Casos de intoxicações aumentam quase 30% no país

Na esteira da expansão do mercado farmacêutico, cresce o número de pessoas intoxicadas por medicamentos. Entre 2002 e 2012, foram pelo menos 304,6 mil casos no país, segundo os dados mais atualizados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O aumento registrado nesse período foi de 28,6%. Principal agente causador das intoxicações, os remédios provocaram a morte de 853 pessoas, sendo 86 delas no Rio Grande do Sul. Mas o próprio Sinitox admite que o número pode ser muito maior devido à subnotificação.

O Plantão de Emergência do Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT-RS) atendeu, no ano passado, 22,7 mil casos do que tecnicamente é chamado de “exposição humana a agentes com potencial tóxico”. Os medicamentos responderam por quase 30% das ocorrências. Acidente, tentativa de suicídio, erro de administração e automedicação são as principais causas das intoxicações envolvendo fármacos. Crianças de um a quatro ano costumam ser as principais vítimas.

Para o médico toxicologista Carlos Augusto de Mello, do CIT, a automedicação, a proliferação de farmácias e o armazenamento inadequado são alguns dos fatores que contribuem para os incidentes envolvendo remédios – são, em média, 18 por dia. Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), ele ressalta que, na maioria das vezes, o problema é o mau uso do fármaco, pois “nenhum produto é mau em si, intrinsecamente”.

– As pessoas têm muitos remédios em casa. Compram muitos por conta própria, principalmente esses de venda livre, e não dão importância para o risco que é manter muitos medicamentos em casa, estocados de maneira inadequada.

Apenas três substâncias foram responsáveis por mais de um terço das intoxicações por medicações no Estado em 2014 – ano da publicação do último relatório do CIT-RS. Foram 2.052 casos por overdose ou reações ao uso de clonazepam (um ansiolítico, mais conhecido pelo nome comercial Rivotril), fluoxetina (antidepressivo) e paracetamol (analgésico/antipirético). Quase 30% das ocorrências envolveram crianças com menos de quatro anos.

Na avaliação de Mello, uma alternativa para diminuir os acidentes com crianças ingerindo medicamentos seria uma mudança na legislação brasileira, por exemplo, obrigando as indústrias a fabricarem embalagens mais seguras. Desde 1994, está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei que determina a utilização da inscrição “Embalagem Especial de Proteção à Criança (EEPC) em medicamentos e produtos químicos de uso doméstico que apresentem potencial de risco à saúde”.

Nos próximos cinco anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) quer reduzir pela metade o número de “problemas evitáveis provocados por erros no uso de medicamentos”. O custo associado aos incidentes é estimado em US$ 42 bilhões por ano, ou quase 1% do total das despesas de saúde no mundo. Nos Estados Unidos, equívocos na prescrição e no consumo de remédios prejudicam a saúde de 1,3 milhão de pessoas por ano e causam pelo menos uma morte por dia.

Os mais vendidos (Em número total de unidades no país)
-2012
2,82 bilhões – Neosoro (descongestionante nasal)
-2013
3,04 bilhões – Glifage (antidiabético)
-2014
3,28 bilhões – Dipirona Sodica (analgésico e antipirético)
-2015
3,52 bilhões – Ciclo 21 (anticoncepcional)
-2016
3,69 bilhões – Cimelide (anti-inflamatório)
Dicas para evitar acidentes
-Mantenha os remédios e demais produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das crianças.
-Leia a bula antes de usar um medicamento.
-Evite tomar remédio na frente das crianças.
-Não use medicamentos no escuro para evitar a troca indevida por outro.
-Não utilize remédios sem orientação médica.
-Mantenha as pílulas nas embalagens originais, com a bula.
-É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco, pois, quando estiver sozinha, poderá ingeri-lo.
-Nunca use medicamentos vencidos.
– Nunca coloque a embalagem com o seu conteúdo na lixeira.
-Cuidado com pílulas de uso infantil e adulto com embalagens muito parecidas. Erros de identificação podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais.
Fonte: Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas (Sinitox)

Setor “imune” à crise econômica

Entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2017, o mercado farmacêutico movimentou R$ 88 bilhões – cifra que corresponde a quase 80% do gasto total com saúde no país, considerando o piso de investimentos na saúde (R$ 115,3 bilhões) da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017. É como se cada brasileiro gastasse R$ 424,33 com a compra de medicamentos por ano. Nos últimos quatro anos, a receita com a venda de remédios no Brasil aumentou 64,5%, e a quantidade de unidades vendidas, 31%, conforme dados da QuintilesIMS, auditoria de mercado farmacêutico.

