Cachaça da boa

Terceiro destilado mais consumido no mundo, bebida gera mais de 400 mil empregos no país, com produção nacional de cerca de 1,3 bilhão de litros anuais

Augusto Pio

Publicação: 30/04/2017 04:00

Desidério Castro Filho comemora medalha de ouro conquistada no Mundial de Bruxelas este ano

O Brasil continua sendo o maior produtor de cachaça do mundo. O produto é o terceiro destilado mais consumido, ficando atrás somente da vodca e do soju, bebida coreana feita de arroz e batata-doce, sendo consumida em toda a Ásia. A produção nacional é de mais de 1,3 bilhão de litros anuais, sendo 90% industrial e 10% artesanal, gerando uma receita de mais de US$ 500 milhões e empregando mais de 400 mil pessoas. O país conta com mais de 30 mil fabricantes, sendo São Paulo o estado que mais produz.

Desidério Castro Filho comemora medalha de ouro conquistada no Mundial de Bruxelas este ano

Apostando nesse nicho, Desidério Castro Filho resolveu se tornar um dos fabricantes. Ao lado dos filhos, ele comanda a Indústria e Comércio de Cachaça Rio Manso Exportação e Importação Ltda., localizada na Fazenda dos Dutras, na zona rural do município mineiro de Rio Manso, a 63 quilômetros de BH. “Desde 2004, somos fabricantes da cachaça Vira Copos, que, recentemente, ganhou a Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas – Edição Brasil 2017. Ainda não estamos exportando o produto, mas regularizamos todo o processo para isso”, comemora o empresário.

“A Cachaça Vira Copos Prata tem graduação alcoólica de 43% e é armazenada em tonéis de jequitibá durante um ano. O volume é de 670ml e ela tem aroma fino, intenso, com notas frutadas. O sabor é leve e a acidez é equilibrada e persistente”, esclarece Desidério. “Já a Ouro fica armazenada por dois anos e tem uma cor dourada. Seu sabor tem característica macia e fina, com notas de baunilha e café torrado. Há também outra Ouro, cujo blend de cachaças armazenadas em barris de carvalho e jequitibá por dois anos. Também tem uma cor dourada, porém, o volume é de 700ml. O aroma é fino, intenso e persistente, com notas de caramelo e um sabor leve, com notas adocicadas de canela.

Desidério conta que, antes de fabricar cachaças, trabalhava com leite e gado de corte na fazenda. “Atualmente, estamos com seis funcionários, de julho a novembro. Quando estamos produzindo, aumentamos mais oito pessoas no canavial para a colheita e dois na produção. Temos as seguintes certificações: Selo Ampaq, IMA e Inmetro. Procuramos produzir sempre a melhor cachaça”, garante o empresário. Ele comenta que o faturamento é satisfatório. “Devido aos altos impostos e, principalmente, ao aumento de IPI, a venda fica um pouco prejudicada.”

EXPORTAÇÃO “Neste ramo precisamos ter perseverança e determinação, pois com um produto de excelente qualidade e um bom trabalho de venda e pós-vendas atingiremos os clientes exigentes. Estamos fazendo contatos com algumas importadoras nos Estados Unidos, Alemanha e França, com o intuito de exportar nossos produtos. As negociações já estão bastante adiantadas”, ressalta Desidério.

O empresário só se queixa da “alta carga tributária. Estamos esperando que, em 2018, haja uma redução de impostos para podermos incrementar ainda mais nossas vendas. Para este ano, estamos esperando um crescimento na ordem de 15% a 20%. Trabalhamos com alguns pontos de venda terceirizados, como o Mercado Central e grandes supermercados. E pretendemos investir mais nas redes sociais e no marketing digital”, revela Desidério.

SERVIÇO
Cachaça Vira Copos
(31) 99981-2490
www.cachacaviracopos.com.br

Uni Alimentos participa da APAS com lançamento da Tapioca de Espinafre

Maior feira supermercadista do mundo acontece entre os dias 02 e 05 de maio

Há dois anos a Uni Alimentos surgiu no mercado de varejo com o lançamento pioneiro, único e exclusivo da Tapioca na Porção Certa, kit com 5 porções individuais de tapioca, ideais para o consumo diário. Além do desenvolvimento de outros produtos sem glúten voltados à praticidade, qualidade de vida, sabor e bem estar. Durante os dias 02 e 05 de maio, a empresa de alimentos de Caieiras, participará da APAS SHOW, localizada no estande 236 C, no Expo Center Norte em São Paulo.

