Cliente de classe média e alta é maioria em atacarejos

Estadão Conteúdo
17.05.17 – 08h59

Os consumidores mais pobres e os donos de bares e restaurantes são minoria nas lojas de atacarejo, que misturam atacado com varejo e têm a proposta de vender alimentos e itens de higiene e limpeza a preços mais baixos do que nos hipermercados e supermercados. Esse tipo de loja, que antes era frequentado principalmente por pequenos comerciantes, que precisavam fazer compras de grandes volumes, passou por uma mudança de perfil nos últimos anos.

Com a crise, o atacarejo ganhou força nos últimos anos em relação aos hipermercados e supermercados. E, ao contrário do que se supunha, conseguiu conquistar consumidores pessoas físicas, especialmente de maior renda, que vão à loja comprar itens para uso próprio.

Pesquisa do instituto Data Popular para o Assaí, braço de atacarejo do Grupo GPA, revela que as famílias de menor renda, com ganhos médios mensais de até R$ 1,3 mil, respondem por 11% dos consumidores desse tipo de loja. Mais da metade dos clientes (54%) pertence aos lares com renda média mensal entre R$ 1,9 mil e R$ 3,6 mil. Famílias com renda mais alta, entre R$ 6,1 mil e R$ 17,3 mil, são 35%.

A pesquisa nacional, feita em outubro de 2016, com 10 mil pessoas, em mais de uma centena de lojas do Assaí, revelou também que os consumidores pessoas físicas são mais da metade da clientela.

Dorival Mata-Machado, sócio-diretor do Data Popular, explica que o objetivo foi conhecer o perfil dos clientes. Além da crise, que obrigou o brasileiro a economizar, ele atribui o aumento dos clientes de maior renda no atacarejo ao fato de esse tipo de loja reproduzir um supermercado comum, tanto nos volumes que podem ser comprados quanto na não obrigatoriedade de se filiar à loja, como ocorre nos clubes de compras.

“O atacado nasceu na periferia e, de fato, atendia às classes D e E. Mas o mercado veio mudando e o atacarejo atende a todas as classes”, diz o presidente do Assaí, Belmiro Gomes.

Fiado

Para Ricardo Roldão, presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço, a clientela predominante hoje nos atacarejos é das classes B e C. Já as famílias de menor renda também são abastecidas pelo modelo, mas indiretamente. Isso porque, segundo ele, os pequenos mercadinhos, que facilitam a compra vendendo muitas vezes fiado, se abastecem nas lojas de atacarejo.

Gomes, do Assaí, compara a mudança de perfil que houve no Brasil nos consumidores do atacarejo à que ocorreu nos Estados Unidos. Com a crise de 2008, os americanos procuraram o “cash and carry”, o modelo correspondente ao atacarejo no Brasil. E, depois que a economia melhorou, não deixaram de frequentar esse tipo de loja.

Esse desejo é confirmado pela pesquisa do Data Popular que mostra que 56% dos entrevistados passaram a fazer compras no atacarejo por causa da crise. E quase a totalidade deles (98%) não pretende deixar de frequentar este tipo de loja, quando a economia melhorar.

Atento à tendência, Gomes conta que, em 2017, o GPA vai converter de 15 a 20 hipermercados em atacarejo. O impacto da conversão na receita deve ser significativo. Em 2016, em duas lojas de hipermercados convertidas, o faturamento cresceu 2,5 vezes. A maioria da 28 novas lojas de atacarejo previstas pelo GPA para este ano será fruto de conversões.

Gomes não revela quanto pretende investir nas conversões nem no novo modelo de loja de atacarejo, com área útil de vendas e pé direto que são o dobro das lojas atuais do setor. Mas o executivo explica que, como as lojas maiores dispensam os centros de distribuição, é possível reduzir custos de logística entre 3% e 5%. Isso permite ter preços ainda menores.
Segundo a consultoria Nielsen, os preços no atacarejo hoje são 15% menores em relação ao varejo tradicional, diz Gomes.

