Ex-dono explica por que vendeu Coca-Cola para empresa mexicana

Empresário Ricardo Vontobel, da Vonpar, falou pela primeira vez sobre os motivos que levaram à decisão tomada em setembro de 2016

Por: Marta Sfredomarta.sfredo@zerohora.com.br

24/05/2017 – 12h16min | Atualizada em 24/05/2017 – 19h06min

Em um café da manhã nesta quarta-feira, na Casa NTX, o empresário Ricardo Vontobel falou em público pela primeira vez após a venda da Vonpar Bebidas, que engarrafa e distribui Coca-Cola e outras marcas do grupo em parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O negócio com a mexicana Femsa foi fechado em setembro do ano passado, por R$ 3,5 bilhões parte paga à vista, parte em ações e outros títulos.

– Faz seis meses que estou um pouco afastado. Estamos recomeçando com outro negócio, infinitamente menor, que é a Neugebauer. Sempre se disse que vender Coca-Cola era fácil, mas não foi o que vivi. Não existe negócio fácil – desabafou Vontobel no início da conversa.

Depois de relatar o desenvolvimento do negócio fundado pelo pai, João Jacob Vontobel, há 68 anos, e as crenças da empresa, que incluiam um inusitado "alegria", o empresário tomou a iniciativa de abordar o tema:

– Vocês devem estar se perguntando "se era tão bom, por que tomaram a decisão de sair?". Como eu disse, negócio não é emoção. É pragmatismo. É preciso ter leitura de contexto e não ser surpreendido. Um fundamento econômico é que, para crescer, precisa ter aumento de receita ou de volume. No Estado, o consumo per capita de refrigerante já é muito grande (haveria, portanto, pouco espaço para crescer), a população está envelhecendo e os jovens estão mudando de hábitos. E preço tem um limite. Se eu quiser vender Coca-Cola a R$ 10, as pessoas não vão comprar.

Nesse quadro, relatou, a opção seria crescer comprando, expandindo para Santa Catarina ou Uruguai. Mas apareceu alguém – no caso, a Femsa – que conseguiria capturar mais benefícios econômicos da integração das operações, o que no jargão dos negócios é chamado de sinergia.

– Na vida, é preciso saber a hora de começar, de continuar e de parar. Se a decisão fosse tomada na hora errada, o risco seria jogar 68 anos de história no lixo. Lembrei da história de Pelé, que parou de jogar no auge, e explicou que queria fazer isso enquanto ainda era rei. Comecei a trabalhar aos 12 anos em um caminhão de Coca-Cola. O que sei fazer é vender Coca-Cola. Mas há uma força maior, que é o mercado globalizado, onde o custo de capital é incomparavelmente mais barato. Tem de ser humilde para entender esse contexto – explicou Vontobel.

Conforme o empresário, foi uma antevisão desse futuro que fez a empresa familiar, cinco anos antes, comprar a Neugebauer. Segundo Vontobel, imaginava-se que seria um negócio muito parecido com a elaboração e distribuição de refrigerantes. Não foi bem assim:

– Apanhamos feito cachorro. Era uma escala totalmente diferente. Uma coisa é vender uma marca líder, outra vender uma que só tem história. Ninguém compra história. O que compramos era um pardieiro, eu fiquei um ano com vergonha de ir lá. Quanto mais vendíamos, mais perdíamos, porque havia uma perda na produção entre 20% e 30%. Mas tivemos decisão, arrojo, investimos em uma fábrica nova, em Arroio do Meio. Quando terminou a construção, não havia mercado. Hoje, felizmente, estamos vendo o negócio crescer 35% ao ano, começando a exportar Bib's para os Estados Unidos.

No final da conversa, Vontobel fez questão de dizer que, embora esteja passando muito tempo nos Estados Unidos atualmente, isso não quer dizer que tenha abandonado o Estado e o país. Segundo o empresário, é uma espécie de "ano sabático", durante o qual segue vindo ao Estado ao menos uma vez ao mês. Considerou o momento que o país está vivendo "deplorável" e disse não ver "solução de curto prazo":

– Nossa sociedade está doente. Furamos fila, não cumprimos nada. E isso não começou agora. Temos muito retrabalho no Brasil. Se alguém joga papel no chão, alguém tem de juntar. Se picha, tem de pintar. Essa é uma tinta improdutiva.

