Rede de farmácias Big Ben, da BR Pharma, encerra atividades no Piauí

Controlada pelo banco BTG Pactual desde 2011, a rede já vinha enfrentando dificuldades financeiras há alguns anos.

16/05/2017 13:16h – Atualizado em 16/05/2017 15:02h

A rede de farmácias Big Ben está encerrando suas atividades no Piauí. Controlada pelo grupo Brasil Pharma, a rede já vinha enfrentando dificuldades financeiras há alguns anos.

Nos últimos meses a crise se agravou e ficou explícita para os clientes, com a falta de produtos básicos nas prateleiras de praticamente todas as lojas. Além disso, diversas unidades vinham sendo fechadas nos estados onde a Big Ben estava presente – Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco. Em Teresina, por exemplo, a loja que funcionava em frente à Praça Saraiva foi fechada em janeiro.

Ainda em janeiro, as atividades da Big Ben foram encerradas por completo no Ceará, onde havia apenas cinco lojas da rede, todas localizadas na capital Fortaleza.

Ao todo, 36 lojas Big Ben foram fechadas no primeiro mês de 2017.

Em contato com a gerente de uma das lojas da Big Ben, o portal O DIA foi informado que, além das unidades do Piauí, todas as lojas da Big Ben no Maranhão também estão sendo fechadas. Em Pernambuco, o fechamento das lojas também foi iniciado em janeiro.

Até dezembro de 2016, a rede Big Ben possuía 264 lojas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo a maior rede de farmácias controlada pela Brasil Pharma. Só no Piauí cerca de 300 pessoas devem ser demitidas com o fechamento da rede.

O portal O DIA também entrou em contato com uma das lojas Big Ben de Belém, no Pará, estado onde a rede surgiu. A funcionária que atendeu ao telefonema informou que a unidade está funcionando normalmente, e disse que sequer estava sabendo sobre o encerramento das atividades nos demais estados.

Novo controlador vai reestruturar companhia

Em fevereiro, o site da revista Exame informou que o banco BTG Pactual estaria negociando a venda da rede de farmácias Big Ben por R$ 1 para o empresário Paulo Remy, da Lyon Capital. O negócio foi consolidado no início de abril, e agora o novo controlador pretende reestruturar a companhia.

Outras redes que integravam o grupo BR Pharma já haviam sido vendidas nos últimos anos. Em 2015, por exemplo, a Mais Econômica foi repassada ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

E em 2016 as Drogarias Rosário foram vendidas para a Profarma por R$ 173 milhões. O valor, contudo, pode ter sofrido um desconto, pois parte das lojas estavam enfrentando desabastecimentos.

Segundo o jornal Valor Econômico, em 2016 a receita líquida da Brasil Pharma atingiu R$ 1,5 bilhão, quase R$ 1 bilhão a menos do que foi apurado em 2015. O prejuízo alcançou R$ 634 milhões no ano passado, um pouco menos do que foi registrado em 2015, quando o grupo amargou um prejuízo de R$ 654 milhões.

Ao fim do ano passado, as perdas acumuladas pela Brasil Pharma somavam R$ 1,85 bilhão.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do banco BTG Pactual, que informou não poder mais se manifestar a respeito do fechamento das farmácias Big Ben, uma vez que o controle da rede foi vendido pelo banco desde o mês passado.

O DIA também tentou contato com a assessoria de imprensa do grupo BR Pharma. No entanto, os telefones informados no site da rede são de uma empresa de assessoria que não presta mais serviços ao grupo.

Por: Nayara Felizardo

Drogarias iniciam campanha de doação de agasalhos com reflexão sobre pessoas e objetos

Ação tem como objetivo mobilizar colaboradores e clientes

A campanha de doação de agasalhos já é tradicional nas lojas do Grupo DPSP – Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo. Este ano a ação acontece de 29 de maio a 31 de julho, com o mote “Tem roupa para cada coisa. Só não tem para quem precisa”.

A ideia é levantar uma reflexão sobre alguns hábitos do dia a dia, como por exemplo, a prática de colocar roupas e proteções em objetos, como celulares, notebooks etc. Com o intuito de despertar a atenção das pessoas para proteger do frio aqueles que realmente precisam.

