Novo medicamento para tratar tumor gastrointestinal

Terapia é responsável por uma taxa de controle da doença e redução de 73% do risco de morte

Por: JornaldaCidade.Net

O tratamento para tumores gastrointestinais depende do tamanho do tumor, localização, se existe disseminação da doença e rapidez com que se desenvolve. O principal tratamento é a cirurgia para remover o tumor quando possível, mas terapias e outros tratamentos também podem ser úteis em algumas situações. Já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa -, tratamento para pacientes adultos com tumor gastrointestinal (GIST) inoperável ou metastático com novos medicamentos é uma nova esperança surge. A terapia é responsável por uma taxa significativa de controle da doença e redução de 73% do risco de progressão ou morte, de acordo com os testes clínicos do Estudo GRID realizado com 199 pacientes. O regorafenibe (Stivarga®) age como um inibidor de multi-quinase oral que coíbe várias quinases (enzimas catalizadoras da fosforilação) dentro dos mecanismos envolvidos no crescimento e progressão do tumor – a angiogênese.

O oncologista Dr. Michel Alves explica que o tumor estromal gastrointestinal geralmente aparece na parede dos órgãos. “Trata-se de um tumor conhecido pela sigla GIST (gastrointestinal stromal tumors). É uma neoplasia maligna rara que acomete o trato gastrointestinal, principalmente o estômago, correspondendo a aproximadamente 1% dos tumores gastrointestinais. Ele se inicia na parede dos órgãos e não na mucosa como a maioria das outras neoplasias. Tem uma incidência aproximada de 20 a 40 casos a cada 1.000.000 de habitantes e acomete principalmente a faixa etária entre 50 e 60 anos”, diz o médico.

Quanto às causas, Dr. Michel enfatiza que a doença acontece devido a uma alteração numa proteína chamada c-kit. “Ela é responsável por controlar o crescimento e a multiplicação das células. Quando esta proteína apresenta um mau funcionamento, as células perdem esse controle e passam a se multiplicar desordenadamente, além de viverem por um período muito maior, características comuns às células malignas”, comenta o especialista.

A doença, dependendo do órgão afetado, pode mostrar alguns sinais no início. “Realmente vai depender muito do órgão afetado, mas não há sintomas específicos de GIST. O paciente pode apresentar dor de estômago, enjoos, vômitos, diarreia, prisão de ventre, vômitos com sangue, hemorragia digestiva, fezes escurecidas, distensão abdominal ou até mesmo uma massa palpável na barriga. Por isso estimulamos a procura imediata por auxílio médico”, enfatiza Dr. Michel.

Tratamento
Há novas drogas no mercado com grau de eficácia elevado, mas a cirurgia é o principal tratamento para GIST. Sempre que possível ela deve fazer parte da proposta curativa. “Em alguns casos de tumores muito grandes, podemos tentar algum tratamento sistêmico antes da cirurgia para facilitar ressecção ou após o procedimento para reduzir o risco de recidiva da doença. Para pacientes que apresentam doença mais avançada, com metástases, há tratamentos sistêmicos com ótimas taxas de controle da doença. Esses tratamentos são um grande avanço na medicina ‘personalizada’, pois alvejam exatamente a causa da doença, a proteína c-kit”, destaca Michel Alves.

“Quando diagnosticamos a doença, faz parte da rotina solicitarmos exames de imagens (tomografias, ressonâncias, ultrassonografias e radiografias) para avaliarmos se a doença está localizada ou se já possui metástases. A partir dos resultados desses exames planejamos o tratamento. Quando se trata de doença avançada, surgem cada dia mais opções que controlam a doença, reduzem as lesões e retardam a evolução do tumor. A última delas, lançada no Brasil este ano é o Stivarga (regorafenibe)”, aponta o oncologista.

