ADM apresenta produção de proteína de soja de nova unidade em Mato Grosso do Sul

Companhia ainda opera a maior planta de biodiesel no Brasil, e conta mais de 40 silos em todo o país

SÃO PAULO – A ADM do Brasil, subsidiária da norte-americana Archer Daniels Midland, apresentou nesta semana em uma feira em São Paulo soluções para as indústrias alimentícia e farmacêutica produzidas a partir da proteína de soja fabricada na nova unidade de Campo Grande (MS), informou a empresa nesta terça-feira.

A unidade, que recebeu investimentos da ordem de 250 milhões de dólares, deve ser inaugurada oficialmente nos próximos meses, mas já funciona, o que permitiu que os clientes conhecessem os produtos em uma feira internacional de ingredientes.

Enquanto o mercado de grãos e oleaginosas tem vivido momentos de aperto de margens, devido a grandes safras no mundo, companhias de commodities agrícolas como a ADM têm avançado em novas áreas, com foco em produtos de maior valor agregado, como é o caso da produção de Campo Grande.

Na semana passada, a Cargill anunciou a aquisição da primeira empresa de nutrição animal no Brasil, em segmento que registra crescimento expressivo no país.

No futuro, a ADM pretende atender com a unidade de Campo Grande a indústria alimentícia e farmacêutica de vários países da América Latina, não apenas do Brasil.

"Há uma procura crescente de nossos clientes por proteínas, e esse complexo nos permitirá produzir os ingredientes funcionais localmente, possibilitando atender, de forma mais eficiente, às necessidades crescentes da indústria de alimentos e bebidas em toda a região", disse Roberto Ciciliano, diretor de América Latina da unidade WILD Flavors & Specialty Ingredients, da ADM.

Os produtos da ADM produzidos na capital sul-mato-grossense, fabricados ao lado de uma umidade de processamento de soja, permitem que as indústrias formulem produtos com texturas, sabores diferentes e contêm atributos que atendem consumidores que buscam uma alimentação saudável.

Dentre as tendências de aplicação da proteína de soja apresentados na feira WellFood Ingredients estão, por exemplo, a utilização em produtos para nutrição esportiva, controle de peso e alimentos para idosos e crianças.

A ADM conta ainda com duas outras fábricas no Brasil (Manaus e Uberlândia), que produzem ingredientes para bebidas mistas, energéticos, chás e refrigerantes.

Já o segmento do agronegócio, no qual a ADM é uma das maiores empresas do Brasil, conta com 3.300 empregados e processa soja em quatro instalações.

A companhia ainda opera a maior planta de biodiesel no Brasil, e conta mais de 40 silos em todo o país.

A ADM relatou nesta terça-feira um lucro trimestral menor do que o esperado, uma vez que seus principais negócios de venda e processamento de grãos estão sofrendo com um excesso de produtos no mercado.

(Por Roberto Samora)

Reuters

Lançado creme de queijo minas Regina

Estadao Conteudo: Joyce Rouvier

Publicação: 31-10-2017, 07:00

Empresa de laticínios, a Barbosa & Marques lançou o Creme de Queijo Minas Frescal nas versões Tradicional e Light em nova embalagem, mais prática para consumo. Os produtos chegam às gôndolas em embalagens de 250 gramas. A versão light tem 25% menos gordura que a opção tradicional.

Os produtos de laticínios da marca REGINA podem ser encontrados nos principais supermercados do país. Outras informações pelo site http://site.regina.com.br/ou facebook https://www.facebook.com/QueijosRegina.

Referência:

http://www.brasilalimentos.com.br/lan%C3%A7amentos/2017/lan%C3%A7ado-creme-de-queijo-minas-regina

Brasil tem boas práticas contra desperdício de alimento, mas perdas chegam a 40%

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil 31/10/2017 16h39

O Brasil está em posição mediana no panorama da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) sobre perdas e desperdício na América Latina, mas apresenta boas práticas, como as centrais de abastecimento (ceasas) e bancos de alimentos, que fortalecem e integram a atuação das unidades de segurança alimentar e nutricional. O grande problema pela frente, segundo disse à Agência Brasil o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, é que o país ainda tem entre 10% e 30% de alimentos desperdiçados desde a colheita até o consumidor, chegando a 40% em alguns casos.

