ICMS da carne volta em São Paulo e preço sobe

SÃO PAULO – Pressionado pela queda na arrecadação, o governo do Estado do São Paulo voltou a cobrar alíquota de 11% de ICMS sobre a carne no mês passado, após manter o produto isento por oito anos. O impacto da mudança na tributação de um item básico provocou um salto de preços no varejo.

Em abril, o preço médio das carnes bovinas na cidade de São Paulo subiu 3,83% e alguns cortes de segunda registram altas de até 8%. Os dados são da pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, que apura a inflação em São Paulo.

A alta das carnes bovinas em abril superou de longe o IPC-Fipe (0,61%). Nos meses anteriores, os aumentos de preço das carnes tinham sido bem menores. Em março, foi de 0,05%.

Manoel Henrique de Farias, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo, que reúne açougues, diz que a volta da tributação puxou os preços para cima, apesar de ter sido numa proporção menor do que o inicialmente previsto. A estimativa do presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso Gonçalves, era de que os preços aumentariam entre 6% e 6,5%.

Farias explica que o impacto foi atenuado pelos açougues pequenos, que são a maioria dos estabelecimentos, e estão no regime do Simples. Esses açougues reajustaram os preços entre 2,6% e 2,7%. Os grandes, que estão fora do Simples e apuram o imposto, aumentaram preços na ponta em cerca de 10%. ?Alguns açougues não reajustaram preços?, diz Farias. Isso porque em 12 meses até março, as vendas do produto na capital caíram cerca de 20%. Ele atribui a queda à alta do desemprego.

Supermercados e açougues querem a revogação da medida. Na última terça-feira, o governador Geraldo Alckmin disse na abertura da feira da Apas que iria rever a decisão. No dia seguinte, o sindicato dos açougues liderou passeata no centro de São Paulo e conseguiu marcar um encontro com os técnicos da Fazenda estadual. Procurado, o órgão informa que ?conversa com o setor?. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Bebida gera R$ 13,5 bi em crédito tributário; fabricante diz que benefício é legal

06/05/17 às 06:25 Folhapress

JULIO WIZIACK E MAELI PRADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A medida provisória que cria o "novo Refis" trouxe à tona uma distorção tributária que somente nos últimos seis anos gerou ganhos de R$ 13,5 bilhões para os grandes fabricantes de refrigerantes, praticamente o que o governo gasta por ano com o programa Bolsa Família. Estudo da Receita Federal a que a Folha de S.Paulo teve acesso mostrou que esse ganho vem sendo usado pelos grandes fabricantes para pagar menos imposto e, assim, ganhar vantagem competitiva sobre marcas concorrentes de menor porte. Esse levantamento revela que líderes do mercado chegaram a pagar somente 0,1% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) devido, em 2011. Na média, pagaram 7% do que era devido. A situação hoje é mais grave, segundo pessoas com conhecimento do mercado, porque mais empresas passaram a adotar a mesma sistemática. Isso vem acontecendo há décadas porque a legislação permite que fabricantes instalados na ZFM (Zona Franca de Manaus) acumulem créditos de IPI na venda de insumos produzidos na região para engarrafadores instalados em outros Estados. Esses créditos equivalem a 20% do valor da venda. Somente em 2016 os fabricantes geraram crédito de R$ 2 bilhões. O imposto devido pela venda de refrigerantes no país produzidos com insumos da região amazônica foi de R$ 767,3 milhões. Mas uma interpretação da lei que ainda não foi julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) vem permitindo que esses créditos possam ser usados pelas empresas para o abatimento do IPI devido de outros produtos (como sucos, isotônicos e cervejas) e até do Imposto de Renda. Em 2016, as empresas puderam usar o crédito de R$ 2 bilhões para abater os R$ 767,3 milhões de IPI devido com refrigerantes e ainda contaram com a diferença de R$ 1,2 bilhão para compensar outros tributos. REFIS Os benefícios tributários oferecidos pela Zona Franca para os fabricantes de refrigerantes podem, no entanto, acabar se o Congresso Nacional aprovar a medida provisória que cria o PRT (Programa de Regularização Tributária), o "novo Refis". No relatório da MP aprovado em uma comissão especial do Legislativo na terça-feira (3), foram incluídas emendas que alteram essas regras. Uma delas reduz a compensação do IPI de 20% para 4% do valor de venda do insumo. Outra delas proíbe o uso do crédito para abater outros tributos. Embora a Receita seja contrária à sistemática que hoje favorece as empresas instaladas na ZFM, as emendas foram apresentadas por deputados que atenderam ao pleito de fabricantes que não têm fábrica em Manaus. A MP ainda tem de passar por votações na Câmara e no Senado. OUTRO LADO A Abir (Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas) afirma que a geração de créditos na venda de insumos produzidos na ZFM (Zona Franca de Manaus tem amparo legal e vem sendo utilizada como forma de desenvolver a região. "É por isso que muitas fabricantes se instalaram na Zona Franca", diz Alexandre Jobim, presidente da Abir. "O setor emprega 17 mil pessoas, e a maior parte da arrecadação do Amazonas sai de lá." A Abir representa fabricantes como a Coca-Cola, a Pepsi e a Ambev. Jobim afirma que o uso de créditos de IPI para o abatimento de outros tributos é permitido até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue o mérito de uma ação que abriu precedente para essa prática. Ele critica a tentativa de parlamentares de pôr fim aos incentivos por meio da medida provisória que cria o "novo Refis". Para ele, as emendas são inconstitucionais. "Se a medida for adiante vai acabar com a Zona Franca", afirma. "É preciso ter segurança jurídica para que os fabricantes não saiam de lá."

