Cade aprova compra da Kirin pela Heineken

Operação de R$ 2,2 bi criou a segunda maior cervejaria no Brasil, mas, segundo órgão, não gera questão concorrencial

Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues, Dayanne Sousa ,
O Estado de S.Paulo

05 Maio 2017 | 23h51

BRASÍLIA E SÃO PAULO – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem a compra da Brasil Kirin pela Heineken, anunciada em fevereiro. A operação criou a segunda maior cervejaria no Brasil. Além da marca principal, a Heineken já comercializava no Brasil os rótulos Kaiser, Bavária, Amstel, Sol, Desperados e Xingu. Já a Brasil Kirin é dona das cervejas Devassa, Schin, Baden Baden, Cintra e Glacial. Atua no setor de refrigerantes e água mineral.

A Superintendência do Cade entendeu que a operação não causa concentração maior do que 20% no mercado nacional nem maior do que 50% nos regionais. Por isso, não gera preocupações concorrenciais.

Ao anunciar o negócio, a Heineken avaliou que a aquisição aumentaria o alcance da empresa pelo País. A empresa tinha menos unidades que a Brasil Kirin: apenas cinco cervejarias. A Heineken pagou R$ 2,2 bilhões pela rede de 12 fábricas da concorrente, menos da metade dos cerca de R$ 6 bilhões investidos pela companhia japonesa, em 2011, para adquirir a Schincariol.

Com a Kirin, a Heineken passa a deter 19% do mercado nacional, segundo dados informados pela empresa holandesa com base em números da companhia de pesquisa Canadean. Com isso, ela passará a ser a segunda maior cervejaria do Brasil, deixando para trás o Grupo Petrópolis, com cerca de 15%, de acordo com dados da Nielsen. Na liderança absoluta, a Ambev segue com seus mais de 65% de participação.

Além dos concorrentes Ambev e Grupo Petrópolis, a Federação Brasileira das Associações dos Distribuidores Brasil Kirin, (Febradisk) também entrou como interessada no processo.

Os distribuidores diziam temer que a transação colocasse sua atividade em risco. A Febradisk afirma que os contratos com a Brasil Kirin obrigavam a exclusividade e citaram análises avaliando que o novo controlador poderia dispensar a rede de distribuição.

Mercado. Dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) apontam que o faturamento do setor de bebidas no Brasil teve um crescimento nominal de 7,2% em 2016, na comparação com 2015, abaixo da inflação do período. A receita da Brasil Kirin cresceu 0,2% no ano, chegando a R$ 3,706 bilhões, segundo reportou a companhia.

No mercado global, a Heineken teve lucro líquido de ¤ 293 milhões no primeiro trimestre de 2017, 11% maior que o ganho de igual período de 2016. Na mesma comparação, as vendas orgânicas de cerveja subiram 0,6%, impulsionadas pelos resultados na Europa e na região da Ásia e do Pacífico.

O dado de vendas surpreendeu, uma vez que analistas previam queda de 0,5% no último trimestre. A companhia obtém cerca de dois terços de seu lucro em mercados emergentes, como o Brasil.

Ambev vende mais cerveja no Brasil, mas tem queda de lucro no 1º trimestre

Patrocínio do Carnaval de rua pelas marcas Skol e Antarctica, avanços no mercado de cerveja premium e venda de mini garrafas retornáveis puxaram alta nas vendas, disse a Ambev.

04/05/2017 09h31

As vendas de cerveja voltaram a crescer no Brasil no primeiro trimestre deste ano, mas não garantiram resultado positivo à Ambev, maior cervejaria nacional, dona das marcas Skol e Brahma. A Ambev vendeu 3,4% mais cerveja, em volume, e 1,1% mais em receita.

"Os volumes totais aumentaram 3,4% no trimestre, apesar da contínua retração do ambiente macroeconômico. Estimamos que os volumes da indústria de cerveja declinaram um dígito baixo. O premium continuou a crescer, com aumento de volume em dois dígitos", informou a Ambev.

A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,316 bilhões entre janeiro e março deste ano, 20,1% menor do que o registrado no mesmo período de 2016 e abaixo das expectativas do mercado no primeiro trimestre. O crescimento de custos ofuscou volumes maiores de vendas.