INTERFARMA e Biominas selecionam projetos para a inovação em saúde

Por Interfarma – Bruno Folli

29 de maio de 2017

O programa BioStartUp Lab, que promove o empreendedorismo de empresas startups, selecionou 21 projetos ligados à saúde para serem aperfeiçoados e apresentados ao mercado. Os trabalhos incluem novas moléculas com potencial para se tornarem medicamentos, suplementos alimentares, aplicativos ligados à saúde e ao bem-estar, além de outras tecnologias. Agora, os novos empreendedores entram na fase de aceleração, em que os seus projetos serão aprimorados para um futuro lançamento.

O projeto já teve três rodadas anteriores, com 1.210 pessoas inscritas em 410 projetos, de 137 instituições de ensino e pesquisa em 18 estados brasileiros e nove países. Essa quarta rodada, feita em parceira entre a Biominas Brasil e a INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), é exclusiva para projetos inovadores em saúde.

Para a rodada 2017, realizada em parceria com a INTERFARMA, foram analisados projetos de 351 empreendedores de 100 instituições, localizadas em 62 cidades brasileiras e outros dois países – Argentina e Iraque. Dessas propostas, o programa selecionou 78 projetos em diferentes estágios. As startups mais incipientes, que ainda são projetos dentro de uma universidade, responder por 26 projetos. Já as mais avançadas, com produtos lançados ao mercado, tiveram 15 projetos selecionados. Mas a maioria (37) está na fase intermediária.

Destes, a maior parte se enquadra no modelo de projeto em Saúde Humana, com 47 projetos. Aqui, estão inclusos moléculas com potencial para serem medicamentos e suplementos alimentares, entre outros. E os demais 31 projetos são ligados à tecnologia, como aplicativos para a saúde.

“Existem no Brasil muitos entraves para a inovação, como a resistência das universidades em trabalhar com a iniciativa privada e a própria iniciativa privada, em assumir os riscos da inovação. É preciso superar essas resistências para que se possa criar um ambiente favorável, objetivo também perseguido por essa iniciativa, que incentiva a inovação desde sua fase de projeto”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA.

A INTERFARMA e suas associadas entendem que existe ciência de alta qualidade na academia, mas há também uma deficiência no processo inovador. Ao oferecer suporte na modelagem do negócio, know-how de desenvolvimento de produto, acesso a mercado e networking global, a INTERFARMA contribui de forma efetiva para constituir uma nova geração de startups em saúde. Espera-se também que o programa colabore para promover uma melhor interação entre cientistas e empreendedores.

Três semanas de aceleração
Agora, os projetos selecionados passam por três semanas de aperfeiçoamento, com palestras, análises, suporte personalizado e compartilhamento de know-how. Depois disso, o programa entra na última etapa, em que os projetos aperfeiçoados começam a ser apresentados aos players do mercado. É nesse momento que podem acontecer investimentos e parcerias para o avanço das pesquisas e futuro lançamento do produto.

Medley oferece vagas de estágio em Campinas

Maio 29, 2017 Publicado por Nicole Ongaratto Publicado em Negócios Medley oferece vagas de estágio em Campinas

A Medley, unidade de genéricos e similares da Sanofi, está com inscrições abertas para o processo de seleção de estagiários em Campinas. São 20 vagas para estudantes universitários de diversas áreas, entre elas: Administração, Engenharia, Farmácia-Bioquímica e áreas correlatas.

A proposta do estágio da empresa é proporcionar a complementação do ensino acadêmico por meio da atuação prática, permitindo que os estudantes vivenciem este aprendizado no ambiente empresarial. A Medley é uma divisão da Sanofi, a maior companhia farmacêutica do mercado brasileiro, considerando o faturamento líquido no varejo, setor público, hospitais e clínicas. A empresa fabrica marcas consagradas e atua em segmentos diversificados, como medicamentos isentos de prescrição, vacinas, genéricos, medicamentos para doenças raras, oncologia, imunologia, diabetes e doenças cardiovasculares, entre outras.

A empresa busca jovens talentos com habilidades pessoais específicas, como trabalho em equipe, flexibilidade para ambiente dinâmico, pró-atividade, foco em resultados, interesse em adquirir conhecimento e se desenvolver. Além disso, os candidatos devem ter inglês a partir do nível intermediário e previsão de conclusão de graduação entre dezembro de 2018 e julho de 2019. As inscrições podem ser feitas pelo site da Companhia de Estágios (www.ciadeestagios.com.br) até o dia 7 de junho.