“O modelo de grandes lojas de hipermercados está sendo questionado no mundo todo e no Brasil por causa do atacarejo”, afirma a responsável pela área de atacado e varejo da Nielsen, Daniela Toledo. Em 2016, a receita do segmento cresceu 11,3%, enquanto a dos hipermercados caiu 7,4%, aponta.

O bom desempenho do setor provoca mudanças nos planos também dos atacadistas tradicionais. Emerson Destro, presidente da Abad, que reúne os atacadistas que vendem só para varejistas, diz que seu segmento está expandindo para o atacarejo. Sua empresa, por exemplo, vai abrir duas lojas no modelo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Verdemar entre as 50 maiores do País

Poni, fundador da rede, acompanha de perto a empresa que, em 2016, faturou R$ 664,8 milhões

Thaíne Belissa
Uma mistura de talento, coragem e um pouco de sorte. Foi assim que o empresário mineiro Alexandre Poni construiu, em Belo Horizonte, o Verdemar, uma rede de supermercados – hoje com nove lojas e entre as 50 maiores do setor – que faturou R$ 664,8 milhões em 2016 e que não para de crescer. Para este ano, a estimativa é alcançar receita de R$ 830 milhões, expansão de 25%.

Sem muita cerimônia para falar da própria história, que envolveu uma infância relativamente simples e muito “malabarismo financeiro” para começar um negócio, o empresário compartilhou aprendizados de sua trajetória, durante almoço realizado, no início desta semana, pela Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na região Centro-Sul da Capital.

Apesar de ser tratado como empresário por onde vai, Poni confessa não gostar muito do termo. Para ele, sua atuação é, sobretudo, como comerciante. Mesmo após construir uma rede bem estruturada e com mais de 3 mil funcionários, o sócio-fundador faz questão de passear pelos corredores das lojas, observar o comportamento dos clientes e pensar em constantes inovações para as gôndolas. “Sou uma daquelas histórias de gente que montou um negócio do nada e que acreditou muito no que estava fazendo. Mas sou comerciante: gosto mesmo é de estar nas lojas no meio dos clientes”, disse.

A relação do executivo com o comércio começou ainda na infância, quando ele ajudava a mãe a vender frango abatido na hora. Mais tarde, ele convenceu a família a ampliar o negócio, abrindo uma mercearia na garagem de casa, onde também começou a vender frios fatiados. O garoto que cresceu ouvindo sobre vendas, diferenciação de produto e lucro acabou indo para a faculdade de administração, onde o empreendedorismo o perseguiu.

“Na faculdade, conheci o Halisson, que hoje é o meu sócio. Ele me fez uma proposta de vender queijo de Guanhães de padaria em padaria em Belo Horizonte e aceitei”, relata. Pouco tempo depois Poni acabou comprando uma camionete, dando sequência à venda de queijos por conta própria. “Ao mesmo tempo em que fazia faculdade, eu viajava de um lado para o outro transportando cerca de 3 mil quilos de queijo por semana”, disse. Seu primeiro degrau na trajetória de empreendedorismo se deu em 1992, quando trocou um carro por uma padaria.

Mas a semente do Verdemar só seria lançada no ano seguinte, quando comprou quase “forçado” uma mercearia no bairro São Pedro, na região Centro-Sul da Capital. “Um corretor me perguntou se eu não queria comprar a mercearia e eu disse que não tinha dinheiro. Como ele insistiu fui até lá ver e fiz uma proposta daquelas bem cheia de condições e que eu tinha certeza que não iam aceitar. Acabaram aceitando”, lembrou.

Como ele não tinha dinheiro suficiente, fez sociedade com um amigo, que entrou no negócio com um carro, e o com o atual sócio, Halisson Moreira, que participou com uma linha telefônica que tinha em casa e que tinha bastante valor na época. Hoje, aos 24 anos, o Verdemar é uma rede de nove supermercados que continua crescendo mesmo em tempo de crise. A expectativa de crescimento para 2017 é de 25% em relação ao ano passado. Este ano, a rede ainda inaugurará três unidades, sendo uma no bairro Serra e uma no shopping Pátio Savassi, na região Centro-Sul, e uma no bairro Castelo, na Pampulha.