Clash 2017 destaca importância da rastreabilidade de alimentos

Primeira edição do Congresso Latino-Americano de Sorvetes – Helados acontece nos dias 7 e 8 de junho, em São Paulo

A segurança dos alimentos é uma preocupação cada vez maior entre os consumidores, e produtores, agricultores, fabricantes, varejo e governo estão atentos a essa exigência. Para informar ao público sobre a origem do produto e percurso que ele percorre até chegar à sua mesa, cresce o número de empresas estão, voluntariamente, desenvolvendo programas de rastreabilidade voltados para a melhoria da eficiência e para ajudar na proteção de suas marcas. É o caso da cadeia produtiva do setor de sorvetes, que leva a palestra “A rastreabilidade como Ferramenta para a Segurança do Alimento”, ministrada por Nilson Gasconi, executivo de negócios da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, para debate durante a primeira edição do Clash – Congresso Latino-Americano de Sorvetes – Helados.

O objetivo do evento, que acontece nos dias 7 e 8 de junho, em São Paulo, é levar aos principais líderes e representantes de toda a cadeia produtiva do setor diversas questões, como mercado, tendências, inovações, regulamentação, rastreabilidade, tributação e nutrição. A adoção de padrões de rastreabilidade, considerada fundamental no ramo alimentício, ganha um peso ainda maior para um setor como o de sorvetes, cuja expectativa é produzir 799 milhões de litros no Brasil até 2020, segundo dados da Mintel, agência de inteligência de mercado.

O tema também contribui para um dos principais objetivos do Clash 2017, que é justamente o que superar os desafios e aproveitar as oportunidades dos mercados Brasileiro e Latino-Americano. “O conceito de rastreabilidade de alimentos pode ser uma oportunidade para aprimorar os processos produtivos e conferir um diferencial competitivo a cada marca”, destaca Gasconi.

O Padrão Global de Rastreabilidade (GTS, na sigla em inglês), é a premissa para que empresas acompanhem a trajetória e a exata localização de seus itens a qualquer momento em uma escala global – indiferentemente de quantas empresas estejam envolvidas ou de quantas fronteiras sejam cruzadas até chegar ao cliente final. Ele é formado por critérios que registram o passo a passo de cada etapa da cadeia produtiva, permitindo que a informação percorra o caminho para frente ou para trás na cadeia de abastecimento até que seja identificada a origem de um problema. É assim que um recall se torna eficiente e rápido, como deve ser no momento de detecção de contaminações.