Sempre com um discurso diferente, o Grupo DPSP, que é um dos principais players do mercado de farmácias, já arrecadou mais de 100 mil sacos de 100l de agasalhos, contribuindo com um inverno melhor para muitas pessoas.

As doações realizadas para a campanha do agasalho serão destinadas para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e para filiais da Cruz Vermelha distribuídas nos 10 estados onde a companhia possui filiais.

FICHA TÉCNICA DA CAMPANHA DO AGASALHO 2017
Agência: Talent Comunicação e Planejamento Ltda
Cliente: Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco
Título: Campanha do Agasalho 2017
Chief Creative Officer: João Livi
Direção de Criação: Marcello Droopy / Rodrigo Lugato
Criação: Francine Ther / Paulo Almeida / Fillipe Abreu / Lucas Siqueira Cesar
Atendimento: Alex Isnenghi/ Carlos Barbieri/ Fernanda Faria/ Mayara Valadares / Carolina Carraretto
Mídia: Fabiana Maia / Marcela Ferreira / Daniela Rosa / Rose Silva
Art Buyer: Daniele Sampaio / Mario Coelho
Finalização: Ingo Santos/ Hadolpho Correa/ Michel Medeiros/ Rafael Leão
Aprovação do cliente: Thais Lima/ Tuca Sardinha/ Fabiana Oliveira/ Priscila Lira

PRAÇAS DE ATUAÇÃO

Drogarias Pacheco
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Espírito Santo
Goiás
Paraná
Distrito Federal

Drogaria São Paulo
São Paulo
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Bahia
Pernambuco
Alagoas
Paraíba

Monica Agnello
(55 11) 3526 – 4569
monica.agnello@imagemcorporativa.com.br

Farmácia Popular: unidades próprias começam a fechar neste mês

A alternativa dada pelo governo federal é procurar pelas farmácias privadas com os cartazes "Aqui tem Farmácia Popular"
Por: Leandro Rodriguesleandro.rodrigues@diariogaucho.com.br

16/05/2017 – 17h21min | Atualizada em 16/05/2017 – 17h21min

Agora, é oficial. As 28 unidades próprias do Programa Farmácia Popular no Rio Grande do Sul estão fechando até o mês de junho. O Ministério da Saúde enviou, semana passada, ofício informando que não vai mais ajudar na manutenção dos locais em todo o país.

Em Porto Alegre, a única unidade própria do programa funciona junto à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Rua Ramiro Barcellos, bairro Santana. Na quinta-feira passada, o comunicado do ministério chegou por e-mail.

– Vamos fechar, isso já é certo. Nós entrávamos com o prédio e com os profissionais, o ministério nos mandava os medicamentos. Não entendo essa decisão, é um programa de sucesso. O que fazer agora? Não sabemos ao certo – afirma o diretor da faculdade, professor José Angelo Silveira Zuanazzi.

Ele conta que o local atende, em média, 300 pessoas por dia, sendo uma referência na venda de medicamentos com até 90% de desconto. Segundo ele, em 2016, 30.880 atendimentos foram realizados na unidade. O professor não sabe precisar a data oficial de fechamento.

– Mas deve ser até o final de junho, quando acabarem os medicamentos. Devemos ter uma reunião na próxima semana para acertar esses detalhes – diz.

As outras 27 unidades próprias do programa estão vinculadas a municípios. Todos já foram informados oficialmente pelo Ministério da Saúde sobre o fim dos repasses.

– Todas deverão fechar, os municípios não têm condições de manter sozinhas esses locais. Para junho e julho, esperamos outra portaria do governo, dessa vez informando que vai mandar o recurso para a atenção básica, como prometeu – afirma o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems-RS), Diego Espindola.

Dinheiro para medicamentos

De acordo com o governo federal, os recursos que eram usados na manutenção das estruturas serão realocados para a compra mensal dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e serão distribuídos entre todos os municípios. Dos atuais R$ 5,10 por habitante, a promessa é repassar
R$ 5,58.

