Ex-dono explica por que vendeu Coca-Cola para empresa mexicana

Empresário Ricardo Vontobel, da Vonpar, falou pela primeira vez sobre os motivos que levaram à decisão tomada em setembro de 2016

Por: Marta Sfredomarta.sfredo@zerohora.com.br

24/05/2017 – 12h16min | Atualizada em 24/05/2017 – 19h06min

Em um café da manhã nesta quarta-feira, na Casa NTX, o empresário Ricardo Vontobel falou em público pela primeira vez após a venda da Vonpar Bebidas, que engarrafa e distribui Coca-Cola e outras marcas do grupo em parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O negócio com a mexicana Femsa foi fechado em setembro do ano passado, por R$ 3,5 bilhões parte paga à vista, parte em ações e outros títulos.

– Faz seis meses que estou um pouco afastado. Estamos recomeçando com outro negócio, infinitamente menor, que é a Neugebauer. Sempre se disse que vender Coca-Cola era fácil, mas não foi o que vivi. Não existe negócio fácil – desabafou Vontobel no início da conversa.

Depois de relatar o desenvolvimento do negócio fundado pelo pai, João Jacob Vontobel, há 68 anos, e as crenças da empresa, que incluiam um inusitado "alegria", o empresário tomou a iniciativa de abordar o tema:

– Vocês devem estar se perguntando "se era tão bom, por que tomaram a decisão de sair?". Como eu disse, negócio não é emoção. É pragmatismo. É preciso ter leitura de contexto e não ser surpreendido. Um fundamento econômico é que, para crescer, precisa ter aumento de receita ou de volume. No Estado, o consumo per capita de refrigerante já é muito grande (haveria, portanto, pouco espaço para crescer), a população está envelhecendo e os jovens estão mudando de hábitos. E preço tem um limite. Se eu quiser vender Coca-Cola a R$ 10, as pessoas não vão comprar.

Nesse quadro, relatou, a opção seria crescer comprando, expandindo para Santa Catarina ou Uruguai. Mas apareceu alguém – no caso, a Femsa – que conseguiria capturar mais benefícios econômicos da integração das operações, o que no jargão dos negócios é chamado de sinergia.

– Na vida, é preciso saber a hora de começar, de continuar e de parar. Se a decisão fosse tomada na hora errada, o risco seria jogar 68 anos de história no lixo. Lembrei da história de Pelé, que parou de jogar no auge, e explicou que queria fazer isso enquanto ainda era rei. Comecei a trabalhar aos 12 anos em um caminhão de Coca-Cola. O que sei fazer é vender Coca-Cola. Mas há uma força maior, que é o mercado globalizado, onde o custo de capital é incomparavelmente mais barato. Tem de ser humilde para entender esse contexto – explicou Vontobel.

Conforme o empresário, foi uma antevisão desse futuro que fez a empresa familiar, cinco anos antes, comprar a Neugebauer. Segundo Vontobel, imaginava-se que seria um negócio muito parecido com a elaboração e distribuição de refrigerantes. Não foi bem assim:

– Apanhamos feito cachorro. Era uma escala totalmente diferente. Uma coisa é vender uma marca líder, outra vender uma que só tem história. Ninguém compra história. O que compramos era um pardieiro, eu fiquei um ano com vergonha de ir lá. Quanto mais vendíamos, mais perdíamos, porque havia uma perda na produção entre 20% e 30%. Mas tivemos decisão, arrojo, investimos em uma fábrica nova, em Arroio do Meio. Quando terminou a construção, não havia mercado. Hoje, felizmente, estamos vendo o negócio crescer 35% ao ano, começando a exportar Bib's para os Estados Unidos.

No final da conversa, Vontobel fez questão de dizer que, embora esteja passando muito tempo nos Estados Unidos atualmente, isso não quer dizer que tenha abandonado o Estado e o país. Segundo o empresário, é uma espécie de "ano sabático", durante o qual segue vindo ao Estado ao menos uma vez ao mês. Considerou o momento que o país está vivendo "deplorável" e disse não ver "solução de curto prazo":

– Nossa sociedade está doente. Furamos fila, não cumprimos nada. E isso não começou agora. Temos muito retrabalho no Brasil. Se alguém joga papel no chão, alguém tem de juntar. Se picha, tem de pintar. Essa é uma tinta improdutiva.