Coragem – A coragem para enfrentar oportunidades inusitadas acabou se tornando uma constante na trajetória de Poni. Quando lançaram o Verdemar, ele e o sócio ficaram conhecidos como compradores de oportunidade, pois na época da inflação, eles iam de supermercado em supermercado comprar produtos em oferta, deixando o mix da loja mais diversificado. Quando fez a primeira expansão para a avenida Nossa Senhora do Carmo, na região Centro-Sul da Capital, o empresário também precisou de coragem para inovar no segmento e colocar um estacionamento com manobrista. “O Verdemar é um conceito de coisas boas que vejo por aí. Vou copiando e melhorando as ideias que me inspiram dentro e fora do País”, disse.

Outro momento que exigiu ousadia do empresário foi em 2013, quando ele abriu a filial do bairro Buritis, também na região Centro-Sul. Poni disse que a unidade não deu retorno no tempo esperado e muitos o aconselharam a embarcar nas promoções e na venda de produtos mais baratos, fugindo do padrão adotado pelo empreendimento até então. “A região era formada pelos chamados ‘filhos da Zona Sul’, então eram pessoas que estavam começando a vida e ainda não tinham muito dinheiro. Eu não cedi às propostas de mudar o perfil da loja e insisti que precisávamos manter nossa identidade. Fizemos um trabalho de manter os produtos lá o máximo que pudéssemos e, quando o prazo de validade se aproximava, nós transferíamos para a loja da Nossa Senhora do Carmo, onde o fluxo de venda era maior. Hoje, a unidade vai muito bem, é a terceira maior da rede”, disse.

O empresário também chamou a atenção para a preocupação da empresa com a sustentabilidade. A rede é uma das poucas que não fornece sacolas plásticas para os clientes. Poni acredita que essa é apenas uma pequena ação dentro de um universo grande e cheio de demandas, mas ele está convicto de que a rede faz sua parte na construção de uma cultura em torno da sustentabilidade. “Semana passada, nós abrimos a primeira operação na Pampulha, que é praticamente outra cidade dentro de Belo Horizonte. Vi que os clientes estranharam o fato de não fornecermos as sacolas e fiquei um pouco apreensivo, mas nós não vamos abrir mão: isso faz parte da nossa identidade”, frisou.

Carrefour investe em ações para aproximar ainda mais a marca do consumidor

por Redação Criativa – 17/05/2017 20:30

Nossa rede de lojas está espalhada por todo o país com as bandeiras Carrefour.

Com mais de 360 mil colaboradores, o Grupo Carrefour está presente na vida de mais de 100 milhões de consumidores da Europa, Ásia e América Latina.

Nossas lojas

Há mais de 40 anos no Brasil, o Carrefour possui lojas nos formatos Carrefour Hipermercado, Carrefour Bairro, Carrefour Express, Carrefour Drogaria, Carrefour Posto, Atacadão e Supeco.

Nossa rede de lojas está espalhada por todo o país com as bandeiras Carrefour Hipermercado, Carrefour Bairro, Carrefour Express, Carrefour Drogaria, Carrefour Posto, Atacadão e Supeco.

Cliente de classe média e alta é maioria em atacarejos, conhecidos por preço baixo

Hoje, famílias com renda mensal de até R$ 1,3 mil respondem por 11% da clientela, enquanto as de classes mais altas já representam 35%, diz pesquisa

Márcia De Chiara, O Estado de S.Paulo

17 Maio 2017 | 05h00

Os consumidores mais pobres e os empreendedores são minoria nas lojas de atacarejo, que misturam atacado com varejo e têm a proposta de vender alimentos, itens de higiene e limpeza com preços mais em conta do que nos hipermercados. Inicialmente, esse tipo de loja atraía predominantemente os pequenos empreendedores, como pizzaiolos, “dogueiros”, por exemplo, que conseguiam comprar grandes volumes de insumos para os seus negócios com preços menores.