A ideia inovadora com o lançamento exclusivo da tapioca em porções individuais, 85g, surgiu da necessidade de oferecer ao mercado uma opção saudável, com qualidade, sem desperdício e necessidade de armazenamento. Especialista no segmento de alimentação há 17 anos e CEO da empresa, Vagner Gomes, explica o surgimento do projeto. “Lançamos a Tapioca na Porção Certa, pois havia muito desperdício nos pacotes de 500g. Com uma equipe especializada composta por nutricionistas e engenheiros de alimentos, desenvolvemos a versão individual com uma massa leve, solta, sem a necessidade de peneirar e indicada para manter uma rotina saudável com consumo diário de tapioca”, destaca Gomes.

Tapioca de Espinafre na Porção Certa

Para a maior feira supermercadista no mundo, os visitantes poderão conhecer as novas tendências da Uni Alimentos, com destaque para o lançamento da Tapioca de Espinafre, disponível em porções individuais. Rico em nutrientes, ferro, fósforo, cálcio e vitaminas A e Complexo B, o espinafre é um ótimo aliado à tapioca, pois além do sabor, ambos possuem baixa caloria e alto valor nutricional. A tapioca é uma fonte de carboidrato com fácil digestão, que garante energia e sem glúten e sódio, ideal para hipertensos e renais crônicos, Quando comparado os benefícios da tapioca ao pão francês, verifica-se que o pão é composto por farinha refinada, pobre em vitaminas e minerais, contém glúten e mais calórico que a tapioca. Um pão francês de 50 gramas contém 135 kcal, enquanto que 100 gramas de tapioca possuem 187 kcal, com fácil digestão e rica em minerais.

Outros Produtos sem Glúten

Ideal para aqueles que procuram praticidade, soluções saudáveis e sabores de dar água na boca. A Uni Alimentos com a marca UniSnacks conta com opções de biscoitos sem glúten, conservantes e gordura trans, como:
Aerolitos de Coco: biscoito amanteigado com sabor e aroma de coco. Ideal para matar aquela vontade de comer doce com gosto de docinhos da vó. Parmegiano & Linhaça Dourada – snack salgado com delicioso e requintado sabor de parmesão com a leveza e saúde da linhaça dourada. Um snack saudável, nutritivo, gostoso e sem glúten. Balões de Queijo – biscoito de polvilho com toque de queijo parmesão. Ideal para consumir, quando bate aquela fome.
Onde encontrar: Em constante expansão no mercado de varejo, os produtos podem ser adquiridos em alguns supermercados do estado de São Paulo, Curitiba, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul com abrangência em outros estados, além do parceiro de e-commerce Vida & grãos.

FONTE: DM Comunicação

Leite e derivados estão 15% mais caros nos supermercados do Rio

O café da manhã está pesando mais no bolso do consumidor, já que os itens clássicos da refeição, com leite e manteiga, ficaram bem mais caros nos últimos meses. O aumento médio do leite e dos derivados foi de 14,4% nos últimos 12 meses no Rio. Queijos e iogurtes registram altas ainda mais impactantes: de 43,35% e 20,41%, respectivamente, no mesmo período, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, medido pelo IBGE.

Os valores cobrados pela manteiga subiram, em média, 35,3% — muito acima da alta de 4,57% do IPCA — em todo o país no acumulado dos últimos 12 meses.

Especialista da MilkPoint, consultoria especializada no mercado de lácteos, Valter Galan explica que houve uma queda na produção do leite nos últimos dois anos, o que pressiona os custos repassados ao consumidor.

— A partir da segunda quinzena de maio, há uma recuperação no volume da produção no Sul do país. Até a produção se recuperar e reagir, vai um tempinho.

O pesquisador e economista do FGV/IBRE, André Braz, esclarece que o preço da bebida é sazonal:

— O valor costuma ficar estável quando há um retorno no volume de chuvas, pois na seca existe um encarecimento das rações e secas nos pastos. No fim de agosto e início de setembro, o preço costuma desacelerar.

Natália Grigol, pesquisadora da área do leite do Cepea Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, acrescenta que a entressafra do produto vai de março a outubro:

— Sem chuvas, as pastagens ficam mais fracas, a vaca tem menos comida disponível e produz menos leite. O preço já está muito elevado no começo da entressafra — afirmou a pesquisadora.

A manteiga segue no mesmo ritmo de alta. Um dos principais fatores para isso é que o produto é fabricado a partir da gordura do leite, uma matéria-prima concorrida para a produção de diversos artigos, como creme de leite e requeijão.