O custo dos produtos vendidos por hectolitro no Brasil subiu 29,1% na comparação anual, para R$ 96,90, enquanto a receita líquida aumentou 0,6% na mesma base, para R$ 228,90 por hectolitro, de acordo com o material de divulgação do balanço.

Patrocínio do Carnaval

A Ambev destacou as ações de patrocínio ao Carnaval de rua nas principais cidades brasileiras como um dos motivos para o aumento das vendas de cerveja.

"Skol e Antarctica elevaram a experiência de verão ao assumir uma posição de liderança durante o Carnaval, patrocinando o Carnaval de rua em mais de 40 cidades e alcançando mais de 35 milhões de pessoas através de uma completa ativação 360º", disse a empresa, em comunicado.

As vendas de cerveja premium do portfólio global da Ambev também cresceram em ritmo acelerado, segundo a companhia. O destaque foi o avanço da marca Budwieser, que teve um aumento de vendas de cerca de 30% no período.

A companhia também citou o avanço das vendas de mini garrafas retornáveis, que teve crescimento de dois dígitos no primeiro trimestre, como uma das apostas da companhia que levou ao aumento das vendas.

Receita líquida

Já a receita líquida caiu 2,8% frente ao 1º trimestre do ano passado, para R$ 11,24 bilhões. Em termos de volume total, a Ambev apresentou crescimento de 2,6% ante o primeiro trimestre do ano passado, para 27,5 bilhões de hectolitros (unidade de volume equivalente a 100 litros). Esse mercado também considera outras bebidas, como refrigerantes e sucos, além de cerveja.

Para 2017, a Ambev espera uma continuidade no aumento de custos por hectolitro. A estimativa é que os custos ainda subam mais de 10% no primeiro semestre e se mantenha estável ou suba menos no segundo semestre.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 4,356 bilhões de janeiro a março, uma cifra 17,3% menor ante igual período de 2016 e inferior aos R$ 4,932 bilhões apontados por analistas ouvidos pela Thomson Reuters.

Desconsiderando depreciação e amortização, as despesas gerais e administrativas da empresa no país cresceram 1,5%, para R$ 1,82 bilhão.

Mercado internacional

Em relação às operações internacionais, a empresa vê tendência positiva de volumes de cerveja na América Latina, mas segue cautelosa com o ambiente macroeconômico na Argentina.

Para América Central e Caribe, a Ambev diz que buscará elevar receita e expandir a margem Ebitda. Já no Canadá, o foco será equilibra volumes e preço, a fim de aumentar a rentabilidade.

Em 2016, a receita líquida da Ambev caiu 2,4%, para R$ 45,6 bilhões, no primeiro recuo de faturamento desde a criação da companhia em 1999.

Coca-cola lança bebida funcional e mira público acima dos 40 anos

País escolhido para os primeiros testes de mercado da Coca-cola Plus, como foi batizada a nova versão, é o Japão, famoso pelas altas taxas de longevidade da população

O Estado de S. Paulo

A moda de produtos funcionais acaba de chegar ao universo dos refrigerantes. Mais precisamente à Coca-cola, que acaba de lançar uma versão sem açúcar e sem calorias. Além dos atributos que pretendem agradar a marombeiros e marombados, a bebida contém cinco gramas de dextrina indigestível – uma fonte de fibra dietética – por embalagem de 470 ml.

Diretor de desenvolvimento David Machiels lança Coca-cola Plus no Japão

A estratégia da marca é cativar o público acima de 40 anos e, para tanto, o país escolhido para os primeiros testes de mercado da Coca-cola Plus, como foi batizada a nova versão, é o Japão, famoso pelas altas taxas de longevidade da população. Ainda não há previsão de lançamentos em outros países.

Em comunicado oficial da marca para o lançamento do produto, a coca-cola afirma que a versão ajuda a suprimir a absorção de gordura e a moderar os níveis de triglicerídeos no sangue depois de comer.

"A Coca-cola Plus é uma bebida sem açúcar e sem calorias, com funções para uso específico de saúde, por isso esperamos que as pessoas bebam com as refeições", afirma o diretor de desenvolvimento de produtos da marca, David Machiels.