(Redação – Agência IN)

Sanofi oferece vagas de estágio

Segunda, 29 Maio 2017 18:59 Escrito por Mariana Nascimento
– Oportunidades permitem que estudantes universitários adquiram experiência no ambiente empresarial –

A Sanofi está com inscrições abertas para o processo de seleção de estagiários. São 80 vagas para estudantes universitários de diversas áreas, entre elas: Administração, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, Economia, Engenharia, Farmácia-Bioquímica, Letras, Publicidade e Propaganda, Psicologia, Relações Internacionais, Secretariado e áreas correlatas.

A proposta do estágio na Sanofi é proporcionar a complementação do ensino acadêmico por meio da atuação prática, permitindo que os estudantes vivenciem este aprendizado no ambiente empresarial. Com 4,7 mil colaboradores, a Sanofi é a maior indústria do mercado farmacêutico brasileiro, considerando o faturamento líquido no varejo, setor público, hospitais e clínicas. A empresa fabrica marcas consagradas e atua em segmentos diversificados, como medicamentos isentos de prescrição, vacinas, genéricos, medicamentos para doenças raras, oncologia, imunologia, diabetes e doenças cardiovasculares, entre outras.

As oportunidades são para as unidades da Sanofi no Estado de São Paulo, sendo 40 vagas para a sede, localizada no bairro do Morumbi, 20 para Campinas e 20 para Suzano.

A empresa busca jovens talentos com habilidades pessoais específicas, como trabalho em equipe, flexibilidade para ambiente dinâmico, pró-atividade, foco em resultados, interesse em adquirir conhecimento e se desenvolver. Além disso, os candidatos devem ter inglês a partir do nível intermediário e previsão de conclusão de graduação entre dezembro de 2018 e julho de 2019. As inscrições podem ser feitas pelo site da Companhia de Estágios (www.ciadeestagios.com.br) até o dia 7 de junho.

Sobre a Sanofi

A organização está presente no Brasil desde 1919, a partir de diversas aquisições ao longo dos anos. Com 4,7 mil colaboradores, a Sanofi é a maior indústria do mercado farmacêutico brasileiro, considerando o faturamento líquido no varejo, setor público, hospitais e clínicas. Tem sólida plataforma industrial no Brasil, responsável pela produção de 90% das unidades de medicamentos que a companhia comercializa no País. Possui um portfólio diversificado que abrange medicamentos isentos de prescrição e produtos de consumo, com a unidade de negócios Sanofi Consumer Healthcare; tratamentos para inflamação, alergias, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças metabólicas, necessidades pediátricas e oncologia, com a Sanofi Farma; vacinas, com a atuação da Sanofi Pasteur; genéricos e similares, com a Medley; e doenças raras e esclerose múltipla, com a Sanofi Genzyme.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

Procon/RN ministrará palestra para prevenir irregularidades em supermercados de Mossoró

Márcio Costa 28 de maio de 2017 – 07:00

O Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON/RN), em parceria com a Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (ASSURN), realizará no dia 30 de maio, em Mossoró, uma palestra sobre medidas preventivas voltada para funcionários e gestores de supermercados associados da região.

O objetivo é mostrar aos operadores de supermercados como proceder em relação à venda e exposição de produtos, de acordo com as normas de fiscalização, de modo a prevenir eventuais irregularidades e aprimorar as práticas comerciais.

O acesso à informação e qualificação dos trabalhadores do setor é fundamental para evitar erros que podem gerar autuações e melhorar o atendimento aos clientes.

A palestra acontecerá a partir das 17h, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL), que fica na Rua Alfredo Fernandes, 292, Centro.

Juiz decreta falência da rede de supermercados Compre Mais

Decisão levou em conta o não cumprimento dos acordos com credores no plano de recuperação judicial

Assessoria/TJMT

Juiz Luis Otávio Pereira Marques, que decretou falência do grupo Compre Mais

LAURA NABUCO
DA REDAÇÃO

O juiz Luis Otávio Pereira Marques, da Quarta Vara Cível de Várzea Grande, decretou a falência da rede de supermercados Compre Mais.