O leite retirado da vaca tem, em geral, um teor de 3,5% de gordura. Na produção da bebida desnatada, essa matéria é separada do leite e usada para a fabricação de manteiga ou outros produtos. Porém, o leite longa vida integral — o mais consumido no país — gera pouca gordura, já que o teor de 3,5% é equilibrado para 3%.

A demanda do consumidor pela manteiga também aumentou muito no Brasil. A empresa de pesquisa de mercado Kantar WorldPanel aponta que foram consumidas 29.978 toneladas do produto no ano passado.

Anchieta entra na disputa por fábrica de cerveja que pode gerar mil vagas de emprego

Um vereador teria pedido para que a fábrica, se chegasse ao Estado, fosse instalada no município. Ele afirma que a cidade tem condições de receber o empreendimento
Folha Vitória
Redação Folha Vitória

Com a especulação de que a Ambev instalaria uma fábrica de cervejas no Espírito Santo, o município de Anchieta sinalizou o desejo de ter o empreendimento na cidade. De acordo com o vereador Beto Caliman (DEM), ele entrou em contato com o subsecretário de Desenvolvimento Econômico do Estado Neucimar Fraga (PSD) para pedir que a fábrica vá para o município.

Segundo o vereador, a fábrica deve gerar mil empregos diretos, com um investimento de R$ 650 milhões, aquecendo o comercio de Anchieta. Ele explicou que a cidade tem as condições perfeitas para a implantação da fábrica de cervejas. “Temos rodovias, vem ai a Ferrovia Sul Litorânea e poderemos em parceria com a Samarco utilizar o Porto de Ubu, que está paralisado”, destacou.

Ele ainda acrescentou a possibilidade da utilização das aguas do Rio Beneventes e outros na produção das cervejas, “Nossos mananciais tem água de boa qualidade para suprir as necessidades da produção da fábrica da Ambev”, afirmou.

O vereador disse também que será um alivio para os desempregados do município. “Será uns alentos para as famílias terem um local para trabalhar. Nosso gabinete detectou que de cada dez anchietenses hoje nove estão sem emprego formal”, disse.

Por meio de nota, a cervejaria Ambev informou que a incerteza em relação ao processo de aprovação de seu investimento em uma fábrica de alumínio no Rio de Janeiro, inclusive em função da manutenção da decisão judicial que impede a concessão de novos benefícios no Estado, torna imprevisível a implantação da referida fábrica. Sobre a possibilidade de uma fábrica ser aberta no Espírito Santo, a assessoria da empresa disse que ainda é muito cedo para confirmar ou negar a possibilidade.

Frescatto Company lança produtos das linhas Frescatto e Buona Pesca na APAS

Jornal do Brasil

A Frescatto Company – empresa referência no setor de pescados do Brasil – participará pelo 12º consecutivo da APAS Show 2017. Reconhecido mundialmente como a maior Encontro de Negócios em Supermercados da atualidade, a APAS Show vai reunir, entre os dias 2 e 5 de maio, no Expo Center Norte (SP) toda a cadeia supermercadista do Brasil e do exterior em um evento totalmente segmentado, com expositores de diversos países.

"Sabemos o potencial que o pescado possui no Brasil, ainda por conta de um consumo muito abaixo da média mundial, cerca de 8%. No restante do mundo, aproximadamente 33% da proteína consumida é de pescado. Por esse motivo, a nossa estratégia é ampliar o nosso mix de produtos, queremos oferecer mais opções de pescados de qualidade para os brasileiros, mostrando que consumir pescado é prático, fácil, saboroso e, sobretudo, muito saudável", explica Thiago De Luca, CEO da Frescatto Company. Este ano, o empresário também assumiu a vice-presidência da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), para o triênio 2017-2019.

Sempre atenta ao mercado e as novas oportunidades, a Frescatto Company escolheu a APAS 2017 como cenário para o lançamento dos novos produtos das marcas Frescatto (Tradicional e Premium) e Buona Pesca. Os visitantes e supermercadistas poderão conferir as novidades através de degustações de deliciosas receitas feitas no estande durante a feira. Os novos pescados que serão apresentados são:
Os visitantes e supermercadistas poderão conferir as novidades através de degustações de deliciosas receitas feitas no estande durante a feira

Frescatto – Linha Tradicional

§ Lombo de Namorado ?embalagem de 500g (Lançamento)

§ Camarão Pitu ?embalagem de 400g (Lançamento)

§ Tentáculos de Polvo cozido ?embalagem de 400g (Lançamento)

Frescatto – Linha Premium

§ Lombo de Namorado (com 2 unidades) ?embalagem 450g (Lançamento)