A estratégia de relacionar produtos alimentícios a atributos funcionais não é novidade no Brasil nem mesmo para as pequenas empresas. Uma pesquisa da consultoria Euromonitor revela que o mercado mundial de comidas e bebidas orgânicas, funcionais e ligadas à saúde e ao bem-estar gerou receitas de 726 bilhões de dólares. O Brasil é o quinto maior mercado de alimentos saudáveis, movimentando 27,5 bilhões de dólares. No período entre 2010 e 2015, o crescimento acumulado brasileiro foi de 44%, quase o triplo da média mundial (15%).

A gordura trans pode ser proibida no Brasil

4 de maio de 2017

Não é de hoje que a gordura trans é apontada como inimiga da saúde — infarto, derrame, diabete, inflamação e falhas na memória são só alguns dos prejuízos que ela pode causar. Aliás, desde 2006 vigora uma lei no Brasil que obriga os fabricantes a indicar no rótulo a quantidade desse componente em alimentos industrializados. O próximo passo, como apontam os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), é banir de vez a vilã.

O projeto, de autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), agora vai ser avaliado e votado na Câmara dos Deputados. Se ele passar por todos os trâmites necessário, deve entrar em vigor em um prazo de três anos, o que dá tempo para as empresas se adaptarem à mudança.

A gordura saturada, presente em produtos como margarina, sorvetes, pratos congelados, biscoitos e macarrão instantâneo, é formada a partir de óleos vegetais que sofrem um processo de hidrogenação artificial. Ou seja: o hidrogênio é “forçado” para dentro das moléculas de gordura, o que melhora a textura e o gosto e aumenta a vida útil dos alimentos.

Essas qualidades faziam da substância um ingrediente comum entre os produtos processados. Anos atrás, quando a pressão para retirá-la dos alimentos aumentou, muitas empresas passaram a apostar no óleo de palma como um substituto. Acontece que ele é composto por gordura saturada, outro item pouco prestigiado pelos nutricionistas. Até por isso, a proposta em discussão inclui medidas que visam estimular o desenvolvimento de tecnologias que dispensem o uso de outras gorduras danosas na manufatura dos alimentos industrializados de forma a substituir a trans.
Um caso lá fora

Em junho de 2015, o Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, determinou que a gordura trans deveria ser removida de todos as embalagens do país também em um período de três anos. Mas há tempos a legislação norte-americana tem trabalhado nessa questão. Entre 2007 e 2011, 11 cidades do estado de Nova York proibiram que restaurantes da região usassem óleos hidrogenados em suas preparações.

Posteriormente, um estudo publicado no periódico JAMA Cardiology mostrou que, nessas áreas, o número de pessoas que sofreram ataques cardíacos caiu 7,8%. Os resultados persistiram mesmo quando os cientistas controlaram fatores como estilo de vida e qualidade da saúde pública. Se o Brasil experimentar um efeito parecido, milhares de vidas serão poupadas com a nova medida.

Fonte: Saúde é Vital

Cervejaria Lund apresenta rótulos sazonais na APAS Show 2017

A Cervejaria Lund faz sua estreia na APAS Show 2017, no Expo Center Norte, em São Paulo

Durante todo o evento, a cervejaria apresenta, além de seus tradicionais rótulos de linha e premiados, um calendário especial de cervejas sazonais, com o lançamento de uma nova receita para cada estação do ano. O projeto é uma iniciativa de incentivo à cultura cervejeira, que busca difundir novos estilos dentre os apreciadores de cervejas especiais de todo o Brasil.

O primeiro rótulo lançado foi a Cream Ale Lund MidSommar no Verão. Com teor alcoólico de 4,7% e 19,6 IBU, essa cerveja não filtrada se destaca por sua especial combinação de malte de cevada, trigo, maltado e não maltado, e flocos de aveia somados ao Dry Hopping de lúpulos Cascade e Amarillo, garantindo uma receita leve e refrescante, com cremosidade suave e extremamente saborosa.

Para este Outono, a novidade é a Dry Stout Knock Knock, uma cerveja leve e escura da família Ale, produzida especialmente para os dias frescos da estação. De amargor moderado, com IBU 43,2 e teor alcoólico de 4,3% por volume, o novo rótulo da Cervejaria Lund tem final seco e é de fácil drinkability, ideal para ser degustado com carnes assadas, ensopadas ou com chilli, feijão, feijoada, nachos, lagosta, caranguejo, pimentões recheados e embutidos.

