Sem medicamentos nos postos, pacientes recorrem às farmácias populares

Remédios de hipertensão estão em falta há meses em Itapetininga (SP). Prefeitura orienta população a procurar farmácias privadas que distribuem essa medicação gratuitamente.

Por G1 Itapetininga e Região

20/05/2017 17h47

Pacientes reclamam da falta de medicamentos em postos de Itapetininga

Remédios para o tratamento de doenças crônicas estão em falta há meses nos postos de saúde de Itapetininga (SP), afirmam pacientes. Os medicamentos de uso contínuo são distribuídos de graça nos postos para a população em geral. Mas não tem sido assim para a Izaura Seabra da Silva, de 86 anos.

A filha da aposentada conta que desde dezembro não consegue pegar a losartana, remédio que a mãe toma diariamente para a hipertensão. "Dizem que vai chegar, mas não explicam o porquê está em falta. Esses dias eu liguei e disseram que a losartana não ia vir mais porque perderam o vínculo, mas não entendi o que é isso", conta Silvana Lúcia da Silva.

Em nota, a prefeitura informa que a losartana está disponível para retirada em farmácias populares . A opção de buscar remédios na farmácia popular, onde também são distribuídos gratuitamente, esbarra no problema de que somente o próprio paciente pode retirar a medicação.

"Eu não posso andar, ando dentro de casa com bengala, meu fêmur está quebrado. Para eu conseguir pegar remédio na farmácia popular, eu tenho que pagar táxi", explica Izaura.

Na semana passada, a aposentada foi informada de que o remédio que usa para o tratamento do hipotiroidismo também está em falta. Na UBS Genefredo Monteiro, região central, onde Izaura é atendida, a enfermeira responsável confirmou a falta de medicamentos para hipertensão à TV TEM.

Segundo ela, os pacientes que precisam da medicação são orientados a procurarem a farmácia popular. Sobre o remédio para a tireoide, a funcionária disse que houve um desabastaecimento e ele também está em falta; ela não soube dizer quando a situação será normalizada.

Meses sem remédios

No posto de saúde da Vila Rio Branco também faltam medicamentos. Eliana Camois foi até lá buscar remédios de hipertensão para o seu marido, que está há pelo menos três meses sem a medicação. "Eles dizem que não tem e isso está ficando difícil, o posto tem obrigação de ter os medicamentos, pelo menos para as pessoas que precisam", desabfa.

A enfermeira reponsável pela UBS confirmou a falta de remédios no local e disse que quando chegam, acabam muito rápido. A prefeitura afirma que os remédios de tireoide chegarão aos postos na próxima semana. Quanto os de hipertensão, os pacientes ainda devem buscar às farmácias populares para retirarem a mdeicação. Leia a nota na íntegra:

A Prefeitura de Itapetininga, por meio da Secretaria da Saúde, informa que a Levotiroxina já foi entregue e será distribuído às unidades de saúde na próxima terça (23). Quanto à Losartana, a Secretaria orienta os pacientes com receita que retirem gratuitamente o medicamento nas drogarias cadastradas no "Programa Aqui tem Farmácia Popular".

Dono das drogarias SP e Pacheco vai investir R$ 100 mi em novas lojas

Embora se especule que a atual tensão política possa atingir investimentos, há companhias que seguem com seus planos. Segundo maior grupo do varejo farmacêutico, o DPSP vai colocar R$ 100 milhões no plano de inauguração de 130 lojas das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo. A empresa espera faturar 14% a mais este ano ante 2016, chegando a R$ 9,6 bilhões.

Otimismo

Todas as grandes redes de farmácias do Brasil aceleraram os projetos de expansão esse ano. A líder RD (Raia Drogasil) prevê abrir 200 novas lojas no ano.
Só que não. (Dayanne Sousa)

Saúde | Recadastro do Aqui Tem Farmácia Popular

Após o anúncio de fechamento das unidades próprias do Programa Farmácia Popular, o Ministério da Saúde abriu o prazo de recadastramento das drogarias participantes do braço Aqui Tem Farmácia Popular, para que continuem a revender a lista de medicamentos disponibilizados com valores até 90% menores do que os cobrados normalmente. A renovação deve ser feita até 31 de julho. O responsável legal da farmácia deverá acessar o portal www.caixa.gov.br/farmaciapopular e providenciar a atualização do cadastro, utilizando “Renovar Cadastro” na opção “Credenciamento”.