Sistemas como o Padrão Global de Rastreabilidade GS1 possibilitam fazer esse acompanhamento e reassegurar aos consumidores que os produtos respeitam completamente seus desejos. Os padrões GS1 como, por exemplo, o código de barras, as etiquetas inteligentes (EPC/RFID) e os códigos bidimensionais propiciam a rastreabilidade e podem armazenar informações adicionais de um produto como data de produção, data de validade, número de lote etc. Adotar um padrão usado por mais de 800 empresas da Ásia, Europa e Américas representa um avanço mercadológico e de reputação à marca.

Recall – A reastreabilidade também é a principal ferramenta para retirar algum produto do mercado em caso de qualquer eventualidade. Ter a competência de recolher os lotes de produtos em curto prazo, antes que os consumidores sejam afetados, é o objetivo maior de um serviço bem prestado e da conquista de confiança. Quando uma situação de recall acontece, é necessária rapidez nas ações para evitar que o problema tome proporções maiores. É aí que a rastreabilidade assume um papel fundamental. Graças a ela, é possível adotar medidas emergenciais, já que o processo permite identificar onde ocorreu a contaminação química, biológica ou perda de qualidade e retirar prontamente o produto de circulação.

A padronização de dados dos bens alimentares na cadeia de suprimentos se torna cada vez mais necessária. Quem faz a lição de casa ganha duas vezes: conquista a confiança do consumidor e abre as portas para o comércio mundial, que também tem sido criterioso quanto ao controle de origem.

Padrão Global de Rastreabilidade GS1 – Trata-se de um padrão empresarial desenvolvido dentro do Processo de Gerenciamento de Padrões Globais GS1 (GSMP), uma comunidade de mais de 800 empresas da Ásia, Europa e Américas que representa varejistas, fornecedores, indústrias, organizações membros da GS1 e provedores de soluções de todos os setores da economia. O Padrão Global de Rastreabilidade GS1 não compete com outros padrões internacionais como os da ISO, Global Food Safety Initiative (GFSI) do CIES, Global Food Standard do British Retail Consortium (BRC), Food Marketing Institute, Global GAP, ou demais certificações para alimentos “orgânicos”. De fato, a GS1 auxilia empresas e organizações a atenderem as exigências desses tipos de requisitos, pelo fornecimento de ferramentas – e esclarecimentos de como aplicá-las – para atingir os tão procurados níveis de rastreabilidade.

Sobre a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.

Fonte: DFreire
Autor: Cristine Pires
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

Amigos criam cooperativa e querem instalar fábrica de cerveja artesanal no Acre

Projeto deve ser lançado no segundo semestre e fábrica deve estar em produção em 2018.

Por Caio Fulgêncio, G1 AC, Rio Branco

05/05/2017 09h10

O paranaense Vilmar Boufleuer, de 38 anos, tem uma relação antiga com a cerveja. De uma família com descendência alemã, desde cedo, o funcionário público acompanhou a produção da bebida de forma rudimentar e aprendeu o processo. Ao mudar-se para o Acre, há sete anos, conheceu outros apaixonados e, juntos, querem instalar uma fábrica artesanal no estado.

Ainda sem comercializar, Boufleuer criou a própria marca – a Brau-Blume – pensada com base no brasão da família. Com a crescente no consumo de cervejas artesanais nos bares de Rio Branco surgiu a ideia de montar uma cooperativa e, consequentemente, um local apropriado para fabricação em grande escala.

“A onda de valorização da cerveja artesanal acaba sendo um catalisador dessa cultura que nunca deixou de existir. De uns tempos para cá parece que está havendo um resgate. Então, estamos formando uma associação de cervejeiros. Já fizemos reuniões, trocamos degustações, estamos organizados informalmente”, diz.

Com a ideia, o grupo então passou a desenvolver o projeto específico, segundo o funcionário público Caio Pinheiro, de 26 anos, que também fabrica cerveja como hobby. A organização enquanto cooperativa deve ser finalizada no segundo semestre e a pretensão é que a cervejaria esteja em produção no início do próximo ano.

“É um projeto a partir de uma ideia de pessoas que têm uma vivência no meio cervejeiro, mas que entendem a necessidade de propagar e não individualizar. Por isso, decidimos criar uma cooperativa em vez de uma fábrica. É algo coletivo que trabalha para o fortalecimento da cultura cervejeira”, fala. Ao todo, sete pessoas estão envolvidas diretamente no trabalho.