Seguido o calendário sazonal, a Lund programa ainda o lançamento da Lund Holz, uma Old Strong Ale, para o Inverno, e por fim uma Imperial India Pale Ale, já em desenvolvimento, para a Primavera. Para Carlos Ferreira, Gerente de Marketing da cervejaria, a apresentação desse portfólio sazonal na APAS vai além das expectativas de captar novos clientes no evento. “A ideia é oferecer aos novos parceiros de negócios o conceito de combo, onde ele leva um produto diferenciado e exclusivo e com ele o conceito pronto para desenvolver ações estratégicas e pontuais em seu ponto de vendas a cada três meses.”

Fora os rótulos sazonais, a Cervejaria Lund mantém em linha os estilos Pilsen, Wit Bier, Weizen, Pale Ale, Munich Dunkel, American Pale Ale e India Pale Ale, e o rótulo colaborativo e premiado Lion Polski, que em parceria com a Cervejaria Suméria, conquistou Medalha de Ouro em 2016 e Prata em 2017 no Concurso Brasileiro de Cerveja de Blumenau, e Medalha de Ouro no South Beer Cup de Curitiba, em 2016.

Localizada em Ribeirão Preto, a Cervejaria Lund é atualmente a mais antiga micro cervejaria da cidade que mantém produção 100% artesanal. Fundada em 2009, a cervejaria mantém uma planta com equipamentos de brassagem e modernas máquinas de envase instalados com capacidade atual para produção de 1,2 mil garrafas / hora. Dentre fabricação de rótulos próprios e atendendo às demandas externas (colaborativos, ciganos e terceirizados), opera hoje com produção efetiva aproximada em 40 mil litros / mês.

Já presente e com grande representatividade em Brasília e nos estados de São Paulo (Capital, Interior e Vale), Rio de Janeiro, Goiânia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a Cervejaria Lund está em busca de novas parcerias para distribuição estratégica (própria ou terceirizada) do seu portfólio de produtos em empórios, bares, restaurantes e supermercados das demais regiões do país, acreditando que a APAS Show 2017 possa ser uma excelente vitrine para alavancar esses objetivos.

Mais informações e novidades sobre a cervejaria podem ser conferidas pelo site http://www.cervejarialund.com.br e em redes sociais acessando @cervejarialund, ou visitando o Espaço Lund na APAS Show 2017, rua 8/A – estande 240.

APAS Show 2017 – maior evento supermercadista do mundo, que em sua 33ª edição estará reunindo mais de 700 expositores de 2 e 5/04, no Expo Center Norte, em São Paulo.

FONTE: Lead Comunicação

Chile supera marca de US$ 1 bilhão nas vendas de alimentos para o Brasil em 2016 no APAS Show

País lidera fornecimento de produtos do mar e vinhos para o mercado brasileiro e ocupa a terceira posição entre os países que mais exportam azeite de oliva extravirgem para o Brasil *Embaixador do Chile no Brasil, Jaime Gazmuri visitará o espaço chileno na APAS.

Comemorando os resultados expressivos em sua parceria com o mercado brasileiro, o Chile volta a participar do maior e mais relevante evento supermercadista da atualidade: a APAS Show, que acontece entre os dias 2 e 5 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Representado por uma delegação de 15 empresas do setor alimentício, o país ainda contará com a ilustre presença do embaixador chileno no Brasil, Jaime Gazmuri Mujica, que fará a abertura oficial do estande, e da subdiretora nacional do ProChile, Marcela Aravena.

A participação na feira marca a abertura da agenda de atividades do Chile em solo brasileiro, que segue investindo em uma forte estratégia de promoção dos seus produtos nos mais promissores mercados mundiais, entre os quais o Brasil, que se destaca como o principal destino das exportações de alimentos chilenos em toda a América Latina e o quarto maior no ranking mundial. Em 2016, as exportações do Chile para o País alcançaram o valor de US$ 2.964 bilhões. Deste montante, US$ 1 bilhão correspondem ao envio de alimentos.

Dentre os destaques em produtos chilenos que tiveram um aumento notável no mercado brasileiro entre 2015 e 2016, estão as maçãs frescas, cujas exportações registraram crescimento de 147%, com um aumento de US$ 28 mi para US$ 71 mi; os azeites de oliva extravirgens, com envios que subiram 34%; salmão e truta, que tiveram aumento de 9%; e os vinhos, com elevação de 8%.

