Falta insulina para pacientes SUS

JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

A falta de insulina na Farmácia de Alto Custo, que fica em Cuiabá, volta a atormentar os diabéticos, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como a doença, o problema tem sido crônico em Mato Grosso, onde os pacientes passam semanas à espera do remédio de uso contínuo. Responsável pela unidade farmacêutica, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) informou que o processo para recebimento do produto encontra-se em fase final.

“É uma situação difícil por que quem é diabético não pode ficar sem a insulina. Nessas horas, quem tem condições tem para onde correr já quem não tem pede para Deus ajudar”, disse o frentista Benedito Escolástico, de 51 anos, que foi até a farmácia, ontem pela manhã, buscar o medicamento para a esposa que é diabética.

Escolástico conta que a mulher, conforme orientação médica, utiliza dois tipos de insulina, uma de ação ultra-rápida (lispro) e uma outra de ação intermediária ou mais lenta, denominada lantus (glargina/tipo 1). No entanto, ontem ele só conseguiu pegar a do tipo lispro.

O mesmo ocorreu com a professora Nilce Ferreira Soares, 51. “Eu preciso das duas por que a Lispro é usada depois das refeições e, a Lantus, à noite. Como aqui não tem, vou ter que comprar”, afirmou. Sem conseguir um dos tipos de insulina, a professora também vai ter que retornar ao médico para renovar o processo junto à Farmácia de Alto Custo, pois o procedimento é feito de seis em seis meses.

No Estado, 2,3 mil pessoas que fazem uso da Lantus, sendo mais de 500 pacientes do interior. Outros 900 pacientes utilizam a Lispro. Quando o paciente deixa de tomar o medicamento o organismo do diabético dá o alerta e os efeitos aparecem rapidamente, porque a insulina é responsável por pegar a glicose, que é fruto do que é consumido e transportar para as células gerando energia ao corpo.

Sem a dose diária do remédio, o doente pode ter palpitações, cansaço em casos extremos pode levar a cegueira e até problemas cardiovasculares. As sequelas podem ser irreversíveis e podem até levar à morte.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informou que o processo para o recebimento dos medicamentos está em fase final. O pagamento para a empresa responsável pelos lotes da Lantus (tipo 1) na quantia de seis meses está previsto para as próximas semanas. Após o pagamento, o fornecedor tem até 15 dias para entregar as insulinas.

Diretora do Boldrini rebate acusação do Ministério da Saúde de que entidade agiu com má fé em teste de medicamento para Leucemia

Por André Berenguel –

2 de maio de 2017

A médica oncologista e Diretora do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, defendeu a entidade nessa terça-feira depois que o Ministério da Saúde, em nota publicada em seu portal, buscou desqualificar o Boldrini dizendo que o Centro agiu de má-fé ao apresentar o laudo de um teste do medicamento chinês Leuginase, usado no tratamento contra a leucemia linfoide aguda.

O Leuginase começou a ser importado pelo Ministério da Saúde mas tem sido questionado por médicos oncologistas que dizem que o medicamento não é confiável já que não tem publicações científicas que atestem sua segurança. No teste divulgado pelo Boldrini é apresentado que o Leuginase apresentou um nível de proteínas acima do permitido. Questionado a respeito da publicação do Ministério da Saúde, Brandalise rebateu a acusação do Governo

Ela ressaltou também que o Laboratório de Espectrometria de Massas, do Laboratório Nacional de Biociências é referência para a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sendo assim, o governo não teria motivo para duvidar da segurança dos testes.

Ela se disse surpresa com o descrédito apresentado pelo Ministério da Saúde com o Boldrini, referência na América Latina em relação ao tratamento do câncer infantil

Para o tratamento das crianças com leucemia o Boldrini usa o Modac, medicamento alemão em parceria com o governo japonês que tem cerca de 30 anos de existência no mercado. Enquanto o Leuginase custa cerca de R$ 40,00, o Modac sai por quase R$ 230,00. Por conta própria, a diretoria do Boldrini está fazendo a importação do remédio alemão mas está com receio que o Ministério não libere a importação.

Em nota o Ministério da Saúde informou que é característica de um produto biológico apresentar traços de proteínas. Isso, no entanto, não indica que esses elementos são prejudiciais aos pacientes. Disse também que a Fundação Oswaldo Cruz está realizando um teste para apurar a qualidade do medicamento e que os dados preliminares mostram que o medicamento chinês tem ação enzimática na degradação da asparagina. Declara ainda que 11 estados brasileiros já estão utilizando o medicamento e que até o momento, não houve nenhum efeito diferente do esperado pela literatura disponível. Por fim, afirma que a compra do Leuginase cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu impugnações.