O setor parece ser imune à crise econômica que faz pipocar pelas cidades as plaquinhas de “aluga-se”. Aliás, muitas das salas comerciais que ficam vagas acabam reabrindo as portas como pontos de vendas de fármacos, especialmente de grandes redes. Presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto afirma que há um movimento de concentração, em que “as grandes estão tomando mercado das pequenas”. Atualmente, as 27 empresas associadas detêm 44% do mercado nacional. Duas décadas atrás, segundo ele, essas redes abocanhavam uma fatia de apenas 20%.

Em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, a Drogaria Santa Cruz resiste à pressão da concorrência e destoa desse cenário. Durante muito tempo, o estabelecimento, que tem 83 anos, reinou absoluto. Agora, somente na Rua Marechal Floriano, a principal da cidade, são oito concorrentes. No Estado, é o município com mais de 120 mil habitantes que apresenta o maior número de farmácias por habitante. A relação é de uma loja para cada grupo de 1,6 mil pessoas.

– Fico impressionado – diz Lucas Scalcon, um dos proprietários da Drogaria Santa Cruz, que atende, em média, a 400 pessoas por dia.

Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, o aumento das vendas nos últimos anos reflete o crescimento da classe média, o envelhecimento da população e uma busca constante por qualidade de vida. Ele pondera que há um arrefecimento nos últimos anos, sinal de que a crise demorou para bater à porta, mas chegou.

– Já vemos o reflexo do desemprego – avalia Nelson Mussolini. – É uma alavanca que puxa para baixo o desenvolvimento da saúde. Se alguém está com dor de cabeça e está empregado, compra um remédio. Se está desempregado, vai para um quarto escuro e espera a dor passar.

Até 2021, o Brasil deverá ocupar a quinta colocação no ranking mundial do mercado farmacêutico, desbancando França e Itália. Único país do mundo em que é permitida a publicidade direta ao consumidor (com anúncios na televisão, por exemplo), os Estados Unidos lideram, com um faturamento de US$ 461 bilhões.

– Estamos entre cinco países mais populosos, então é normal que estejamos, também, entre os cinco maiores em termos de consumo de medicamentos – justifica o diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo.

No Brasil, como a propaganda é mais restrita (é permitido anunciar apenas medicamentos isentos de prescrição), a indústria investe na relação com os médicos e as farmácias. Estima-se que as despesas com a promoção de fármacos (US$ 60 bilhões ao redor do mundo) superam em duas vezes os gastos com pesquisa. Os representantes dos laboratórios são os “propagandistas”, que visitam os médicos para levar informações sobre os produtos. Você já deve ter cruzado com um nas salas de espera dos consultórios: pessoas bem vestidas, puxando maletas geralmente cheias de amostras grátis. Esse investimento está embutido no custo do produto.

– Toda a informação científica sobre o produto tem que ser levada para o médico, que vai avaliar e prescrever. Então, temos que contratar muita gente, e essas pessoas precisam se deslocar. Como é que você pode contratar uma quantidade enorme de gente e absorver esse custo? Não tem como – diz Pedro Bernardo.

Empresa abre 47 vagas no setor farmacêutico em Fortaleza

Candidatos devem procurar unidade do Sine/IDT até sexta-feira.

Por G1 CE

04/05/2017 15h26

O Sine/IDT divulgou oferta de 47 vagas no setor farmacêutico em Fortaleza, sendo 15 para farmacêuticos (disponíveis para candidatos com dados do Conselho Regional de Farmácia atualizados), 16 para atendentes de balcão de farmácia (para profissionais da área com experiência ou que estejam cursando Farmácia) e 16 para operador de caixa.

Os interessados devem se dirigir à unidade do Sine/IDT da Aldeota, na Avenida Santos Dumont, 5015, até esta sexta-feira (5). O candidato deve portar os seguintes documentos: RG, CPF, carteira de trabalho, comprovante de endereço e currículo atualizado.

O Sine/IDT não divulgou a remuneração para cada vaga, sendo o salário definido pela empresa contratante.

Consulta discute regra para farmácia fazer vacinação

Regra para serviços de vacinação será atualizada para permitir que farmácias façam vacinação. Previsão está na Lei 13.021/2014.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 04/05/2017 10:45
Última Modificação: 04/05/2017 11:18

As regras para o funcionamento dos serviços de vacinação estão em discussão pela Anvisa. O principal motivo é adequar as normas atuais para que as farmácias também apliquem vacinas com o mesmo controle e segurança que já é adotado nos serviços tradicionais de vacinação.