Os valores alcançados são resultado direto do empenho e da relação de confiança entre os países. O Chile demonstra um sólido interesse em seguir o movimento positivo da parceria e uma das ações estratégicas para manter esse objetivo é trazer ao Brasil empresas que representem e ajudem a promover os produtos mais simbólicos da indústria alimentar chilena.

“Estes números refletem os esforços que o nosso país realiza no Brasil para aumentar a conscientização a respeito da diversidade e qualidade dos alimentos chilenos. Por esse motivo, voltamos pelo quinto ano consecutivo com o pavilhão oficial do Chile na APAS, um evento de alto impacto, que promove nosso relacionamento com importadores e varejistas de todo o Brasil. Essa participação nos permite seguir o compromisso para chegar à mesa dos brasileiros com a qualidade, segurança internacional, rastreabilidade e, claro, o sabor natural dos produtos chilenos”, comenta María Julia Riquelme, do ProChile Brasil, instituição do Ministério de Relações Exteriores do Chile responsável pela promoção de exportações do país.

Produtos chilenos: na mesa e no coração dos brasileiros — Desde o final de 2014, os envios de bens chilenos para o Brasil – categoria que abrange os alimentos – vêm superando as exportações de cobre, matéria-prima símbolo da indústria de mineração do Chile, com um total de 61% em 2016. Segundo o ProChile, tal resultado engloba a participação das Pequenas e Médias Empresas chilenas, integrantes do planejamento estratégico do país, que visa incentivar a presença de players potenciais e abrir novas oportunidades que ampliem ainda mais as trocas comerciais entre Brasil e Chile.

Foods from Chile —Em sua 5ª participação no evento mais importante do segmento de alimentos do mundo, o Chile reafirma a importância de sua campanha internacional de alimentos, a Foods from Chile.

Segundo Marcela Aravena, a presença do país na APAS está diretamente relacionada ao principal objetivo de promover a oferta de produtos exportáveis chilenos, que no Brasil é reforçado pela atuação das marcas setoriais Salmón de Chile, ChileOliva e Wines of Chile.

ProChile — Escritório comercial do Chile no Brasil, o ProChile apoia a promoção das exportações de bens e serviços chilenos, além de contribuir na atração de investimentos estrangeiros e no fomento do turismo do país. Com 40 anos de experiência e uma rede de mais de 50 escritórios comerciais no mundo, o ProChile apoia empresas chilenas a participarem das mais importantes feiras e conferências internacionais, bem como eventos em que empresários de diferentes regiões do mundo se reúnem para estreitarem relações comerciais. |www.prochile.gob.cl.

APAS 2017 — 33º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados, até dia 5 de maio de 2017 (sexta-feira), de 2 a 4 de maio, das 14 às 22 horas / 5 de maio, das 13 às 19 horas, Pavilhão Branco / Estande 372/392 / Corredores G 11, 12, 13, Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333, São Paulo (SP).

Teste identifica Salmonella em peça de carne da Friboi

Outro microrganismo, Listeria monocytogenes, também foi identificado em cinco amostras analisadas

Por Júlia Miozzo Em minhas-financas / consumo 04 mai, 2017 18h09

SÃO PAULO – Um teste feito recentemente com 26 amostras de carnes bovinas, embutidos e cortes de frango pela associação de consumidores Proteste apontou que uma amostra da Friboi (JBS) de carne bovina teve resultado positivo para presença do microrganismo Salmonella sp, que causa a doença Salmonella em humanos.

Outro microrganismo, Listeria monocytogenes, também foi identificado em cinco amostras analisadas: contrafilé da Naturafrig, picanha bovina da Friboi e da Better Beef, fraldinha da Marfrig e peito de frango da Seara. Esse microrganismo não atinge pessoas saudáveis, que são imunes a ele, mas tem taxa de mortalidade entre 20% e 30% entre idosos, gestantes e pacientes imunocomprometidos.

Embora não exista nenhum limite específico estipulado para a presença desse microrganismo em produtos cárneos, de acordo com a Proteste, existe um “consenso de que as condições satisfatórias incluam a ausência desse microrganismo em 25g de amostra”.

Os resultados dos testes foram enviados à Anvisa (Agência Nacional de Saúde Pública) para mais esclarecimentos e ao Ministério da Agricultura.