§ Medalhão de Salmão, com SEIS unidades ?embalagem de 500g (Lançamento)

§ Carpaccio de Atum?porção de 100g (Lançamento)

§ Carpaccio de Salmão ?porção de 100g (Lançamento)

Buona Pesca

§ Porção de Salmão ?embalagem de 250g (Lançamento)

§ Kit Paella (lula, mexilhão, camarão e cação) – sache de tempero natural ?embalagem de 400g (Lançamento)

"Estamos com uma expectativa muito boa para a edição 2017 da APAS, acreditamos que teremos um aumento de 12% no número de visitantes ao nosso estande. A Frescatto tem conseguido ampliar sua atuação fora do Estado do Rio, principalmente em São Paulo. Somente nos primeiros meses de 2017, a empresa teve um crescimento de 13% no número de clientes, puxado por São Paulo, que obteve um aumento de 56”, destaca Thiago De Luca.

Frescatto: http://frescatto.com.br/

Maggi defende mais agregação de valor ao café brasileiro

Ministro diz, em evento da entidade, que o setor precisa ampliar a participação no mercado global de grãos especiais

Publicado em 27/04/2017 às 22:18h.
Por Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A cafeicultura brasileira pode aproveitar melhor as oportunidades para agregar valor ao produto e ganhar mais espaço no mercado internacional, disse o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta quinta-feira (27), durante a cerimônia da 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil, promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). “Se queremos uma agricultura forte, temos que ter uma cadeia forte. Assim deve ser com a cadeia da cafeicultura. Defendo o produtor dentro de um conjunto de uma cadeia produtiva.”

De acordo com Maggi, o Brasil tem condições de se tornar ainda mais competitivo no mercado global, porque tem café de qualidade e sustentável. “Somos o maior produtor mundial e maior exportador mundial em volumes. Mas quando vemos o capital que é gerado pela cafeicultura, notamos que ficamos muito atrás de países que não têm café. Que compram o café brasileiro, estocam, fazem blend com outros cafés e que vendem a preços muito superiores e qualidade de café diferenciado”.

Para o ministro, o setor deve dialogar mais e buscar convergências. “Precisamos conversar mais. Devemos mostrar ao produtor de café que, eventualmente, a vinda do grão diferente do brasileiro pode ser uma saída para a renda do produtor. O Brasil precisa se abrir, não pode ser um país fechado. Nós queremos vender carnes, automóveis, geladeiras, vender tudo, mas não queremos comprar nada. Este pensamento não está correto. O Brasil precisa se abrir um pouco mais”, ressaltou Maggi.

A postura mais arrojada do setor, avalia o ministro, também contribuirá para gerar mais renda e empregos para o país.

O ministro foi homenageado pela Abic com a Medalha Mérito Industrial do Café, em reconhecimento ao trabalho e à dedicação ao agronegócio brasileiro, com a modernização da estrutura do Ministério da Agricultura, possibilitando o melhor desempenho do setor nos mercados internos e externos.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, também recebeu a Medalha Mérito Industrial do Café. “Passou da hora de o Brasil investir pesado na agregação de valor do café e competir, por exemplo, com a Alemanha, que não cultiva o grão, mas é a maior exportadora dos processados”, destacou Pereira.

Campeões

A 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil contou a participação de 12 marcas: Barisly Café (SP), Bomblend Cafés (SC), Café do Guri (Algaborro/Chile), Café do Moço (PR), Café Rancheiro (GO), Duetto Café (PR), Grão Café (SP), Grupo 2 Irmãos (PR), Il Barista Cafés Especiais (SP), Jardins Café (PR), Mazzi Café/Café Baronesa (PR), San Babila Café (SP) e Villa Café (MG). Esses cafés estarão à disposição dos consumidores em supermercados e lojas gourmet e também em portais de e-commerce e nos próprios sites das empresas.

O Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, disputados por lotes produzidos no Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Bahia, teve como produtor campeão o cafeicultor José Alexandre Abreu de Lacerda. O seu microlote, produzido no Sítio Pedra Menina, no município capixaba de Dores do Rio Preto, obteve a nota final de 8,60 pontos (em uma escala de 0 a 10), resultado da soma da pontuação obtida nos júris técnico e popular e no quesito sustentabilidade.

“Receber um prêmio como esse é muito importante para nós, que somos produtores focados em fazer cafés especiais. É um reconhecimento e a coroação de um trabalho que você faz dentro da propriedade. Você ter o resultado de um café eleito pela Abic mostra que está no caminho certo e que deve continuar nesse rumo”, comemorou José Alexandre.