As centrais de abastecimento estão entre as boas práticas que o Brasil desenvolveu contra o desperdício de alimentos. Na foto, a Ceagesp, em São Paulo.Rovena Rosa/Agência Brasil

“É ao longo da cadeia que acontecem distintas porcentagens [de desperdícios]”, afirmou Bojanic, que participou do seminário Sem Desperdício – Diálogos Brasil e União Europeia, promovido hoje (31) no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) pela FAO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a organização não governamental WWF-Brasil. O seminário reuniu especialistas da Dinamarca, Espanha, França, Holanda e Suécia, além de pesquisadores brasileiros e representantes do varejo e indústria nacionais.

Alan Bojanic disse que experiências internacionais bem-sucedidas podem ser adotadas no Brasil para que haja redução substantiva dessas perdas. “Porque não é só uma questão ética, mas também tem uma dimensão ambiental muito forte, [como] as emissões de gases de efeito estufa muito grandes dos alimentos que são desperdiçados. Tem uma questão financeira, econômica, social”.

Exemplos

Segundo o representante da FAO no Brasil, as campanhas de comunicação bem financiadas e de londo prazo existentes na França, com a meta de mudar a atitude dos consumidores, poderiam ser adaptadas ao Brasil. Esse marketing objetiva mostrar à população que o país está enfrentando um problema muito grande e, ao mesmo tempo, como podemos ir mudando o comportamento para tornar realidade a redução do desperdício de alimentos, indicou.

Da Espanha, citou a questão legislativa como exemplo exitoso a ser copiado, em termos de acordos firmados entre a sociedade civil e os governos. Destacou que o seminário está sendo também uma ótima oportunidade de mostrar para os estrangeiros as boas experiências brasileiras que podem ser exportadas, entre as quais os bancos de alimentos, cuja eficiência e qualidade não existe em nenhum outro país da América Latina.

Bojanic considerou muito interessante a experiência que vem sendo desenvolvida pela Embrapa no sentido de desenvolver embalagens que protejam e aumentem a vida útil dos alimentos. “As embalagens estão no centro da discussão”, garantiu. Nesse sentido, salientou a questão da tecnologia para produção de produtos de maior durabilidade, além dos segmentos de transporte e distribuição.

Aprimoramento

Observou a necessidade de aprimoramento da regulamentação das perdas ao longo da cadeia produtiva, desde a produção até o consumo, e da aprovação de projetos de lei pelo Congresso para orientar políticas públicas que venham a ser feitas. Ressaltou que o problema é tão grande que serão precisos maiores esforços e investimentos para diminuir as perdas que acontecem nas estradas. “O problema não é fácil. É uma combinação de mudança de atitudes com grandes investimentos, em alguns casos. Em outros casos, são investimentos menores, mas têm que ser feitos”.

Para isso, disse ser preciso uma boa legislação que incentive o crédito, a adoção de novas tecnologias e a mudança de hábitos, além de articular os interesses do setor privado da indústria de alimentos, da distribuição e dos supermercados com os interesses dos consumidores e da sociedade em termos gerais. Na avaliação de Bojanic, a articulação de atores é um tema central nessa empreitada.

O seminário integra projeto aprovado pela plataforma Diálogos Setoriais, parceria estratégica entre União Europeia e Brasil para favorecer o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas sobre temas de interesse mútuo, informou a assessoria de imprensa do evento. O projeto, com duração de um ano, prevê a contratação de um consultor externo para conduzir um estudo quantitativo sobre desperdício de alimentos no Brasil, com foco no consumo das famílias.

Aos 50 anos, Cereser quer entrar em baladas e ficar mais jovem

"É natural que ao longo dos anos o público consumidor vá envelhecendo. Mas queremos recrutar novos consumidores", diz diretor
Por Karin Salomão
1 nov 2017, 06h00

São Paulo – Com meio século de vida, a Cereser quer repaginar sua imagem.

A sidra da marca é uma bebida tradicional para as celebrações de fim de ano e é conhecida do público mais adulto, entre 40 e 45 anos. Agora, a empresa quer se aproximar dos jovens e conquistar outros momentos de consumo, além das festas de Natal e Ano Novo em família.

“A marca tem 50 anos. É natural que ao longo dos anos o público consumidor vá envelhecendo. Por isso queremos recrutar novos consumidores”, diz Lourenço Filho, diretor comercial e de marketing da CRS Brands, fabricante e distribuidora da Cereser.