Foram analisados amostras dos seguintes frigoríficos: Friboi, Naturafig, Astra, JJZ, Fri Alto, Montana, Better Beef, Marfrig, Seara, Sadia, Perdigão NaBrasa, Aurora, Marba, Ceratti, Confiança, Sadilar, Perdigão, Alliz e Multifrango.

O InfoMoney procurou a assessoria de imprensa da Friboi (JBS) para ter um posicionamento da empresa, mas até o momento de publicação não obteve resposta.

Confira a seguir os resultados dos testes e quais são os lotes em que foram identificados problemas. Caso o consumidor tenha comprado ou consumido algum deles, ele deve contatar o SAC da fabricante e exigir a substituição do produto ou restituição do valor pago no mesmo.

SIF Produto Marca Lote Validade  Problema encontrado
3181 Contra-filé Friboi JBS 27/02/2017 28/04/2017 Presença de Salmonella
1365 Naturafrig 10/02/2017-02 11/04/2017 Presença de Listeria monocytogenes

3348 Picanha bovina Frialto 03/03/2017 02/05/2017
1925 Better Beef 17/02/2017 18/04/2017
1751 Fraldinha Marfrig 16/02/2017 16/04/2017
3837 Filé de peito de frango Seara L2 02/01/2018

Fispal Tecnologia destacará a Indústria 4.0

mai 4th, 2017 Luis Orsolon Noticias A-Z

Em um futuro muito próximo, a Indústria 4.0 fará parte do cotidiano, com métodos de produção muito mais inteligentes e eficientes, resultando em redução de custos, economia de energia, segurança, eliminação de erros e desperdício. Para o segmento de alimentos e bebidas, seu maior benefício é a possibilidade de personalização e escala sem precedentes. Segundo o consultor da Indústria 4.0, Paulo Roberto dos Santos, serão muitos os atrativos desse novo ambiente para as empresas.

“Já sabemos que, daqui alguns anos, vão ser os consumidores que decidirão o que será produzido, algo que influenciará muito a indústria de alimentos e bebidas. O cliente poderá especificar receitas que atendam a sua necessidade com apenas um clique na internet. Isso garantirá uma experiência incomparável com o mesmo custo de produção da fabricação em massa”, explica.

A Fispal Tecnologia, Feira Internacional de Tecnologia para as Indústrias de Alimentos e Bebidas, realizada pela Informa Exhibitions, entre os dias 27 e 30 de junho de 2017, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, exibirá, pela primeira vez no Brasil, um demonstrador da Indústria 4.0 para o setor.

Realizado em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia, MCK Automação e Zorfa Tec Consultoria, o demonstrador  promoverá uma inédita experiência para o visitante: acompanhar uma futurística linha de produção, que entregará um produto customizado.

“Os visitantes da Fispal Tecnologia terão a oportunidade de acompanhar de perto uma fábrica totalmente automatizada, que entregará um produto exclusivo, conforme sua preferência. É uma antecipação do futuro da indústria mundial, que está cada vez mais atenta às necessidades de seus clientes”, explica Clélia Iwaki, diretora da Fispal Tecnologia.

O espaço também proporcionará uma viagem no tempo, desde a primeira Revolução Industrial, até o futuro, com a Indústria 4.0. Os visitantes também contarão com uma consultoria exclusiva dos profissionais do Instituto Mauá de Tecnologia, onde será possível interagir com sistemas para entender em que momento está a indústria de cada visitante, bem como identificar quais são os passos para chegar à Indústria 4.0.

Como será a Indústria 4.0 no setor de Alimentos e Bebidas?

A Indústria 4.0 fará parte do cotidiano brasileiro em um futuro bem próximo. Os novos métodos de produção serão muito mais inteligentes e eficientes, com custos reduzidos, economia de energia, mais segurança, sem erros e desperdício.

Para o segmento de alimentos e bebidas, o maior benefício é a personalização e escala sem precedentes que ela propicia. De acordo com o consultor da Indústria 4.0, Paulo Roberto dos Santos, os atrativos desse novo ambiente para as empresas ainda é imensurável.

