Pesquisa da UFMG revela uso indiscriminado de medicamentos psicoestimulantes por estudantes

Ritalina, um dos medicamentos estudados na pesquisa, é um remédio controlado e paciente precisa ter orientação médica.

Por MGTV, Belo Horizonte

12/05/2017 12h42

Pesquisa da UFMG revela uso indiscriminado de medicamento psicoestimulante por estudantes

Uma pesquisa da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou o uso indiscriminado e perigoso, por estudantes, de substâncias psicoestimulantes. O remédio desse tipo mais conhecido é a ritalina. Esses medicamentos aumentam a concentração e têm a venda controlada. Sem a orientação de um médico, podem ter efeitos colaterais graves.

Lisdexanfetamina e metilfenidato. Dois psicoestimulantes que melhoram a atenção e a concentração. Por isso, eles podem ajudar muito quem tem baixo rendimento na escola e no trabalho. Só que o uso é controlado – tem horário certo para tomar e um médico precisa calcular a dose.

Pesquisas mostram que estudantes universitários que não têm nenhuma indicação médica para tomar esses estimulantes estão usando esse tipo de medicamento. Eles têm o desejo de ter melhor desempenho, de tirar notas boas.

Na Inglaterra, 35% dos universitários já declararam que usam psicoestimulantes. Na UFMG, a autora da pesquisa e farmacêutica Raíssa Carolina Cândido, também fez uma pesquisa, com 378 alunos – quase 6% admitiram que mesmo não tendo problemas de atenção detectados por médicos, tomam esses comprimidos. “No ambiente acadêmico existe pressão por resultados, metas, desejo de sair à frente, se dar melhor na concorrência”, disse Raíssa.

“A utilização para neuroaprimoramento é um doping e todo doping tem um preço”, falou o orientador da pesquisa, Edson Perini.

O psiquiatra José Belizário explica a diferença: para crianças, adolescentes, que têm déficit de atenção, os psicoestimulantes podem ser muito eficientes – porque a família e um médico controlam o uso. Mas quando um jovem usa por conta própria, em época de prova, está correndo muito risco. Pior ainda se o remédio for tomadopra ficar acordado e estudar por mais tempo.

“Funciona muito bem, desde que use corretamente. Uma criança tem menos efeitos com dose certa do que adultos. O uso correto é muito importante nesse grupo, mas fazem uso de forma abusiva, em horários equivocados. Durante a noite, a memória fica pior, guarda menos, exposto a depressão, ansiedade, pânico e mais grave, risco de suicídio”, disse Belizário.

Ele aconselha que se a pessoa não tenha déficit de atenção diagnosticado, o melhor caminho para melhorar o desempenho na escola e no trabalho, é dormir antes das dez da noite e fazer exercício físico com regularidade. O efeito do psicoestimulante para essas pessoas pode ser uma ilusão. “Em vez da pessoa se organizar, vai usar o remédio. E não é que ele aprende mais, ele foca mais, ele não aumenta capacidade cognitiva”, afirmou o psiquiatra.

O laboratório fabricante da ritalina foi procurado para comentar a pesquisa. A empresa afirmou que apenas produz o medicamento e não tem responsabilidade sobre a forma como ele é consumido.

Farmácias na Bahia investem em serviços gratuitos para atrair clientes; veja a lista

São oito unidades que oferecem serviços como a revisão da medicação, programas para perda de peso e combate ao tabagismo
Priscila Natividade, do Correio* (priscila.oliveira@redebahia.com.br) 14/05/2017 às 07h44

Não basta só ter descontos para cadastrados. As farmácias agora estão apostando também na implantação de clínicas com serviços gratuitos para garantir a preferência. Muita gente, no entanto, ainda desconhece que as lojas não são mais apenas um local onde se vendem remédios.