Apesar da visão crítica, Vontobel reforçou que, apesar de tudo, o Brasil ainda é um país em que "tudo está por fazer", portanto oferece mais oportunidades e mais facilidade para desenvolver negócios do que mercados maduros como Estados Unidos e Europa, onde há mais concorrência e as margens de lucro são ainda mais apertadas.

Café Cassiano aposta no setor de cápsulas

Esta passou a ser uma tendência e os produtos são compatíveis com as principais máquinas para esse tipo de extração

O Dia Internacional do Café é celebrado nesta quarta-feira, 24 de maio. A melhor forma de comemorar, sem dúvida, é com uma xícara dessa que é uma das bebidas preferidas do brasileiro.

O Café Cassiano, acompanhando as tendências do mercado, apontou que a tradicional bebida pode ser apreciada, também, através das novas cápsulas de café gourmet, comercializada em caixas com 10 unidades nos principais hiper e supermercados de Americana e região, bem como em lojas especializadas em gastronomia. A expectativa é que o mercado de cápsulas cresça uma média de 15,3% por ano até 2019.

Segundo o Café Cassiano, as cápsulas são compatíveis com as principais máquinas para esse tipo de extração presentes no mercado. A preparação através dessa modalidade é rápida e prática, conquistando muitos adeptos, principalmente no consumo doméstico.

As cápsulas resultam em uma bebida com alta cremosidade, riqueza de texturas e sabor único. Para garantir o aroma e sabor originais do café, as doses individuais são protegidas por atmosfera modificada.

Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International e divulgado pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) fez uma análise das tendências de consumo entre 2014 e 2019. O relatório aponta que, atualmente, o mercado de cápsulas corresponda a 0,6% do volume de café consumido no Brasil, um montante de 980 mil toneladas. Até 2019, esse percentual deve chegar a 1,1% do volume total.

Preparo

Seja através das cápsulas ou do preparo tradicional, o importante é não deixar faltar o café de cada dia. Para aprimorar a experiência de apreciar a bebida é interessante observar algumas dicas para aproveitar ao máximo o sabor do café.

O primeiro cuidado é observar a água que será usada no preparo. A indicação da diretora de Marketing do Café Cassiano, Lia Lima Gatti Höfling, é escolher água mineral ou filtrada, já que a água da torneira apresenta alto teor de cloro. A temperatura também é um fator importante.

A água deve ser apenas aquecida e não fervida, já que a perda de oxigênio altera a acidez da bebida. O ideal é que o café seja preparado a 90°. O pó de café deve ser guardado na geladeira para preservar seu aroma, evitando recipientes abertos e transparentes.

Batatas Frisé e Chips

Alimentos

A McCain, conhecida pela comercialização de batatas pré-fritas congeladas, apresenta dois lançamentos para diversificar o oferta de produtos em restaurantes e similares, sem que, para isso, sejam necessárias grandes alterações no trabalho e na estrutura. Tratam-se de dois cortes que já são amplamente comercializados da Europa: Frisé e Maxi Chips. O primeiro corte, que resulta em uma batata palito ondulada, resulta em um produto macio por dentro e crocante por fora, além de ter um diferencial bem atrativo, devido ao formato. Já a Maxi Chips, produto exclusivo da marca, permitem o preparo das conhecidas batatas chips que geralmente só são encontradas prontas em supermercados. Uma das vantagens dessa versão é a possibilidade de servir o produto quente ou frio, uma vez que a Maxi chips não perde sabor e crocância.

www.mccain.com.br – 0800 704 3236

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Fiscalização interdita fábrica de doce de leite na cidade de Limoeiro de Anadia

Empresa diz que está em processo de regularização no Ministério da Agricultura

Assessoria / MP-AL

Uma indústria de alimentos, localizada no município de Limoeiro de Anadia, no Agreste alagoano, teve parte de suas atividades interditadas, nesta terça-feira (23), durante os trabalhos da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI). O setor que produzia doces de leite não possui registro no Ministério da Agricultura, uma exigência legal para empresas que vendem produtos para outros estados.