Anvisa suspende e interdita 13 lotes de medicamentos

Ação inclui um lote do medicamento Floxicam que apresentou quantidade de principio ativo fora do esperado. Foram suspensos também alguns lotes de captopril e Beta Long.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 02/05/2017 10:52
Última Modificação: 02/05/2017 11:41

Doze lotes de medicamentos foram suspensos e outro foi interditado pela Anvisa nesta terça-feira (2/5). Os lotes são de medicamentos de três empresas diferentes.

O primeiro medicamento interditado foi o Floxicam (piroxicam), 20mg, da empresa Brainfarma. O lote interditado é o B16J2232, que traz na embalagem a validade até 10/2018. A interdição foi motivada depois que o Laboratório de Saúde Pública de Goiás verificou que a dose de piroxicam no produto estava incorreta. A ação faz parte do Programa Nacional de Verificação de Medicamentos (Proveme).

A interdição é preventiva e dura 90 dias para que seja feita a contraprova. Caso a irregularidade seja confirmada, o lote do produto será suspenso de forma definitiva. Enquanto isso, o produto não pode ser comercializado ou utilizado.

A segunda medida foi a suspensão do medicamento Beta Long (fosfato de betametasona 3mg/ml e acetato de betametasona 3mg/ml). São dois lotes suspensos: o 1607483 (val 03/2018) e o 1629396 (val. 03/2018).

A suspensão foi adotada porque o Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz (BA) identificou problemas no ensaio de aspecto, que é um avaliação visual das características do produto. O Beta Long é fabricado pela União Química Farmacêutica. A suspensão é definitiva e os medicamentos dos lotes envolvidos não podem ser comercializados ou utilizados.

Captopril interditado

Os outros dez lotes suspensos são do medicamento Captopril 25mg, fabricado pelo Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe). Neste caso, o próprio fabricante identificou uma alteração no teor de dissulfeto de captopril e iniciou um recolhimento voluntário do produto. Os lotes de Captopril do Lafepe suspensos estão na tabela abaixo, que traz também os outros medicamentos suspensos e interditados.

Medicamento

Lote

Situação

Floxicam (piroxicam), 20mg

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A
B16J2232 – Validade: 10/2018

Interditado por 90 dias. Não deve ser utilizado.

Beta Long (fosfato de betametasona 3mg/ml e acetato de betametasona 3mg/ml)

União Química Farmacêutica
1607483 (val 03/2018) 1629396 (val. 03/2018)

Suspenso. Não deve ser comercializado, distribuído ou utilizado.

Fabricante deve fazer o recolhimento.

Captopril

Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe)
15081401 15081402 15081403 15090230 15090231 15090232 15121446 16030251 16030254 16030255

Suspenso. Não deve ser comercializado, distribuído ou utilizado.

Fabricante deve fazer o recolhimento.

Anvisa suspende remédio distribuído por governo estadual

O próprio fabricante identificou uma alteração no medicamento e iniciou o recolhimento voluntário do produto

Por Weruska Goeking Em minhas-financas / consumo 02 mai, 2017 14h20

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu 10 lotes do medicamento Captopril 25 mg fabricado pelo Laboratório do Estado de Pernambuco (Lafepe).

O próprio fabricante identificou uma alteração no teor de dissulfeto de captopril e iniciou o recolhimento voluntário do produto. Agora, a Anvisa proíbe sua comercialização, distribuição e utilização.

Os lotes de Captopril do Lafepe suspensos são:

– 15081401
– 15081402
– 15081403
– 15090230
– 15090231
– 15090232
– 15121446
– 16030251
– 16030254
– 16030255