A decisão de encerrar o financiamento ocorreu em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com integrantes das gestões do Estado, de municípios e do ministério.

O que os usuários devem fazer

Para as pessoas que buscam medicamentos nas unidades da Farmácia Popular que estão fechando, a alternativa será buscar os medicamentos nas farmácias privadas que têm o cartazes "Aqui Tem Farmácia Popular" ou nas unidades de saúde dos municípios. Geralmente, elas trabalham com menos variedade de medicamentos do que as unidades próprias.

Diário Gaúcho

Automedicação oferece riscos

Administrar medicamentos sem consultar um profissional pode causar intoxicação e outros problemas ao organismo; idosos são os que mais se medicam sem prescrição

16/05/2017 05:00 Lia Mara

Costume : Prática de automedicação, segundo médica Lilian, é mais realizada por pessoas mais idosas

Patricia Lauris
patricia.lauris@jtocantins.com.br

O Ministério Público Estadual (MPE) publicou ontem extrato comunicando abertura de inquérito para apurar denúncia sobre farmácias e drogarias na Capital atuando sem profissional farmacêutico. O MPE não deu detalhes, mas o assunto merece atenção. Isso porque quem não costuma procurar um médico ou farmacêutico ao ter uma dor de cabeça ou quando sente dores de barriga, musculares ou outro mal-estar pode buscar por um fármaco que sane o problema rapidamente e é aí que está o perigo, na automedicação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), intoxicação por uso de medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país. Analgésicos, antitérmicos e os antiinflamatório são os que mais causam intoxicação.

Segundo a médica da família da rede municipal de Palmas, Lilian Vilela, além da intoxicação, a automedicação também pode causar dependência e, no caso de antibióticos, o organismo pode se tornar resistente à bactéria que está sendo combatida, invalidando o efeito do remédio. “Se você usa o antibiótico por um tempo ou indicação errada ele pode selecionar o organismo que está atuando deixando-o resistente, ficando cada vez mais difícil conter uma infecção”, explica a médica, ressaltando que isso pode causar a necessidade da utilização de antibióticos mais fortes e com mais efeitos colaterais. A médica também diz que quem mais se automedica são os idosos, por costume popular. “Os idosos antigamente tinham esse costume. Mas hoje em dia as pessoas estão mais esclarecidas com relação ao uso de medicação sem prescrição”.

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins (CRF-TO), Marttha de Aguiar Franco Ramos, há medicamentos isentos de prescrição e os medicamentos tarjados. Os isentos, de acordo com uma resolução federal, podem ser prescritos pelo profissional farmacêutico. “São medicamentos que com menos riscos de causar reação adversa, mas se você não souber como administrar, pode causar uma reação. Então o farmacêutico hoje tem habilidade para prescrever esses medicamentos no caso de transtornos menores, como uma febre ou um mal-estar, e orientar o paciente”, explica. A presidente também ressalta a necessidade da conscientização da população através de campanhas que alertem para os perigos da automedicação. “O medicamento é algo sério que precisa de acompanhamento porque, dependendo da dose, pode tanto curar, como matar”, diz.

Fiscalização

O gerente de Vigilância Sanitária Municipal de Palmas (Visa Palmas), Márcio Trevisan, explica que nos últimos dois anos nenhum auto de infração foi emitido por descumprimento da venda de medicamento restrito a receituário. Isso porque um sistema eletrônico de gerenciamento compartilhado entre as farmácias e a Visa Palmas controla a vendas de remédios através do cadastro do receituário e do medicamento dispensado. “O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Sujeitos a Controle (SNGPC) começou a ser implantado em 2011. Controlamos este sistema de ponta a ponta. A multa é muito grande, o processo para quem infringe é extenso e punitivo. Então as farmácias não costumam agir desta maneira aqui em Palmas. Agora que os antibióticos fazem parte desta restrição isso diminuiu muito”. Segundo Trevisan, nos casos previstos em lei em que a receita não é exigida, a atuação clínica do farmacêutico orientando o consumidor é importante para evitar a automedicação. Ao todo, 1.631 profissionais farmacêuticos em todo o Estado; na Capital, são 287 profissionais. (Colaborou Juliana Matos)