Já no leilão dos lotes finalistas, o Grupo Café do Moço, do Paraná, foi campeão nas três categorias: Diamante (maior investimento em qualidade), Ouro (maior valor pago por saca e compra mínima de 4 sacas) e Especial (maior lance por saca na categoria Microlote).

Para Leo Moço, do Grupo Leo Moço, é muito importante estar presente em um evento de qualidade de café. “Mostra que estamos investindo em qualidade e sinalizando ao mercado que o caminho é esse: podemos pagar e vender com valor agregado.”

Os cafés especiais representam 4 milhões de sacas, cerca de 8% da produção nacional, estimada em 50 milhões de sacas do grão nesta temporada.

Setor de embalagens é destaque na Fispal Tecnologia

27/04/2017 – Quinta-Feira

A maior feira da indústria de Alimentos e Bebidas da América Latina, que acontece em junho, em São Paulo, terá o exclusivo ‘Lounge ABRE da Embalagem’

A Fispal Tecnologia, Feira Internacional de Tecnologia para as Indústrias de Alimentos e Bebidas, realizada pela Informa Exhibitions, entre os dias 27 e 30 de junho de 2017, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, reconhecerá a importância das embalagens com um espaço exclusivo aos profissionais do setor. Batizado de “Lounge ABRE da Embalagem”, a iniciativa é uma parceria com a Associação Brasileira da Embalagem (ABRE).

“Buscamos a parceria com a ABRE para somar esforços e potencializar a presença de empresas da área de embalagens. Nada mais justo do que disponibilizar esta facilidade para os visitantes da Fispal Tecnologia, tendo em vista que a embalagem é o cartão de visita dos produtos, é a vitrine da indústria de A&B”, declara Clélia Iwaki, diretora da feira.

O Lounge é destinado aos especialistas que atuam nessa importante área que movimentou R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2016. Seu principal objetivo é reunir os profissionais que atuam em agências responsáveis pela criação de peças até pequenos e médios fabricantes, potencializando a troca de informações, apresentação de tendências e soluções para o segmento.

“O desenvolvimento do setor visa atender cada vez melhor a sociedade, e entendemos que momentos como feiras de negócios propiciam a integração da cadeia produtiva com vistas a desenvolver melhores soluções. Esperamos que o Espaço ABRE da Embalagem contribua para a participação de mais empresas na feira Fispal Tecnologia 2017 e que ao mesmo tempo acolha aqueles que buscam soluções e parcerias”, comenta Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE.

Prêmio consagrará melhores embalagens do país

Junto à 33ª Fispal Tecnologia, ocorrerá a 17ª edição do Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira, eleição que consagra as melhores embalagens do Brasil. Uma comissão julgadora formada por grandes profissionais do setor analisará características como qualidade, inovação e criatividade, design gráfico e estrutural, tecnologia e marketing para selecionar os vencedores em seis módulos diferentes. Os visitantes e expositores da feira também poderão participar elegendo a melhor embalagem na categoria “Voto Popular”.

“Esse prêmio já é uma referência para o setor e a participação do público contribui ainda mais para isso. A opinião dos participantes da Fispal Tecnologia é muito importante e qualificada para consagrar as embalagens que realmente se destacaram no mercado”, explica Clélia Iwaki, diretora da feira.

O Lounge da Embalagem receberá também o Circuito ABRE de Palestras, que contará com aproximadamente 25 apresentações de até 20 minutos de associados da Entidade. A participação é aberta aos visitantes durante todos os dias da feira, não sendo necessária a realização de inscrição prévia.

Mais informações sobre a Fispal Tecnologia…

Fonte: SD&Press Consultoria

STJ mantém multa à Sadia por publicidade infantil

Além de abusiva, o STJ considerou ilegal a comercialização e venda casada de produtos e brindes, de acordo com o artigo 39, I, do CDC

Em março de 2016, corte já havia dado decisão histórica sobre campanha dirigida a crianças envolvendo a Bauducco. Para comemorar um ano do julgamento, Idec lança publicação sobre o tema.

Pela segunda vez em um ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a abusividade de campanhas publicitárias dirigidas a crianças. Na tarde de ontem (25), a Segunda Turma da corte manteve a multa de quase R$ 500 mil aplicada pelo Procon-SP à Sadia, devido a campanha "Mascotes", de 2007.

Veiculada durante os Jogos Pan Americanos do Rio, a campanha incentivava os consumidores a juntarem cinco selos de cores diferentes obtidos nas embalagens de seus produtos, e a pagarem mais R$ 3 para obterem uma das cinco versões do mascote da Sadia em pelúcia.

