadas e como é feito o processo produtivo daquele medicamento é fundamental. A consultora do Pinheiro Neto também ressalta que é um desafio encontrar o melhor modelo societário, regulatório e fiscal, que seja interessante para a empresa. Ele varia muito de transação para transação e de acordo com a peculiaridade de cada produto.

Fonte: Lexis 360

Cimed registra crescimento de 30% em genéricos

Aproveitando o aumento do consumo de genéricos no Brasil, a farmacêutica Cimed, empresa que mais cresce nesse segmento, comemora o incremento de 30% em unidades vendidas nos últimos 12 meses, segundo dados do IQVIA, instituto que audita as vendas do varejo farmacêutico no mundo.

O levantamento do IQVIA mostrou ainda que a indústria de genéricos encerrou 2017 com crescimento de 11,78% nas vendas em unidades, bem acima do mercado farmacêutico total, que cresceu 5,73% em unidades no mesmo período.

O objetivo da empresa é seguir crescendo acima do mercado, assim como em 2017, quando a Cimed incrementou seu faturamento em 25% e chegou ao seu primeiro bilhão.

Perfil — A Cimed é a 4ª maior farmacêutica em unidades produzidas e tem como missão levar saúde e qualidade de vida para toda a população, oferecendo medicamentos com preço justo e uma operação rentável. Fundada em 1977, é uma empresa genuinamente brasileira e faturou R$ 1,030 bilhão em 2017. Com unidade fabril em Pouso Alegre (MG), contabilizou 315 milhões de unidades produzidas de 600 diferentes produtos de seu portfólio. O Grupo Cimed conta com 10 empresas, soma mais de 3 mil funcionários e possui um Centro de Distribuição próprio em São Sebastião da Bela Vista (MG), totalizando 25 centros de distribuição regionais que atendem mais de 52 mil pontos de vendas no país. Como parte de seu DNA campeão, a Cimed é patrocinadora oficial da Seleção Brasileira de Futebol e do técnico Tite, da Confederação Brasileira de Vôlei e conta com 5 pilotos correndo na equipe Cimed Racing da Stock Car.