Em Salvador e Região Metropolitana são, pelo menos, oito farmácias com atendimento voltado para acompanhamento de tratamentos, revisão da medicação, aferição de pressão arterial e glicemia e programas para perda de peso, controle de colesterol e combate ao tabagismo.

Na Bahia, são, ao todo, 40 lojas que estão apostando nessa estratégia para fidelizar clientes. A maioria das unidades pertence à Rede Pague Menos. A Farmácia Santana também possui o programa em algumas de suas lojas. O serviço é regulamentado pela Anvisa e Lei n° 13.021/2014. A norma não substitui o atendimento médico, mas autoriza a prestação de assistência farmacêutica, assistência à saúde, orientação e acompanhamento no tratamento.

“A assistência farmacêutica funciona como um elemento complementar para orientar e garantir maior adesão ao tratamento”, afirma Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). “O serviço tem tido boa receptividade da população e as drogarias têm na assistência farmacêutica a possibilidade de fidelizar clientes”, acrescenta.

Tratamento

E as clínicas em farmácias caíram mesmo no gosto da população. Desde março, o aposentado Walter Veiga, de 71 anos, não vai mais às lojas só em busca de remédio. Ele descobriu o serviço quando foi até uma das lojas da Pague Menos, que ficam próximas a sua casa, em Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas. A ideia era apenas comprar um “Dorflex” mas, ao chegar lá, viu uma plaquinha da Clinic Farma e resolveu aferir a pressão. “Comecei a ir à farmácia todos os dias durante uma semana, quando acendeu o alerta sobre a minha pressão que estava oscilando”, conta.

Foi aí que o aposentado antecipou o check-up e, ao se consultar com o seu cardiologista, descobriu que estava hipertenso. O tratamento que teve na farmácia conquistou ainda mais o cliente. “Mesmo que eu não seja obrigado a comprar o remédio aqui, evidentemente passei a só comprar na mesma farmácia por conta dessa clínica”, diz.

Ainda de acordo com ele, se fosse pagar para ir ao médico, uma vez por mês, pelo menos, não gastaria menos de R$ 30 reais com o deslocamento e estacionamento, fora que a consulta particular custa em torno de R$ 400. “Pago R$ 2.466 mil só de plano de saúde por conta da idade. Se a gente não se cuidar e aproveitar esses benefícios que são de graça fica ainda mais pesado segurar essa despesa”, afirma.

Quem também tornou a ida à farmácia uma rotina foi a aposentada Moema Gonçalves, 63. Hipertensa e diabética, Moema faz o acompanhamento em uma das unidades da Santana, em Brotas. “Com esse cuidado que a gente recebe lá, se tornou um prazer vir na farmácia. Sempre que entro na loja, mesmo que seja para o acompanhamento da minha pressão e glicemia, acabo comprando alguma coisa”.

As farmácias afirmam que para utilizar o serviço não há nenhuma exigência quanto a aquisição de produtos em lojas da rede. De acordo com o coordenador técnico farmacêutico da Pague Menos Regional Bahia, Rogério Teles, é necessário apenas preencher o cadastro em uma das lojas onde as clínicas funcionam. “O maior ganho para a empresa é a grande adesão e busca por nossos serviços. A contrapartida é disponibilizar uma atenção farmacêutica em um país com grande número de casos de morte por intoxicação medicamentosa e uma população de doentes crônicos em grande crescimento”, pontua.

A Farmácia Santana também quer ser lembrada pelo cliente. De acordo com a coordenadora da área de Regulatório da empresa, Marina Anunciação, em um ano, a adesão ao Momento Saúde cresceu 120%. "As patologias mais recorrentes são hipertensão e diabetes".

FARMÁCIAS EM SALVADOR E REGIÃO METROPOLITANA

Pague Menos
Lauro (R. Praia de Arembepe);
Stella Maris (R. Capitão Mello);
Stella Maris (R. Alameda Praia de Atalaia);
Camaçari (Av. Comercial);
Pituba (Av. Paulo VI);
Jaguaribe (Av Octavio Mangabeira);
Rio Vermelho (R. Marquês do Monte Santo).