A previsão deste tipo de serviço foi criada pela Lei 13.021/2014. Porém, a norma atual não se aplica de forma clara para as farmácias e drogarias. Esses locais não têm um histórico de armazenamento e aplicação, por isso, precisam fazer adequações caso queiram oferecer o serviço.

As vacinas são medicamentos específicos que necessitam de condições especiais de conservação, além da aplicação por um profissional habilitado para este trabalho. As farmácias e drogarias que pretendem fazer vacinação deverão ter uma infraestrutura específica que inclui a sala de imunização com equipamento de refrigeração exclusivo para vacina e recipiente para o descarte de materiais perfurocortantes, entre outros.

Os serviços de vacinação, incluindo as farmácias, também precisam ter um sistema de controle para garantir a conservação desses medicamentos em casos de falta de energia ou necessidade de transporte.

Participe agora da Consulta Pública de Serviços de Vacinação.

Consulta Pública 328/17: Veja o texto proposto da norma.

Prazo: até o próximo dia 31 de maio.

Como contribuir: acesse formulário eletrônico.

As Consultas Públicas são o principal instrumento de participação social utilizado pela Anvisa para recolher contribuições dos interessados sobre as propostas regulatórias e assim subsidiar a tomada de decisões da Agência sobre determinado ato normativo. Veja a cartilha sobre a participação em Consultas Públicas.

Aumenta procura por medicamentos em farmácias e atendimentos no PAM

Farmácias já registram aumento de até 20% na venda de remédios contra a gripe, vitaminas e viroses e no PAM crescem os atendimentos por problemas respiratórios

Por Gilmar Pinato Da Redação

Neste período de outono, com as temperaturas mais baixas começam a surgir nas pessoas de todas as faixas etárias, problemas respiratórios e principalmente a gripe. Tanto o Pronto Atendimento Municipal (PAM), como farmácias e drogarias da cidade já registram uma procura maior por medicamentos, vitaminas e atendimentos como a inalação.

“A gripe é sazonal, a queda da temperatura nesta época do ano associada ao vento fresco de manhã facilitam o contágio e aumentam os atendimentos para os casos de doenças respiratórias, crianças com rinite e até pessoas com asma”, informa a diretora do PAM, Nilva Maria de Paula.

Nas farmácias e drogarias os reflexos são os mesmos. “A venda de medicamentos aumentou em até 20% nesses últimos dias, são remédios antigripais de forma geral e também vitaminas que as pessoas procuram para fortalecer o organismo nesta época, principalmente a vitamina C”, informa a funcionária de uma das farmácias de Dracena, Ana Laura Cotarelli.

Os casos mais graves de gripe que de acordo com Cotarelli, são poucos, mas já surgiram casos na farmácia neste ano, o medicamento utilizado é injetável. “Mas para aplicar injeção é necessária prescrição médica”, orienta a funcionária. Além da gripe, a funcionária explica que também está aumentando a procura por remédios contra viroses que provocam vômitos e diarréias

TAMIFLU- Na farmácia do Centro de Saúde Takashi Enokibara (Postão) também já começaram os atendimentos com entrega do medicamento Tamiflu. De acordo a farmacêutica Janaina Pinotti, desde o começo deste ano, foram encaminhados o tratamento com Tamiflu 75 mg (Fosfato de oseltamivir) para cinco pacientes, sendo quatro no mês de abril e um neste mês.

Apesar de neste ano, a procura pelo remédio na farmácia do Postão ser menor em relação a 2016. “Comparando com o ano passado, neste mesmo período foram 39 pacientes que fizeram uso do Tamiflu, um decréscimo importante”, salienta a farmacêutica.

Pinotti acrescenta que o Tamiflu é indicado para tratamento e profilaxia de gripe em adultos e crianças (inclusive a H1N1) com idade superior a um ano. “Porém o remédio (Tamiflu) não substitui a vacina contra a gripe”, conclui a farmacêutica.

Misturar remédios é um risco à saúde. Saiba como evitar reações adversas

Farmácias alertam população no Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos

Do R7

Se automedicar é um perigo à saúde, mas sabemos que muita gente ainda toma aquele remedinho para dor de cabeça, por exemplo, sem nenhum cuidado. Para alertar sobre este e outros usos incorretos de medicamentos, farmácias e drogarias de todo o País estarão unidas nesta sexta-feira (5) em campanha de conscientização para alertar a população quanto aos perigos da automedicação no Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos.