Pinheiro afirma que – conforme um estudo de mercado encomendado pelo grupo – foram consumidos em torno de R$ 26 milhões no ano passado com cerveja somente em Rio Branco. Além disso, segundo ele, outros atrativos são o clima quente, propício para o consumo de bebidas geladas, e a grande circulação de pessoas em bares.

“Queremos introduzir uma cultura nova na sociedade. Nossa ideia é que os pratos locais – como a baixaria, por exemplo – tenham uma cerveja também local para harmonizar. Estamos visando esse mercado que está crescendo e também explorar a fronteira. A principal política é produzir cervejas com características regionais, mas também seguir a linha tradicional”, salienta Pinheiro.

Entraves

Apesar do apoio do governo e prefeitura, os amigos explicam que um dos principais dificultadores no processo é a falta de legislação específica no estado sobre a fabricação de bebidas alcoólicas e sobre o setor cervejeiro. Até mesmo no âmbito nacional, de acordo com eles, o governo está em fase de adequação para o tipo de negócio, a “microcervejaria”.

“Não havia legislação porque não tinha demanda, mas os órgãos públicos estão trabalhando positivamente. Com a cooperativa, além de atender as nossas expectativas, que era de montar uma fábrica, vamos atender os outros cervejeiros. Vamos também trabalhar com qualificação e formação de novos”, finaliza.

Bebidas Poty busca expansão de mercado participando da APAS Show

Foco da empresa é a visibilidade de seus produtos e a negociação com novos supermercados e também com as grandes redes do varejo.

porBebidas Poty

conteúdo de responsabilidade do anunciante

A Bebidas Poty volta à APAS Show 2017 depois de uma bem sucedida experiência no ano passado, quando participou da feira pela primeira vez. A indústria de bebidas terá como foco principal a visibilidade de seus produtos e a negociação com novos supermercados e também com as grandes redes do varejo. A feira, que termina nesta sexta-feira (5), está sendo realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, e é considerada a maior do segmento na América Latina.

A Poty chega ao segundo ano de participação na APAS com novos produtos para apresentar aos supermercadistas e também com uma infraestrutura maior para atender a novos pontos de vendas. No estande montado para atender aos supermercadistas de todo o Brasil, terão destaque o guaraná Poty, o Roller, refrigerante sabor cola, a cerveja Trieste e a Tônica 202. "A nossa participação na maior feira do varejo da América Latina mostra a maturidade da empresa, comprovando que temos produtos de qualidade e capacidade de atendimentos aos supermercadistas. Quem nos visita tem esta percepção", afirma José Luiz Franzotti, diretor presidente da Bebidas Poty.

Ainda segundo Franzotti, o desafio este ano é conquistar as grandes redes de supermercados, sendo que com algumas delas já existe uma negociação bem avançada.

No estande da Poty na APAS, os visitantes poderão degustar os refrigerantes, sucos, chás, energético, isotônico e outros produtos da empresa. Também haverá degustação da cerveja Trieste Puro Malte, que é produzida pela Cervejaria Trieste, uma empresa independente, porém pertencente ao mesmo grupo da Poty. A cerveja é a primeira puro malte micro filtrada do Brasil, ou seja, não passa pelo processo de pasteurização e conserva o sabor original do produto mesmo quando engarrafada.

A Poty também foi patrocinadora de eventos de lançamentos da APAS Show realizados em São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araçatuba e na zona leste de São Paulo. "Estamos buscando novos mercados e temos uma forte estratégia para comercialização de nossos produtos em São Paulo, em especial na região leste. Queremos estar próximos aos donos de supermercados da capital", explica Ana Luiza Siqueira Bueno, gerente de marketing da Poty.

Cervejaria Vinil aposta em novos rótulos

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br

08/05/2017 – 06h00

Divulgação /
SÓCIOS DA VINIL – Da esquerda para a direita, Carlos Ruttemberg, Daniel Pinheiro, Gustavo Moreira, Fabrício Bastos e Ricardo Marques

Com investimentos de R$ 1,5 milhão, que serão aplicados nos próximos dois anos, a cerveja Vinil se relança no mercado. A previsão é a de que a produção da marca triplique nesse período. Para isso, cinco sócios que administram a cervejaria fazem planos para ampliar ações em marketing, gestão, estrutura e vendas.