Boldrini espera Anvisa para comprar remédio

Publicado 02/05/2017 – 20h31 – Atualizado 02/05/2017 – 20h31

Por Rafaela Dias

O Centro Infantil Boldrini aguarda desde a última sexta-feira a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a compra de 500 frascos do princípio ativo asparaginase, fabricado pela Medac Phama e utilizado para o tratamento de 40 crianças com leucemia. O hospital usa a medicação de procedência alemã ou americana que tem eficácia de 90%, mas o Ministério da Saúde entregou um lote do medicamento chinês fabricado pelo laboratório Beijing SL Pharmaceutical em fevereiro para ser usado no lugar.
“Isso é um descaso com os pacientes e suas famílias. Pedimos uma comprovação do Ministério da Saúde de que a medicação já tenha sido testada em crianças chinesas e qual o resultado. Não recebemos resposta, diante disso nos restou fazer a importação por conta própria, já que os pacientes não podem ter o seu tratamento interrompido nem por um dia e não devem ser submetidos a testes. O estoque do remédio terminou no final do mês passado e, só nas últimas semanas, apareceram três novos casos da doença. O prazo já passou e a Anvisa ainda não autorizou nossa compra, conforme prometido e sem um motivo claro”, informou a presidente do Boldrini, Silvia Brandalise.
“Hoje as crianças brasileiras com leucemia têm apenas 47% de chance de cura em 5 anos de evolução da doença. No mundo todo, esse índice chega a 80%. Não podemos permitir que o uso irresponsável de um novo medicamento diminua ainda mais as chances dessas crianças. Entraves burocráticos também não podem arriscar vidas”, disse.
Ainda segundo a médica, enquanto a medicação alemã ou americana custa US$ 224 o frasco, chinesa custa US$ 38. “Não podemos, sem exata comprovação, substituir o fabricante de remédio essencial apenas pela queda no preço”, disse. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a compra do remédio chinês cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu impugnações. A reportagem entrou em contato com a Anvisa sobre a autorização esperada pelo Boldrini, mas não teve resposta até o fechamento da edição.
Ainda esta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou um pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que avalie junto ao Ministério da Saúde as denúncias sobre a falta de segurança e eficácia do medicamento chinês. O presidente do CFM, Carlos Vital, defende a avaliação rigorosa da qualidade do medicamento e que o Ministério Público deve dar uma especial atenção ao fato do próprio Ministério da Saúde ter pedido a avaliação de qualidade do produto, já distribuído para centenas de hospitais pelo País.
Para o Conselho, a medicação anteriormente utilizada e atestada para o tratamento da leucemia deve ser continuada em caráter emergencial. “Janot é uma pessoa pública que inspira confiança, ética e integridade. É uma excelente iniciativa. Temos a confiança de que a Procuradoria tome alguma providência”, disse Silvia Brandalise.

Assistência Farmacêutica atende 185,3 mil receitas

por ANDRÉ ESTEVES-Da Reportagem

Em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 166.718 prescrições médicas a pacientes, procura por medicamentos cresceu 11% na unidade central de Presidente Prudente

De janeiro a março deste ano, os atendimentos prestados pela Assistência Farmacêutica de Presidente Prudente cresceram 11% em relação ao mesmo período do ano passado. Na soma do primeiro trimestre de 2016, o serviço atendeu 166.718 receitas, ao passo que, neste ano, o número chegou a 185.305. Em março, foram contempladas 69.952 prescrições, 10% a mais do que no mesmo período do ano anterior, com 63.785 receituários.

No município, o departamento é composto por 29 farmacêuticos e 27 auxiliares de farmácia e compreende 31 farmácias, dispostas em todas as regiões, inclusive nos distritos (Ameliópolis, Eneida, Floresta do Sul e Montalvão). A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) ressalta que esta distribuição permite que os beneficiários tenham acesso aos medicamentos na unidade mais próxima de sua casa, sem a necessidade de se deslocarem para a Farmácia Central.

Remédios são ofertados aos usuários da rede municipal de saúde de Prudente, por meio do SUS

Conforme a pasta, têm direito à retirada de remédios todos os moradores de Prudente atendidos na rede municipal de saúde ou usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo que os medicamentos dispensados são os constantes na Remune (Relação Municipal de Medicamentos), conforme a legislação vigente. Aqueles que não constarem nesta relação não são de distribuição obrigatória pelo município.

A apresentação da receita deve ser feita em duas vias e os medicamentos precisam estar prescritos com letra legível e pelo princípio ativo, também conforme legislação vigente. “As receitas são válidas por 30 dias a partir da data da sua emissão, ao passo que a receita de antibiótico vale por 10 dias”, completa.