Apesar da visão crítica, Vontobel reforçou que, apesar de tudo, o Brasil ainda é um país em que "tudo está por fazer", portanto oferece mais oportunidades e mais facilidade para desenvolver negócios do que mercados maduros como Estados Unidos e Europa, onde há mais concorrência e as margens de lucro são ainda mais apertadas.

Café Cassiano aposta no setor de cápsulas

Esta passou a ser uma tendência e os produtos são compatíveis com as principais máquinas para esse tipo de extração

O Dia Internacional do Café é celebrado nesta quarta-feira, 24 de maio. A melhor forma de comemorar, sem dúvida, é com uma xícara dessa que é uma das bebidas preferidas do brasileiro.

O Café Cassiano, acompanhando as tendências do mercado, apontou que a tradicional bebida pode ser apreciada, também, através das novas cápsulas de café gourmet, comercializada em caixas com 10 unidades nos principais hiper e supermercados de Americana e região, bem como em lojas especializadas em gastronomia. A expectativa é que o mercado de cápsulas cresça uma média de 15,3% por ano até 2019.

Segundo o Café Cassiano, as cápsulas são compatíveis com as principais máquinas para esse tipo de extração presentes no mercado. A preparação através dessa modalidade é rápida e prática, conquistando muitos adeptos, principalmente no consumo doméstico.

As cápsulas resultam em uma bebida com alta cremosidade, riqueza de texturas e sabor único. Para garantir o aroma e sabor originais do café, as doses individuais são protegidas por atmosfera modificada.

Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International e divulgado pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) fez uma análise das tendências de consumo entre 2014 e 2019. O relatório aponta que, atualmente, o mercado de cápsulas corresponda a 0,6% do volume de café consumido no Brasil, um montante de 980 mil toneladas. Até 2019, esse percentual deve chegar a 1,1% do volume total.

Preparo

Seja através das cápsulas ou do preparo tradicional, o importante é não deixar faltar o café de cada dia. Para aprimorar a experiência de apreciar a bebida é interessante observar algumas dicas para aproveitar ao máximo o sabor do café.

O primeiro cuidado é observar a água que será usada no preparo. A indicação da diretora de Marketing do Café Cassiano, Lia Lima Gatti Höfling, é escolher água mineral ou filtrada, já que a água da torneira apresenta alto teor de cloro. A temperatura também é um fator importante.

A água deve ser apenas aquecida e não fervida, já que a perda de oxigênio altera a acidez da bebida. O ideal é que o café seja preparado a 90°. O pó de café deve ser guardado na geladeira para preservar seu aroma, evitando recipientes abertos e transparentes.

Batatas Frisé e Chips

Alimentos

A McCain, conhecida pela comercialização de batatas pré-fritas congeladas, apresenta dois lançamentos para diversificar o oferta de produtos em restaurantes e similares, sem que, para isso, sejam necessárias grandes alterações no trabalho e na estrutura. Tratam-se de dois cortes que já são amplamente comercializados da Europa: Frisé e Maxi Chips. O primeiro corte, que resulta em uma batata palito ondulada, resulta em um produto macio por dentro e crocante por fora, além de ter um diferencial bem atrativo, devido ao formato. Já a Maxi Chips, produto exclusivo da marca, permitem o preparo das conhecidas batatas chips que geralmente só são encontradas prontas em supermercados. Uma das vantagens dessa versão é a possibilidade de servir o produto quente ou frio, uma vez que a Maxi chips não perde sabor e crocância.

www.mccain.com.br – 0800 704 3236

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Fiscalização interdita fábrica de doce de leite na cidade de Limoeiro de Anadia

Empresa diz que está em processo de regularização no Ministério da Agricultura

Assessoria / MP-AL

Uma indústria de alimentos, localizada no município de Limoeiro de Anadia, no Agreste alagoano, teve parte de suas atividades interditadas, nesta terça-feira (23), durante os trabalhos da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI). O setor que produzia doces de leite não possui registro no Ministério da Agricultura, uma exigência legal para empresas que vendem produtos para outros estados.