Santana Unidade de Brotas (Dom João VI, 486).

FARMÁCIAS NO INTERIOR DO ESTADO

Pague Menos
Eunápolis (Av. Porto Seguro, 307);
Juazeiro (Rua 15 de Julho,8/ Avenida Raul Alves,10);
Jequié (Rua Itália, 32);
Feira de Santana (Av. João Durval Carneiro N°3518/ Av. Getúlio Vargas,2581);
Vitória da Conquista (Avenida Brumado,341/ Rua A,6);
Ilhéus (Av. Lomanto Jr, 460);
Itabuna (Av. Felix Mendonça, 853/ Rua do Cinquentenário,380);
Cruz das Almas (Av. Alberto Passos,230);
Guanambi (Av. Otavio Mangabeira, 2021);
Brumado (Av. Coronel Tiberio Meira,18);
Itapetinga (Rua Pastor Samuel de Oliveira Santos, 100);
Caetité (Av. Woquinton Fernandes Teixeira,175);
Ipiaú (Praça João Carlos Hohlenwerger,11);
Bom Jesus da Lapa (Av. Manoel Novais,1406);
Livramento (Av. Doutor Edimilson Pontes,135);
Itamaraju (Av. Antônio Carlos Magalhães, 246);
Jaguaquara (Rua Avelar,28);
Itaberaba (Av. Eduardo Gomes,169);
Santa Maria da Vitória (Praça Doutor Luis Viana Filho,6);
Barreiras (Av. Antônio Carlos Magalhães,964);
Ipirá (Rua Valdomiro Lins, 118);
Santo Amaro (Rua do Imperador, Nº 14);
Campo Formoso (Av. Cândido Ribeiro Peralva, 245);
Texeira de Freitas (Av. São Paulo,44);
Irecê (Av. Adolfo Moitinho, 251 A);
Catu (Rua Desembargador pedro Bittencourt, 02);
Poções (Avenida Cônego Pithon,132);
Camaçari (Avenida Comercial, 390);
Conceição do Coité – (Praça Dr. José Gonçalves,104).

A mudança de perfil das pequenas farmácias

São Paulo 12/05/2017 – O mercado de varejo farmacêutico vem crescendo no Brasil mesmo na crise que já se alonga, mas para ter sucesso é preciso estar atento as mudanças que vem ocorrendo ao invés de focar apenas no crescimento

Acompanhamos nos últimos anos grandes mudanças no perfil das farmácias e também significativas mudanças no perfil dos proprietários empreendedores deste ramo.

Se antigamente as pequenas farmácias de bairros eram uma referência para o cuidado e primeiros socorros, seja de pequenos ferimentos como também de algumas enfermidades, época onde os farmacêuticos eram praticamente os “médicos” dos bairros, hoje o cenário é muito diferente com uma concorrência cada vez maior, e consumidores buscando cada vez mais um bom atendimento e preços reduzidos, o que traz um grande desafio de fidelização e crescimento, e muda o perfil tanto das lojas como também de seus proprietários.

Muitos novos empreendedores apresentam uma formação em áreas diferentes da área de farmácia, ou seja, cada vez mais pessoas com características e conhecimento de gestão investem no ramo e se apresentam com esse diferencial para desenvolver o negócio.

Isso traz um desafio para os atuais farmacêuticos donos das pequenas farmácias que é o de se atualizar na gestão do seu negócio, a buscarem capacitação em áreas que até então não se preocupavam tanto tecnicamente, tais como marketing, gestão de estoques, finanças, contabilidade e gestão de pessoas, para que assim tenham mais conhecimento e possam concorrer de igual para igual com este novo perfil de empreendedores donos de farmácias.

Em momentos como o atual, por causa do ambiente macro econômico, ter competência e saber como gerir o negócio pode representar muito para a sobrevivência do negócio ou mesmo a manutenção da rentabilidade e lucratividade.