No ano passado, a companhia de bebidas realizou uma pesquisa para entender o que o público mais jovem buscava e para descobrir nichos de mercado. “Vimos uma oportunidade de modernizar a sidra Cereser. Fizemos uma nova embalagem e lançamos uma edição especial”, afirma o diretor.

A marca também lançou um produto completamente novo: um espumante voltado para o público feminino.

O Cereser Frizée tem base de maçã, assim como a sidra, mas se aproxima mais do sabor de espumante de uva. O teor alcóolico é de 8%, maior do que os 5,7% da sidra, que também era um pedido dos clientes.

Além de buscar um público novo, a empresa também quer conquistar mais momentos da vida do cliente, além das festas de fim de ano. Cerca de 70% das vendas se concentram no segundo semestre do ano. Especialmente no último trimestre, com um grande volume de consumo durante o mês de dezembro.

O novo espumante será vendido em bares, boates e baladas, ao invés de supermercados e atacados. Com uma embalagem de 330 ml, a ideia é que o produto seja consumido assim como uma garrafa de cerveja long neck.

Em 2018, a empresa pretende vender cerca de 1,2 milhão de garrafas Frizée. A sidra tradicional irá vender 15 milhões de garrafas em 2017, segundo estimativas da empresa, e 11 milhões de garrafas de vinho.

Esse ano, Lourenço espera que as vendas da categoria sidra sejam 10% a 15% maiores do que no ano passado.

Paviloche e Frooty se unem para lançar picolés de açaí e pitaya

hamilton 1 novembro, 2017

O açaí e a pitaya já conquistaram o paladar dos brasileiros e chegaram para ficar. A novidade é que, através do co-branding entre a Paviloche Sorvetes e a Frooty, líder com 64% do mercado nacional em venda de açaí, as duas frutas viraram picolé. Os lançamentos da marca catarinense para o Verão já estão disponíveis nos três mil pontos de venda de Santa Catarina e do Paraná. “São sabores refrescantes, que estão em alta e têm a cara da estação mais quente do ano. Para obter excelência no resultado final, o processo de desenvolvimento foi feito em conjunto pelas duas empresas. Primeiramente utilizamos 50% de açaí e de pitaya fornecido pela Frooty e, a partir daí, começamos a elaborar as receitas”, destaca o diretor da Paviloche, Douglas Pavinato.

A parceria entre as duas marcas começou em março de 2016, quando a Paviloche passou a distribuir os produtos Frooty em Santa Catarina. Essa é a terceira vez que a Paviloche se une a outras empresas para desenvolver sobremesas geladas. Em 2014, o co-branding com a Chocoleite resultou no Chocoleite no Palito e no Sorvete de Chocoleite. Já em 2016, foi a vez da famosa Laranjinha Agua da Serra® ganhar uma versão em picolé. “É aquele velho ditado: a união faz a força. As parcerias valorizam ainda mais os produtos das empresas envolvidas e quem sai ganhando é o consumidor, que terá a oportunidade de vivenciar novas experiências gastronômicas”, complementa Pavinato.

Resultado da Batalha de Sabor
Para celebrar o mês do sorvete, em setembro a Paviloche lançou a Batalha de Sabor, um concurso online onde o público votou para escolher o novo sorvete da marca. Eram três opções: Pudim de Leite, Cuca de Banana ou Torta de Maçã. Com 53% dos votos, o escolhido foi o Pudim de Leite. O lançamento oficial do produto, já disponível para compra nos pontos de venda de Santa Catarina e do Paraná, será em 10 de novembro, quando é comemorado o Dia do Pavilover.

Informações para imprensa – Oficina das Palavras:
Letícia Oberger – jornalismo4@grupoodp.com.br – (47) 3322-0545 / (47) 99994-1534

Paviloche
Rua Landmann, 259, Costa e Silva – Joinville (SC)

Heineken pode reduzir portfólio e investir na venda de cerveja pela internet

Depois de comprar a Brasil Kirin, companhia percebeu a necessidade de diminuir a complexidade de seu portfólio de marcas

Dayanne Sousa, O Estado de S.Paulo

31 Outubro 2017 | 16h19

A Heineken Brasil pode reduzir a 'complexidade de seu portfólio de marcas' e vai concentrar esforços em redes de "atacarejo", de vizinhança e nas vendas pela internet para tentar ampliar sua participação no mercado de cerveja depois da incorporação da Brasil Kirin.