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) lavrou um auto de infração porque a indústria fabricava os doces de leite sem autorização daquele órgão federal e também fez a interdição dessa linha de produção específica, que ficará sem funcionar até que o Ministério da Agricultura dê a devida permissão.

A Adeal também apreendeu todos os produtos derivados do leite que já estavam prontos para a venda. Apenas foi recolhido o que estava sem o registro obrigatório.

Licença ambiental

O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) expediu notificação para que o proprietário comprove se está cumprindo todas as condicionantes previstas na licença ambiental já concedida à empresa. Dentre elas, o certificado de destinação final dos resíduos comuns, perigosos e das cinzas. Ele terá prazo de cinco dias para comprová-las.

Porém, o IMA fez uma interdição na área de ampliação da empresa, que também tinha que ter a autorização do Instituto.

O IMA também lavrou dois autos de infração porque encontrou outras irregularidades. Mais de 200m³ de madeira estavam na empresa. A lenha, que seria utilizada nas caldeiras da fábrica, foi apreendida. Também foi detectado um lançamento de resíduos sólidos, líquidos e de substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em lei.

O dono da empresa explicou que, em 2016, protocolou no Ministério da Agricultura o pedido de regularização do setor de doces de leite da fábrica. Entretanto, a autorização ainda não foi emitida.

No ‘olho do furacão’, JBS já perdeu R$ 9,6 bi

A intensa exposição dos crimes delatados pelos irmãos Batista durante o fim de semana resultou ontem no pior dia da história da JBS

Em meio à aversão de investidores, a empresa perdeu R$ 7,45 bilhões em valor de mercado. Na bolsa, as ações da JBS recuaram 31,3%, na maior desvalorização desde que a empresa abriu o capital, em 2007.

Desde quarta-feira, quando surgiram as primeira notícias da delação de Joesley Batista, os papéis da JBS caíram 37% na B3 (ex-BM&F Bovespa), o que fez o valor da empresa cair de R$ 25,9 bilhões para apenas R$ 16,3 bilhões nesse período.

A reação dos investidores condensa, em grande medida, a espiral negativa que sacudiu a empresa. Ainda que as perspectivas operacionais permaneçam positivas – fato que ajudou a conter a queda das ações na última sexta-feira -, as delações geram temores sobre a sustentabilidade financeira da JBS.

Ontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings da JBS e da JBS USA, e colocou a nota da companhia em revisão para um novo rebaixamento. A Fitch rebaixou o rating da JBS e também colocou a nota em observação para possível rebaixamento. Por seu turno, a Standard & Poor's (S&P) colocou em observação para possível rebaixamento o rating da Moy Park, subsidiária da JBS.

O risco de pesadas multas também pressiona a companhia. No âmbito das negociações do acordo de leniência, o Ministério Público Federal (MPF) pede o pagamento de mais de R$ 11 bilhões em multas à JBS, mas ainda não chegou a um entendimento com a controladora J&F. E isso não é tudo. Fatalmente, a JBS terá de pagar multa nos EUA – a empresa negocia acordo com o Departamento de Justiça (DoJ) -, onde também já é alvo de ações coletivas.

O escritório americano de advocacia Rosen Law Firm abriu novo chamado para interessados em participar de uma possível ação de classe contra a JBS, motivada pelos impactos na companhia da delação e também pela Operação Bullish, que investiga irregularidades nos aportes feitos pelo BNDESPar, que tem 21,3% do capital da JBS. O escritório alega que a JBS pode ter divulgado informações enganosas aos investidores. Além disso, a empresa também pode sofrer ações coletivas relacionadas à Operação Carne Fraca.

A crise de confiança é outro fator que abala a JBS, sobretudo no Brasil, onde consumidores fazem campanhas de boicote às marcas da empresa – Friboi, Seara, Doriana, Swift, entre outras. Não à toa, a rival BRF ganha espaço junto aos consumidores e aos investidores. Ontem, as ações da dona das marcas Sadia e Perdigão subiram 6,1%, gerando um ganho de R$ 2 bilhões em valor de mercado.