Além disso, grandes redes possuem uma estratégia agressiva de expansão e se aproximam cada vez mais de regiões que antigamente nem se imaginava que poderiam ter interesse, provocando ainda mais concorrência e exigindo estratégias para manutenção dos mercados até então dominados pelas próprias pequenas farmácias.

Do pondo de vista do negócio, a venda de não medicamentos também passou a ser uma importante fonte de receitas das farmácias e obrigou mais investimentos, tanto na compra de produtos para revenda como também de espaço para exposição, o que para os novos negócios e as grandes redes acabam sendo naturais na abertura de novas lojas e que pode exigir das farmácias mais antigas, uma reformulação total do negócio.

Outras mudanças devem ocorrer num futuro breve, como exemplo pode-se destacar a expectativa do aumento de vendas pelo canal de e-commerce, o que irá acirrar ainda mais a concorrência e exigir visão e ação dos empreendedores para se diferenciarem e garantir a conquista de clientes.

Quem se preparar e estiver atento aos novos acontecimentos, poderá adotar estratégias importantes, como talvez se associar em redes associativas (estratégia já adotada por muitos e que já representa uma importante participação no mercado brasileiro), na busca de melhores condições para crescer, mas é provável, como em qualquer segmento que passe por transformações, que alguns terão que se contentar com a manutenção de seus ganhos atuais e até mesmo apenas a sobrevivência de seus negócios.

Luis Fernando Freitas
www.thinkahead.com.br

Website: http://www.thinkahead.com.br

Governo reabastece farmácias hospitalares com medicamentos para lúpus e toxoplasmose

Com a compra, a rede de saúde do Estado garante o abastecimento por um ano

12/5/2017 | 16:51

Após a conclusão do processo licitatório, a Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Amapá (Sesa) recebeu nesta quinta-feira, 12,  lotes do medicamento hidroxicloroquina – para portadores de lúpus – e do espiramicina – remédio indicado para grávidas com toxoplasmose, para tentar evitar a transmissão da doença para o filho. O quantitativo comprado garante  o abastecimento das unidades de saúde por 12 meses.

A hidroxicloroquina faz parte do Programa de Medicamentos Excepcionais e de Alto Custo do Ministério da Saúde, que atua exclusivamente com medicamentos de uso controlado. Os pacientes passam por exames, consultas, confirmação da doença e verificação dos documentos pessoais. Os pacientes que estão devidamente cadastrados podem procurar a farmácia do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal). Já  para a aquisição da espiramicina, para grávidas com toxoplasmose, a referência é o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML).

O Estado chegou a ficar com o estoque zerado dos medicamentos, em decorrência da inabilitação e/ou desclassificação das propostas de empresas nas últimas licitações para a aquisição dos remédios, impossibilitando legalmente a compra.

De acordo com coordenadora de Assistência Farmacêutica da Sesa, Carla Soeiro, para o abastecimento completo da rede é obrigatória a conclusão do processo licitatório, cumprindo prazos estabelecidos por lei, o que muitas vezes torna a aquisição de medicamentos demorada.

“O importante é que a quantidade dos dois remédios atenderá a demanda dos pacientes durante 12 meses e, principalmente, para aqueles que não tem condições de comprar, por se tratar de medicamentos de valores expressivos”, finalizou.

Pague Menos lança campanha Amor pra cuidar de você

maio 10, 2017

As Farmácias Pague Menos, primeira rede de varejo farmacêutico presente em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal, acabam de lançar em todo o Brasil mais uma etapa da campanha Amor pra cuidar de você, criada pela agência Advance Comunicação.

Um novo vídeo está em veiculação durante todo o mês de maio em rede nacional, em exibição nas TVs Globo e Bandeirantes, no SBT Nordeste e nas afiliadas da TV Record na Bahia, Sergipe e Ceará. Além disso, ganhou destaque na fanpage e Youtube da própria varejista. No vídeo, as Farmácias Pague Menos reforçam seu compromisso com o cuidado e prevenção da saúde do brasileiro.