A sentença é datada desta quinta-feira (25) e leva em consideração indícios de que a empresa não vinha cumprindo o plano de recuperação judicial aprovado junto aos credores.

O pedido de recuperação da rede Compre Mais foi aprovado em junho de 2013, pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da Quarta Vara Cível de Várzea Grande. Na oportunidade, a rede de supermercados alegava possuir dívidas que chegavam na ordem de R$ 37,7 milhões.

Segundo o magistrado que decretou a falência da empresa, além dos diversos pedidos de convolação (alteração) do plano de recuperação judicial apresentado, o próprio administrador judicial nomeado para acompanhar o processo apontou o não pagamento de dívidas inicialmente discutidas e acordadas com a rede de supermercado.

"O inadimplemento da recuperanda para com os credores também foi noticiado pelo administrador judicial quando da apresentação do 'relatório de atividades', no qual afirmou que nenhum pagamento foi realizado às instituições financeiras e 'conforme lançado nos registros contábeis da recuperanda além do inadimplemento dos acordos celebrados na assembleia geral de credores, a recuperanda praticamente não efetuou nenhum pagamento dos credores com carência de 12 e 18 meses, encontrando-se inadimplente no cumprimento do plano de recuperação judicial' (sic)", diz trecho da decisão.

Na sentença, o magistrado pontuou que um novo plano de recuperação judicial chegou a ser cogitado por ele, "por acreditar que a recuperanda poderia adimplir suas obrigações de modo diverso ao inicialmente pactuado, sem maiores sacrifícios aos credores e, sobretudo, para preservar a empresa, os postos de trabalho e a fonte de arrecadação tributária".

A bem da verdade, a rede de mercados 'Compre Mais', se antes tinha envergadura no mercado de produtos alimentícios, cada dia que se passa perde a sua força e valor

Na oportunidade da discussão desse novo plano, no entanto, a rede de supermercados buscou aumentar o período de pagamento das dívidas e ainda pleiteou um prazo de carência de um ano para o início dos parcelamentos o que, de acordo com o juiz, desatendeu aos limites previstos na decisão inicial do processo de recuperação judicial.

Além disso, no entendimento do magistrado, a medida sobrecarregaria "por demais os credores, que desde o ano de 2013 aguardam o recebimento de seus créditos", já que foi frustrada a tentativa inicial de recuperação da empresa.

Fechamento de unidades

Outro ponto que pesou para a decisão do juiz, de acordo com a sentença, foi o fechamento de unidades da rede de supermercados Compre Mais que, no decorrer do processo de recuperação, passou de oito filiais para somente uma.

Os fechamentos, conforme exposto na sentença, ocorreram sem uma comunicação prévia à Justiça o que, no entendimento do magistrado, demonstrou inaptidão da empresa e até mesmo "falta de vontade" para cumprir o plano de recuperação judicial.

Tais notícias fizeram com que o magistrado sequer desse continuidade a ideia inicial de discussão de um novo plano de recuperação que, conforme o próprio, "foi formalizado tardiamente, já que a maioria das unidades já haviam encerrado suas atividades na ocasião".

"A bem da verdade, a rede de mercados 'Compre Mais', se antes tinha envergadura no mercado de produtos alimentícios, cada dia que se passa perde a sua força e valor”, escreveu.

“Diante desse quadro totalmente negativo, sem qualquer expectativa otimista, tanto é que o administrador judicial já havia noticiado que seria questão de tempo para que a recuperanda encerrasse suas atividades, e tudo indica que assim será, pois apenas uma unidade tenta sobreviver a esse emaranhado de dívidas, resta flagrante que a recuperanda não possui condições de arcar com o passivo acumulado, nem mesmo nas condições do novo plano, de modo que prolongar suas atividades constitui um erro, cujos prejuízos podem ser amargados principalmente pelos credores", completou o juiz.