Trabalho aprova regulamentação de auxiliar de farmácia e drogaria

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

Almeida: "proposta ampliará a qualidade e segurança dos serviços oferecidos à sociedade"

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou proposta que regulamenta o exercício da profissão de auxiliar de farmácias e drogarias. Pelo texto, só poderá exercer a atividade o trabalhador com nível médio completo e curso profissionalizante. Será exigido ainda do funcionário registro na Carteira de Trabalho que comprove o ofício em farmácias e drogarias.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ao Projeto de Lei 668/11, do ex-deputado Policarpo e a outra proposta apensada (3360/12). Segundo Almeida, a regulamentação já deveria ter sido objeto de lei há muito tempo. “A aprovação se justifica pelo mais alto interesse público, uma vez que ampliará a qualidade e segurança dos serviços oferecidos à sociedade.”

O substitutivo incluiu a obrigação de os auxiliares de nível médio terem curso técnico de nível médio na área e estarem inscritos no Conselho Regional de Farmácia da sua localidade.

A proposta retirou o detalhamento das atribuições do auxiliar, previstas no texto original, como a organização do ambiente de trabalho e o zelo pela ética profissional e comercial na venda de produtos prescritos por profissionais da saúde.

Outra responsabilidade do auxiliar de farmácias e drogarias, depois de devidamente qualificado e capacitado, será orientar o consumidor sobre fórmulas, bulas, prescrição medicamentosa, indicação e contraindicação de tipos de remédios, nomes de laboratórios, distribuição, controle e conservação de medicamentos e de outros produtos correlatos.

A proposta retirou a previsão de os órgãos de saúde pública firmarem convênios com as entidades de classe dos auxiliares de farmácias e drogarias para participação desses profissionais em campanhas educacionais de saúde e de vacinação.

Outro ponto que saiu do texto foi a possibilidade de os auxiliares, sempre que solicitados, se colocarem à disposição do Estado para orientar e auxiliar a população em situações de epidemias ou calamidade públicas.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-668/2011PL-3360/2012
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Natalia Doederlein

Labfin/PROVAR abre inscrições para MBA Gestão de Negócios e Varejo Farmacêutico

O Labfin/Provar, da FIA – Fundação Instituto de Administração – está com inscrições abertas para o MBA Gestão de Negócios e Varejo Farmacêutico com início das aulas previsto para junho/2017.

O curso tem como objetivo principal atualizar conhecimentos, apresentar e discutir conceitos e métodos relacionados com diferentes áreas de negócios do varejo farmacêutico. É destinado para profissionais com mais de quatro anos de experiência em cargos de gestão relacionados à indústria farmacêutica, varejo e distribuição farmacêutica, e que buscam aprofundamento e atualização nas questões relativas à gestão, evolução do varejo farmacêutico e às atividades relacionadas ao setor.

Entre as competências, este curso capacitará o aluno para: aplicação de conceitos aos negócios do varejo farmacêutico, suas práticas, técnicas e ferramentas gerenciais atualizadas; A tomar decisões em ambientes de alta competitividade; Aprimorar habilidades e competências de gestores e líderes de diferentes organizações com foco na ampliação de mercado, alinhando questões estratégicas, administrativas e operacionais a partir de aulas dinâmicas e debates com especialistas; inter-relacionar conceitos e aplicações entre as teorias e as práticas de varejo e mercado de consumo.

"O segmento farmacêutico é bastante competitivo e está em pleno crescimento no Brasil. E o mercado precisava de um curso com a especificidade de informações que este setor exige. Assim apresentamos uma visão ampliada, sistêmica e abrangente da gestão varejista, com enfoque nas estratégias e nas tendências do varejo farmacêutico no Brasil e no mundo, essa é a proposta do curso”, comenta Teresa Cristina Zanon, professora e coordenadora do curso no Labfin/Provar.

Segundo a professora, o grande diferencial deste curso é trazer a expertise da equipe do Labfin-Provar com enfoque mais estratégico e avançado de acordo com os critérios da Acreditação AMBA.