A peça apresenta depoimentos de crianças sobre cuidados que recebem desde cedo de suas mães e o desejo de que elas também cuidem da própria saúde e, assim, participem de suas conquistas e momentos futuros. Serviços, como o Clinic Farma são destacados pelo foco na orientação farmacêutica gratuita à população em mais de 530 estabelecimentos.

“No mês de maio, as Farmácias Pague Menos comemoram 36 anos de existência. A campanha traduz nossa missão de levar saúde e bem-estar a cada brasileiro e na relação próxima que cultivamos com tantas famílias, frequentadores de nossas lojas e usuários de nossos serviços”, explica Aline Loureiro, diretora de marketing da rede.

Cuidado com a dosagem, pois o que cura pode até matar

Por
Redação –

10/05/2017 – 10:38

Marcelo Levites

Quem nunca ouviu a frase de que a diferença entre o medicamento e o veneno é a dose? Não é raro muitos idosos tomarem em um único dia 10 a 12 pílulas.

Às vezes a tentação de tomar um remedinho para aquela dor de cabeça, desconforto no estômago ou seguir a receita do vizinho sem orientação médica é grande. Não é verdade?

Mas vale lembrar categoricamente que se você está fazendo isso, pare agora. É muito perigoso.

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), cerca de 20 mil pessoas morrem no País vítimas da automedicação, todo ano. Sete em cada 10 se automedicam no País. O uso sem orientação médica é considerado atualmente um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

Para quem toma muitas pílulas no dia, combinar medicamentos, esquecer que tomou e repetir a dose ou tomar em horários errados pode significar alguns efeitos colaterais bastante desconfortáveis. Veja alguns:

A falta de medicamento pode provocar ansiedade;
Desconforto gástricos e intestinais;
Inibir sintomas de uma doença mais grave;
Diminuir o nível de consciência;
Levar a uma hospitalização indesejada.

Mas, calma. Algumas dicas podem ajudar a minimizar ou até evitar que esses efeitos ocorram.

1. Só utilize medicamentos prescritos por um médico;
2. Se organize e crie uma tabela com os horários e as pílulas que devem ser ingeridas no dia;
3. Utilize separadores de cápsulas. Elas ajudam a organizar os remédios por dia e por período (manhã, tarde ou noite);
4. Peça ajuda a algum familiar para organizar a lista de horários e tipos de medicamentos a serem tomados;
5. Se está bem familiarizado com a tecnologia, alguns aplicativos são uma mão na roda para lembrar o horário do remédio e até qual deve ser ingerido. Dão, inclusive, uma forcinha para tomar água;
6. Mantenha sempre contato com seu médico para eventuais falhas na dosagem ou se esqueceu de tomar um medicamento.
7. Lembre-se: medicamento não é bala para ser tomado hora que der vontade. Sua saúde é um bem que deve ser preservado. Viva mais e melhor.

Farmacêuticos defendem projeto que institui piso salarial aos profissionais em MS

10 de maio de 2017

Farmacêuticos que atuam em Mato Grosso do Sul participaram da sessão plenária desta quarta-feira (10/5) e defenderam a aprovação do Projeto de Lei (PL) 83/2017, de Dr. Paulo Siufi (PMDB), George Takimoto (PDT), Mara Caseiro (PSDB) e Professor Rinaldo (PSDB), que instituiria o piso salarial para farmacêuticos e farmacêuticos bioquímicos. No entanto, a proposta foi retirada da ordem do dia por acordo entre as lideranças partidárias. Segundo o presidente da Casa de Leis, Junior Mochi (PMDB), o PL será substituído por uma indicação, a ser encaminhada ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com a assinatura dos 24 deputados estaduais. “Vamos solicitar ao governador que encaminhe proposta com o mesmo teor do projeto para a apreciação desta Casa de Leis, considerando que deve ser de iniciativa do Executivo”, informou.