Usuários

O funcionário público Sebastião Severino Dias, 70 anos, é usuário contínuo e se dirige à Farmácia Central mensalmente para retirar seus medicamentos destinados ao tratamento da hipertensão. Ele elogia o serviço e afirma nunca ter ficado sem os remédios. No entanto, lamenta o fato de muitos remédios de alto custo não serem ofertados para a população carente na rede pública. “Muitos acabam morrendo por conta da burocracia envolvida”, avalia. Já a dona de casa Cássia Izaque, 52 anos, considera a assistência “importante e fundamental”, uma vez que as pessoas pagam impostos para serem bem servidas. “Nada mais justo do que termos acesso aos medicamentos de forma gratuita”, acredita.

Em discussão

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) adianta à reportagem que está em definição uma parceria entre os Correios e a Prefeitura, com o propósito de promover a entrega in loco de medicamentos para os pacientes do município. Enfatiza que os termos ainda são dialogados entre as partes, contudo, a previsão é de que o projeto seja implantado ainda neste semestre.

Atendimentos de receitas em Prudente

Mês 2016 Elevação* 2017 Elevação*
Janeiro 50.243 15% 58.073 16%
Fevereiro 52.690 20% 57.280 9%
Março 63.785 9% 69.952 10%

*Em relação ao ano anterior

Fonte: Secom

Médicos preferem não receitar a fosfoetanolamina

Os poucos especialistas que concordaram em falar com o Pioneiro dizem que a substância não é um medicamento e orientam para não utilizar

Ivanete Marzzaro
ivanete.marzzaro@pioneiro.com

Boa parte dos oncologistas de Caxias do Sul preferem não falar sobre o assunto. As duas especialistas que falaram com a reportagem afirmaram que preferem não prescrever a fosfoetanolamina para seus pacientes com câncer. A oncologista Janaína Brollo diz que não receitaria, pois até o momento não há dados de segurança e eficácia comprovados em seres humanos.

— Julgo o câncer uma doença extremamente complexa para indicarmos tratamentos sem respaldo científico, principalmente quando temos outras opções testadas e comprovadas em estudos clínicos — defende a médica.

A oncologista Patrícia Moretto compartilha da mesma posição. Segundo ela, mesmo sendo caracterizado como um suplemento alimentar, não há definições científicas de quais são os eleitos colaterais da substância.

— Suplemento alimentar não é medicamento. Por isso, prefiro não prescrever —destaca a oncologista Patrícia.

Janaína Brollo explica que a fosfoetanolamina é uma substância sintética que mostrou eficácia contra o câncer em estudos realizados com animais, portanto, ainda experimental. Um estudo feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) demonstrou que não houve eficácia dessa droga em humanos com diferentes neoplasias.

— Mesmo como suplemento alimentar, eu não receitaria— ressalta a especialista Janaína.

A polêmica que envolve a pílula azul e branco

Muita polêmica envolveu a fosfoetanolamina. Sua venda foi suspensa judicialmente várias vezes. A substância ganhou destaque no final de 2015 devido a seu possível potencial de utilização no combate ao câncer.

Desenvolvida pela USP para o tratamento de tumores malignos, a fosfoetanolamina poderia ser usada no tratamento dos pacientes por "livre escolha", mediante laudo médico que atestasse a doença e assinatura de termo de responsabilidade, de acordo com o texto do projeto de lei. Houve uma enxurrada de liminares para conseguir usar o medicamento em pacientes com a doença.

Em fevereiro deste ano, a fosfoetanolamina passou a ser vendida como suplemento alimentar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não há, até agora, nenhuma comprovação científica de que a substância funcione, de fato, no combate ao câncer.

Dois laboratórios produzem a substância: o Federico Dias, no Uruguai, e o Quality Medical Line, na Flórida (EUA), e só pode ser comercializada via internet. No site, o produto é anunciado como um suplemento que melhora a qualidade de vida.

A fosfoetanolamina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo humano nas células de alguns músculos específicos e no fígado. Há poucas informações sobre como a substância atuaria no tratamento do câncer. O pouco que se sabe é que ela poderia agir dentro da carcinogênese, ou seja, poderia ter alguma influência na formação do tumor.

Outra hipótese é que teria ação anti-inflamatória e apoptótica, em outras palavras, seria capaz de "matar" as células cancerígenas. Porém, todas essas teorias não foram comprovadas e ainda estão no campo da suposição.

Medicamentos da Vic Pharma são suspensos

Ação da vigilância sanitária de São Paulo baseou a suspensão de 30 medicamentos fabricados pela empresa Vic Pharma.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 02/05/2017 10:26
Última Modificação: 02/05/2017 15:59

A Anvisa suspendeu a fabricação e o comércio de 30 medicamentos da empresa Vic Pharma Indústria e Comércio Ltda. A suspensão dos produtos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2/5).