Segundo o diretor de vendas da companhia, Oliver Fuljahn, a empresa enxergou a necessidade de diminuir a complexidade de seu portfólio de marcas. Fuljahn participou de evento da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), em São Paulo. Ele afirmou que a participação de vendas da marca Heineken já é maior no atacarejo que na média do varejo de autosserviço.

Com a aquisição da Brasil Kirin, a Heineken atinge cerca de 20% de participação no Brasil e passa a ter marcas como Devassa e Schin. De acordo com Fuljahn, a companhia considera que tem uma posição forte de mercado em segmentos fora do chamado mainstream do mercado de cerveja.

Enquanto nesse mercado de marca Heineken tem 2,4% do mercado brasileiro, a fatia de mercado no segmento premium é de 33,9%, conforme números apresentados por Fuljahn com base em dados da Nielsen. O executivo destacou ainda um outro segmento do mercado, chamado de 'economy', representado por marcas de menor preço: nesse universo, a participação da Heineken é de 68%.

Mainstream. Para Fuljahn, a companhia ainda tem o desafio de desenvolver melhor marcas mainstream, segmento no qual a dominância é de marcas da Ambev, como Skol e Brahma. A Heineken trabalha nesse mercado as marcas Amstel e Devassa. A Schin está sendo tratada como uma marca econômica, com força mais regional.

O diretor da Heineken considerou que a companhia tem muito ainda a fazer do ponto de vista de política comercial e afirmou que 'algumas indústrias evoluíram mais rápido'. Ele mencionou problemas recentes de atendimento de pedidos. Segundo o executivo, a companhia sofreu com alguma falta de produto, mas o atendimento dos pedidos já foi normalizado.

Embalagens podem ter rótulos mudados

Empresas / 31 Outubro 2017

Dados nutricionais como valor energético, quantidades de proteínas, gorduras saturadas, sódios e açúcares precisam obrigatoriamente estar impressos nas embalagens de alimentos industrializados. Essas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) visam garantir aos consumidores o acesso a informações sobre os produtos à venda. Contudo, o tamanho das letras, os termos técnicos e a poluição visual dos pacotes dificultam o entendimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), apenas 25,1% da população é capaz de compreender totalmente o que dizem os rótulos.

– Por mais que as pessoas consigam ler e entender os números e a lista de ingredientes expressos na tabela, será que de fato os consumidores entendem o que estão comendo e as consequências daquele alimento para a saúde deles? Eles entendem que a maltodextrina é açúcar? – questionou a nutricionista do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição (Opsan), da Universidade de Brasília (UnB), Ana Maria Thomas.

A consequência dessa falta de clareza sobre o que é saudável, aliado à publicidade feita por indústrias alimentícias, tem desencadeado consumo excessivo de produtos ultraprocessados, como biscoitos, sorvetes, macarrões instantâneos. Esses alimentos contêm muito sódio, gordura e açúcar, os três principais elementos responsáveis por causar as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT): câncer, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, em 2013, 72,6% do total de mortes no Brasil foram por DCNT.

– O excesso de sódio é uma das causas da hipertensão, o excesso de açúcar acaba levando à diabetes e a gordura causa a obesidade. Esses alimentos industrializados têm muito esses três elementos, que juntos aumentam o risco cardiovascular do paciente – explica a endocrinologista Helena Farhat.

De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade aumentou 60% em dez anos, passando de 11,8% dos brasileiros em 2006, para 18,9%, em 2016. Ao mesmo tempo, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes cresceu 61,8%, e o número de pessoas hipertensas, 14,2%.

Para acabar com a dificuldade de compreensão de rótulos, projeto de Cristovam Buarque (PPS-DF) cria selos de identificação nas embalagens:

– São quatro selos bem visíveis que mostrem se o alimento tem excesso de caloria, de gordura, de açúcar e de sal.

Ele defendeu ainda a vedação de propagandas que promovam alimentos com selo e a proibição da venda desses produtos nas escolas:

O PLS 489/2008 está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), tendo como relator Armando Monteiro (PTB-PE).

Desde 2014, a Anvisa mantém grupo de trabalho sobre rotulagem nutricional. Neste ano, a equipe apresentou opções para resolver os problemas que prejudicam a efetividade dos rótulos.

A maioria das propostas focou em modelos de rótulos que utilizam cores e localizam-se no painel frontal dos alimentos. Algumas propostas contemplaram também modificações na tabela nutricional.