Os deputados Dr. Paulo Siufi, Amarildo Cruz (PT) e Beto Pereira (PSDB) reiteraram que o objetivo é garantir que a proposta a ser discutida no Legislativo estadual efetivamente vire lei e traga benefícios aos profissionais que atuam no Estado. O texto original estabelecia piso de R$ 3.748,00 para a jornada de 40 a 44 horas semanais, R$ 2.811,00 para 30 horas semanais, R$ 1.874,00 para 20 horas semanais e R$ 937,00 para 12 horas semanais. O reajuste seria anual, sempre no dia 1º de janeiro do ano subsequente, pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A remuneração mínima obrigatória teria que contemplar as seguintes categorias: laboratórios de análises clínicas; farmácia em hospital; indústria farmacêutica; distribuidoras, farmácias e drogarias, profissionais estaduais da saúde pública e demais atividades inerentes ao farmacêutico.

Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, trata-se de reconhecer a importância da categoria. “Tinha a expectativa de que o projeto fosse aprovado, mas continuo feliz com o apoio dos deputados ao que deverá vir a esta Casa de Leis, que representará a valorização dos profissionais”. Ele lembrou que os profissionais já são reconhecidos pela sociedade, mas continuarão mobilizados na luta por direitos. “Não é a despesa de instituir o piso salarial que traz ônus ao Poder Público, mas o grande desperdício de medicamentos que temos no Brasil, entre outras coisas”, analisou, reiterando que os profissionais têm atuação fundamental na atenção básica em saúde, em benefício da população.
Autor: Agência ALMS

Deputados negam piso para farmacêuticos e projeto gera discussão entre sindicatos

O projeto de lei de autoria do deputado estadual Paulo Siufi (PMDB), que prevê piso salarial para farmacêuticos de Mato Grosso do Sul, não foi aprovado hoje na Assembleia Legislativa.

Lei federal que possibilita estados a criar pisos para a categoria, porém, para que essa lei seja aprovada é necessário que não haja acordo coletivo ou convenção e a categoria do Estado dispõe de piso salarial definido e renegociado.

"Projeto não pode ser propositura parlamentar. Deve ser de inciativa do Executivo", declarou o presidente da Casa de Leis, deputado estadual Junior Mochi (PMDB).

Considerado polêmico, o projeto propõe piso salarial para todos os farmacêuticos do Estado. "Não tem como esse projeto ir pra frente. E as farmácias de bairro? E as de pequenos municípios?", defendeu o deputado estadual Zé Teixeira (DEM).

Nivelando o salário dos profissionais no valor de R$3.748,00, o deputado do DEM defende que tem estabelecimentos onde empresários de farmácia recebem, como lucro, menos do que o piso que a categoria está reivindicando.

"Tem farmácias que não ganham esse valor de lucro e como que eles querem obrigar o empresário a pagar esse piso?", questionou Teixeira.

BATE E REBATE

Indagado as críticas dos deputados, o presidente do Conselho Federal de Farmácias, Walter Jorge João, disse a saída é o empresário mudar de ramo caso tenha lucro que não permite o pagamento do piso. "Para micro empresários existem outros ramos de atividade", declarou.

Rebatendo a afirmação de Walter, o presidente do Sindicato do Comércio de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul, Roberto Martins Rosa, disse que a proposição deveria ser direcionada apenas para piso salarial de cargos públicos de farmacêutico no Estado e nos municípios.

"As empresas privadas já tem seu piso estabelecido por convenção e por isso não cabe mais essa lei. O público pode entrar no piso do privado, que é de R$2.720,00", defendeu.