O presidente executivo da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), Sergio Mena Barreto, explica que quem visitar uma farmácia associada nesta sexta-feira vai receber orientação sobre o uso adequado de medicamentos, os perigos da automedicação, reações adversas e até sobre o descarte apropriado de remédios, entre outras informações.

— Queremos informar e ressaltar sobre os riscos do uso inapropriado de medicamentos, sem o respaldo de um médico ou farmacêutico. Estamos falando de um problema de saúde pública, que interfere na eficácia e na continuidade dos tratamentos, e a farmácia pode atuar como um grande canal de apoio para mudar este cenário.

Também em função da campanha, na próxima segunda-feira (8), farmacêuticos prestarão atendimento à população no hall de entrada da Câmara dos Deputados, das 12h às 16h.

Os últimos dados do Sinitox/Fiocruz (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz) de 2013 apontam que medicamentos são responsáveis por 28,4% das intoxicações no Brasil.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o uso racional de medicamentos ocorre quando os pacientes têm acesso ao medicamento de que necessitam, nas doses corretas, pelo período de tempo adequado ao tratamento e ao menor custo possível.

Conheça algumas reações indesejadas de interações entre medicamentos:

– AAS (ácido acetilsalicílico) + bebidas alcoólicas = aumento do risco de sangramento no estômago.

– Anticoncepcional + Vitamina C (acima de 1g) = Aumento dos níveis do hormônio da pílula (etinilestradiol) no sangue.

– Anticoncepcional + Antifúngico = Possível diminuição do efeito e aumento das chances de gravidez.

–  Anticoncepcional + Antibiótico = Efeito reduzido e aumento das chances de gravidez.

– Leite + Antibiótico = Redução do efeito do medicamento.

–  Paracetamol + anti-inflamatórios não esteroides = pode potencializar os efeitos terapêuticos e os tóxicos. A superdosagem aguda pode causar necrose hepática.

Veja 10 dicas para evitar problemas com medicamentos:

1- Solicite a orientação do farmacêutico antes de usar qualquer medicamento, mesmo os que não precisam de receita médica;

2 – Não utilize medicamento de venda sob prescrição médica sem receita médica;

3 – Não dizer às crianças que medicamento é doce ou gostoso, pois isso pode estimulá-las a consumi-lo;

4 – Só usar medicamentos nas doses indicadas;

5 – Evitar deixar os medicamentos no carro, principalmente no porta-luvas ou dentro de bolsas, expostos ao sol;

6 – Pergunte ao farmacêutico como conservar os medicamentos de forma correta;

7 – Ao utilizar os medicamentos, não siga recomendações de vizinhos, amigos e parentes. Consulte sempre o farmacêutico;

8 – Quando for à farmácia, consulte o farmacêutico. O profissional deve estar sempre identificado;

9 – Relate ao farmacêutico o aparecimento de qualquer problema ao utilizar o medicamento;

10 – Evite bebidas alcoólicas se estiver utilizando medicamentos.

Campanha que orienta o uso racional de medicamentos acontece nesta sexta (5) em Petrolina, PE

Campanha será realizada, das 9h às 16h, na Praça do Bambuzinho, no Centro de Petrolina.

Por G1 Petrolina

04/05/2017 17h23

O uso racional de medicamentos é o tema de uma campanha que acontecerá nesta sexta-feira (5), das 9h às 16h, na Praça do Bambuzinho no Centro de Petrolina , no Sertão de Pernambuco. A ação é realizada pelo Centro de Informação sobre Medicamentos, o Núcleo de Assistência Farmacêutica e o Colegiado de Farmácia da Universidade Federal do Vales do São Francisco (Univasf) e conta com a participação de estudantes dos cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia, professores e profissionais de saúde.

Durante a manhã, quem passa pelo local, poderá ter acesso a informações e esclarecimentos sobre o uso correto e seguro de medicamentos, além da abordagem de alguns temas como: o uso de medicamentos por gestantes, cuidados no uso de plantas medicinais, boas práticas de higiene e parasitoses, tratamento da tuberculose e medicamentos usados para saúde mental.

Também estará sendo feito o recolhimento de remédios vencidos para que seja feito o descarte correto.