“No futuro, será o próprio consumidor que decidirá o que será produzido, determinando os rumos da indústria de alimentos e bebidas. Com a ajuda da Internet, ele poderá especificar receitas que atendam a sua necessidade. Os custos de produção serão os mesmos da fabricação em massa, mas garantirão uma experiência sem precedentes para o cliente”, explica.

Paulo Roberto ressalta, ainda, que as empresas podem se tornar mais competitivas ao investir no desenvolvimento tecnológico. “A introdução dessas tecnologias, que estão à disposição do mercado, será uma grande vantagem para a indústria nacional em relação à customização, já que é muito mais fácil atingir esse nível de personalização na produção local”, afirma.

A Fispal Tecnologia, Feira Internacional de Tecnologia para as Indústrias de Alimentos e Bebidas, realizada pela Informa Exhibitions, entre os dias 27 e 30 de junho de 2017, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, exibirá, pela primeira vez no Brasil, um demonstrador da Indústria 4.0 para o segmento de Alimentos e Bebidas. Realizado em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia, MCK Automação e Zorfa Tec Consultoria, o demonstrador  promoverá uma inédita experiência para o visitante: acompanhar uma futurística linha de produção, que entregará um produto customizado.

“Os visitantes da Fispal Tecnologia terão a oportunidade de acompanhar de perto uma fábrica totalmente automatizada, que entregará um produto exclusivo, conforme sua preferência. É uma antecipação do futuro da indústria mundial, que está cada vez mais atenta às necessidades de seus clientes”, explica Clélia Iwaki, diretora da Fispal Tecnologia.

O espaço também proporcionará uma viagem no tempo, desde a primeira Revolução Industrial, até o futuro da indústria, com a Manufatura Avançada (Indústria 4.0). Os visitantes também contarão com uma consultoria exclusiva dos profissionais do Instituto Mauá de Tecnologia, onde será possível interagir com sistemas para entender em que momento está a indústria de cada visitante (2.0 ou 3.0), bem como identificar quais são os passos para chegar à Indústria 4.0.

O pioneiro demonstrador de Manufatura Avançada para a Indústria de Alimentos e Bebidas tem como patrocinadores na categoria Diamante as empresas ABB, OMRON, Perfor e Schneider Eletric; na categoria Ouro Alphaquip, Furnax, Phoenix Contact, Rockwell Automation, Siemens, Thermo Fisher e TOTVS; na categoria Prata a empresa Multivac e na categoria Bronze Beckhoff, Bonfiglioli, Burkert, Cobra Correntes, Dohler, Magnoflux e Sick.

Para visitar

O maior encontro do setor das indústrias de A&B da América Latina contará com a participação de mais de 440 expositores, que apresentarão novidades, tendências e soluções em máquinas para embalagem, marcação e codificação, embalagens, processos, equipamentos e acessórios, automação e logística.

O credenciamento para os visitantes já está disponível, através de cadastro no site da feira (www.fispaltecnologia.com.br).

Anvisa decide retirar o óleo de soja da lista de alergênicos

Movimento ‘Põe no Rótulo’ acha preocupante flexibilização das regras sem ouvir consumidores e profissionais de saúde

por O Globo
05/05/2017 0:00

RIO — A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitárai (Anvisa) aprovou, esta semana, o pedido da Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove), para excetuar os óleos de soja altamente refinados da obrigatoriedade de serem identificados como derivados de alergênicos. De acordo com a Anvisa, na documentação apresentada, foi demonstrado que os níveis de proteína no óleo de soja refinado são muito baixos e que é pouco provável que o óleo de soja refinado seja capaz de desencadear uma reação alérgica severa em indivíduos com alergia alimentar à soja.

Com a decisão, os fabricantes desses produtos não necessitarão identificá-los como derivado de alergênico. A exceção se aplica, inicialmente, aos associados da Abiove, abarcados no protocolo do pedido. No entanto, durante a análise da petição, a Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) verificou que esta exceção é passível de ser estendida a todos os fabricantes de óleos de soja refinados. Assim, o próximo passo é a atualização da Resolução RDC 26, de 2015, para que a decisão seja ampliada.

Uma das fundadoras da campanha "Põe no Rótulo", movimento determinante para a criação da resolução, a advogada Cecilia Cury ressalta que a RDC 26/15 foi construída de modo coletivo, com ampla participação da sociedade, a especialista diz ser questionável e preocupante que haja a sua flexibilização sem que haja a consideração da posição dos consumidores e dos profissionais de saúde.