Mas, com a crise, o atacarejo ganhou força nos últimos anos em relação aos hipermercados e supermercados. E, ao contrário do que se supunha, conseguiu conquistar consumidores pessoas físicas, especialmente de maior renda, que vão à loja comprar itens para uso próprio.

Pesquisa do instituto Data Popular para o Assaí, braço de atacarejo do Grupo GPA, revela que as famílias de menor renda com ganhos médios mensais de até R$ 1,3 mil respondem por 11% dos consumidores desse tipo de loja. Mais da metade dos clientes (54%) pertencem aos lares com renda média mensal entre R$ 1,9 mil e R$ 3,6 mil. Famílias com renda mais alta, entre R$ 6,1 mil e R$17,3 mil, são 35%.

A pesquisa nacional, feita em outubro de 2016 com 10 mil pessoas em mais de uma centena de lojas do Assaí, revelou também que os consumidores pessoas físicas são mais da metade da clientela.

Dorival Mata-Machado, sócio-diretor do Data Popular, explica que o objetivo foi conhecer o perfil dos clientes. Além da crise, que obrigou o brasileiro a economizar, ele atribui o aumento dos clientes de maior renda no atacarejo ao fato de esse tipo de loja reproduzir um supermercado comum, tanto nos volumes que podem ser comprados como na não obrigatoriedade de se filiar à loja, como ocorre nos clubes de compras.

“O atacado nasceu na periferia e, de fato, atendia às classes D e E. Mas o mercado veio mudando e o atacarejo atende a todas as classes”, diz o presidente do Assaí, Belmiro Gomes.

Fiado. Para Ricardo Roldão, presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço, a clientela predominante hoje nos atacarejos é das classes B e C. Já as famílias de menor renda também são abastecidas pelo atacarejo, mas indiretamente. Isso porque, segundo ele, os pequenos mercadinhos, que facilitam a compra vendendo muitas vezes fiado, se abastecem nas lojas de atacarejo.

Gomes, do Assaí, compara a mudança de perfil que houve no Brasil nos consumidores do atacarejo à que ocorreu nos Estados Unidos. Com a crise de 2008, os americanos procuraram o “cash and carry”, o modelo correspondente ao atacarejo no Brasil. E, depois que a economia melhorou, não deixaram de frequentar esse tipo de loja.

Esse desejo é confirmado pela pesquisa do Data Popular que mostra que 56% dos entrevistados passaram a fazer compras no atacarejo por causa da crise. E quase a totalidade deles(98%) não pretende deixar de frequentar este tipo de loja, quando a economia melhorar.

Atento a essa tendência, Gomes conta que, em 2017, o GPA vai converter de 15 a 20 hipermercados em atacarejo. O impacto da conversão na receita deve ser significativo. Em 2016, em duas lojas de hipermercados convertidas, o faturamento cresceu 2,5 vezes. A maioria da 28 novas lojas de atacarejo previstas pelo GPA para este ano será fruto de conversões.

Gomes não revela quanto pretende investir nas conversões nem no novo modelo de loja de atacarejo, com área útil de vendas e pé direto que são o dobro das lojas atuais de atacarejo. Mas o executivo explica que, como as lojas maiores dispensam os centros de distribuição, é possível reduzir custos de logística entre 3% e 5%. Isso permite ter preços ainda menores.

Segundo a consultoria Nielsen, os preços no atacarejo hoje são 15% menores em relação ao varejo tradicional, diz Gomes.

“O modelo de grandes lojas de hipermercados está sendo questionado no mundo todo e no Brasil por causa do atacarejo”, afirma a responsável pela área de atacado e varejo da Nielsen, Daniela Toledo. Em 2016, a receita do atacarejo cresceu 11,3%, enquanto a dos hipermercados caiu 7,4%, aponta.