Algumas das disciplinas aplicadas durante o curso:
•Economia e contabilidade gerencial;
•Estratégia empresarial e Marketing estratégico;
•Finanças corporativas;
•Formação de preços e análise tributária;
•Gestão varejista: mercados e formatos no Brasil e no mundo;
•Gestão e criação de valor de marcas (Branding);
•Comportamento e atitudes de compras no varejo farmacêutico;
•Gestão de Operações no varejo;
•Gestão de Projetos em sistemas de saúde;
•Gestão de Trade Marketing no varejo farmacêutico;
•Prevenção de Perdas no varejo;
•Simulação Empresarial, entre outras.

Mais informações e inscrições podem ser realizadas pelo e-mail: cursoslabfinprovar@fia.com.br ou pelo site: clubelabfinprovar.com

Curso: MBA Gestão de Negócios e Varejo Farmacêutico
Início das aulas: 06 de junho de 2017.
Dias: Terças-feiras, das 19h às 23h.
•FIA Pinheiros
Carga horária: 600 horas distribuídas entre:
400 horas-aulas de disciplinas presenciais
100 horas de disciplinas EaD (disciplinas suplementares)
100 horas de TCC.

Sobre o Labfin-Provar:
Programa resultado da fusão, em 2008, de dois centros de referência em pesquisa, consultoria e educação executiva da Fundação Instituto de Administração (FIA), LABFIN – Laboratório de Finanças, presidido pelo Prof. Dr. José Roberto Securato (FEA-USP) autor de diversos livros na área financeira, além de ser um dos mais respeitados professores de finanças do país – e PROVAR – Programa de Administração de Varejo, presidido pelo Prof. Dr. Cláudio Felisoni de Angelo (FEA-USP) autor de diversos livros sobre varejo, além de ser criador e divulgador do ranking Ibevar -.
Com equipe técnica composta por mestres, doutores e profissionais de mercado altamente qualificados, o Labfin-Provar tem como seu principal laboratório o ambiente real de negócios no qual as empresas e instituições financeiras estão inseridas. Por isso, suas pesquisas, pareceres, consultorias e programas de educação executiva são reconhecidos como referência de qualidade pelo mercado, tanto no segmento de programas abertos como no de soluções in-company. Seus tradicionais programas de MBA nas áreas de Finanças; de Varejo, e de Franquias são destaques nos principais rankings e guias do país. O mesmo acontece com as suas pós-graduações e extensões direcionadas ao aprofundamento em competências específicas necessárias aos negócios. São exemplos as pós-graduações em Inteligência de Mercado; Vendas e Negociação; Varejo e Branding; Controladoria Empresarial; Engenharia Financeira; Gestão de Negócios e Valorização da Empresa; Operador de Mercado Financeiro, e Marcas, além do seu tradicionalíssimo programa de extensão em Valuation.

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Uso incorreto de antibiótico estimula superbactérias

Uso correto de antibióticos é importante para garantir o tratamento adequado e evitar que bactérias se tornem mais fortes.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 17/05/2017 09:53
Última Modificação: 17/05/2017 16:46

O termo superbactéria não é o mais correto tecnicamente, mas define bem o que pode acontecer quando os antibióticos são utilizados de forma inadequada e acabam provocando uma seleção das bactérias mais resistentes. O processo é simples, mas perigoso: bactérias que sobrevivem aos antibióticos podem gerar outras bactérias que também são resistentes. Tecnicamente essas bactérias são chamadas de multirresistentes, ou seja, resistem a vários tipos de medicamentos.

Resistência microbiana é o nome deste processo, que é uma das maiores preocupações de profissionais e autoridades da área de saúde no mundo inteiro. Os antibióticos são necessários para combater as infecções, mas seu uso incorreto também pode piorar o quadro do paciente. O uso incorreto pode ser a utilização por um período inadequado ou a utilização de um medicamento que não é o recomendado para o tipo de bactéria que está causando a infecção, por exemplo.

Por isso, um controle maior sobre o uso de antibióticos tem sido adotado por vários países para evitar que a banalização desses medicamentos deixe médicos e pacientes sem opção de tratamento.