A advogada lembra que o pedido da Abiove se fundamentou no fato de que vários países retiram a obrigatoriedade do destaque do alergênico nos óleos de soja. Ocorre que, em muitos destes países, existe a obrigatoriedade de as empresas abrirem, na lista de ingredientes, a composição dos óleos e gorduras, indicando se são de soja, por exemplo.

— Reconhecemos que existem vários países que dispensam a rotulagem destacada de óleos de soja altamente refinados – e não qualquer óleo de soja. Mas entendemos que o consumidor precisa ter garantida a informação sobre a origem do óleo na lista de inteligentes, entre parênteses — afirma a advogada.

—Estou com muito medo pelo fato de o óleo de soja não ser mais rotulado — afirma a empresária Carina Vieira, que descobriu ser alérgica à soja aos 15 anos de idade.

Ela não pode comer proteína de soja texturizada de soja, pois a reação é imediata: o corpo empola todo, tem urticária e falta de ar. E todas as vezes que comia batata frita feita com óleo de soja, a boca ficava ferida e com aftas. A princípio, o médico disse tratar-se de um problema estomacal, mas Carina percebeu que apareciam somente quando comia algo que tinha contato direto com o óleo de soja.

Nessa época, abriu sua confeitaria e só trabalhava com chocolate sem lecitina. Uma vez, uma cliente pediu que ela usasse um outro chocolate belga sem leite, fornecido pela cliente. Quando foi fazer a temperagem para experimentar o sabor do ganache, imediatamente sua garganta começou a arranhar e fechou.

— Não conseguia respirar, fiquei rouca, o corpo empolou novamente e veio a urticária. Tomei a medicação. Após esse episódio, não testei novamente. Há pouco tempo, ainda utilizava óleo de girassol, mas descobri que existia a contaminação por soja. Parei de utilizar e alguns sintomas que eu tinha sumiram, como as aftas na boca, que eram reação à soja. Hoje utilizo óleo de algodão para tudo — completa empresária, que tem um filho, hoje com sete ano, também alérgico, o que aumenta sua preocupação.

O movimento "Põe no Rótulo" informou que vai avaliar os termos do processo para apresentar as suas considerações a respeito do tema.

— Vamos pedir vista do processo que resultou na exceção para conhecer qual a fundamentação do pedido, quais documentos foram anexados e qual embasamento da decisão da Anvisa e irá se manifestar — pontua Fernanda Mainier Hack, também advogada e uma das coordenadoras da campanha.

Alimentos Alergênicos

Desde o dia 3 de julho de 2016, os rótulos dos alimentos devem trazer um alerta com informações sobre ingredientes que podem causar alergias. A resolução, publicada em julho de 2015, deu um ano para as empresas se adequarem à nova regra. Surgiu após uma grande mobilização popular de pais e mães que enfrentam dificuldades para identificar quais alimentos os filhos alérgicos podem consumir. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 8% das crianças e 5% dos adultos têm algum tipo de alergia alimentar, que pode causar desde um simples vômito a um choque anafilático. Em alguns casos, o único tratamento possível é evitar o consumo dos alimentos que causam alergia.

De acordo com a norma, os rótulos deverão informar a existência de 17 alimentos que costumuam causar algum tipo de alergia. São eles: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas); crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha de caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas, além de látex natural. Com isso, os derivados desses produtos devem trazer a seguinte informação: “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”, “Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)” ou “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados”.

Já nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos — que é a presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, como no caso de produção ou manipulação — o rótulo deve constara declaração “Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”.

A norma determina que os dados sobre os alergênicos deverão estar logo abaixo da lista de ingredientes. Além disso, as palavras têm que estar em caixa alta, negrito e com a cor diferente do rótulo. A letra não pode ser menor do que a da lista de ingredientes.

A Resolução RDC 26/2015, no entanto, previu regras para permitir que as empresas pudessem solicitar a exceção da declaração de alergênicos no rótulo dos produtos, mediante apresentação de documentação técnica e científica que atestasse a ausência de alérgenos em quantidade suficiente para causar alergias alimentares. A Anvisa também aprovou, recentemente, o pedido para excetuar os destilados alcoólicos simples obtidos de cereais da obrigatoriedade de serem identificados como derivados de alergênicos.