O bom desempenho do atacarejo provoca mudanças nos planos também dos atacadistas tradicionais. Emerson Destro, presidente da Abad, que reúne os atacadistas que vendem só para varejistas, diz que seu segmento está expandindo para o atacarejo. Sua empresa, por exemplo, vai abrir duas lojas de atacarejo.

Os consumidores mais pobres e os donos de bares e restaurantes são minoria nas lojas de atacarejo, que misturam atacado com varejo e têm a proposta de vender alimentos e itens de higiene e limpeza a preços mais baixos do que nos hipermercados e supermercados. Esse tipo de loja, que antes era frequentado principalmente por pequenos comerciantes, que precisavam fazer compras de grandes volumes, passou por uma mudança de perfil nos últimos anos.

Com a crise, o atacarejo ganhou força nos últimos anos em relação aos hipermercados e supermercados. E, ao contrário do que se supunha, conseguiu conquistar consumidores pessoas físicas, especialmente de maior renda, que vão à loja comprar itens para uso próprio.

Pesquisa do instituto Data Popular para o Assaí, braço de atacarejo do Grupo GPA, revela que as famílias de menor renda, com ganhos médios mensais de até R$ 1,3 mil, respondem por 11% dos consumidores desse tipo de loja. Mais da metade dos clientes (54%) pertence aos lares com renda média mensal entre R$ 1,9 mil e R$ 3,6 mil. Famílias com renda mais alta, entre R$ 6,1 mil e R$ 17,3 mil, são 35%.

A pesquisa nacional, feita em outubro de 2016, com 10 mil pessoas, em mais de uma centena de lojas do Assaí, revelou também que os consumidores pessoas físicas são mais da metade da clientela.

Dorival Mata-Machado, sócio-diretor do Data Popular, explica que o objetivo foi conhecer o perfil dos clientes. Além da crise, que obrigou o brasileiro a economizar, ele atribui o aumento dos clientes de maior renda no atacarejo ao fato de esse tipo de loja reproduzir um supermercado comum, tanto nos volumes que podem ser comprados quanto na não obrigatoriedade de se filiar à loja, como ocorre nos clubes de compras.

“O atacado nasceu na periferia e, de fato, atendia às classes D e E. Mas o mercado veio mudando e o atacarejo atende a todas as classes”, diz o presidente do Assaí, Belmiro Gomes.

Fiado. Para Ricardo Roldão, presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço, a clientela predominante hoje nos atacarejos é das classes B e C. Já as famílias de menor renda também são abastecidas pelo modelo, mas indiretamente. Isso porque, segundo ele, os pequenos mercadinhos, que facilitam a compra vendendo muitas vezes fiado, se abastecem nas lojas de atacarejo.

Gomes, do Assaí, compara a mudança de perfil que houve no Brasil nos consumidores do atacarejo à que ocorreu nos Estados Unidos. Com a crise de 2008, os americanos procuraram o “cash and carry”, o modelo correspondente ao atacarejo no Brasil. E, depois que a economia melhorou, não deixaram de frequentar esse tipo de loja.

Esse desejo é confirmado pela pesquisa do Data Popular que mostra que 56% dos entrevistados passaram a fazer compras no atacarejo por causa da crise. E quase a totalidade deles (98%) não pretende deixar de frequentar este tipo de loja, quando a economia melhorar.

Atento à tendência, Gomes conta que, em 2017, o GPA vai converter de 15 a 20 hipermercados em atacarejo. O impacto da conversão na receita deve ser significativo. Em 2016, em duas lojas de hipermercados convertidas, o faturamento cresceu 2,5 vezes. A maioria da 28 novas lojas de atacarejo previstas pelo GPA para este ano será fruto de conversões.