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) lavrou um auto de infração porque a indústria fabricava os doces de leite sem autorização daquele órgão federal e também fez a interdição dessa linha de produção específica, que ficará sem funcionar até que o Ministério da Agricultura dê a devida permissão.

A Adeal também apreendeu todos os produtos derivados do leite que já estavam prontos para a venda. Apenas foi recolhido o que estava sem o registro obrigatório.

Licença ambiental

O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) expediu notificação para que o proprietário comprove se está cumprindo todas as condicionantes previstas na licença ambiental já concedida à empresa. Dentre elas, o certificado de destinação final dos resíduos comuns, perigosos e das cinzas. Ele terá prazo de cinco dias para comprová-las.

Porém, o IMA fez uma interdição na área de ampliação da empresa, que também tinha que ter a autorização do Instituto.

O IMA também lavrou dois autos de infração porque encontrou outras irregularidades. Mais de 200m³ de madeira estavam na empresa. A lenha, que seria utilizada nas caldeiras da fábrica, foi apreendida. Também foi detectado um lançamento de resíduos sólidos, líquidos e de substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em lei.

O dono da empresa explicou que, em 2016, protocolou no Ministério da Agricultura o pedido de regularização do setor de doces de leite da fábrica. Entretanto, a autorização ainda não foi emitida.

No ‘olho do furacão’, JBS já perdeu R$ 9,6 bi

A intensa exposição dos crimes delatados pelos irmãos Batista durante o fim de semana resultou ontem no pior dia da história da JBS

Em meio à aversão de investidores, a empresa perdeu R$ 7,45 bilhões em valor de mercado. Na bolsa, as ações da JBS recuaram 31,3%, na maior desvalorização desde que a empresa abriu o capital, em 2007.

Desde quarta-feira, quando surgiram as primeira notícias da delação de Joesley Batista, os papéis da JBS caíram 37% na B3 (ex-BM&F Bovespa), o que fez o valor da empresa cair de R$ 25,9 bilhões para apenas R$ 16,3 bilhões nesse período.

A reação dos investidores condensa, em grande medida, a espiral negativa que sacudiu a empresa. Ainda que as perspectivas operacionais permaneçam positivas – fato que ajudou a conter a queda das ações na última sexta-feira -, as delações geram temores sobre a sustentabilidade financeira da JBS.

Ontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings da JBS e da JBS USA, e colocou a nota da companhia em revisão para um novo rebaixamento. A Fitch rebaixou o rating da JBS e também colocou a nota em observação para possível rebaixamento. Por seu turno, a Standard & Poor's (S&P) colocou em observação para possível rebaixamento o rating da Moy Park, subsidiária da JBS.

O risco de pesadas multas também pressiona a companhia. No âmbito das negociações do acordo de leniência, o Ministério Público Federal (MPF) pede o pagamento de mais de R$ 11 bilhões em multas à JBS, mas ainda não chegou a um entendimento com a controladora J&F. E isso não é tudo. Fatalmente, a JBS terá de pagar multa nos EUA – a empresa negocia acordo com o Departamento de Justiça (DoJ) -, onde também já é alvo de ações coletivas.

O escritório americano de advocacia Rosen Law Firm abriu novo chamado para interessados em participar de uma possível ação de classe contra a JBS, motivada pelos impactos na companhia da delação e também pela Operação Bullish, que investiga irregularidades nos aportes feitos pelo BNDESPar, que tem 21,3% do capital da JBS. O escritório alega que a JBS pode ter divulgado informações enganosas aos investidores. Além disso, a empresa também pode sofrer ações coletivas relacionadas à Operação Carne Fraca.

A crise de confiança é outro fator que abala a JBS, sobretudo no Brasil, onde consumidores fazem campanhas de boicote às marcas da empresa – Friboi, Seara, Doriana, Swift, entre outras. Não à toa, a rival BRF ganha espaço junto aos consumidores e aos investidores. Ontem, as ações da dona das marcas Sadia e Perdigão subiram 6,1%, gerando um ganho de R$ 2 bilhões em valor de mercado.