Antibiótico sem receita de jeito nenhum

Uma das medidas para frear a resistência microbiana é racionalizar o uso de antibióticos e evitar tratamentos errados ou incompletos. Por isso, a receita especial em duas vias é obrigatória para a compra desse tipo de medicamento no Brasil desde 2010. O objetivo é fazer com que o paciente só utilize antibióticos após uma avaliação profissional que defina o tipo e a duração necessários. Como qualquer medicamento, os antibióticos só podem ser prescritos por médicos, dentistas e veterinários. Além disso, quando as receitas fazem parte de programas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como os programas de Tuberculose e Hanseníase, os medicamentos também podem ser prescritos por enfermeiros.

O uso incorreto de medicamentos traz outro prejuízo aos pacientes que, sem uma cura completa, poderão voltar a adoecer de forma mais grave no futuro. Esse problema ocorre, por exemplo, quando o paciente não faz o tratamento completo, tomando todas as doses prescritas.

No Brasil, a venda de antibióticos é acompanhada via internet pela Anvisa e pelas vigilâncias sanitárias de estados e municípios. Semanalmente as farmácias informam pelo sistema SNGPC todas as aquisições e vendas de antibióticos.

O problema é mundial, dados de pesquisas mostram que entre os anos 2000 e 2010 o consumo de antibióticos no mundo aumentou 36%.

Além do monitoramento das vendas, a Anvisa também acompanha a qualidade dos antibióticos, por meio de avaliação em laboratório e define limites para a presença de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos.

Principais erros no consumo de antibióticos

Aceitar a recomendação de qualquer pessoa que não seja médico, dentista ou enfermeiro (caso dos programas do SUS).

Tomar antibióticos quando estiver gripado ou com a garganta inflamada.

Usar um medicamento que foi recomendado para outra pessoa. Os sintomas podem ser parecidos, mas a doença e necessidade de tratamento podem ser outras.

Tomar os antibióticos que sobraram de um tratamento anterior, sem passar por avaliação profissional.

Fazer o tratamento por um período menor que o indicado pelo seu médico ou dentista.

Conheça as principais causas da resistência microbiana

Uso indevido de antibiótico, sem necessidade ou por um período diferente do recomendado.

Falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas.

Capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde para a prescrição correta de antibióticos para os pacientes internados ou nos ambulatórios.

Falhas nas medidas de prevenção e controle de infecções em hospitais e clínicas, principalmente a higiene das mãos pelos profissionais de saúde.

Falta de higiene, por exemplo lavagem das mãos após o uso do banheiro e antes das refeições.

Ausência de novos tratamentos pela indústria farmacêutica.

Excesso de antibióticos em animais destinados à alimentação humana.

Farmarcas projeta inaugurar 400 lojas até o final de 2018

Companhia inaugurou sua loja de número 600, em Manaus, e segue com plano forte de expansão pelo País até 2018. Conheça a estratégia

A administradora de redes de drogarias Farmarcas projeta abrir 400 lojas até o final de 2018. Até agora, a companhia abriu 600 unidades, segundo a empresa. A nova unidade fica em Manaus.

A perspectiva para os próximos meses é bastante positiva, segundo Janílson Santos, sócio e gerente geral da nova loja. “Colocamos grande expectativa na abertura desta farmácia, em virtude de estarmos trazendo para Manaus e para o Amazonas uma proposta diferente em termos de farmácia popular, com excelente qualidade e preços extremamente reduzidos para o consumidor final”, conta.

Para inaugurar 400 lojas até o final de 2018, a companhia aposta na valorização dos proprietários das farmácias, segundo contou em nota o diretor geral da Farmarcas, Paulo Roberto Costa.
Crescimento

“Acreditamos no potencial empreendedor de nossos parceiros e muitos deles estão abrindo novas unidades devido aos ótimos resultados obtidos pelas que já possuem”, disse.

“A procura de empresários que querem abrir ou ajustar suas farmácias com uma de nossas bandeiras é muito grande, contudo, apenas o interesse não é o bastante. Temos normas e processos altamente complexos a serem seguidos, por isso, os interessados devem passar por diversas avaliações prévias”, explico em nota Ângelo Vieira, diretor operacional da Farmarcas.

Ainda segundo Ângelo, tais medidas são necessárias para que se tenha um crescimento sustentável, que não seja apenas ilusório.
Redes

Atualmente, fazem parte da companhia oito redes: Drogarias Ultra Popular, Farmácia Super Popular, Farma100, Entrefarma, Drogarias Maxi Popular, Farmácias BigFort, AC Farma, Farmaestra e Megapharma. Porém, já existem outras interessadas em serem administradas por esse modelo de gestão.