Frente Parlamentar em Defesa da Farmácia Popular será instalada nesta quarta

Será instalada nesta quarta-feira (17), às 18 horas, no plenário 10 da Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Reestruturação do Programa Farmácia Popular. A frente foi constituída por iniciativa do deputado federal Adail Carneiro (PP-CE)

Segundo os farmacêuticos brasileiros, o programa “Farmácia Popular do Brasil” vem passando por inúmeras dificuldades, sendo inclusive ameaçado de exclusão das políticas públicas do Governo Federal.

A Frente parlamentar tem por objetivos:
promover ações com vistas a aprimorar a legislação federal, de modo a fomentar e organizar o Programa Farmácia Popular do Brasil; apoiar a simplificação da carga tributária, a desburocratização, a regulamentação e aperfeiçoamento dos meios de compras e pagamentos afim de que se evite fraudes no programa; discutir, acompanhar, apoiar ou propor a tramitação de propostas que ajudem a democratizar o acesso regular e permanente de todos os brasileiros a medicamentos mais baratos e com assistência farmacêutica garantida; realizar ou apoiar as realizações de seminários, debates e outros eventos que tratem de temas importantes para a frente parlamentar; e articular e integrar as atividades da frente parlamentar com as ações do governo ou da sociedade civil organizada voltada para o tema da assistência farmacêutica.

A frente será coordenada pelos deputados Adail Carneiro, presidente; Dr. Sinval Malheiros (PTN-SP), vice-presidente; Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), coordenador-executivo; Maia Filho (PP-PI), tesoureiro; e Sérgio Vidigal (PDT-ES), secretário.

Da Redação – NA

Ministério Público investiga possíveis irregularidades no funcionamento de farmácias e drogarias em Palmas

O Ministério Público Estadual (MPE/TO) investiga possíveis irregularidades e omissões cometidas no funcionamento de farmácias e drogarias no município de Palmas/TO e, para tanto, instaurou um Inquérito Civil Público, cujo extrato de portaria foi publicado no Diário Oficial do MPE desta segunda-feira, 15 de maio. 

Farmácias e drogarias de Palmas estariam descumprindo com a obrigatoriedade da presença de profissional farmacêutico, como responsável técnico nas respectivas empresas. O MPE também apura indícios de venda de medicamentos controlados e antibióticos, sem o devido controle e cautela necessários, colocando em risco a integridade física e a saúde de consumidores da Capital. 

Entre os investigados estão o secretário municipal de Saúde da capital, que atualmente é Nésio Fernandes e a Vigilância Sanitária Municipal. 

Outros Inquéritos

Outro inquérito instaurado pelo Ministério Público apura possível omissão do poder público de Palmas, ao deixar de promover a necessária definição, organização e segurança no tráfego de veículos e pedestres, além da urbanização e a devida sinalização de trânsito na Avenida Tocantins, em Taquaralto. 

O município de Palmas é o investigado. 

Destruição de Calçadas

O MPE também apura possíveis irregularidades e/ou práticas abusivas cometidas em desrespeito aos direitos dos usuários e consumidores de Palmas, caracterizadas pela destruição de calçadas para a instalação ou manutenção de equipamentos destinados ao funcionamento do serviço de água e esgoto, sem prévia comunicação e anuência do consumidor, culminando em grande demora no reparo das calçadas, quase sempre realizado de forma inadequada e diferente do material anteriormente utilizado pelo proprietário do imóvel.

A empresa investigada é a Odebrecht, agora BKR Ambiental/ Saneatins. 

Phitofarma lança aplicativo que permite solicitar orçamento de remédios pelo celular

Por Renato L. Aranha-Encaso Comunicação Corporativa15 de maio de 2017

De acordo com o levantamento App Olympics produzido pela Cheetah Mobile, a região em que aplicativos para celular são mais populares é o Brasil. Segundo a pesquisa, cada brasileiro usa, em média, 29,23 aplicativos por mês. De olho nesse mercado, muitas empresas passaram a oferecer os seus serviços pelo celular, com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado e atingir diferentes públicos, como é o caso da Phitofarma. No mercado desde 1970, a empresa se consolidou como uma das maiores redes de farmácia de manipulação do país, e acaba de lançar um aplicativo que oferece diversas facilidades para os clientes.