Há também efeitos colaterais da delação, com a possível punição da JBS pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo uso de informações privilegiadas. A autarquia investiga se a empresa lucrou com a compra de dólares antes da divulgação da delação, sabendo que a exposição dela afetaria o câmbio. Os controladores da JBS também estão na mira da CVM pelo possível "insider trading" pela venda de ações da JBS antes da divulgação da delação.

Para o gestor de um fundo de pensão, a forte baixa da ações da empresa no pregão de ontem está ligada à zeragem de posições especialmente por parte dos investidores internacionais. A exposição em JBS virou um problema para o estrangeiro, uma vez que hoje há muito mais risco do que retorno potencial no médio prazo. Além disso, o estrangeiro, que conta com um leque de opções com mais de 300 papéis do setor para investir no mundo inteiro, não tem tempo para acompanhar os desdobramentos do caso da JBS, os processos judiciais, se os controladores vão ser presos.

Esse risco, argumentou o gestor, ficou mais claro após o fim de semana, com os questionamentos acerca das vantagens obtidas na delação pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e as investigações sobre se teriam lucrado com a própria denúncia. O valor de R$ 11,6 bilhões pedido pelo MPF para fechar o acordo de leniência, apesar de não aceito, é outro risco. "O valor de R$ 11 bilhões acabaria com a empresa", afirmou o gestor.

Diante de tudo, histórias do passado mal-explicadas, como as condições do acordo que selou a incorporação do frigorífico Bertin pela JBS, voltam à tona, adicionando incertezas no cenário já conturbado. Notícias veiculadas na imprensa na semana passada dão conta de que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pediu que a Justiça cancele o negócio, alegando fraudes fiscais e societárias pela JBS.

O pano de fundo desse caso do passado é a possível apropriação indevida de um ágio na incorporação do Bertin. A suspeita é que os Batista compraram, em 2009, uma participação maior dos Bertin do que divulgaram ao mercado, o que pode ter lesado minoritários e a Receita.

A participação oculta da família Batista, que foi aventada pelo advogado Sérgio Bermudes em 2013, se daria pela Blessed Holdings, empresa americana sediada em Delaware. A Blessed, por seu turno, é controlada duas empresas sediadas em paraísos fiscais: Lighthouse Capital Insurance Company, cuja sede fica nas Ilhas Cayman, e a U.S Commonwealth Life, que é de Porto Rico.

Segunda edição da innovapack está confirmada para 2017

24 de maio de 2017

Único encontro com foco em design, tendências e inovação para embalagens da indústria alimentícia acontecerá no Transamerica Expo Center, em agosto

Após o sucesso de sua primeira edição, a innovapack, única feira da América Latina focada em design, tendências e inovação para a embalagem final de alimentos e bebidas, será realizada paralelamente ao evento Food ingredients South America (FiSA), o mais completo para a indústria de ingredientes alimentícios da América Latina. A expectativa é que cerca de 11 mil visitantes se reúnam no Transamerica Expo Center, de 22 a 24 de agosto.

Entre as atrações já confirmadas, estão o Packaging Innovations Gallery, área que destaca as principais inovações em embalagens da indústria alimentícia no Brasil e no mundo, e a Conferência innovapack, com a participação dos principais pesquisadores e companhias de inteligência de mercado. No pavilhão acontecem também as Seminar Sessions, sessões de 30 minutos sobre os lançamentos e novas tecnologias das empresas, ministradas por líderes de mercado.

“Temos a convicção de que a innovapack e a FiSA oferecem ao mercado uma experiência completa. Em 2017, as feiras trarão um número ainda maior de lançamentos e tecnologias, reunindo um público qualificado e focado em realizar negócios”, acredita o gerente dos dois eventos, Fernando Alonso.

A innovapack reúne segmentos como Concepção & Design, Embalagens & Afins e Eco Packaging & Soluções Sustentáveis, levando a seu espaço expositores e visitantes de agências de design de embalagem, impressão, tampas e fechamentos, rotulagem, materiais de embalagem, recicladores, entre outros.