A campanha também vai acontecer também na sexta-feira (5), na Praça do Paço Municipal em Juazeiro, na Bahia. Já na segunda-feira é a vez de Lagoa Grande, das 9h às 12h, na Praça Hermes de Amorim e na quarta-feira (10), das 10h às 12h, na Praça Herculano Menezes em Campo Formoso-BA.

Medicamentos manipulados podem sair até 30% mais barato para o consumidor.

Quinta, 04 Maio 2017 15:08 Escrito por NZ Comunicação

De abril pra cá, consumidores viram o preço dos remédios industrializados subir em até 4,76%. O índice máximo de reajuste, que varia conforme a categoria de medicamentos, foi divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Ao todo, 19 mil produtos ficaram sujeitos ao novo reajuste.

Já os insumos para os manipulados não sofreram alterações.

Dados da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), apontam que o setor de farmácias de manipulação movimentou no Brasil cerca de R$ 5 bilhões em 2016 e 73% dos empresários do segmento afirmaram crescimento diante da crise econômica.

O administrador de empresas Thiago Colósio, um dos criadores do Manipulaê, plataforma que conecta os consumidores com farmácias de manipulação, diz que “os manipulados podem ser mais baratos que os remédios industrializados porque são individuais. O paciente compra exatamente a quantidade de cápsulas ou dosagem que vai consumir, conforme recomendação médica. Não há desperdícios. Além disso, a individualização garante um resultado mais eficiente no tratamento.”

A Anfarmag também enfatiza que o manipulado tem a vantagem da adaptação. Para a associação, cada organismo absorve de uma forma e o medicamento manipulado leva isso em conta.

Uma pesquisa feita no ano passado apontou que a especialidade que mais prescreve manipulados no país é a dermatológica. Em seguida estão: ortopedia, endocrinologia e nutrição.

Thiago Colósio diz que o tratamento dermatológico, de fato, é o mais procurado. “Além disso, o mercado fitness, de saúde e bem estar, também vem ganhando muito espaço na farmácia de manipulação pela possibilidade do tratamento especializado para uma atividade específica”, completa.

Sobre Startup Manipulaê:

Conectar os consumidores com as melhores farmácias de manipulação e facilitar o processo de pesquisa e compra. Foi pensando nisso que o administrador de empresas Thiago Colósio e o engenheiro Rafael Diego de Angelo criaram a startup Manipulaê. "O Manipulaê vem para ajudar e representar os interesses dos consumidores deste mercado. Somos uma plataforma online gratuita para que as pessoas façam a cotação e comprem seus produtos manipulados. Mas além da tecnologia e facilidade, o Manipulaê se preocupa muito com o nível de qualidade e serviço das farmácias parceiras. Fazemos uma qualificação para definir as farmácias parceiras, e, além disso, exigimos que todas assinem um termo de compromisso com o consumidor – o que chamamos de Selo Manipulaê.”, explica Thiago Colósio.

Para utilizar este serviço, o consumidor acessa o site do Manipulaê – manipulae.com.br – envia imagem da sua receita médica ou indica o produto que precisa cotar, e preenche alguns dados como nome, e-mail e endereço para entrega. Esse processo pode ser feito pelo celular, tablet ou computador. O sistema envia automaticamente as informações para as melhores farmácias parceiras e o consumidor recebe cotações dos produtos em até cinco horas. Todo processo desde a cotação até o pagamento é feito no site do Manipulaê. “Além da facilidade e rapidez para fazer a cotação com as farmácias, o consumidor também economiza. Ele consegue comprar cada item separadamente, com mais de uma farmácia, otimizando assim o preço total da compra. Alguns clientes já relataram economia de até 40%.”, acrescenta Thiago.

Atualmente são 11 farmácias ativas na plataforma do Manipulaê que atendem qualquer categoria de produtos manipulados. As farmácias estão localizadas estrategicamente para atender todo o país.

Campanha alerta sobre os riscos do uso incorreto dos medicamentos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 50% dos cidadãos em todo o mundo não tomam medicamentos corretamente, e por diversas razões. A estimativa é que seria possível poupar bilhões de reais (370 milhões de euros) por meio do uso responsável dos medicamentos. O valor equivale a 8% da despesa mundial em saúde e que impactam em toda a cadeia: internamentos, morbidade e mortalidade.

Um outro levantamento feito pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) mostrou que 76,4% dos brasileiros utilizam remédios que não foram receitados por médicos, mas por indicação de familiares, amigos e vizinhos. A pesquisa também apontou que desses, 32% tomam uma dosagem maior do que a recomendada pelos médicos.