“Nosso objetivo é facilitar a vida do cliente, então iremos oferecer diferentes recursos pensando em tornar nossos serviços mais práticos”, afirma o presidente da Phitofarma, Roger Marcondes. O aplicativo permite que o cliente solicite o orçamento, busque qual é a farmácia mais próxima inclusive com GPS indicando qual é o caminho, encaminhar a receita pelo celular e até avisa o horário certo de tomar o remédio. “Atualmente muitas pessoas usam o celular para diferentes finalidades, e mesmo quem não tem o hábito de usar o aparelho pode solicitar a manipulação pelo método tradicional”, diz Marcondes.

O aplicativo fornece informações, chat dinâmico, notícias e novidades da rede. Para quem tem interesse em se tornar um fraqueado, é possível preencher um formulário e receber mais informações sobre o modelo de negócio.

RedeTV! fecha cota com Ultrafarma para transmissões da Série B

Emissora transmite temporada pelo quarto ano consecutivo
por PROPMARK
publicado em 12 de maio, 2017 – 14:16

Neste sábado (13), pelo quarto ano consecutivo, a RedeTV! começa a exibição de mais uma temporada do Campeonato Brasileiro – Série B. Para patrocinar as transmissões, a emissora terá o patrocínio da linha Sidney Oliveira SelectionPro, pertencente ao Grupo Ultrafarma, que tem Neymar Jr como embaixador. A nova parceria segue fortalecendo os laços comerciais entre ambas as empresas, já que a emissora tem o apoio da instituição para outras atrações da emissora. As partidas, que acontecerão ao vivo nas tardes de sábado, terão narração de Silvio Luiz e comentários de Juarez Soarez e Luiz Ceará.

Programas oferecem descontos de até 65% na compra de remédios

Os consumidores que precisam comprar remédios já sentem os reflexos do aumento de até 4,76%, autorizado pelo governo no mês passado. Na contramão desse efeito no bolso, os laboratórios farmacêuticos aumentaram seus programas de fidelidade e oferecem descontos, para clientes cadastrados, não só em remédios usados para doenças crônicas, como também em medicamentos como antibióticos e dermocosméticos. Os abatimentos podem chegar a até 65%.

O programa Mais Pfizer, por exemplo, recebeu meio milhão de inscritos desde maio do ano passado e, hoje, conta com 2,7 milhões de cadastrados que compram itens com valores menores, segundo o diretor comercial da Pfizer, Vagner Pin.

— O objetivo é oferecer suporte ao paciente e incentivar a adesão ao tratamento.

O “Merck Cuida”, da Merck, teve um aumento de 50% no número de cadastrados e possui 14 mil participantes. Gerente de marketing da Merck, Paula Coelho lembra que a parceria é benéfica para os dois lados:

— O paciente segue no tratamento. Para o laboratório, é bom oferecer esse suporte e facilitar, além de aumentar as vendas, consequentemente.

A aposentada Nilza da Costa Silva, de 80 anos, usa todas as parcerias possíveis: com laboratórios, drogarias e plano de saúde.

— Uso remédio porque tenho marcapasso e escolho pelo preço. Tenho que correr atrás, porque são caros, mesmo com todos os abatimentos. Meu problema é para a vida toda, então, preciso estar com o remédio em dia.

Sites ajudam na comparação de preços

Os pacientes que querem garantir preços melhores para os remédios já sabem a receita: não se compra na primeira farmácia. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Rio (Sincofarma-RJ), Ricardo Valdetaro de Moraes, nota o comportamento exigente dos clientes na Farmácia no Leme, da qual é sócio:

— A crise pegou todos. Até as grandes empresas passaram a oferecer descontos em remédios que não são de uso contínuo, para fidelizar os pacientes. Já o consumidor pede desconto sempre. Mesmo que não peça no mercado ou restaurante, o cliente sabe que consegue na farmácia. Ficou institucionalizado.