Fonte: 2PRÓ Comunicação

Fórum Fispal debate temas como Indústria 4.0, rotulagem de alimentos e legislação de alergênicos

23/05/2017 – Terça-Feira

Maior feira do setor receberá gestores de grandes empresas como Nissin, Bauduco, Bunge, Nestlé, Coca-Cola, entre outras

O Fórum Fispal Tecnologia, maior encontro de desenvolvimento e atualização da Indústria de Alimentos e Bebidas, receberá grandes profissionais do segmento em palestras, debates e apresentações de cases de sucesso. Já estão confirmadas as presenças de representantes da Nissin, Bauducco, Bunge, Nestlé, Cargill, Itambé, Ducoco, KraftHeinz, Coca-Cola e Aurora, entre outras, que debaterão sobre temas como melhorias na gestão industrial, sustentabilidade, aumento de produtividade, redução de perdas e outros assuntos pertinentes ao setor.

Assuntos que ganharam destaque nos últimos dias na mídia nacional também terão espaço durante o evento como, por exemplo, a Indústria 4.0, que teve, nessa semana, anunciado pelo governo federal, a criação de um grupo interministerial encarregado de propor em até 150 dias uma estratégia brasileira para a manufatura avançada. Além de rotulagem dos alimentos e alergênicos, que ganhou a atenção após a Anvisa rever sua decisão de retirar de rótulos e embalagens a identificação dos óleos de soja refinados como derivados de alergênicos.

O Fórum ocorrerá paralelamente à 33ª edição da Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Alimentos e Bebidas – nos dias 27 e 28 de junho. A mostra é uma realização da Informa Exhibitions e acontece entre os dias 27 e 30 de junho de 2017, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, em São Paulo.

A plenária de abertura do Fórum terá a coordenação técnica do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Na ocasião, Luis Madi, Diretor Geral da entidade apresentará a palestra A Importância dos Alimentos Processados para a Sociedade Brasileira: Principais desafios e oportunidades de inovações juntamente com Marco Basso, CEO da Informa Exhibitions. O Coordenador Técnico da Plataforma de Inovação Tecnológica do ITAL, Raul Amaral, abordará A confiança do consumidor nos alimentos e bebidas no Brasil. Ao final da plenária, os participantes farão o lançamento da publicação “Brasil Processed Food 2020”.

De acordo com Luis Madi, o Fórum Fispal Tecnologia é extremamente importante porque traz conteúdo técnico complementar à exposição da feira. “Os participantes interagem, trocam conhecimento e experiências. Isso é fundamental para preparar os profissionais do setor, que tem um potencial de desenvolvimento enorme e muitos nichos para expandir e criar. Além disso, é uma forma de iniciar o processo de melhoria na comunicação com o consumidor final. A feira traz essa possibilidade de sinergia e comunicação entre os players”, comenta.

Entre os palestrantes, o Fórum Fispal Tecnologia contará com a presença de Homero F Guercia, Diretor Industrial da Brasil Kirin; Salvador Marinho, Diretor de Fábrica da Tetra Pak; Fausto Padrão Junior, Gerente de Engenharia da Coca-Cola – Andina; Renato Accessor, Diretor Industrial da KraftHeinz; entre outros.

Indústria 4.0

O segundo dia de Fórum, 28 de junho, será parcialmente dedicado ao tema Indústria 4.0. Especialistas e fornecedores debaterão sobre a Indústria de Alimentos e Bebidas a caminho da Indústria 4.0, Internet das Coisas, planejamento de implementação e como as empresas devem se planejar para a automatização total.

A Indústria 4.0 também ganha destaque na edição de 2017 da Fispal Tecnologia com a presença, pela primeira vez no Brasil, do demonstrador de Manufatura Avançada para a Indústria de Alimentos e Bebidas. O visitante terá a experiência de visualizar uma linha de produção que vai resultar em um produto personalizável, demonstrando as tecnologias que serão aplicadas aos processos produtivos no ambiente da “Indústria 4.0”.

Mais informações sobre a Fispal Tecnologia…

Fonte: SD&Press Consultoria

Nestlé investe R$ 20 mi em centro que analisa qualidade alimentar

A empresa espera aumentar em 20% a capacidade de realizar análises científicas em seu Centro de Tecnologia e Qualidade
Por Marina Demartini
23 maio 2017, 17h35

São Paulo – A Nestlé quer que o leite chegue mais fresco à mesa do consumidor brasileiro. Para isso, a empresa investiu 20,2 milhões de reais em seu Centro de Tecnologia e Qualidade (NQAC), que ganhará uma nova sede em Araras, interior de São Paulo, onde já estão instaladas fábricas da companhia e da DPA (joint-venture entre Nestlé e Fonterra, uma empresa responsável por cerca de 30% das exportações mundiais de lácteos).