De acordo com uma inspeção investigativa realizada nos dias 11 e 12 de abril de 2017, uma série de não conformidades quanto às Boas Práticas de Fabricação de medicamentos foi constatada na empresa Vic Pharma. A vigilância sanitária municipal de Taquaritinga/SP, diante do cenário, havia determinado a suspensão dos medicamentos.

Confira a lista completa dos produtos suspensos:

Solução de peróxido de hidrogênio 3%

Água oxigenada 10 volumes

Pó de alúmen de potássio

Pedra ume

Gliconato de clorexidina 2% (solução com tensoativos)

Chlorohex

Éter alcoolizado

Éter etilico 35/ Vic Remov

Cristais de sulfato de magnésio

Sulfato de magnésio

Vaselina líquida 100%

Vaselina liquida

Álcool etílico 70% (gel)

Álcool gel Quality

Iodopolividona 10% (solução aquosa)

Povidine topico

Talco mentolado

Talco mentolado

Solução de iodo 2%

Tintura de iodo

Solução de ácido bórico 3%

Água boricada 3%

Iodopolividona 10% (solução hidroalcoólica)

Povidine tintura

Álcool iodado 0,1%

Álcool iodado

Pasta d'água

Pasta d agua

Óleo de rícino 100%

Óleo de rícino

Gliconato de clorexidina 1% (solução aquosa)

Chlorohex

Óleo mineral 100%

Óleo mineral

Bicarbonato de sódio (pó)

Bicarbonato de sódio

Álcool etílico 70%

Álcool 70 Quality

Carbonato de cálcio (pó)

Carbonato de cálcio

Solução de benjoim (sumatra benzoin) 20%

Tintura de benjoim

Gliconato de clorexidina 4% (solução com tensoativos)

Chlorohex

Solução de hipoclorito de sódio

Líquido de Dakin

Solução antimicótica com iodo

U n h a p lv s

Glicerina

Glicerina

Gliconato de clorexidina 0,5% (solução aquosa)

Chlorohex

Iodopolividona 10% (solução com tensoativos)

Povidine dermo suave

Água purificada

Água desmineralizada

Vaselina sólida 100%

Vaselina solida

Solução de iodo 5%

Tintura iodo 5% Vansil

Pacientes em Rio Preto entram na Justiça para conseguir medicamentos de alto custo

Secretaria Estadual de Saúde disse, por meio de nota, que os medicamentos estão em fase de compra.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

02/05/2017 13h30

Muitos pacientes em São José do Rio Preto (SP) recorrem à Justiça quando precisam de medicamentos de alto custo. A maioria ganha o direito de receber esses remédios, mas nem sempre o parecer favorável da Justiça é o fim da luta. O governo vem descumprindo as decisões judiciais, o que traz desespero para quem depende do tratamento.

A Secretaria Estadual de Saúde disse, por meio de nota, que os medicamentos estão em fase de compra e que a situação deve ser normalizada em breve. Assim que remédios estiverem disponíveis vai avisar os pacientes.

A polidora de joias Ananda Nakagawa tem a decisão da Justiça em mãos desde janeiro, mas ainda aguarda pelo medicamento de alto custo. No ano passado, ela descobriu que tem hepatite e precisa tomar com urgência dois medicamentos por um período de três meses. Esse tratamento custa R$ 380 mil.

Como não tem condições de arcar com o custo, ela procurou a Justiça e ganhou o direito de receber os medicamentos, mas, mesmo com a decisão ela não ainda não recebeu os remédios. “Era para entregar em 10 dias, mas não foi entregue, se não tomar o remédio pode dar câncer no fígado ou cirrose”, afirma.

Os pacientes que entram na Justiça para conseguir algum medicamento de alto custo quase sempre recebem uma decisão favorável, mas o problema é que mesmo com a determinação, o não cumprimento da sentença tem se tornado cada vez mais comum. “As decisões judiciais vêm sendo tratadas como orientações e não como determinação, e isso é prejuízo para o usuário e também para o judiciário, geram incidentes dentro do processo e acaba não resolvendo o problema ao paciente”, afirma o advogado Rogério dos Santos, especialista neste tipo de ação.

Ainda de acordo com o advogado, é grande o número de pacientes que recorrem à Justiça para conseguir medicamentos de alto custo. São cerca 100 novas ações todo mês no Fórum de Rio Preto. O problema é que apesar das decisões favoráveis, o estado vem descumprindo as determinações judiciais.