Para Fabrício Bastos, um dos sócios da Vinil, o novo momento vivido pela empresa é de profissionalização. A marca está presente em 25 pontos de vendas em Belo Horizonte e planeja expansão para cidades turísticas, como Ouro Preto e São Lourenço.

A cervejaria, que sempre trabalhou com garrafas de 600 ml, também passará a adotar nesta nova fase as embalagens de 500 ml, tornando a apresentação e o valor comercial mais atrativos ao público.

“Repaginamos a logo dos rótulos e alguns foram relançados nessa nova proposta. Seria muito interessante que houvesse ações para promover a rota da cerveja de Nova Lima, que incrementaria mais a distribuição dos produtos”, diz Fabrício.

Fundada em junho de 2013, a Cervejaria Inconfidentes produzia rótulos de três cervejas – Vinil, Grimor e Jambreiro – que começaram a produção de maneira caseira e, em um determinado momento, se uniram para tentar alcançar o mercado consumidor de produtos artesanais. Entre o fim de 2016 e o início deste ano, duas marcas se desligaram da Inconfidentes, e a Vinil passou a ser a única cerveja a ser produzida na fábrica localizada em Nova Lima.

“Estamos readequando estoques e a produção para colocar os produtos no mercado. Neste ano, teremos dois novos rótulos. O público da cerveja artesanal gosta de provar todos, e não é fiel a nenhum deles em específico”, afirma o empresário. A marca possui cinco rótulos, além do chope German Pilsen puro malte.

Bélgica brasileira

A cerveja artesanal tem conquistado o paladar do brasileiro. Aos produtores, o desafio é manter rótulos que sejam competitivos no mercado, já que cerca de 60% do valor de uma garrafa corresponde a tributos, segundo estimativas do setor. Em Minas Gerais, estado carinhosamente conhecido como a “Bélgica brasileira”, a expectativa é a de que as microcervejarias tenham um crescimento médio de 20% ao ano, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral no Estado de Minas Gerais (Sindibebidas).

Hoje, Minas Gerais conta com mais de 50 microcervejarias, segundo o Sindibebidas. Cerca de 40 delas estão concentradas em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Na região, nos últimos oito anos, o número de empreendimentos passou de quatro para 40. Há também empresas em Juiz de Fora, Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Vale do Aço.

Pioneira no Brasil no setor de frozen yogurt, Yogoberry completa 10 anos com planos de expansão

Jornal do Brasil

A Yogoberry nasceu de uma necessidade de se reinventar. A empresária sul coreana Un Ae Hong, que chegou ao Brasil ainda criança, é ex-comissária da Varig e em 2006, com o fim da companhia aérea, precisou encontrar alternativas de trabalho.

O frozen yogurt já era uma febre na Califórnia (EUA) e por achar que o clima da cidade e estilo de vida carioca combinavam perfeitamente com a proposta do negócio, ela começou a pensar em trazer o negócio para o Rio de Janeiro.

Un Ae percorreu diversos fornecedores para encontrar os melhores equipamentos e matérias-primas que possibilitassem a implantação de um frozen yogurt realmente diferenciado e com receita única no Brasil. Foram cerca de 18 meses de testes e degustações pelas ruas. Uma das preocupações era conceber uma receita de menor valor calórico do que os tradicionais sorvetes.
A Yogoberry permanece firme no setor e conta com 39 unidades no Brasil e cinco no Irã. Rede implantou o formato quiosque para incrementar seu projeto de expansão e espera um crescimento de 30% esse ano

Em 2007, foi inaugurada em Ipanema a primeira loja da rede Yogoberry, pioneira no Brasil no setor de frozen yogurt. Um ano depois, foi assinado o contrato com o primeiro franqueado e nos anos que se seguiram a rede se espalhou por várias cidades.

Desde então, muitas marcas apostaram no segmento, que se tornou um sucesso no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising, somente em 2010 foram criadas 79 redes de frozen yogurt no Brasil. Atualmente, apenas 10% se mantêm no mercado.