As principais consequências desse uso inadequado de medicamentos são: reações adversas, não adesão ao tratamento, superdosagem ou subdosagem, sinais e sintomas de erros de medicação.

O problema é tão grave, que há 5 anos a venda de antibióticos sem prescrição médica teve que ser proibida no Brasil para conter o uso indiscriminado. E para lembrar da importância da administração consciente dos medicamentos, que no dia 5 de maio é celebrado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. Em Londrina a data terá uma série de atividades, com eventos abertos ao público.

O uso racional dos fármacos é considerado racional quando feito com: indicação adequada, com a medicação correta, na dose certa de acordo com as condições clínicas do paciente, com administração e duração apropriadas, adesão adequada do paciente ao tratamento, e avaliação de possíveis eventos adversos relacionados ao tratamento.

São ações de conscientização. A rede de Farmácias Vale Verde vai promover palestra com gestantes nas cidades de Londrina e região de atuação, falando um pouco sobre os riscos da automedicação. Alguns testes gratuitos nas lojas pra verificar se a pessoa faz o uso correto de medicamentos. São questionários para serem respondidos na hora, e caso dê negativo o teste, o cliente ganha uma consulta farmacêutica na Clínica Minuto Saúde para ajudar a organizar sua rotina de medicamentos e orientações.

Seguem algumas informações para o melhor uso de medicamentos:

– Procure saber para que serve cada remédio que você toma, e como ele pode ajudar sua saúde. Pergunte ao médico ou ao farmacêutico sobre cada um deles.
– Não mude a dose dos seus remédios por conta própria. Tomar mais ou menos comprimidos do que foi prescrito pode prejudicar seriamente sua saúde. Não faça isso. Siga uma rotina organizada para tomar os remédios, principalmente se você toma vários. Isso ajuda a não esquecer e melhora os resultados do tratamento.
– Cuidado para não se esquecer de tomar seus remédios. Se você tem dificuldade para lembrar-se de tomar os seus remédios, converse com o farmacêutico sobre como simplificar seu tratamento.
– Acompanhe com o médico e o farmacêutico a evolução da sua saúde e dos seus exames para saber se seus remédios estão fazendo o bem esperado.
– Use a farmácia como apoio para acompanhar sua saúde, incluindo pressão arterial, glicose etc.
– Se algum medicamento estiver incomodando ou fazendo mal, sempre informe ao médico ou ao farmacêutico sobre isso. Eles irão te ajudar a resolver esse problema rapidamente.
– Não jogue remédios velhos ou vencidos no vaso sanitário ou no lixo comum. Descarte os medicamentos nos coletores da sua farmácia ou pelo sistema de coleta seletiva de lixo da sua cidade.
– Não deixe seus remédios acabarem, vá à farmácia antes disso. É importante não interromper o tratamento, por isso se organize para não ficar sem remédio.
– Discuta opções de marcas e preços com o farmacêutico e o médico. Se o tratamento é caro demais, você tem o direito de encontrar opções mais baratas para cuidar da sua saúde com a mesma qualidade.
– Não tome remédios tarjados por conta própria. A tarja vermelha ou preta indica que eles só devem ser usados com receita. Por isso, não aceite indicação de remédios tarjados.
Redação Bonde com Assessoria de Imprensa

Farmácias em Campinas vão ter ponto de descarte de cosméticos

Por
Leandro Las Casas –

4 de maio de 2017

Um projeto que obriga as farmácias a terem um ponto para descarte de cosméticos deteriorados ou vencidos deve virar lei em Campinas. O texto, que mantém a Prefeitura como responsável pela remoção final, foi aprovado na Câmara e segue para sanção do prefeito Jonas Donizette. O autor, vereador Zé Carlos, do PSB, afirma que a intenção é oferecer uma opção adequada justamente onde os produtos são vendidos.

A proposta determina que os locais ofereçam caixas coletoras aos consumidores e afixem cartazes informativos sobre a medida. Caso haja descumprimento, prevê 10 dias para adequação dos estabelecimentos. Se isso não acontecer, impõe multa de R$ 664,00.

Pesquisador da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, Carlos Fernando Melo confirma que a destinação precisa ser adequada. Segundo o projeto, as farmácias deverão acondicionar os cosméticos para que a retirada seja feita junto com os resíduos da saúde. Os comerciantes se mostram receptivos e não veem muitos problemas, mas ainda preferem esperar a sanção da lei pelo Executivo.