“Com a proximidade das fábricas com o nosso centro, esperamos tornar todo o processo de análise de nossos produtos mais ágil para que eles cheguem mais rápido aos clientes”, explica Frede Politi, diretor do NQAC Brasil, em entrevista a EXAME.com. Segundo Politi, o processo de entrega do leite, por exemplo, demora de cinco a sete dias, desde a coleta até a comercialização. “Leite é igual criança quando chora, não dá para esperar.”

Cerca de 500 testes são feitos em cada produto antes de chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a Nestlé. No caso do leite, os primeiros exames são feitos já na retirada do líquido da vaca. Depois, todos os itens são enviados ao centro para passar por mais uma série de testes.

Com a nova unidade em Araras, a empresa espera realizar exames específicos, como a identificação e quantificação de organismos geneticamente modificados em alimentos. “O NQAC é um dos únicos locais do Brasil que possui maquinário capaz de realizar análises genéticas”, conta o diretor.

Esse tipo de exame é necessário, pois uma mudança no DNA do alimento pode trazer efeitos indesejados aos consumidores, como alergias e infecções. Recentemente, uma análise de DNA feita com o frango usado pela rede Subway revelou que a ave dentro dos sanduíches da cadeia de fast food contém menos de 50% do DNA do animal.

Além da análise genética, o NQAC faz testes microbiológicos e físico-químicos. Os profissionais também usam espectrometria de massas, uma tecnologia que possibilita a detecção de mais de 600 compostos de pesticidas e drogas veterinárias. Tal técnica garante o cumprimento dos requisitos legais das matérias-primas usadas na preparação de produtos.

Aproximadamente 200 mil análises microbiológicas físico-químicas são realizadas todo ano no Centro de Tecnologia da Nestlé, em parceria com laboratórios de qualidade instalados em todas as 31 fábricas da empresa no país, segundo a empresa. “Todos os produtos vendidos no país e os que são exportados precisam passar pelo centro”, explica Politi.

Atualmente, o NQAC também presta serviços para países como Colômbia, Argentina, Peru, México, Chile e Venezuela. Devido ao investimento, a empresa espera aumentar em 20% a capacidade de realizar análises no centro. “Queremos tornar o mercado brasileiro mais competitivo”, diz Politi. “Nos dias atuais, esse investimento reforça a nossa preocupação com a qualidade de nossos produtos e mostra como a Nestlé confia no país.”

O Centro de Tecnologia e Qualidade começou a funcionar no final da década de 60 em São Paulo. Hoje, há mais de 45 profissionais de diversas áreas, como biologia, química, engenharia e física, trabalhando no local – sendo que 50% desses funcionários são mulheres.

O diretor espera que a proximidade geográfica do centro com universidades, como a Universidade Estadual Paulista (UNESP), ajude a empresa a conseguir mão de obra qualificada para a realização de mais pesquisas. Segundo ele, o objetivo do investimento vai além do lucro. “O que queremos é desenvolver e implementar novas metodologias analíticas para assegurar a qualidade de nossos serviços.”

Betânia aplica R$ 25 mi em fábrica de Morada Nova

Investimento permitirá que a empresa dobre a fabricação mensal de iogurte e contrate mais 60 funcionários

A Betânia conta com cinco plantas industriais nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Sergipe, gerando 1.800 empregos diretos

Marca líder na venda de leite longa vida na região Nordeste e há 47 anos atuando no mercado, a Betânia investirá R$ 25 milhões em sua fábrica de laticínios no município cearense de Morada Nova, na região do Jaguaribe. A partir do aporte financeiro, a unidade terá a capacidade de produção de iogurtes duplicada para cinco mil toneladas mensais, sendo necessário contratar mais 60 funcionários.