Completando 10 anos em 2017, a Yogoberry permanece firme no setor e conta com 39 unidades no Brasil e cinco no Irã. A rede implantou o formato quiosque para incrementar seu projeto de expansão e espera um crescimento de 30% esse ano.

Yogoberry: http://www.yogoberry.com.br/

Cade aprova compra da Kirin pela Heineken

Operação de R$ 2,2 bi criou a segunda maior cervejaria no Brasil, mas, segundo órgão, não gera questão concorrencial

Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues, Dayanne Sousa ,
O Estado de S.Paulo

05 Maio 2017 | 23h51

BRASÍLIA E SÃO PAULO – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem a compra da Brasil Kirin pela Heineken, anunciada em fevereiro. A operação criou a segunda maior cervejaria no Brasil. Além da marca principal, a Heineken já comercializava no Brasil os rótulos Kaiser, Bavária, Amstel, Sol, Desperados e Xingu. Já a Brasil Kirin é dona das cervejas Devassa, Schin, Baden Baden, Cintra e Glacial. Atua no setor de refrigerantes e água mineral.

A Superintendência do Cade entendeu que a operação não causa concentração maior do que 20% no mercado nacional nem maior do que 50% nos regionais. Por isso, não gera preocupações concorrenciais.

Ao anunciar o negócio, a Heineken avaliou que a aquisição aumentaria o alcance da empresa pelo País. A empresa tinha menos unidades que a Brasil Kirin: apenas cinco cervejarias. A Heineken pagou R$ 2,2 bilhões pela rede de 12 fábricas da concorrente, menos da metade dos cerca de R$ 6 bilhões investidos pela companhia japonesa, em 2011, para adquirir a Schincariol.

Com a Kirin, a Heineken passa a deter 19% do mercado nacional, segundo dados informados pela empresa holandesa com base em números da companhia de pesquisa Canadean. Com isso, ela passará a ser a segunda maior cervejaria do Brasil, deixando para trás o Grupo Petrópolis, com cerca de 15%, de acordo com dados da Nielsen. Na liderança absoluta, a Ambev segue com seus mais de 65% de participação.

Além dos concorrentes Ambev e Grupo Petrópolis, a Federação Brasileira das Associações dos Distribuidores Brasil Kirin, (Febradisk) também entrou como interessada no processo.

Os distribuidores diziam temer que a transação colocasse sua atividade em risco. A Febradisk afirma que os contratos com a Brasil Kirin obrigavam a exclusividade e citaram análises avaliando que o novo controlador poderia dispensar a rede de distribuição.

Mercado. Dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) apontam que o faturamento do setor de bebidas no Brasil teve um crescimento nominal de 7,2% em 2016, na comparação com 2015, abaixo da inflação do período. A receita da Brasil Kirin cresceu 0,2% no ano, chegando a R$ 3,706 bilhões, segundo reportou a companhia.

No mercado global, a Heineken teve lucro líquido de ¤ 293 milhões no primeiro trimestre de 2017, 11% maior que o ganho de igual período de 2016. Na mesma comparação, as vendas orgânicas de cerveja subiram 0,6%, impulsionadas pelos resultados na Europa e na região da Ásia e do Pacífico.

O dado de vendas surpreendeu, uma vez que analistas previam queda de 0,5% no último trimestre. A companhia obtém cerca de dois terços de seu lucro em mercados emergentes, como o Brasil.

Del Valle lança Promoção Nutrir Recompensa Toda Hora

Consumidores poderão ganhar R$ 200 na hora e ainda concorrer a R$ 35 mil por semana.

Os consumidores de todo o Brasil poderão participar da primeira promoção nacional de Del Valle. A marca lança a Promoção Del Valle – Nutrir Recompensa Toda Hora, com o objetivo de se aproximar ainda mais do público, mostrando os benefícios de seus produtos e oferecendo milhares de prêmios para ajudar o consumidor na nutrição de sua família. A campanha irá contar com um plano de comunicação integrado com filme na TV aberta e fechada, materiais nos pontos de venda e peças digitais.

Para participar, basta adquirir um produto Del Valle, de qualquer sabor ou embalagem, e fazer o cadastro do código de barras no site delvalle.com.br. Na mesma hora o consumidor saberá se foi premiado com R$ 200 e passa a concorrer a R$ 35 mil por semana. No total, serão mais de 1.500 prêmios.