Gomes não revela quanto pretende investir nas conversões nem no novo modelo de loja de atacarejo, com área útil de vendas e pé direto que são o dobro das lojas atuais do setor. Mas o executivo explica que, como as lojas maiores dispensam os centros de distribuição, é possível reduzir custos de logística entre 3% e 5%. Isso permite ter preços ainda menores.

Segundo a consultoria Nielsen, os preços no atacarejo hoje são 15% menores em relação ao varejo tradicional, diz Gomes.

“O modelo de grandes lojas de hipermercados está sendo questionado no mundo todo e no Brasil por causa do atacarejo”, afirma a responsável pela área de atacado e varejo da Nielsen, Daniela Toledo. Em 2016, a receita do segmento cresceu 11,3%, enquanto a dos hipermercados caiu 7,4%, aponta.

O bom desempenho do setor provoca mudanças nos planos também dos atacadistas tradicionais. Emerson Destro, presidente da Abad, que reúne os atacadistas que vendem só para varejistas, diz que seu segmento está expandindo para o atacarejo. Sua empresa, por exemplo, vai abrir duas lojas no modelo.

APAS consegue vitória para o setor e Projeto de Lei é arquivado em São José do Rio Preto

Na última quinta-feira, 11 de maio, o vereador de São José do Rio Preto, José Carlos Marinho, pediu a retirada e arquivamento do Projeto de Lei nº 04/2017, que obrigaria os supermercados da cidade a terem um leitor que aumentasse o tamanho das escritas em embalagens à venda ao consumidor, sob pena de multa e, no caso de reincidência, da não emissão do alvará de licenciamento.

A APAS, por meio da área de Assuntos Regulatórios, agradece o apoio da diretoria, em especial do diretor regional Marcos Rogetta, que foram essenciais para essa vitória do setor supermercadista.

Para o conhecimento de outras normas legais, o associado deve acessar o Portal APAS, clicar na aba “Mundo APAS” e depois em “Consultoria e Gestão”. Na sequência, basta rolar a página até “Gestão de Assuntos Regulatórios” e clicar em “Radar-Consulte nossos processos”.

Resende ganhará unidade de rede de hipermercados

Resende – O comércio de Resende, em especial o setor alimentício, vai ganhar um reforço de peso. A rede de Supermercados Atacadão SA, que pertence ao grupo Carrefour, acaba de anunciar sua vinda para o município.

Na semana passada, representantes da empresa entraram com o pedido de licença para iniciar as obras de construção do prédio e protocolam um pedido de enquadramento na Lei Municipal 2.545/ 2005, conhecida como Reseinvest. A previsão é que o investimento comece a funcionar em dezembro, gerando 650 empregos: 250 diretos e 400 indiretos.

De acordo com o secretário municipal de Indústria, Tecnologia, Serviços e Turismo, Raphael Gattás, que se reuniu na última sexta-feira, dia 12, com o representante da construtora responsável pela obra, Otacílio Leôncio, e com o empresário Pedro Meohas, da Agex Gestão Empresarial, para tratar do assunto, cerca de 70 por cento da mão de obra a ser contratada deverá ser de trabalhadores do município.

– Esta é uma contrapartida da empresa por ela se beneficiar do Reseinvest, que é uma lei municipal de atração de investimentos, destinada a fomentar o desenvolvimento econômico e social da nossa cidade, através da concessão de benefícios fiscais, como isenção de IPTU e ISTI – explicou Raphael Gattás, lembrando que a vinda de um hipermercado para o município, além de representar mais uma opção de compra para a população, também vai fomentar a concorrência entre os estabelecimentos já instalados na cidade, melhorando consequentemente os serviços oferecidos.

Localização

De acordo com o representante da empresa responsável pelas obras, o hipermercado, que será instalado na Avenida Francisco Fortes Filho (via do Acesso Oeste), na Grande Alegria, terá aproximadamente 20 mil metros de área, com investimento de cerca de R$ 20 milhões. A construção deverá ser iniciada em julho e o Atacadão poderá iniciar suas operações até dezembro.

População ainda consome alimento impróprio vendidos em comercio.