De acordo com o farmacêutico, os consumidores também usam ferramentas na internet que comparam os valores cobrados por medicamentos em diversas redes, como CliqueFarma, Mais Preço e Consulta Remédios. Porém, é preciso ficar atento, já que nem todas as empresas têm filiais ou entregam no Rio de Janeiro. Além disso, é preciso reparar se há cobrança de frete. Já no site FarmaPrática o cliente recebe uma cotação do item que deseja adquirir nas drogarias.

— As farmácias se adaptam à tecnologia e quem ganha é o cliente, que consegue um preço melhor — opina Ricardo.

Fim das Farmácias Populares preocupa moradores do Interior

A notícia do fechamento das unidades foi recebida com tristeza e preocupação por muitos usuários no Ceará

Iguatu/Sobral/Quixadá/Juazeiro do Norte. O Ministério da Saúde anunciou o fim do financiamento do programa “Farmácia Popular do Brasil”. Há em todo o país 393 unidades. No Ceará, são 27. A decisão foi da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes de estados, municípios e governo federal, a partir da competência de maio de 2017. Moradores das cidades onde há unidades mostram-se insatisfeitos com a medida e temem pagar mais caro por medicamentos básicos e de uso contínuo.

“O Ministério iria formar um grupo de estudo para definir um novo modelo de financiamento do programa, mas até agora não houve decisão”, frisou o secretário de Saúde de Iguatu, Marcelo Sobreira. “Inicialmente, iriam repassar os recursos para os municípios que fazem parte do programa, mas tudo indica que voltaram atrás”. Sobreira lamenta que o governo federal não quer mais manter a rede de Farmácias Populares. “É um grande programa social, que infelizmente tende a acabar”.

Esta cidade recebeu a primeira unidade implantada no Interior cearense, em 2006, que funciona ao lado da Hospital e Maternidade Agenor Araújo, no bairro São Sebastião. A unidade continua ativa, mas atende apenas a 30 pessoas e comercializa cerca de R$ 400 por mês.

O programa ampliou a assistência farmacêutica oferecendo aos moradores mais uma opção de acesso aos medicamentos básicos, por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e as prefeituras. As unidades repassam medicamentos a preço de custo, adquiridos pela Fundação Oswaldo Cruz, exclusivamente para o programa. Há casos em que medicamentos são adquiridos de graça. As farmácias oferecem uma lista com 112 medicamentos, sendo 18 deles gratuitos.

O aposentado Raimundo Alves é um dos beneficiários e ficou surpreso com a medida, que irá fechar a unidade. “Isso vai provocar na gente um clamor grande”, disse. “O preço é bem em conta e acho uma maldade muito grande fechar um benefício desses pra gente”.

Os maiores beneficiários são pacientes que sofrem de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e asma. “Comprei um frasco de dipirona por R$ 0,70”, comentou o agricultor Carlos da Silva. “Agora vai ser o jeito comprar mais caro”.

Zona Norte

A Farmácia Popular do Brasil existe há 11 anos em Sobral, com atendimento para cerca de três mil pacientes por mês. Esse atendimento deve continuar, no município, segundo Delano Aragão, farmacêutico responsável pela unidade. “Estivemos, na semana passa, em Brasília, no Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, e não nos foi repassado nada sobre este assunto. Não recebemos nada oficial sobre o fim dessa parceria com a Prefeitura, por isso o atendimento transcorre normalmente”, afirmou.

Sertão Central

Inaugurada em 2003, a Farmácia Popular de Quixadá, instalada ao lado do terminal rodoviário da cidade, continua funcionando parcialmente. A Prefeitura trabalha para regularizar a situação da unidade na Fiocruz, entidade responsável pelo fornecimento de medicamentos para o programa do governo federal.