Há também efeitos colaterais da delação, com a possível punição da JBS pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo uso de informações privilegiadas. A autarquia investiga se a empresa lucrou com a compra de dólares antes da divulgação da delação, sabendo que a exposição dela afetaria o câmbio. Os controladores da JBS também estão na mira da CVM pelo possível "insider trading" pela venda de ações da JBS antes da divulgação da delação.

Para o gestor de um fundo de pensão, a forte baixa da ações da empresa no pregão de ontem está ligada à zeragem de posições especialmente por parte dos investidores internacionais. A exposição em JBS virou um problema para o estrangeiro, uma vez que hoje há muito mais risco do que retorno potencial no médio prazo. Além disso, o estrangeiro, que conta com um leque de opções com mais de 300 papéis do setor para investir no mundo inteiro, não tem tempo para acompanhar os desdobramentos do caso da JBS, os processos judiciais, se os controladores vão ser presos.

Esse risco, argumentou o gestor, ficou mais claro após o fim de semana, com os questionamentos acerca das vantagens obtidas na delação pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e as investigações sobre se teriam lucrado com a própria denúncia. O valor de R$ 11,6 bilhões pedido pelo MPF para fechar o acordo de leniência, apesar de não aceito, é outro risco. "O valor de R$ 11 bilhões acabaria com a empresa", afirmou o gestor.

Diante de tudo, histórias do passado mal-explicadas, como as condições do acordo que selou a incorporação do frigorífico Bertin pela JBS, voltam à tona, adicionando incertezas no cenário já conturbado. Notícias veiculadas na imprensa na semana passada dão conta de que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pediu que a Justiça cancele o negócio, alegando fraudes fiscais e societárias pela JBS.

O pano de fundo desse caso do passado é a possível apropriação indevida de um ágio na incorporação do Bertin. A suspeita é que os Batista compraram, em 2009, uma participação maior dos Bertin do que divulgaram ao mercado, o que pode ter lesado minoritários e a Receita.

A participação oculta da família Batista, que foi aventada pelo advogado Sérgio Bermudes em 2013, se daria pela Blessed Holdings, empresa americana sediada em Delaware. A Blessed, por seu turno, é controlada duas empresas sediadas em paraísos fiscais: Lighthouse Capital Insurance Company, cuja sede fica nas Ilhas Cayman, e a U.S Commonwealth Life, que é de Porto Rico.

Segunda edição da innovapack está confirmada para 2017

24 de maio de 2017

Único encontro com foco em design, tendências e inovação para embalagens da indústria alimentícia acontecerá no Transamerica Expo Center, em agosto

Após o sucesso de sua primeira edição, a innovapack, única feira da América Latina focada em design, tendências e inovação para a embalagem final de alimentos e bebidas, será realizada paralelamente ao evento Food ingredients South America (FiSA), o mais completo para a indústria de ingredientes alimentícios da América Latina. A expectativa é que cerca de 11 mil visitantes se reúnam no Transamerica Expo Center, de 22 a 24 de agosto.

Entre as atrações já confirmadas, estão o Packaging Innovations Gallery, área que destaca as principais inovações em embalagens da indústria alimentícia no Brasil e no mundo, e a Conferência innovapack, com a participação dos principais pesquisadores e companhias de inteligência de mercado. No pavilhão acontecem também as Seminar Sessions, sessões de 30 minutos sobre os lançamentos e novas tecnologias das empresas, ministradas por líderes de mercado.

“Temos a convicção de que a innovapack e a FiSA oferecem ao mercado uma experiência completa. Em 2017, as feiras trarão um número ainda maior de lançamentos e tecnologias, reunindo um público qualificado e focado em realizar negócios”, acredita o gerente dos dois eventos, Fernando Alonso.