A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) defende a rotulagem frontal com base indicativa por porção, onde os ícones de sódio, açúcares totais e gordura saturada passam a ser coloridos em verde, amarelo e vermelho, modelo semelhante ao do Reino Unido.

Entretanto, o Idec apoia o “selo de advertência frontal”, modelo adaptado do Chile, nas cores preta e branca com os dizeres: “contém muito açúcar”, “contém muito sódio” e “contém muita gordura”. A nutricionista Ana Maria Thomas explica que as embalagens, normalmente, são muito coloridas para visualmente chamar a atenção dos consumidores. Então, um selo mais sóbrio destoaria dos pacotes embalagens e seria mais eficaz.

A Anvisa não concedeu entrevista por definir o momento como “não apropriado para falar sobre o assunto”, mas declarou por meio de nota: “Atualmente, não há estudos científicos publicados que comparem a efetividade dos modelos em questão na compreensão e na promoção de escolhas alimentares mais adequadas pela população brasileira. Adicionalmente, os estudos que comparam os modelos em questão realizados em outros países não podem ser extrapolados facilmente para a população brasileira, em decorrência das diferenças no nível educacional e no conhecimento sobre nutrição. Assim, existe incerteza sobre qual o modelo seria mais efetivo para nossa população”.

Agência Senado

Água terá que ser vendida em modelos diferentes de embalagens no Rio

Projeto, aprovado na Alerj, visa a um maior controle da produção e da comercialização dos produtos

por O Globo

31/10/2017 18:08 / Atualizado 31/10/2017 18:47

RIO — Foi aprovado nesta terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em segunda votação, o projeto de lei 2.791-A/17, que visa a um maior controle da produção e da comercialização de águas minerais e águas adicionadas de sais, e prevê, ainda, o uso de vasilhames diferentes para cada tipo de água vendida no mercado. De acordo com a autora da proposta, deputada Lucinha (PSDB), a população está à mercê de produtos que não são devidamente identificados e fiscalizados, provocando riscos à saúde dos consumidores. A votação foi nominal e, dos 39 deputados presentes na sessão, 38 foram a favor do PL. O texto ainda terá a redação final votada em plenário antes de ser enviado para o governador Luiz Fernando Pezão.

Com a norma, a parlamentar diz que pretendeu estabelecer modelos diferenciados de embalagens e vasilhames para a venda de cada tipo de água, deixando claro o que é natural e o que é adicionado de sais. Segundo o texto, os rótulos com a especificação do tipo de água devem ter, pelo menos, metade do tamanho da grafia do nome da marca. O PL, que recebeu 20 emendas, foi aprovado de acordo com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a inclusão das emendas 1 e 2.

A primeira emenda modificou a redação original e estabeleceu que as águas adicionadas de sais devem ser vendidas em galões de 10 ou 20 litros de cor rosa e as águas minerais, em galões de 10 ou 20 litros de cor azul. Anteriormente, o texto dizia que as águas naturais deveriam ser comercializadas em galões de 10 ou 20 litros na cor azul e as águas adicionadas de sais, em galões de 15 litros na cor rosa.

A segunda emenda definiu que a “embalagem retornável de uso exclusivo”, aquela de propriedade da envasadora e que traz a marca litografada em alto relevo na embalagem, não pode ser vendida ao consumidor, sendo obrigatória a adoção do regime de comodato. O PL estabeleceu também que quem infringir a lei será punido de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A partir da sanção da lei pelo governador, as empresas terão 180 dias para se adequar.

“Para proteger os consumidores e evitar equívocos, é necessária uma lei que estabeleça a clara diferença entre esses produtos. Não podemos esquecer que a água é um alimento e deve ser tratada com o máximo de cuidado que todo alimento merece”, declarou a deputada.

Águas de chuva e de torneira

Antes da votação, uma possível alteração no Artigo 3º do texto do PL 2791/17, que pretendia legalizar a comercialização de água de chuva e de torneira (abastecimento público) para o consumo humano, gerou preocupação a representantes do setor, principalmente no que se refere aos riscos à segurança alimentar da população e a um possível "nivelamento por baixo" de águas que são, na verdade, de produtos diferenciados pela qualidade. A mudança criaria a possibilidade de que águas de origens diversas sejam enquadradas como água adicionada de sais.