Venda de imóveis

MidiaNews

Rede Compre Mais passou de oito filiais para uma durante processo de recuperação judicial

Além de decretar a falência do grupo Compre Mais, o juiz Luis Otávio Pereira Marques proibiu a venda dos imóveis onde funcionavam as filiais do Parque Cuiabá e da Morada do Ouro.

A medida se deu em face a um pedido do administrador judicial e levando em conta, de acordo com a sentença, o encerramento das atividades dessas unidades sem a prévia comunicação ao Poder Judiciário.

De acordo com o magistrado, a rede de supermercados não só não informou o fechamento das unidades, como também não deu explicações sobre a destinação dos imóveis, "se houve a venda ou não deles, o que representa ofensa ao regramento que dispõe sobre o procedimento de recuperação judicial, diante da ocultação de informações sobre o ativo da empresa devedora".

Diante disso, a decisão datada desta quinta-feira também determina prazo de 15 dias para que os representantes legais das empresas “De Castro Supermercado Ltda.” e “Iguaçu Supermercados Ltda.” se manifestem, apresentando toda a documentação referente à negociação de compra e venda das unidades em questão firmada com a rede Compre Mais.

O mesmo prazo também foi determinado aos credores para que apresentem os valores que têm a receber da empresa.

Supermercados projetam alta de até 15% nas vendas para festas juninas

Amendoim, milho para pipoca, canjica, milho, quentão, vinho quente e pinhão são os itens que mais vendem no período da festividade

De acordo com levantamento realizado pela Apas (Associação Paulista de Supermercados), os supermercadistas esperam aumento de 10% a 15% nas vendas durante o período das festas juninas. Os produtos relacionados às festividades, como por exemplo, amendoim, milho para pipoca, canjica, milho, quentão, vinho quente e pinhão são os mais procurados pelos consumidores.

“Além da elevação de vendas dos produtos típicos nessa época, o setor de supermercados é impactado positivamente pelo maior fluxo e tráfego de consumidores nas lojas, que impulsionam a comercialização de outros produtos, tais como carnes, queijos e bebidas em geral. Com o clima mais frio, por exemplo, a venda de vinhos também é afetada positivamente”, explica Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da Apas.

Mariano ressalta ainda que as festas juninas devem auxiliar o setor supermercadista no crescimento de 1% nas vendas em junho e julho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Por que os supermercados não são tão “super” no mundo digital?

porPedro Padis Sexta-feira, 26 de maio de 2017 Tempo de leitura: 10 minutos
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A despeito de todas as crises vividas hoje no Brasil, nosso e-commerce vem resistindo bravamente. Ora com mais vigor, ora apenas sobrevivendo à maré baixa. Mas desventuras são praticamente verdades absolutas nesse mercado:

•    As grandes lojas virtuais têm muita venda e pouco lucro;
•    Nossa logística precisa evoluir muito em comparação aos grandes sites mundiais;
•    Dependemos muito de frete grátis e condição de crédito para conquistar a venda;
•    Investimos muito para vender e pouco para nos relacionarmos com os clientes.

A fim combater tais pontos negativos, os “varejistas” vêm tentando adotar algumas medidas alinhadas com conceitos que crescem no mercado digital, tais como:

Recorrência: para fazer o consumidor comprar com uma periodicidade pré-determinada sempre no mesmo local, alguns sites vêm oferecendo condições especiais para este cliente, respeitando uma cesta de produtos. A Petz, especializada em produtos para animais domésticos, tem esse conceito bem definido.

Clubes de Compras: com esse recurso, o varejista consegue matar não dois, mas quatro coelhos com uma cajadada só, pois ele consegue planejar sua receita futura, projetar demanda, conseguir melhores negociações com fornecedores e planejar melhor sua logística. A Evino é um bom exemplo de empresa que aposta neste modelo e já figura entre os 50 maiores e-commerces do Brasil.
Supermercados on-line

Quando pensamos em pontos como recorrência, fidelidade, logística e rentabilidade e olhamos para nossa própria casa, é impossível deixar de pensar que ignoramos totalmente os estabelecimentos em que temos a maior recorrência de todos esses pontos: OS SUPERMERCADOS.