Segundo o prefeito, Ilário Marques, o seu antecessor deixou dívida contraída pela falta de prestação de contas em torno de R$ 24 mil. Além desses problemas, foram realizadas mudanças na estrutura do prédio e alguns equipamentos obrigatórios foram retirados da Farmácia Popular. Um aparelho de ar-condicionado é um deles.

Atualmente, a unidade conta apenas com o resto do estoque. A Fiocruz realizou inspeção, na semana passada, e responsabilizará o gestor anterior pelas irregularidades. O objetivo é voltar a atender regularmente.

Essa é a expectativa da aposentada Maria Lúcia Martins. Ela tem problema de pressão arterial associada a uma doença cardiovascular. “Quando a Farmácia Popular deixou de vender os meus remédios o pouco que recebia do benefício do INSS eu estava deixando todo no balcão do vendedor. A sorte é que descobri aqui em Quixadá uma farmácia conveniada e está vendendo mais barato”, desabafou.

Cariri

Na região do Cariri, existem quatro unidades da Farmácia Popular. As secretarias de saúde de Crato e Barbalha informaram que só irão se posicionar quanto ao fechamento ou não das unidades após receberem a notificação do Ministério da Saúde. Em Brejo Santo, a reportagem não obteve contato. Já em Juazeiro do Norte, a Secretaria da Saúde informou que recebeu comunicado oficializando o término do convênio com a Fundação Oswaldo Cruz, que finaliza o repasse de medicamentos às unidades de rede própria do Programa Farmácia Popular do Brasil. O fechamento ainda não tem data marcada, mas deverá acontecer gradativamente. Segundo o documento do Ministério da Saúde, “as unidades em funcionamento continuarão recebendo o repasse de manutenção até que seja definido o cronograma de encerramento destas unidades”.

Em Juazeiro, o atendimento na unidade está em queda, assim como o estoque dos medicamentos. Segundo a farmacêutica Isabel Alves Bezerra, atualmente cerca de 45% dos itens estão em falta e outros 15% apresentam estoque mínimo.

Em 2015, a média mensal de atendimento era de 1.753 pessoas. No ano seguinte, caiu para 1.100, e, até o mês passado, a média girava em torno de 800. Em Juazeiro do Norte, os medicamentos mais procurados, para diabetes e hipertensão, estão com o estoque abastecido. Já dos psicotrópicos, cuja demanda é significativa, há defasagem no estoque. A unidade foi inaugurada em julho de 2006.

Isabel afirma que a Farmácia Popular beneficia, sobremaneira, as pessoas de baixa renda, “que precisam do remédio para dar continuidade ao tratamento”. Questionada se o Município teria aporte financeiro para arcar com os custos da farmácia, caso o Ministério da Saúde notifique o encerramento do programa, a Secretaria da Saúde informou que não.

Economia

O programa foi lançado em 2004, na gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O fim do financiamento do programa teria justificativa econômica, porquanto são investidos cerca de R$ 100 milhões por ano, sendo que 80% desse total são utilizados com a manutenção das farmácias e apenas 20% com os medicamentos.

Segundo o Ministério da Saúde, os recursos de unidades próprias vão ser realocados para compra de medicamentos. A Pasta disse que vai ampliar em R$ 100 mi os recursos destinados a estados e municípios para compra de remédios do componente básico da assistência farmacêutica. Com o fim do programa, serão mantidas as redes de farmácias particulares, credenciadas, braço do programa batizado de “Aqui tem Farmácia Popular”. Com o incremento, o valor mensal passará de R$ 5,10 por habitante para R$ 5,58. Segundo o Ministério, estados e municípios podem dar continuidade às farmácias, provendo o financiamento completo ou em parte.

Enquete

Qual a importância da Farmácia?

“Essas farmácias não deveriam fechar. São muito importantes para quem está doente do corpo e do bolso. Sem os descontos do governo, quem ganha salário mínimo, ou compra remédio ou o que comer”

Odolias de Oliveira
Aposentado

“Eu não sabia que existe Farmácia Popular na minha cidade. Deveriam divulgar mais esse tipo de benefício, pois somente quem precisa sabe o quanto é importante, até porque a gente não fica doente porque quer”

Silvana Neves
Dona de casa