"Hoje, nós estamos presentes em mais de 20 mil pontos de venda. Para este ano, queremos consolidar a distribuição dos produtos e ampliar nossa presença na gôndola. Seguimos investindo em produção e aperfeiçoamento dos nossos produtos e, ainda nesse primeiro semestre, lançaremos no mercado nossos iogurtes com nova fórmula e embalagens", afirma o presidente da Betânia, Bruno Girão.

Com cinco plantas industriais nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Sergipe, Girão destaca que a Betânia tem auxiliado no processo de desenvolvimento dessas regiões. De acordo com ele, a empresa mobiliza 3,5 mil fazendeiros em cerca de 300 municípios, com uma produção de 630 mil litros de leite por dia.

Fabricação

"Além disso, contamos com 1.800 funcionários diretos e mais de 20 mil estabelecimentos comerciais envolvidos", acrescenta, informando que cerca de 60% da produção de leite da empresa vêm de fazendas cearenses. Toda essa estrutura movimenta uma enorme cadeia de serviços.

Diariamente, a Betânia processa 1.700 pedidos e entrega mais de 700 toneladas nos pontos de venda. Da produção nas fazendas, o leite produzido cruza estradas, passa por diferentes processos da indústria para chegar aos supermercados. São 200 veículos entregando e abastecendo as filiais todos os dias, movimentando a economia de diversos municípios nordestinos.

Além das unidades cinco unidades industriais, a Betânia também dispõe de oito centros de distribuição. A linha de produtos da companhia inclui: leites pasteurizados; leites longa vida; bebidas lácteas; iogurtes; queijos; requeijões; doce de leite; leite em pó; creme de leite; e leite condensado. São mais de oitenta produtos e cinco marcas: Betânia, Lebom, Jaguaribe, Cilpe e Latimilk.

Logística compartilhada

A Betânia faz parte do grupo CBL Alimentos, que recentemente montou sistema de logística compartilhada por meio de projeto piloto da Associação ECR Brasil (Resposta Eficiente ao Consumidor) e apoio da consultoria em Supply Chain Diagma. O projeto de mutualização logística com parceiros regionais chega a reduzir em até 30% as tarifas de frete e à metade o tempo para distribuição dos produtos. Ao final de 12 meses do projeto piloto, os parceiros envolvidos chegaram a uma economia de R$ 560 mil.

Superintendente de Planejamento de Vendas e Operações e Logística na CBL, Antonio Rodrigues aponta que os principais desafios do novo sistema ainda são a cultura de pouca confiança entre os parceiros para compartilhamento de dados e a ausência de dados institucionais das próprias empresas, sendo o grande desafio transformar esse projeto piloto em um processo contínuo.

Aurora Alimentos certifica técnicos em gestão na produção de suínos

Capacitação Pensamento+1 foi desenvolvida durante seis meses pela Agriness com técnicos das cooperativas filiadas

Com o objetivo de formar e certificar profissionais de excelência em gestão na produção de suínos, capazes de mudar a cultura e a produtividade da granja, a Cooperativa Central Aurora Alimentos promoveu pela primeira fez o programa de Capacitação Pensamento+1 da Agriness com técnicos das cooperativas filiadas. Após seis meses de trabalho, 15 técnicos receberam o certificado de formação nesta terça-feira (16) durante cerimônia de formatura. A solenidade ocorreu no auditório da Aurora Matriz, em Chapecó, e contou com a presença dos presidentes das cooperativas filiadas à Aurora.

De acordo com o gerente de suinocultura da Aurora Alimentos, Valdir Schumacher, a Capacitação Pensamento+1 integra a metodologia do programa Leitão Ideal desenvolvido pela Aurora. “O Leitão Ideal é um processo de melhoria contínua e está sempre voltado para as demandas de mercado, buscando inovações tecnológicas que agreguem valor a cadeia produtiva. Isso é possível por meio da implantação de padrões de manejo e de assistência técnica e o P+1 veio para agregar ainda mais resultado a um trabalho que já está em andamento”, esclareceu.

O coordenador do programa Leitão Ideal e assessor de suinocultura da Aurora Alimentos, Sandro Luiz Treméa, reforçou que a iniciativa trabalha o planejamento da produção de suínos em lotes com vazio sanitário, gestão da produção de suínos, item no qual entra o Pensamento+1, e procedimentos operacionais padrão a serem implementados pelos produtores e pela assistência técnica.