16/05/2017 06:29:00 RadioWeb MS

Diversos produtos, maioria de origem animal estavam sem condições de consumo.

Campo Grande(MS) – Quatro toneladas de mercadorias impróprias para o consumo foram apreendidas em açougues e supermercados do interior de Mato Grosso do Sul, durante ação conjunta de fiscalização. As apreensões ocorreram em estabelecimentos de Eldorado, Itaquiraí e Mundo Novo, cidades localizadas na região Sul do Estado. De acordo com a Policia Civil, a fiscalização foi realizada durante toda a semana passada e resultados foram divulgados na segunda-feira dia 5 de Maio.

De acordo com a delegacia do consumidor – DECON, a ação foi a preventiva e de repressão à venda de produtos impróprios para o consumo ou em desacordo com a legislação sanitária. Foram recolhidas e destruídas mercadorias de origem animal, vegetal e perecíveis em geral que apresentavam irregularidades, como armazenamento inadequado, temperatura em desconformidade com as normas sanitárias, ausência de registro de inspeção sanitária e abate clandestino.

Participaram da movimentação a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vigilância Sanitária Estadual e Municipal e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Da redação

Ação apreende 4 toneladas de produtos animal e vegetal impróprios para consumo em MS

Polícia Civil, Iagro, Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizaram açougues e supermercados.

Por G1 MS

15/05/2017 12h45

Supermercados e açougues em Eldorado, Itaquiraí e Mundo Novo, no sul de Mato Grosso do Sul, foram alvos de uma ação contra irregularidades no armazenamento e venda de produtos perecíveis. Cerca de 4 toneladas de produtos de origem animal, vegetal e perecíveis em geral foram apreendidas, segundo divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (15).

As mercadorias apresentavam irregularidades como, por exemplo, armazenamento inadequado, temperatura inadequada, falta de registro de inspeção sanitária e abate clandestino, entre outros problemas.

A ação foi realizada pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), Iagro, Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entre os dias 8 e 12 de abril.

Os produtos apreendidos foram incinerados porque estavam impróprios para consumo.

Homem de confiança de Abilio deixa Carrefour

Ex-Via Varejo, Antonio Ramatis era diretor darede de varejo desde que empresário comprou fatia da operação local

Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo

15 Maio 2017 | 23h19

Um dos nomes ligados ao empresário Abilio Diniz deixou a operação brasileira do Carrefour. O executivo Antonio Ramatis, que já foi presidente da Via Varejo – dona das redes de eletrodomésticos Casas Bahia e Ponto Frio –, na época em que o empresário ainda estava no Grupo Pão de Açúcar, estava à frente da vice-presidência comercial do Carrefour.

O executivo atuava na operação brasileira do Carrefour havia pouco mais de dois anos. Ele assumiu o cargo em março de 2015, três meses depois de Abilio anunciar a compra de 10% da operação local do Carrefour, por R$ 1,8 bilhão.

Depois de fazer um acordo para deixar a sociedade do GPA, após longa e pública briga societária com o Casino, Abilio decidiu apostar suas fichas no Carrefour – justamente o principal rival de seu antigo sócio.

Segundo fontes, considerado um homem de confiança do empresário, Ramatis foi uma das pessoas que incentivaram Abilio a investir na rede francesa. O negócio foi feito por meio da empresa de investimentos da família Diniz, a Península.

Capitalizado, além de ter garantido uma fatia relevante da operação nacional, que hoje é de 12%, Abilio também foi às compras na França e hoje é um dos principais acionistas da operação global do Carrefour depois de sucessivas aquisições de papéis da rede em Bolsa.

Estreia na Bolsa. Líder do mercado brasileiro de alimentação, o Carrefour se prepara para outro grande projeto: a abertura de capital na bolsa paulista, a B3. Segundo operadores de mercado, o movimento da varejista deverá ser o maior IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) brasileiro em 2017.