“Se o Estado não cumpre, o juiz pede o sequestro do valor e pega da conta do Estado e repassa para o paciente, que poderá comprar o medicamento e mostrar a nota”, afirma.

Foi o que aconteceu com o Paulo. Aos 90 anos ele tem fibrose pulmonar e precisa tomar um remédio que custa R$ 19 mil. A família entrou na Justiça para conseguir o medicamento, mas esbarrou na burocracia para o cumprimento da decisão do juiz.

Diante do impasse a Justiça determinou o sequestro de bens de contas do estado. “Houve demora de seis meses para obtenção do medicamento, restringindo bens do estado para conseguir o medicamento”, afirma o genro de Paulo, José Firmino Júnior.

Mesmo com o caso sendo acompanhado de perto pela Justiça há dez dias a família aguarda pelo remédio que ainda não foi entregue este mês. “Hoje estamos conseguindo de acordo com a farmácia do Departamento Regional de Saúde, mas já está há 10 dias sem medicamento”, afirma José.

Pacientes com doenças crônicas sofrem com a falta de medicamentos

Por Berto Batalha Machado Carvalho Em 01/05/2017 às 01:43

Pacientes com doenças crônicas estão sendo prejudicados pela falta de medicamentos na rede pública, que deveriam ser disponibilizados pelo Governo do Estado. Conforme a Associação de Pacientes de Lúpus em Roraima, muitas pessoas precisam desse auxílio do governo, pois deixam de comprar o medicamento em farmácias privadas devido ao alto custo.

A presidente da Associação, Ildelene Ferreira, disse que os pacientes sofrem de problema renal, cerebral, cardíacos, pulmonares e outros. “Todos os pacientes estão sendo prejudicados. Sempre que solicitamos, os responsáveis dizem que precisamos esperar a chegada do remédio. O problema é que as medicações são de uso contínuo, não podemos parar de utilizá-los. O Estado tem o dever de fornecê-los, mas isso não está acontecendo”, declarou.

Segundo ela, estão em falta na rede pública remédios como a Prednisona, Micofenolato de Sódio, Ciclofosfamida, Metilprednisolona, Rituximab, Vitamina C, Cálcio, Protetor Solar, Vitamina D, Vitamina A, entre outros.

“Dependendo do caso do paciente, são necessários outros remédios. Os medicamentos são essenciais no tratamento do lúpus e de doenças reumáticas”, comentou.

Para se ter uma ideia, remédios como o Ciclofosfamida custa de R$ 800 a R$ 900. Já a dose do Rituximab é vendida a cerca de R$ 20 mil. “O pior é que são medicamentos que não são vendidos em farmácias, temos que pedir via internet. Inclusive, já cheguei a tomá-los”, frisou.

Atualmente, a Associação precisa entrar com ações judiciais para adquirir os remédios. “Estamos dando entrada pelo Ministério Público, pois é o único acesso que temos. A gente sempre ganha essas causas, mas a verdade é que o medicamento não deveria faltar. Além disso, até mesmo pelo Ministério a demora nos prejudica muito, esperar de 10 a 30 dias é muito tempo para quem precisa. Há pessoas que desistem pela questão do desgaste e stress”, comentou.

Os pacientes pedem para que as autoridades tomem providências para resolver o problema. “A gente não pode parar o tratamento. Já perdemos uma amiga recentemente por conta disso, por falta de medicamento, e não podemos continuar sendo lesados. O Governo do Estado precisa resolver esse transtorno o quanto antes, pois isso acontece com frequência. Nós queremos celeridade e respeito, não podemos ficar nesta situação”, concluiu.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que o órgão começou a receber, esta semana, parte dos medicamentos que estavam em falta no estoque. “As empresas contratadas para este fornecimento já estão entregando diversos itens que atenderão a todas as unidades de saúde do Estado”, diz a nota.

A expectativa do Estado é alcançar cerca de 70% de abastecimento este mês. “Novas remessas de remédios devem chegarnos próximos dias. A Coordenação Estadual de Assistência Farmacêutica está preparando o processo para aquisição de mais materiais e medicamentos, cujas licitações devem ocorrer até o final do ano, para atender a demanda da população”, ressaltou.

Conforme a Sesau, os usuários podem entrar em contato com a unidade de saúde para se certificarem de como está o abastecimento para os itens de seu interesse. (B.B)