A innovapack reúne segmentos como Concepção & Design, Embalagens & Afins e Eco Packaging & Soluções Sustentáveis, levando a seu espaço expositores e visitantes de agências de design de embalagem, impressão, tampas e fechamentos, rotulagem, materiais de embalagem, recicladores, entre outros.

Fonte: 2PRÓ Comunicação

Nova Zelândia: brasileiros conhecem cooperativa líder na exportação mundial de laticínios, destaca Ocepar

Nova Zelândia

A Fonterra, maior cooperativa de produtores de leite, maior exportadora de laticínios do mundo e uma das maiores empresas da Nova Zelândia, com atuação em mais de 140 países e mais de 10.500 associados, foi o local visitado, nesta terça-feira (23), pela quinta turma do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas da Ocepar que está em missão de estudos pela Oceania.

Localizada – A cooperativa está instalada em Aukland, maior cidade da Nova Zelândia e principal centro financeiro e econômico daquele país. Com uma população estimada em 1.413.700 habitantes, detém cerca de 31% da população da Nova Zelândia. Fundada em 1840, foi a capital da Nova Zelândia até 1865.

Recepção – Na Fonterra, o grupo foi recebido pela gerente de relações exteriores, Joe Fan, pelo gerente de qualidade e segurança alimentar, Mike Heddley, e pela relações públicas, Lauren Borgas. A cooperativa é responsável por 25% das exportações da Nova Zelândia e obteve, em 2016, de mais de $Nzd 8 bilhões (dólares neozelandeses) para as propriedades e comunidades rurais. Dois terços do leite processado pela Fonterra vêm de fora da Nova Zelândia em outras plantas industriais. O volume de vendas cresceu 4% em 2016, representando 23,7 bilhões de litros de leite. No ano passado as receitas atingiram $Nzd 17,2 bilhões, queda de 9% em relação ao exercício anterior. Ainda assim, alcançaram resultado positivo de $Nzd 834 milhões.

Operação – No Brasil, a Fonterra opera por meio de uma joint venture com a Nestlé, sendo que três bilhões de litros de leite são coletados e processados anualmente pela DPA (Dairy Partners Americas), com sede em Garanhuns (PE) e Araras (SP). A cooperativas possui quatro plataformas de negócios bem definidas que se dividem em Recursos nas Fazendas (englobando leite, sistemas, tratamento de dados e equipamento de tecnologias); Produtos alimentícios (queijos, iogurtes, produtos lácteos em geral); Ingredientes (matérias-primas para as grandes indústrias como para a fabricação de chocolates, derivados, sobremesas, panificação, etc) e Fórmulas (leites infantis, principalmente para o mercado asiático).

Valor pago ao produtor – A Cooperativa Fonterra repassa ao produtor em média $Nzd 6,10 por quilo sólido de produto (gordura + proteína). O preço é fixado para o ano todo, independente da estação. A capitalização está diretamente ligada ao uso da sua estrutura. Assim, para cada quilo de sólido produzido, o cooperado deve integralizar uma ação, que custa $Nzd 5,00, ou seja, a capitalização de um produtor na cooperativa representa quase o mesmo valor da produção de um ano, mas este valor por ser parcelado em seis anos.

Hamilton – Antes de visitar a Fonterra, os cooperativistas brasileiros estiveram na cidade de Hamilton, que é a quarta maior área urbana da Nova Zelândia e a sétima maior cidade do país, com aproximadamente 185.000 habitantes. Está situada na região de Waikato, na Ilha Norte, cerca de 130 km ao sul de Auckland.

Melhoria genética – A reunião aconteceu na sede da cooperativa LIC-Livestock Improvement, que existe há mais de cem anos, trabalha com melhoria genética e atende a 80% do mercado da Nova Zelândia em desenvolvimento genético. O faturamento anual da cooperativa chega aos US$ 160 milhões e o anfitrião foi o gerente de Desenvolvimento de Negócios para América Latina, Barry Allison, que morou por três anos em Minas Gerais, realizando pesquisa sobre reprodução de gado leiteiro no estado brasileiro.