Roberto ainda criticou o presidente do Conselho Federal. "Um absurdo ele mandar fechar farmácias que não dão conta de pagar esse piso. Existem empresários que recém começaram no ramo."
Correio do Estado

Farmácias chilenas iniciarão venda de remédios à base de maconha

Preço médio para tratamento de um mês será de US$ 310. Chile legalizou o uso de maconha medicinal em 2015.

Por Reuters

10/05/2017 20h47

Farmácias de Santiago, capital do Chile, vão começar a vender nesta semana remédios à base de cannabis. Segundo as companhias envolvidas no lançamento, esta é a primeira vez que tais tratamentos serão oferecidos por drogarias na América Latina, informa a agência Reuters.

A produtora e distribuidora canadense de cannabis Tilray disse ter se associado com a companhia local Alef Biotechnology, que é licenciada pelo governo chileno.

O Chile legalizou o uso de maconha medicinal em 2015 e está entre uma série de países da América Latina gradualmente afrouxando leis de proibição de cultivo, distribuição e consumo de cannabis.

“Ao importar produtos medicinais de cannabis da Tilray para o Chile, pretendemos aliviar o sofrimento daqueles em necessidade ao oferecer produtos médicos de cannabis puros, precisos e previsíveis”, disse o presidente do conselho da Alef, Roberto Roizman, em comunicado.

Produtos T100 e TC100 da Tilray estarão disponíveis inicialmente em diversas farmácias em Santiago, sob receita médica. O preço médio de venda será de US$ 310 para um tratamento que dura cerca de um mês, disse um porta-voz.

Até esta semana, pacientes no Chile podiam somente obter maconha medicinal ao importá-la ou a partir de um número limitado de fazendas dedicadas por uma organização de caridade. O Congresso do Chile está debatendo um projeto de lei que pode permitir que pessoas cultivem suas próprias plantas.

A Argentina e Colômbia estão seguindo caminhos similares.

O Uruguai se tornou um pioneiro global quando legalizou o cultivo, distribuição e consumo de maconha no final de 2013. Farmácias no país irão começar vendas legais de maconha recreativa a partir de julho.

Votação de projeto que institui piso de farmacêutico é adiada para quarta

Decisão aconteceu depois de divergências entre deputados

Mayara Bueno e Leonardo Rocha

Ficou para quarta-feira (9) a votação do projeto de lei que institui o piso salarial dos farmacêuticos de Mato Grosso do Sul. Prevista para hoje, a discussão não aconteceu, pois relator e autor da proposta se desentenderam sobre o parecer.

Conforme a presidente do CRF (Conselho Regional de Farmácia), Kelle Slavec, atualmente existem pisos diferentes e intenção do projeto é unificá-los, tendo como base o salário de R$ 3.748 para 40 horas semanais.

A remuneração, se aprovada, vai abranger profissionais que atuam em hospitais, laboratórios e farmácias. São 3 mil atuantes em MS.

Nesta manhã, o plenário estava lotado de profissionais aguardando a votação do projeto. Semana passada, os deputados aprovaram o regime de urgência da medida.

Discussão – O problema começou porque o relator do projeto, deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia, Beto Pereira, afirmou que, para votar hoje precisaria de seu parecer, mas o regimento dá o prazo de 48 horas para elaboração, o que gerou vaias do público. “Como o tema é importante, eu não poderia emitir neste momento, então vou usar este tempo para depois me manifestar”.

Contrariado, o deputado Paulo Siufi (PMDB) lembrou que já votou outros projetos em regime de urgência, medida prevista no regimento. “Como houve esta decisão, eu declaro que estou saindo da base do governo, se não for votado o projeto”.

Para encerrar a discussão, o presidente da casa de leis, deputado Junior Mochi (PMDB), deu prazo de 24 horas para que Beto emita o parecer. Desta forma, a votação da matéria está prevista para amanhã.

Afirmando ter saído da base, Siufi deixou a Assembleia junto com os farmacêuticos, afirmando que iria na Governadoria para comunicar a decisão ao governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).