Automedicação oferece riscos

Administrar medicamentos sem consultar um profissional pode causar intoxicação e outros problemas ao organismo; idosos são os que mais se medicam sem prescrição

16/05/2017 05:00 Lia Mara

Costume : Prática de automedicação, segundo médica Lilian, é mais realizada por pessoas mais idosas

Patricia Lauris
patricia.lauris@jtocantins.com.br

O Ministério Público Estadual (MPE) publicou ontem extrato comunicando abertura de inquérito para apurar denúncia sobre farmácias e drogarias na Capital atuando sem profissional farmacêutico. O MPE não deu detalhes, mas o assunto merece atenção. Isso porque quem não costuma procurar um médico ou farmacêutico ao ter uma dor de cabeça ou quando sente dores de barriga, musculares ou outro mal-estar pode buscar por um fármaco que sane o problema rapidamente e é aí que está o perigo, na automedicação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), intoxicação por uso de medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país. Analgésicos, antitérmicos e os antiinflamatório são os que mais causam intoxicação.

Segundo a médica da família da rede municipal de Palmas, Lilian Vilela, além da intoxicação, a automedicação também pode causar dependência e, no caso de antibióticos, o organismo pode se tornar resistente à bactéria que está sendo combatida, invalidando o efeito do remédio. “Se você usa o antibiótico por um tempo ou indicação errada ele pode selecionar o organismo que está atuando deixando-o resistente, ficando cada vez mais difícil conter uma infecção”, explica a médica, ressaltando que isso pode causar a necessidade da utilização de antibióticos mais fortes e com mais efeitos colaterais. A médica também diz que quem mais se automedica são os idosos, por costume popular. “Os idosos antigamente tinham esse costume. Mas hoje em dia as pessoas estão mais esclarecidas com relação ao uso de medicação sem prescrição”.

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins (CRF-TO), Marttha de Aguiar Franco Ramos, há medicamentos isentos de prescrição e os medicamentos tarjados. Os isentos, de acordo com uma resolução federal, podem ser prescritos pelo profissional farmacêutico. “São medicamentos que com menos riscos de causar reação adversa, mas se você não souber como administrar, pode causar uma reação. Então o farmacêutico hoje tem habilidade para prescrever esses medicamentos no caso de transtornos menores, como uma febre ou um mal-estar, e orientar o paciente”, explica. A presidente também ressalta a necessidade da conscientização da população através de campanhas que alertem para os perigos da automedicação. “O medicamento é algo sério que precisa de acompanhamento porque, dependendo da dose, pode tanto curar, como matar”, diz.

Fiscalização

O gerente de Vigilância Sanitária Municipal de Palmas (Visa Palmas), Márcio Trevisan, explica que nos últimos dois anos nenhum auto de infração foi emitido por descumprimento da venda de medicamento restrito a receituário. Isso porque um sistema eletrônico de gerenciamento compartilhado entre as farmácias e a Visa Palmas controla a vendas de remédios através do cadastro do receituário e do medicamento dispensado. “O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Sujeitos a Controle (SNGPC) começou a ser implantado em 2011. Controlamos este sistema de ponta a ponta. A multa é muito grande, o processo para quem infringe é extenso e punitivo. Então as farmácias não costumam agir desta maneira aqui em Palmas. Agora que os antibióticos fazem parte desta restrição isso diminuiu muito”. Segundo Trevisan, nos casos previstos em lei em que a receita não é exigida, a atuação clínica do farmacêutico orientando o consumidor é importante para evitar a automedicação. Ao todo, 1.631 profissionais farmacêuticos em todo o Estado; na Capital, são 287 profissionais. (Colaborou Juliana Matos)

Frente Parlamentar em Defesa da Farmácia Popular será instalada nesta quarta

Será instalada nesta quarta-feira (17), às 18 horas, no plenário 10 da Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Reestruturação do Programa Farmácia Popular. A frente foi constituída por iniciativa do deputado federal Adail Carneiro (PP-CE)

Segundo os farmacêuticos brasileiros, o programa “Farmácia Popular do Brasil” vem passando por inúmeras dificuldades, sendo inclusive ameaçado de exclusão das políticas públicas do Governo Federal.