Além de abusiva, o STJ considerou ilegal a comercialização e venda casada de produtos e brindes, de acordo com o artigo 39, I, do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A decisão de ontem reverteu o entendimento anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que havia suspendido a multa aplicada à Sadia por entender que a campanha observava os limites da livre concorrência. A ação judicial teve a atuação do Procon-SP e representação do Instituto Alana, por meio de seu projeto Criança e Consumo.

"O STJ já havia nos brindado com o primeiro precedente que considera abusiva a publicidade de alimentos destinada ao público infantil. Um ano depois, reforça esse entendimento. São decisões alinhadas com a tendência mundial de promoção de políticas de combate à crescente taxa de obesidade infantil no Brasil e no mundo", destaca o advogado do Idec Flavio Siqueira.

Publicação celebra decisão do STJ

Hoje (26), o Idec lança a publicação Direitos sem ruído: A histórica decisão do STJ sobre publicidade de alimentos dirigida à criança, para celebrar um ano da primeira decisão da corte que proibiu a publicidade de alimentos ultraprocessados direcionada à criança, contra a Bauducco.

Em março de 2016, o STJ julgou como ilegal a publicidade da campanha É hora de Shrek, de 2007, que estimulava as crianças a juntar embalagens de biscoitos da marca e pagar mais R$ 5 para ganhar um relógio exclusivo.

O evento de lançamento acontece no Espaço Cultural do STJ, em Brasília (DF), às 18h30, com um breve debate sobre publicidade infantil com os ministros Humberto Martins, Assusete Magalhães, Campbell Marques e Herman Benjamin da Segunda Turma do STJ que decidiram o caso. A apresentadora e chef de cozinha Bela Gil também é uma das participantes.

A publicação, realizada pelo Idec com o apoio da Bloomberg Philanthropies, apresenta a decisão do STJ sobre o caso Bauducco e traz comentários dos ministros que julgaram a ação. Com texto em português, inglês e espanhol, o Idec pretende que a decisão influencie inclusive outros países no combate à publicidade infantil.

"A obesidade infantil é um problema global e temos muito trabalho pela frente. Todos nós – organizações da sociedade civil, empresas, governo, Poder Judiciário – temos a responsabilidade de proteger nossas crianças e buscarmos uma sociedade que observe as leis de proteção aos consumidores contra práticas abusivas das empresas", conclui Siqueira.

ESPCA em Engenharia Reversa de Alimentos Processados tem 100 vagas

28 de abril de 2017

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Estão abertas, até 15 de maio de 2017, as inscrições para a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Engenharia Reversa de Alimentos Processados. O curso será realizado entre 25 de setembro e 4 de outubro na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas.

O evento, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), oferece 100 vagas para alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores das áreas de Ciência, Tecnologia e Engenharia de Alimentos, Nutrição e Bioquímica da Nutrição, sendo 50 delas para brasileiros e 50 para estrangeiros.

Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios oferecidos são passagens aéreas e diárias na cidade que sediará a escola.

O curso tem por objetivo abordar considerações epidemiológicas e os prós e contras de alimentos processados, além de dar fundamentos para a concepção e o desenvolvimento de alimentos processados tendo como principal função a promoção da saúde no longo prazo.

“É um assunto muito em voga hoje em dia. Tem-se falado mal de alimentos processados. Nossa ideia é mostrar como processar o alimento conhecendo aspectos epidemiológicos e de processos, de maneira que ele possa inclusive ser usado para tratar doenças crônicas”, disse Miriam Dupas Hubinger, professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e organizadora do evento.

Hubinger explica que, para isso, o curso começa abordando bioquímica nutricional, microbioma e depois foca em processos. “Vamos tratar sobre como o uso de processos da indústria de alimentos contribui para formular alimentos que sejam mais saudáveis para a população em geral”, disse.

Além de palestras com pesquisadores renomados do Brasil, Dinamarca, Portugal, Estados Unidos e Nova Zelândia, haverá demonstração dos sistemas TIM/SHIME (simuladores gastrointestinais) para a metabolômica e geração de dados para a caracterização da microbiota.

Com isso, engenheiros de alimentos e jovens pesquisadores poderão conhecer novos métodos biomoleculares e sistemas que simulam o intestino humano para resolver mais efetivamente problemas clássicos na busca por ingredientes, aditivos e protocolos de processos mais seguros e duradouros.