"Precisamos de uma legislação que nos conduza ao aumento de qualidade e que restrinja o envase somente com uso de água natural, como estava no projeto inicial. Não o contrário. Tanto o uso de água de abastecimento público como o uso da água da chuva é um retrocesso no mercado que hoje tem muito mais a oferecer. Sendo esta lei aprovada, nos preocupa como será a qualidade do produto feito a partir de uma matéria prima desconhecida e com vários fatores que o influenciarão como contaminações do ar, a fiscalização dos sistemas de captação, etc. A concorrência também preocupa, já que para as águas de chuva ou de abastecimento público não será necessário cuidado e preservação com as captações, além de não ter taxas (caso das águas pluviais) como temos para as captações reguladas pelo INEA", destaca Rogério Almeida, da Vitória Top, uma das seis marcas de água adicionada de sais do Rio de Janeiro.

Procurada, a autora do projeto, deputada Lucinha, confirmou que a emenda modificativa foi apresentada durante a tramitação do PL na Alerj, mas ela não foi acatada e não contará do substitutivo que será votado na Alerj logo mais, a partir das 15h. Isso porque a deputada Lucinha recebeu um ofício da associação denominada "Águas Adicionadas de Sais do Brasil", que representa as indústrias Onitauá Mineradora, Papucaia, Vitória Top e Ouro Branco, contestando a qualidade das águas preparadas "a partir de água de surgência, água de poço, captação superficial, captação de água da chuva, além de água proveniente do próprio sistema de abastecimento público". A emenda também determinava que, para a comercialização, essas águas deveriam atender "parâmetros microbiológicos, químicos e radioativos dispostos na Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano".

— Quando parte do setor veio a mim apresentar a emenda, achei que esse assunto merecia um estudo maior. Assim, percebi que, mesmo atendendo os padrões microbiológicos garantidos na emenda, águas de outros tipos de captação podem representar risco à saúde dos consumidores em função da frágil fiscalização existente no estado para garantir esses padrões. Por tudo isso, a emenda não foi acatada ao projeto e não constará do substitutivo que será apresentado e votado hoje no plenário da Alerj — afirmou a parlamentar.

Água adicionada de sais

As águas adicionadas de sais são águas preparadas e envasadas para o consumo humano, contendo um ou mais compostos previstos em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sem açúcares, adoçantes, aromas ou outros ingredientes. Já a água mineral natural é obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas.

“Muitas vezes, o consumidor é enganado e compra água adicionada de sais achando se tratar de água mineral. Isso não vai mais acontecer porque os produtos terão que ser identificados com clareza”, frisou Lucinha, que preside a Comissão de Segurança Alimentar da Alerj.

DMCard implanta ferramenta de CRM da Rede Farmaconde

Terça, 31 Outubro 2017 00:00 Escrito por Redação

Além de administrar cartões private label, empresa inicia trabalho de inteligência baseado no perfil dos clientes de seus parceiros

A DMCard é uma das líderes do segmento de administração de cartões de crédito de marca própria, o private label. Com histórico de uma companhia especializada no varejo, toda essa expertise também é aplicada em soluções de outras necessidades de seus parceiros, como a implantação e gestão estratégica de ferramentas de CRM. O mais novo usuário desse produto DMCard é a rede de farmácias Farmaconde, uma das maiores do país.

"A rede Farmaconde é um parceiro muito importante para a DMCard, pois foi com ela que inauguramos nossa entrada no segmento do varejo de farmácias. Agora, com a implantação do CRM, estamos inaugurando uma nova fase no relacionamento com esse mercado", explica Denis César Correia, diretor executivo da DMCard. "A partir de agora trazemos os holofotes para o trabalho de inteligência sobre o comportamento dos consumidores, que dará suporte em tomadas de decisões importantes que vão desde ações personalizadas para cada perfil de cliente, até a logística de organização das gôndolas e negociação com fornecedores", completa.

A Farmaconde é uma rede de farmácias com lojas espalhadas por 70 cidades do estado de São Paulo, totalizando 179 unidades. Todas elas emitem o cartão próprio "Cliente VIP Farmaconde" administrado pela DMCard, e a partir de agora passam a contar com ferramenta própria de CRM gerenciada pela empresa de São José dos Campos em todos os endereços.