Os dados do setor de e-commerce nos trazem eletrônicos, moda e acessórios e livros como as categorias de maior venda do comércio virtual. O segmento de Grocery não aparece nem nas estatísticas dos 20 maiores setores.

Comparando o varejo físico e digital, este último ainda não ultrapassa os 0,5% de participação das vendas. Se comparamos com países mais desenvolvidos, esse percentual é assustador: na Coréia do Sul, 16,6% das compras em supermercado são online; nos EUA (10º colocado) o índice chega a 1,4% (segundo dados da Kantar Worldpanel).

A Nielsen confirma esses números em seu relatório de 2015 sobre a tendência dos supermercados online. Enquanto na Ásia já temos 37% de consumidores fazendo pedidos pela internet para entrega em domicílio, na América latina esse percentual ainda fica em 13%.

Dos grandes varejistas, temos o Pão de Açúcar com uma operação completamente apartada e o Mambo, que se intitula o melhor supermercado online do Brasil. Além deles, o Carrefour promete iniciar operação nos próximos meses.

Contudo, essa pesquisa nos traz indicadores muito intrigantes se pensarmos na quantidade de oportunidade que estamos deixando passar. E oportunidade perdida é igual a dinheiro perdido. Vou colocar alguns dados sobre a América Latina que representam o potencial desse nicho de mercado:

Pedido on-line para entrega em residência: 13% já fazem, enquanto 78% gostariam de fazer (incluem os que já fazem)

Pedido on-line para retirada em loja: 9% já fazem, enquanto 71% gostariam de fazer (incluem os que já fazem)

Usam cupons on-line: 9% já fazem, enquanto 82% gostariam de fazer (incluem os que já fazem)

Baixaram o app do varejista para usar o programa de fidelidade: 8% já fazem, enquanto 80% gostariam de fazer (incluem os que já fazem)

Usam scanner de produtos no celular na loja física para detalhes de produto: 7% já fazem, enquanto 80% gostariam de fazer (incluem os que já fazem)

Analisando friamente para esses dados, não encontraremos respostas para compreender o motivo das vendas pela virtuais de supermercado não avançarem no Brasil. Assim, temos que olhar um pouco para nós mesmos e nossos comportamentos de compra para encontrar esse motivo.
O dilema do clube de compra da Amazon

Se observarmos o clube de compra da Amazon, poderemos encontrar parte do dilema do parágrafo anterior. Nesse clube, o consumidor escolhe a cubagem e a periodicidade de entrega, assim, a logística terá um custo. Para encher a caixa, o cliente comprará os produtos pelo preço e pelo volume ocupado da embalagem. Mas a resposta está no que não pode entrar nela.

O cliente não pode levar produtos frescos (FLV), nem congelados, nem refrigerados. Ou seja, nada que necessite de cadeia logística especial. Essa logística poderia até ser controlada pelo varejista na entrega, mas caso necessitasse de logística reversa, isso significaria, além do custo logístico, a impossibilidade de revenda desse produto por falta de garantia ao cliente.

A categoria FLV, além de ser um problema para o varejista, também está na gama de itens com os quais o consumidor prefere ter mais contato na hora da escolha. Isso porque é IMPOSSÍVEL garantir a padronização, e o internauta prefere fazer a própria seleção.

Com essa premissa, a Amazon tem um clube diferenciado para esse tipo de produto, encontrado em supermercados: o Amazon Fresh, onde usa sua força de marketplace e consegue, por meio de varejistas cadastrados, oferecer produtos sempre frescos e com a conveniência de estar sempre próximo ao cliente.
Supermercado Omnichannel

É essencial o supermercado ser concebido com a premissa de ser omnichannel, ou seja, que o cliente possa facilmente visitar a loja física para efetuar uma troca ou uma devolução.

Também seria interessante oferecer dois tipos de faturamento ao cliente: produtos secos (podendo ser faturado de qualquer local) e produtos frescos (faturados do ponto mais próximo ao cliente).