Objetivo – A LIC tem por objetivo o melhoramento genético integrado à indústria leiteira da Nova Zelândia. O rebanhona Nova Zelândia é composto por 4,92 milhões de vacas em lactação, divididas em 11.927 propriedades, gerando um rebanho médio de 413 vacas por propriedade. O tamanho médio das propriedades é de 144 hectares e 85% da alimentação vem do pasto ou silagem produzida na própria fazenda.

Animais – A cooperativa conta com mil touros, mas usam 100 para coleta periódica de sêmen. Ela conta com uma área de 260 hectares divididos em duas propriedades.

Sazonalidade – A Nova Zelândia tem uma característica de sazonalidade de produção de leite, devido ao crescimento dos pastos, que é a principal fonte de alimentação dos animais. As vacas têm os ciclos reprodutivos controlados ao mesmo tempo e, portanto, a lactação tem picos bem definidos e estação de baixa produção. Este fato faz com que a demanda por inseminação artificial aconteça numa janela de tempo bem reduzida e em aproximadamente 6 semanas é feita a inseminação em 75% do rebanho neozelandês.

Rebanho – O rebanho é composto em sua maioria por gado do cruzamento das raças Jersey e Holandês, restando um percentual pequeno para as outras raças. Segundo Barry, a cooperativa trabalha com animais menores devido ao menor consumo de alimento. Mesmo assim, as produtividades são altas. Outra curiosidade da atividade leiteira do País é que os produtores não focam na quantidade de litros de leite, mas, sim, na quantidade de sólidos do leite, ou seja, no peso de gordura e proteína extraídas, já que os pecuaristas são remunerados por esses produtos.

Inseminações – Em média, são realizadas 1,3 inseminações por vaca a um custo que gira em torno de R$ 50,00, considerando o material genético e o serviço do profissional. A LIC vende o sêmen somente com a inseminação. Para tanto, conta com 800 funcionários em tempo integral e, no período de inseminação, com 1.700 temporários. No entendimento da cooperativa, a vaca moderna precisa converter alimentos de forma eficiente, viver mais tempo e ser capaz de entrar em prenhez rapidamente. Em média, o intervalo entre partos de uma vaca na nova Zelândia é de 370 dias.

Programa – A cooperativa é responsável pelo programa de melhoramento genético na Nova Zelândia e já possui informações individualizadas de 3.186.000 de vacas (70,4% rebanho). São selecionadas 750 vacas por ano para potenciais genitoras de touros reprodutores. Nascem, em média, 300 machos por ano, cujos sêmen é testado em 100 mil vacas e, ao final de 3 a 5 anos, são escolhidos 12 touros. Entre as vantagens competitivas da Genetica LIC estão: vacas saudáveis e férteis; animais de menor porte, com maior facilidade para se locomover e pastar; leite com alto percentual de gordura e proteína; adaptabilidade a diferentes sistemas de produção; alta fertilidade e excelente longevidade (média 5 – 6 lactações).

Propriedade – Para finalizar a visita, o grupo teve a oportunidade de observar uma das propriedades da LIC e os touros usados na coleta de sêmen.

Roteiro – O grupo continua na Nova Zelândia até sexta-feira (26). Fazem parte da quinta turma, representantes de cooperativas paranaenses dos ramos agropecuário e de crédito, do Sebrae, além da gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella, do coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola Neto, do coordenador técnico do Sescoop/PR, Devair Mem. Antes da viagem à Oceania, o grupo participou de módulos sobre o cooperativismo brasileiro e paranaense, e teve a oportunidade de visitar cooperativas e entidades de representação na Argentina, Itália, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Canadá. O Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes é uma iniciativa do Sistema Ocepar que conta com a parceria do Sebrae/PR e visa proporcionar uma visão internacional de negócios, além de estabelecer troca de experiências com o cooperativismo de outras partes do mundo.

Fonte: Sistema Ocepar

Lindt lança linha premium Piemonte no Brasil

Marca lança edição limitada no Brasil, com chocolates e creme de avelã
Por Guilherme Dearo
23 maio 2017, 12h46

São Paulo – Para os fãs de chocolate, uma grande novidade da Lindt.

A marca acaba de lançar globalmente, inclusive no Brasil, o seu mais novo chocolate, Piemonte.