A ação acontece até o dia 4 de julho e marca o lançamento da nova embalagem da linha Del Valle 100% Suco, agora na versão 300ml. Nutrição para o dia-a-dia e prêmios toda hora.

Perfil — O Sistema Coca-Cola Brasil é o maior produtor de bebidas não alcoólicas do país e atua em sete segmentos – água, café, chás, refrigerantes, néctares, sucos e bebidas esportivas – com uma linha de mais de 140 produtos, entre sabores regulares e versões zero ou de baixa caloria. Composto por nove grupos parceiros de fabricantes, o Sistema emprega diretamente 69 mil funcionários, gerando cerca de 600 mil empregos indiretos. Em 2017, serão investidos R$ 3,2 bilhões, 10% acima da média dos últimos cinco anos. O Sistema Coca-Cola Brasil está empenhado em incentivar iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades em que opera. Para isso, conta com uma plataforma de valor compartilhado, o Coletivo Coca-Cola, que já impactou a vida de mais de 130 mil pessoas por meio de toda a cadeia de valor da empresa.

Para mostrar o que as pessoas "realmente" estão perdendo quando não visitam determinados destinos turísticos, a operadora

Puro malte e sem transgênico, cerveja Fora Temer é sucesso na feira do MST

Publicado em: maio 5, 2017

Cida de Oliveira
Da RBA

Água, malte e lúpulo. Nada de cereais não-maltados, como o milho, que geralmente entra na composição das cervejas mais consumidas no país.  Assim é a composição da cerveja artesanal Fora Temer. “É puro malte, como toda cerveja que se preza tem de ser”, atesta Viviane Leal Dantas, que produz a bebida na cervejaria artesanal Latinoamericana, no assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul, norte do Paraná.

Viviane, que entrou no ramo há dois anos, conta que começou a produzir a Fora Temer logo que o atual presidente assumiu o governo, em 12 de maio do ano passado, resultado do golpe parlamentar que levou à deposição da presidenta Dilma Rousseff. “O protesto bem humorado contra o novo governo foi bem recebido pelos amigos, que postaram nas redes sociais, muitos compartilhamentos. E a marca foi se espalhando”, conta.

Segundo ela, a produção da Fora Temer, limitada a 40 litros por semana, atende à freguesia em busca de um presente diferente, divertido e ao mesmo tempo engajado para amigos e parentes. Ou mesmo para “protesto próprio”. “Há amigos que compraram para levar de presente em viagens a outros estados. Podemos dizer que Fora Temer já chegou a São Paulo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.”

A cerveja é sucesso na 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária do MST, que começou nesta quinta (4) e termina no próximo domingo (7), no parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista. Desde a abertura, já foram vendidas mais de 100 garrafas. A marca passará a ser vendida no Armazém do Campo, em São Paulo, ponto de vende de produtos do MST.
Democrática

Há quatro versões da bebida. Para bebedores iniciantes, que preferem algo mais suave, com menor graduação alcoólica, a mais indicada é a versão Weiss, feita à base de trigo.

Com maior concentração de lúpulo e mais amarga, a American Ipa tem 7% de teor alcoólico e combina aromas cítricos aos amadeirados.

Quem prefere cerveja preta vai gostar da Stout. Segundo Viviane, é mais encorpada e seu amargor é moderado.

Há ainda  a American Pale Ale (Apa). Parecida com a Ipa, com aromas cítricos, é um pouco menos amarga e de menor teor alcoólico.

“Mulher entende de cerveja, bebe cerveja e sabe fazer cerveja”, enfatiza a sergipana Viviane, que garante que até agora não viu ninguém cair depois de beber a Fora Temer. “A gente espera é que ele caia.”

À sua afirmação, um grupo de compradores logo emenda, em protesto bem humorado: “Que a gente beba e ele caia”.

Questionada sobre o impacto de um eventual fim do governo Temer sobre a produção, ela afirma tratar-se da produção limitada de um selo especial. E sorri, concordando com um visitante que sugere, para esse caso, a criação do um selo comemorativo: Foi-se Temer.