E garantir a curadoria dos produtos frescos. Da mesma forma que a Evino garante em seu site a devolução do dinheiro caso o cliente não goste de sua seleção de vinhos, seria importante o supermercadista garantir a que está fazendo a compra online o recebimento de produtos  frescos.

O varejista também deve lembrar que o e-commerce também tem o objetivo de conhecer seu cliente e de se relacionar com ele. Com uma plataforma mais completa que as operadas na frente de caixa, o lojista deve usar esses dados para retroalimentá-lo de informações e promover uma melhoria constante em seu sortimento e fluxo operacional. Acrescentar um programa de fidelidade a essa ferramenta é essencial ao processo.

Por fim, se os supermercados conseguirem se relacionar de forma muito eficiente, eles conseguirão criar uma logística rotativa, estabelecendo uma rotina de entrega aos seus clientes casada com possível logística reversa. Esse tipo de operação reduziria de forma significativa o custo operacional, além de entregar uma experiência  inovadora ao cliente final.

Quando buscamos justificativas para mercados digitais que deveriam ter um espaço muito maior, mas não conseguem explorá-lo, normalmente sempre chegaremos à mesma conclusão: nós, consumidores, queremos uma experiência de consumo com o mínimo de fricção possível, que facilite nossas vidas e que nos traga mais tempo livre para outras possibilidades. Se não temos isso, não compramos online.

Tempo máximo de espera em filas de supermercados no Rio poderá ser de 20 minutos

Projeto de Lei prevê ainda que estabelecimento ofereça bebedouro e banheiro para clientes

por O Globo
26/05/2017 14:30 / Atualizado 26/05/2017 14:45

RIO – O tempo máximo de espera em filas de supermercados poderá ser de 20 minutos. É o que pretende o Projeto de Lei nº 1144/2015, de autoria do vereador do Rio de Janeiro, João Mendes de Jesus (PRB). A proposta determina que o prazo para o atendimento deve ser de 10 minutos em dias úteis e de 20 minutos em dias precedentes a feriados prolongados ou em finais de semana.

Para entra em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado em votações na Casa e depois sancionado pelo Prefeito Marcelo Crivella. Em 2009, uma proposta com objetivo similar foi apresentada na Câmara e arquivada em março de 2012. Na época, o vereador Bencardino (PTC) elaborou projeto que fixava o tempo de espera em 20 minutos nos dias úteis e de meia hora em vésperas de feriados e fins de semana.

O projeto mais recente determina ainda que os supermercados serão obrigados a fornecer senhas numéricas, com identificação da loja e do local do atendimento, além de registrar o dia e a hora em que o cliente pegou a senha. Os estabelecimentos também deverão disponibilizar, em todas as suas lojas, pelo menos um bebedouro e um banheiro para uso dos clientes. A multa, na primeira autuação, será de R$ 1 mil, com o valor dobrado em caso de reincidência.

Segundo João Mendes de Jesus, o objetivo do Projeto de Lei é de garantir ao consumidor o direito a ser atendido nos estabelecimentos comerciais dos supermercados em tempo razoável.

– Isso hoje não ocorre. O consumidor perde horas e horas do seu tempo sem nenhuma reparação ao seu tempo perdido – ressaltou.

Rede de supermercados Hirota expande negócios

Com administração familiar, o negócio abriu doze unidades expressas em pouco mais de um ano
Por Saulo Yassuda
26 maio 2017, 19h39

“No Hirota, é olho no olhooo, trazendo qualidade a vocêêê!”, cantarola Francisco Hirota, presidente da rede de supermercados que leva seu sobrenome. “Hirota! Uma família a serviço das famíliaaas!” Entoar todas as manhãs esse hino, ou “grito de guerra”, faz parte da rotina dos 1 600 funcionários da cadeia fundada no Ipiranga em 1972, hoje com quinze unidades na Grande São Paulo — conhecidas por ter como “plus” uma caprichada seleção de produtos orientais, além da cesta básica.