A nova linha é considerada a linha mais “premium” da marca atualmente.

O chocolate de gianduia vem com avelãs inteiras, todas vindas da região de Piemonte, na Itália.

A Lindt lança no Brasil caixa de 330g, barra de 33g, embalagem de 200g e também bombons em embalagens de 150g.

Outra novidade será o creme de cacau com avelã, sendo 40% da composição do creme o avelã.

Em edição limitada, a linha Piemonte fica disponível no mercado brasileiro, inicialmente, até 30 de maio. Poderá haver novas datas de comercialização.

É possível encontrar os produtos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.

Confira:

Chocolate da linha Piemonte: lançamento da Lindt no Brasil (Lindt/Divulgação)

Chocolate da linha Piemonte: lançamento da Lindt no Brasil (Lindt/Divulgação)

Chocolate da linha Piemonte: lançamento da Lindt no Brasil (Lindt/Divulgação)

Creme de cacau e avelã da Lindt: lançamento no Brasil (Lindt/Divulgação)

Indústrias Coamo recebem certificação FSSC 22000

23/05/2017 às 22:00 – Atualizado em 23/05/2017 às 08:36 – por Da Assessoria

Com a crescente demanda mundial pelo controle da segurança alimentar e uma vida mais saudável, a população tem buscado, cada vez mais, a garantia e a confiança nos produtos a serem consumidos. Com essa visão, a Coamo iniciou em 2014, a implantação do sistema para certificação da norma FSSC 22000 – Food Safety System Certification – nas suas Indústrias de Refino, Hidrogenação, Interesterificação de Óleos e Indústria de Margarinas no parque industrial da cooperativa em Campo Mourão, Centro-Oeste do Paraná.

A FSSC 22000 é uma norma internacional que trata dos requisitos de segurança de alimentos, que surgiu como uma evolução da ISO 22000, representando uma abordagem abrangente para a gestão de riscos voltada à segurança dos alimentos em toda a cadeia de fornecimento.

Dessa forma, a Coamo foi certificada por uma empresa com reconhecimento internacional, a DNV.GL Det Norske Veritas (Noruega) and Germanischer Lloyd (Alemanha). Segundo o superintendente Industrial da Coamo Divaldo Correa, para esse processo de certificação, a cooperativa realizou uma série de ações. “Investimos na capacitação dos colaboradores e áreas de apoio para aperfeiçoar um trabalho que a Coamo já vinha realizando, porém se adequando a critérios internacionais de segurança alimentar”.

Correa acrescenta que “foram reavaliados os padrões de controle de riscos à segurança de alimentos em toda a cadeia de fornecimento, criação de sistema de homologação e avaliação de fornecedores, implementação do food defense e controle de alergênicos, estudo estatístico para validação das medidas de controle bem como a revisão geral de todo o sistema de Gestão da Qualidade, para que houvesse uma evolução em todo o trabalho".

O superintendente Comercial da Coamo Alcir José Goldoni destaca que todos os produtos e alimentos comercializados pela Coamo têm a marca da confiança, pois são produzidos por uma cooperativa séria e comprometida. “Essa certificação vem para atestar todos os padrões de qualidade que já realizamos”.

Goldoni também salienta que a preocupação da Coamo é evoluir anualmente em processos de segurança alimentar. “Somos comprometidos com a qualidade desde a escolha da semente, produzida por nossos cooperados que são os donos da Coamo, até a entrega do produto final. Assim, a partir de agora, todos os processos estão certificados, o que nos credencia para comercializar com grandes indústrias do mercado internacional”, afirma.

Para o presidente da Coamo José Aroldo Gallassini, essa certificação é mais um benefício para clientes, consumidores e cooperados da cooperativa. “Trata-se de uma norma exigida mundialmente e que representa um avanço para nós, abrindo mercados e trazendo mais segurança e confiança para quem compra e consome os produtos da Coamo. Agora, vamos trabalhar para manter a FSSC 22000, pois todo ano é realizada auditoria para validar essa certificação. Diante disso, a Coamo dispenderá todos esforços para que anualmente sua certificação seja renovada”.