A aposta do mercado financeiro é que a operação fique para o segundo semestre, para que a rede tenha tempo de apresentar bons resultados, à medida que a economia dá os primeiros sinais da recuperação.

As vendas nas lojas abertas há mais de um ano do Carrefour tiveram alta de 5,6% no primeiro trimestre – o Grupo Pão de Açúcar, segundo colocado do setor, atingiu o mesmo resultado . Após um período de ajustes em sua operação, o GPA divulgou que sua receita subiu 9,5% de janeiro a março, para R$ 10,553 bilhões. Os resultados de ambas as redes têm sido puxados pelas operações de atacarejo.

Procurado, o Carrefour afirmou que a saída de Ramatis se deu “em comum acordo” entre a companhia e o executivo. “A empresa agradece ao executivo por sua contribuição durante os dois anos de sua atuação”, disse, em nota.

A Península, empresa de investimentos de Abilio, não quis comentar a saída de Ramatis. O Estado entrou em contato com o executivo, mas não conseguiu falar com ele ontem.

Supermercado é interditado após apreensão de mais de 2 toneladas de alimentos, em Goiânia

Dono do estabelecimento é autuado pela Decon por comercializar produtos impróprios para consumo. Procon relata itens vencidos, formigas e suspeitas de ratos no local.

Por Vanessa Martins, G1 GO

15/05/2017 16h34

A Vigilância Sanitária de Goiânia interditou o Supermercado Vieira após apreensão de quase 2,4 toneladas de alimentos impróprios para o consumo no local, nesta segunda-feira (15). A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás) encontrou carnes, pães e leites armazenados de forma imprópria além de vários produtos vencidos.

O dono do estabelecimento, que não teve a identidade divulgada, foi autuado por comercializar produtos impróprios para o consumo na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Godinho, informou que a pena varia ente 2 e 5 anos de prisão, no entanto, foi arbitrada fiança de R$2.811. O valor foi pago e ele responde ao processo em liberdade.

Procurado pelo G1, o advogado do empresário, Artêmio Picanço, afirmou que todos os produtos apreendidos têm nota fiscal e estão aptos para o consumo. Ele alega ainda que a fiscalização não deu oportunidade ao Supermercado de realizar perícia em laboratório credenciado para provar que os alimentos poderiam ser consumidos.

Apreensão

O gerente de fiscalização do Procon Goiás, Marcos Rosa, explicou que uma denúncia anônima foi feita por um cliente do estabelecimento, que informou que havia produtos vencidos nas prateleiras. Fiscais do órgão fizeram um monitoramento do local e, durante operação, encontraram mais problemas.

“Nos surpreendeu porque, ao chegar ao estabelecimento, na área principal, aparentemente estava dentro das normalidades. Quando adentramos área de estoque e panificadora nos deparamos com várias irregularidades. Produtos usados para fabricação de pães em contato direto com o chão, formigas, vestígios da presença de ratos, além de carnes sem informação da procedência, validade ou fabricação”, destacou.

Ainda segundo Rosa, o estabelecimento pode pagar multa que varia entre R$ 596 até R$ 8 milhões, dependendo do porte econômico da empresa, da gravidade da situação, que nesse caso foi considerado gravíssimo pelo Procon por envolver produtos alimentícios, e se o estabelecimento é reincidente ou não.

Interdição

A coordenadora de fiscalização de alimentos da Vigilância, Tânia Agostinho, explicou que o estabelecimento foi fechado por tempo indeterminado. “A estrutura física do local não comporta a atividade. Muitos produtos fora da temperatura adequada, equipamentos se higiene, fora da conformidade, sem sanitários apropriados, venenos para ratos e até produtos com ácaro”, detalhou.

O órgão fez um pedido ao estabelecimento de que apresente e realize um novo projeto arquitetônico com detalhes sobre fluxo de pessoas, colocação dos produtos e outros detalhes. Segundo Tânia, após a execução do planejamento, deve ser feita nova análise no local, se for aprovado, pode ser reaberto.