Os formandos receberam a certificação do diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan e dos presidentes das cooperativas filiadas. O técnico Fernando Rocha, médico veterinário da Copérdia, foi um dos concluintes do curso. “Tivemos ganhos acima do esperado com a aplicação do P+1. Atingimos um acréscimo de 30% em melhorias, isso ao fim do ano representa ganhos acima de R$ 100 mil reais para uma granja de 600 matrizes”, salientou. Para ele, a gestão das propriedades, bastante explorada durante o programa, é fundamental para o alcance desses resultados. “É importante ter tempo para desenvolver a gestão da empresa rural. A partir disso, os produtores têm melhores resultados na produtividade e também na rentabilidade”, concluiu.

Eduarda Basso é médica veterinária na Cotrel e desenvolveu o P+1 em uma granja localizada em Getúlio Vargas. “Melhorou muito a parte de gestão da propriedade. Hoje os produtores enxergam onde está o problema dentro da granja e conseguem estipular novas metas para alcançar os resultados esperados. Com a aplicação da metodologia do programa tivemos uma evolução de dois leitões a mais por porca o que gera uma renda muito maior”, avaliou.

Para o diretor de agropecuária da Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan, a capacitação é um complemento para a produção de carne suína com cada vez mais qualidade. “O mercado consumidor, principalmente o internacional, é exigente. Estabelecem padrões desejados e para atendê-los com eficiência reforçando a qualidade dos produtos da Aurora Alimentos, precisamos atingir bons desempenhos zootécnicos e com baixos custos de produção. O P+1 só veio para somar e contribuir neste processo”, observou.

METODOLOGIA

A capacitação foi criada em 2014 pela Agriness com a proposta de promover a excelência produtiva e a melhoria da gestão por meio das pessoas que trabalham na granja. Vai além de uma metodologia de gestão. Faz a correlação entre a produção e as pessoas dentro das unidades produtivas. O curso oferece aos concluintes, depois da defesa do trabalho ?nal, a Certi?cação P1, que expressa o desenvolvimento de competências gerenciais baseadas nos métodos e conceitos chancelados pela Agriness.

De acordo com o diretor da Agriness, Everton Gubert, no período de execução do programa nas granjas da Aurora Alimentos houve uma melhoria média de 1,41 em leitões desmamados por fêmea (DFA) por ano. “Esse resultado se torna mais interessante ainda porque foram granjas, técnicos e plantéis diferentes, comprovando a eficácia da metodologia”, salienta.

A iniciativa possibilita identificar e expor os índices de produtividade a serem monitorados, a interpretar índices de produtividade da granja e relacionar processos produtivos com os resultados. Os técnicos também são capacitados para trabalhar com pessoas no processo de gestão tornando-a um hábito.

O curso tem inicialmente 16 horas de imersão com repasse de conhecimentos e técnicas sobre pessoas+informação, pensamento+1 e ferramentas do programa. O segundo passo consiste na aplicação prática durante seis meses em que ocorrem a implantação do programa em uma granja com o apoio consultivo do tutor P1 da Agriness. “Após os três primeiros meses, os técnicos passam por uma avaliação teórica que serve como base para ajustes de conduta e reforços conceituais”.

Ao fim dos seis meses, são apresentados os trabalhos práticos de conclusão em um workshop com a presença dos tutores e colegas de curso, seguido de certificação do P1 como agente de transformação. “É uma metodologia de gestão que utiliza princípios, conceitos fundamentais, técnicas e ferramentas para impulsionar pessoas e unidades produtivas ao nível de excelência de resultados na produção de suínos”, complementou Gubert.

O vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, destacou a qualidade e a credibilidade que a Aurora e suas cooperativas filiadas têm diante do mercado consumidor. “Acreditamos no cooperativismo e é com base em ações de melhorias e trabalhando em união que continuamos em busca de oferecer sempre o melhor ao nosso consumidor”, finalizou.

A programação contou, ainda, com a palestra “Mercado de Suínos” proferida pelo gerente geral internacional da Aurora Alimentos, Dilvo Casagranda, que explicou como funciona a exportação de carne suína.