Fórum Fispal debate temas como Indústria 4.0, rotulagem de alimentos e legislação de alergênicos

23/05/2017 – Terça-Feira

Maior feira do setor receberá gestores de grandes empresas como Nissin, Bauduco, Bunge, Nestlé, Coca-Cola, entre outras

O Fórum Fispal Tecnologia, maior encontro de desenvolvimento e atualização da Indústria de Alimentos e Bebidas, receberá grandes profissionais do segmento em palestras, debates e apresentações de cases de sucesso. Já estão confirmadas as presenças de representantes da Nissin, Bauducco, Bunge, Nestlé, Cargill, Itambé, Ducoco, KraftHeinz, Coca-Cola e Aurora, entre outras, que debaterão sobre temas como melhorias na gestão industrial, sustentabilidade, aumento de produtividade, redução de perdas e outros assuntos pertinentes ao setor.

Assuntos que ganharam destaque nos últimos dias na mídia nacional também terão espaço durante o evento como, por exemplo, a Indústria 4.0, que teve, nessa semana, anunciado pelo governo federal, a criação de um grupo interministerial encarregado de propor em até 150 dias uma estratégia brasileira para a manufatura avançada. Além de rotulagem dos alimentos e alergênicos, que ganhou a atenção após a Anvisa rever sua decisão de retirar de rótulos e embalagens a identificação dos óleos de soja refinados como derivados de alergênicos.

O Fórum ocorrerá paralelamente à 33ª edição da Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Alimentos e Bebidas – nos dias 27 e 28 de junho. A mostra é uma realização da Informa Exhibitions e acontece entre os dias 27 e 30 de junho de 2017, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, em São Paulo.

A plenária de abertura do Fórum terá a coordenação técnica do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Na ocasião, Luis Madi, Diretor Geral da entidade apresentará a palestra A Importância dos Alimentos Processados para a Sociedade Brasileira: Principais desafios e oportunidades de inovações juntamente com Marco Basso, CEO da Informa Exhibitions. O Coordenador Técnico da Plataforma de Inovação Tecnológica do ITAL, Raul Amaral, abordará A confiança do consumidor nos alimentos e bebidas no Brasil. Ao final da plenária, os participantes farão o lançamento da publicação “Brasil Processed Food 2020”.

De acordo com Luis Madi, o Fórum Fispal Tecnologia é extremamente importante porque traz conteúdo técnico complementar à exposição da feira. “Os participantes interagem, trocam conhecimento e experiências. Isso é fundamental para preparar os profissionais do setor, que tem um potencial de desenvolvimento enorme e muitos nichos para expandir e criar. Além disso, é uma forma de iniciar o processo de melhoria na comunicação com o consumidor final. A feira traz essa possibilidade de sinergia e comunicação entre os players”, comenta.

Entre os palestrantes, o Fórum Fispal Tecnologia contará com a presença de Homero F Guercia, Diretor Industrial da Brasil Kirin; Salvador Marinho, Diretor de Fábrica da Tetra Pak; Fausto Padrão Junior, Gerente de Engenharia da Coca-Cola – Andina; Renato Accessor, Diretor Industrial da KraftHeinz; entre outros.

Indústria 4.0

O segundo dia de Fórum, 28 de junho, será parcialmente dedicado ao tema Indústria 4.0. Especialistas e fornecedores debaterão sobre a Indústria de Alimentos e Bebidas a caminho da Indústria 4.0, Internet das Coisas, planejamento de implementação e como as empresas devem se planejar para a automatização total.

A Indústria 4.0 também ganha destaque na edição de 2017 da Fispal Tecnologia com a presença, pela primeira vez no Brasil, do demonstrador de Manufatura Avançada para a Indústria de Alimentos e Bebidas. O visitante terá a experiência de visualizar uma linha de produção que vai resultar em um produto personalizável, demonstrando as tecnologias que serão aplicadas aos processos produtivos no ambiente da “Indústria 4.0”.

Mais informações sobre a Fispal Tecnologia…

Fonte: SD&Press Consultoria