A Frente parlamentar tem por objetivos:
promover ações com vistas a aprimorar a legislação federal, de modo a fomentar e organizar o Programa Farmácia Popular do Brasil; apoiar a simplificação da carga tributária, a desburocratização, a regulamentação e aperfeiçoamento dos meios de compras e pagamentos afim de que se evite fraudes no programa; discutir, acompanhar, apoiar ou propor a tramitação de propostas que ajudem a democratizar o acesso regular e permanente de todos os brasileiros a medicamentos mais baratos e com assistência farmacêutica garantida; realizar ou apoiar as realizações de seminários, debates e outros eventos que tratem de temas importantes para a frente parlamentar; e articular e integrar as atividades da frente parlamentar com as ações do governo ou da sociedade civil organizada voltada para o tema da assistência farmacêutica.

A frente será coordenada pelos deputados Adail Carneiro, presidente; Dr. Sinval Malheiros (PTN-SP), vice-presidente; Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), coordenador-executivo; Maia Filho (PP-PI), tesoureiro; e Sérgio Vidigal (PDT-ES), secretário.

Da Redação – NA

Aplicativo criado em PE ajuda clientes a escolher farmácia com remédios mais baratos

Tecnologia facilita pesquisa de preços de medicamentos e outros produtos no Grande Recife. Dispositivo funciona desde 2016 e foi baixado por mais de sete mil pessoas.

Por G1 PE

16/05/2017 08h49

Com essa tecnologia, é possível comparar o preço em mais de 100 farmácias do Grande Recife, digitando o nome do produto desejado. Na mesma hora, as farmácias cadastradas recebem um alerta no computador e o balconista preenche as informações, solicitadas. Assim, o cliente recebe a cotação.

A empresa surgiu como start up, incubada dentro do Porto Digital, em meados de 2015. Virou empresa independente em 2017 e, segundo a direção, provocou uma mudança no perfil do consumidor e da concorrência com grandes redes.

O analista de sistemas Húgaro Bernardino tem 28 anos e é diabético. Desde 2016, precisa tomar insulina e gasta em torno de R$ 250 reais por mês. O aplicativo ajudou a economizar dinheiro e tempo, e agora ele tem certeza onde vai encontrar o medicamento.

"É muito difícil de encontrar essas insulinas de ponta, que usa uma vez por dia, a cada dois dias. Grandes redes aqui do Recife, de Pernambuco, às vezes, faltam e não têm explicação. Já cheguei a ir em todas as farmácias de Olinda e não consegui encontrar uma insulina. Precisava tomar à noite, para dormir, e não foi possível. Agora eu consigo, antes de sair de casa, saber quais são as farmácias que tem e ver a cotação", disse Hugo.

O aplicativo surgiu de uma ideia do empresário Aldo Ferreira, que tem três filhos e enfrentava muita dificuldade para fazer pesquisa de preço nas farmácias. Ele formou um grupo com investimento inicial de R$ 200 mil e, hoje, 12 funcionários trabalham nas ruas e dentro do escritório. Recentemente, a empresa recebeu R$ 600 mil de um grupo de investidores para expandir os negócios em outras regiões do país. O foco agora é São Paulo.

"Aqui, estamos com mais de 100 lojas, mas no Sudeste, em duas viagens, conseguimos pré-cadastrar mais de 700 farmácias, em São Paulo, na região de Osasco e Aparecida. Estamos operando no mercado de todo o Brasil, com farmácias online. Pretendemos, até o início de 2017, estar com farmácias locais também, pois esse é o grande diferencial. Permitimos que o consumidor encontre na farmácia próxima de sua casa", explica Aldo.

O aplicativo fica com 5% a 8% do valor das vendas. Para o comerciante Nelson Azevedo, dono de uma farmácia no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, é a oportunidade de conquistar novos clientes.

“Atuamos em um bairro mais antigo na cidade e, por consequência, também temos um público de mais idade, que já conhece como a farmácia do bairro. Agora, com o aplicativo, um público mais novo passa a vir, às vezes até de um bairro próximo. A grande sacada desse sistema é trazer para a gente, que é menor, que não é uma farmácia de rede, a possibilidade de competir com os grandes”, considerou Nelson.