A iniciativa tem como objetivo entregar a todos os gerentes das lojas informações sobre o hábito de compra de seus frequentadores, permitindo, assim, a criação de campanhas personalizadas e relevantes para os diferentes perfis de clientes existentes. Outras funcionalidades incluem a visualização dos melhores clientes, clientes fiéis ou clientes em abandono, plotagem dos clientes em mapas, segmentações por rentabilidade e/ou perfil e produtividade dos caixas no processo de identificação.

Essa ferramenta sanará uma grande dificuldade do varejo em geral que é o cliente entrar e sair da loja anônimo. A plataforma desenvolvida pela DMCard possibilita, através da coleta do CPF do cliente no check-out, o acompanhamento das compras ao longo do tempo, podendo criar um histórico de consumo e traçar um perfil de cada um dos clientes que se identificam. Depois, com esse histórico mapeado e estudado, um algoritmo pode direcionar ofertas exclusivas para aquele CPF.

Para o diretor financeiro da Farmaconde, Mario Muniz, a plataforma se soma a outras iniciativas de melhorias de gerenciamento, como a implantação de uma ferramenta de BI e o reforço de treinamento das equipes de loja. "O mercado está bem competitivo, e através dessas iniciativas buscamos entregar uma melhor experiência de compras para nossos clientes", comenta.

Carlos Kussler, gerente de CRM e Fidelidade da DMCard, comemora a implantação. Segundo ele, a tecnologia atual permite o uso de inteligência artificial para monitorar o comportamento dos clientes e melhorar o relacionamento. "Identificar o cliente no holofote é o primeiro passo. Depois, com a plataforma que desenvolvemos nos últimos dois anos, podemos realmente conhecer o cliente, identificar padrões e criar um relacionamento verdadeiramente relevante entre empresa e cliente. Além disso, conhecendo e monitorando esse histórico, conseguimos oferecer crédito para aqueles clientes desbancarizados ou em situação de inadimplência no mercado".

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MP tem julgada procedente ação para que município regularize e fiscalize escala de plantões em farmácias

— Publicada em 31 de outubro de 2017 às 11:32

O Ministério Público do Estado de Rondônia teve julgada procedente pelo Judiciário ação civil pública para que o município de Pimenta Bueno regularize e fiscalize as escalas de plantões das farmácias. O Juízo confirmou os efeitos de liminar concedida, no início deste ano, para determinar que o município de Pimenta Bueno edite atos administrativos fixando, mensalmente, as escalas de plantões das farmácias/drogarias localizadas na cidade, publicando-os no órgão oficial e arquivando no setor competente da Secretaria Municipal de Saúde.

Determinou ainda que seja estabelecida que as escalas conste expressamente a obrigação de todas as farmácias/drogarias afixarem em seus estabelecimentos, tanto internamente como externamente, em local visível ao público, informativo sobre qual estabelecimento, incluindo seu endereço e telefone, estão de plantão naquela semana.

Outra obrigação será a fixação, semanalmente, de informações, em local visível ao público, no Hospital Ana Neta, sobre a farmácia/drogaria, constando seu endereço e telefone, que está de plantão, e ainda promover, semanalmente, a necessária fixação da execução das escalas de plantão pelas farmácias/drogarias, apresentando relatórios mensais.

O prazo para cumprimento das determinações judiciais é de 30 dias, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 10 mil, por dia de descumprimento, sendo aplicada de maneira solidária ao município e a prefeita.

Motivação

A ação civil pública foi ajuizada pela Promotora de Justiça Marcília Ferreira Da Cunha e Castro após haver notícias de fato de que, em janeiro de 2014, a inexistência de regulamentação dos plantões nas farmácias do município de Pimenta Bueno contribuiu para o falecimento de uma criança, diante da inexistência de medicação adequada no hospital local, somada a ausência de farmácia aberta em sistema de plantão.

Em resposta à solicitação feita pelo MP, o Poder Legislativo local encaminhou cópias da Lei complementar 0004/2011, que disciplina o funcionamento das farmácias. Diante da obrigatoriedade das farmácias funcionarem em regime de plantão durante a semana no período noturno, bem como nos fins de semana e feriados, o MP solicitou ao município que elaborasse escala de plantões das farmácias, mas que tal solicitação não for atendida.

Depois de várias tratativas, sem conseguir êxito, o MP ajuizou ações e requereu liminar para regularizar os plantões das farmácias nos fins de semana. O município teve o prazo para o cumprimento integral da liminar por diversas vezes dilatado sem que fosse efetiva e integralmente cumprida.

Autor / Fonte: Assessoria/Prefeitura