Serão discutidas também estratégias de processamento para minimizar inconvenientes e aumentar os benefícios de alimentos processados, bem como novas estratégias para aumentar a saciedade e melhorar a biodisponibilidade nutricional.

Haverá ainda palestra sobre neurociência e a análise sobre os motivos que levam as pessoas a gostar tanto de alimentos doces.

Inscrições e mais informações: www.espca.extensao.fea.unicamp.br.

Alimentos artificiais e a volta às origens: as oportunidades estarão no mundo dos extremos?

O grupo de pessoas para em frente à ordenha das vacas. É uma fazenda típica da Califórnia: milhares de vacas confinadas, altíssima eficiência, uma verdadeira fábrica de produção de leite, da maneira necessária para alimentar, com custo competitivo, padronização e qualidade, os 9 bilhões de habitantes que o mundo terá em alguns anos. Um exemplo do sucesso da produção de alimentos que caracterizou os avanços do século XX.

Uma consumidora, sabendo da minha especialidade na cadeia do leite, comenta com suspeição que aquela indústria, na esteira da eficiência, produz uma montanha de dejetos; gera odor desagradável; mantém as vacas em ambientes confinados e separa os recém-nascidos de suas mães (um argumento forte em especial para mulheres, por razões óbvias). Ela fica ainda mais descrente daquilo tudo ao saber que a taxa de descarte passava de 40% ao ano. Em outras palavras, as vacas viravam carne em média apenas 2,5 anos após terem iniciado sua vida produtiva. Depois disso, não serviam mais ao sistema.

Figura 1 – Fazenda produtiva da Califórnia.

Para quem atua na cadeia produtiva, essa visão soa quase irreal: as vacas são bem tratadas, caso contrário não teriam o desempenho produtivo que têm; as propriedades como aquela têm forte compromisso ambiental (esta inclusive tinha uma grande área para geração de energia via painéis solares), com tratamento de dejetos e tendo que cumprir rígidos programas de conduta ambiental; e que o descarte precoce dos animais era a maneira mais eficiente de reduzir os custos de produção e facilitar o acesso a mais pessoas ao nobre alimento.

Mas esses são argumentos racionais, ou de quem vive o negócio. O problema é que o consumidor tem suas percepções, cientificamente corretas ou não, influenciadas por uma infinidade de fontes de informação. Mais do que isso, estas percepções são influenciadas também pela maneira como o consumidor se vê ou quer se ver no mundo. Se ele se considera uma pessoal legal, vai ficar mais feliz consigo se comprar um produto feito por um pequeno produtor familiar, em que as vacas pastam “felizes”, caso assim veja o mundo, influenciado pelo entorno. Irá querer consumir algo que tenha um significado maior do que a combinação de proteínas, minerais, vitaminas, carboidratos e gorduras. Mesmo que custe mais caro. Vale a máxima de que você é, afinal, o que você come.

Logicamente, isso soa distante quando ainda temos uma parcela enorme de pessoas no mundo com pouco acesso a alimentos em quantidade e qualidade mínimas. Mas, por outro lado, é inegável que este processo existe e pode ser fonte de valor para muitos que captarem a oportunidade. Também, vale aqui recordar o filósofo romano Cícero que, há 2.000 anos, cunhou a célebre frase: “os eventos futuros projetam sua sombra muito antes”. Convém não ignorar.

Essas mudanças, evidentemente, não afetam apenas a produção, mas também – e talvez principalmente – o processamento de alimentos e o valor das marcas das empresas. E já geram consequências.

Um interessante estudo produzido pela consultoria Deloitte, em 2016, mostrou que, ao invés de valorizar principalmente preço, performance e sabor, os novos direcionadores de consumo envolviam cada vez mais transparência, cidadania corporativa, saúde e bem-estar e segurança. É uma mudança e tanto! Mais e mais, as pessoas estão buscando consumir de empresas que têm, efetivamente, um propósito maior do que lucrar e crescer.

Os impactos são grandes. No âmbito da produção, os profissionais de ciências agrárias e veterinárias ou os cientistas e engenheiros de alimentos foram treinados com a missão de produzir algo gostoso, com preço competitivo e com o desempenho proposto. De repente, isso não é mais suficiente, e o que é necessário está bem além de suas atribuições ou competências. Do lado do negócio, mais ainda. A própria indústria de alimentos baseou-se no tripé escala/padronização/qualidade com eficiência para crescer.