No ano passado, a empresa criou uma extensão de negócios, Hirota Express, inspirada nas redes de conveniência do Japão. Desde então, surgiram seis estabelecimentos desse tipo. Até o fim de julho, a quantidade deve chegar a doze, ou seja, dobrará. “Vamos alcançar a marca de oitenta casas em quatro anos”, anuncia Hélio Freddi Filho, gerente- geral do novo segmento.

Sempre em pontos com grande circulação de pessoas, a Hirota Express ganhou a primeira unidade na Avenida Paulista em março de 2016, no endereço onde funcionava uma videolocadora, a 2001. Nas gôndolas, encontra-se um pouco de tudo: chocolates, biscoitos, pó de café, iogurte…

Entre os diferenciais está a profusão de guloseimas e pratos prontos orientais, muitos deles de fabricação própria, com direito a micro-ondas para quem quiser aquecê-los, e de quinquilharias da japonesa Daiso, parceira do grupo. “A ideia é ajudar o cliente a fazer uma refeição rápida e saudável”, explica Francisco Hirota.

O casal Dália e Katsumi: no Paraná, com os filhos Mario, Francisco e Maria (Arquivo Pessoal/Veja SP)

O negócio é concebido de forma a não engordar os custos de operação. Não mais que quinze funcionários trabalham na loja, e cada ponto demanda um investimento entre 800 000 e 1 milhão de reais. As próximas filiais estão prometidas para a Praça do Patriarca, a Vila Mariana e o Shopping Plaza Sul. A aposta nesse formato é uma

maneira de a rede se reinventar em um momento de mudanças no setor. “Com a crise, teve início um movimento de diminuição do número de hipermercados e houve crescimento da procura por lojas menores e de vizinhança”, diz Álvaro Furtado, do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga).

Por enquanto, a receita do Hirota está dando certo. Somando os dois braços de negócios, a projeção da companhia é que o faturamento chegue a 400 milhões de reais em 2017, ou 11% a mais que em 2016. A empresa começou mirrada, como uma mercearia de 150 metros quadrados na Rua Labatut.

O casal de japoneses Katsumi Hirota e Dália Shumiko deixou a vida apertada na roça no interior do Paraná e arrastou os seis filhos, nos anos 70, até o Ipiranga para tocar uma venda modesta. Pouco a pouco, o negócio foi vingando — e cresceu. De olho no sucesso do clã, o dono do imóvel locado pela família chegou a aumentar o valor do aluguel “em mais de cinco vezes”, lembra Francisco.

– (Ricardo D'Angelo/Veja SP)

Impossibilitados de saldar a conta, os Hirota compraram um terreno não muito longe do ponto original, bem maior, e transferiram para lá a mercearia, que ganhou status de mercado. Para conseguirem pagar as contas durante a implantação, eles utilizaram materiais de segunda mão, e até equipamentos descartados do Pão de Açúcar foram reaproveitados.

Engenheiro formado pela Unicamp, Francisco, o filho número 3 de Katsumi, tomou as rédeas do negócio. “Eu gostava de fazer contas e fui organizando o processo. Como as coisas iam bem, não houve contestação dos meus irmãos”, diz. Mesmo com a expansão, o controle acionário permanece nas mãos dos seis filhos do patriarca, morto em 2010.

Uma espécie de rosa dos ventos, em que se lê “Fé, Família, Escola e Trabalho” e que traduz os valores de Katsumi, precisa estar na ponta da língua dos funcionários. Não à toa, a figura fica pendurada na sala de reuniões e em outros espaços da sede.

Para garantir que nada se desgrude da mente dos colaboradores, palestras são ministradas com frequência, muitas delas pelo padre Antônio de Lima Brito, amigo da família desde a chegada ao Ipiranga.

O religioso fala sobre temas que mesclam autoajuda e espiritualidade. Não, não há divisão entre Igreja e Estado no Hirota. Logo após o hino, aquele que Francisco fez questão de cantar, os gerentes e seus subordinados rezam um Pai Nosso. E a família garante que, além de devota, se mantém unida. Todo ano, seus 21 integrantes fazem questão de viajar juntos. Já decidiram o próximo destino: a Disney World, na Flórida.