O estudo revela ainda um ponto muito interessante: o conceito do que significa um atributo pode mudar ao longo do tempo. O exemplo é a saudabilidade. No passado, a composição nutricional adequada era sinônimo de saudável, mesmo que essa composição fosse obtida através da adição de diversos ingredientes externos. Essa visão está mudando. O novo paradigma de consumo trabalha o conceito de quanto menos ingredientes, quanto menos processamento, quanto mais próximo da origem, melhor e mais saudável.

Figura 2 – Menos é mais.

É, de fato, uma espécie de volta às origens, em que o consumidor refuta a industrialização excessiva, as longas cadeias de fornecimento e a falta de transparência a respeito de como o alimento é feito (parêntesis: episódios como a Operação Carne Fraca são um forte anabolizante para essa tendência, contribuindo também para que o consumidor tenha cada vez menos tolerância com as eventuais falhas neste tipo de produção).

E, claro, isso repercute nas grandes corporações de alimentos. O mesmo estudo mostra que as 25 maiores empresas de alimentos do mundo, entre 2009 e 2013, tiveram crescimento marginal, de apenas 1% ao ano, contra 4,9% de empresas menores, com marcas diferenciadas e que, possivelmente, compensam o menor poderio com uma maior aderência aos novos direcionadores.

É fácil agora perceber que o pensamento da consumidora na fazenda californiana não é isolado nem está descontextualizado, ao contrário: segue uma linha que conversa com essa nova visão do consumo, em que preço e qualidade básica não são mais suficientes. O produto final não basta; é preciso ver como foi produzido, e por quem.
Como lidar com esse cenário? Enfrentar a visão do consumidor, insistindo que está “equivocado”? Ou adaptar-se, captando as oportunidades? O que as grandes corporações podem efetivamente fazer? Perguntas difíceis…

Para tornar a análise um pouco mais complexa do que isso, vamos nos transportar agora para o Vale do Silício: San Francisco, sede do Google Developers Launchpad. Para incredulidade dos participantes do evento de imersão em AgTechs, um jovem, sócio da Ava Winery, desafia os participantes dizendo que irão produzir em laboratório qualquer tipo de vinho, qualquer safra, a preços competitivos. Quer um Chateau Petrus 1982? Sem problemas. Afinal, como ele disse, o vinho é uma combinação de moléculas. Basta recriá-las (e, certamente, a tecnologia e o conhecimento para isso só aumentarão) e, voilà, tem-se o produto genérico, que você poderá beber até comendo um hambúrguer de fast food.

Este não é o único exemplo de comidas de laboratório; quem já comeu o Impossible Burger me jurou que o produto parece mesmo carne, apesar de ser feito de vegetais. Não se engane: vem aí uma onda de alimentos genéricos, ou seja lá como os chamaremos. O que isso vai virar, ninguém sabe. As pessoas irão querer realmente consumir em seu dia a dia produtos como esses, ou ficará somente no campo da curiosidade?

Figura 3 – Alimentos de laboratório (Google Developers Launchpad).

Não sei. De qualquer forma, vale refletir: mundo interessante, esse! De um lado, um processo de volta às origens, de processamento mínimo, de conhecer o produtor, como os antigos faziam. De outro, o cúmulo da artificialidade: a comida feita em laboratório. Ambas tidas como vertentes de futuro. Ambas buscando algo novo, de formas muito distintas.

Porém, há uma linha que relaciona as tendências aparentemente opostas: fazer o bem. No primeiro caso, para os animais, para as famílias, para as comunidades e para o ambiente (o que é simplista, já que há estudos mostrando que a produção industrial gera normalmente menor pegada de carbono por unidade produzida do que as menos intensivas); no segundo, para os animais (que passam a não ser explorados) e para o ambiente, já que se usaria menos água e outros recursos.

Tudo isso gera incertezas e ameaças (e oportunidades, para quem estiver do lado certo da tendência ou souber se reinventar). É um cenário complexo e novo, em que as bases do crescimento da indústria de alimentos nos últimos 100 anos serão muito desafiadas. Certamente, teremos espaço para novos vencedores neste ambiente, seja com novas propostas de valor, seja modelos de negócio disruptivos, ou seja com propósitos mais alinhados com o que deseja o consumidor. Tempos sem dúvida interessantes!

(Estive no evento AgTech Immersion Program – Seeds of Our Future, realizado no Vale do Silício. Fui com o intuito de conhecer o ecossistema de startups, com foco no agronegócio. A AgriPoint está participando de um novo negócio – a AgTech Garage, que será um ponto de apoio e conexão para a inovação no agro).

Saiba mais sobre o autor desse conteúdo

Marcelo Pereira de Carvalho Piracicaba – São Paulo

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.