Cientistas afirmam ter eliminado pela primeira vez vírus do HIV em animais vivos

Cientistas da Escola de Medicina Katz Lewis, da Universidade de Temple, em conjunto com pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, conseguiram pela primeira vez na história eliminar o HIV de animais vivos.

Para o estudo, publicado na última quarta-feira (3), na revista especializada "Molecular Therapy", foram utilizados três modelos diferentes de animais, dentre eles um grupo de ratos que passou por transplantes para receber células humanas imunes e outro para receber células infectadas com o vírus.

Os pesquisadores demonstraram através dos testes que a replicação do DNA do HIV é capaz de ser freada, eliminando assim o vírus através de uma tecnologia que age diretamente sob a fase edição de genes.

"Nós comprovamos estudos anteriores sobre a eficácia da estratégia da edição de genes. Nós mostramos que essa estratégia é eficaz em dois modelos de ratos, um representando infecção aguda e outro representando infecção crônica ou latente", escreveu Dr Wenhui Hu, cientista que liderou as pesquisas.

O sucesso em roedores foi tanto que os pesquisadores estudam agora avançar as pesquisas e realizar testes em animais mais próximos ao ser humano. "O próximo passo seria repetir o estudo em primatas, um animal mais adequado no qual a infecção por HIV levar a doenças, a fim de demonstrar ainda mais a eliminação do DNA do vírus", completou o também membro da pesquisa Dr Kamel Khalili.

Expectativa alta

por Lauro Jardim
04/05/2017 14:35

João Alves de Queroz Filho, o Junior, dono da Hypermarcas, não quer avançar com qualquer negociação de venda da empresa agora.

Prefere deixar a economia voltar a crescer. Mas aos mais próximos diz que não vende sua mina de ouro por menos de R$ 25 bilhões.

Novo teste internacional indica 40% de contaminação em medicamento para leucemia importado pelo governo

Hospital já havia pedido um exame no produto. Ministério da Saúde passou a importar produto fabricado por um laboratório chinês e especialistas criticam eficácia.

Por Jornal Hoje

04/05/2017 13h33

O teste encomendado pelo Centro Boldrini, referência na América Latina no combate ao câncer infantil, para verificar a eficácia da Leuginase – medicamento chinês importado pelo Ministério da Saúde desde o início do ano para tratamento da Leucemia Linfóide Aguda (LLA) – apresentou resultados preocupantes para os pacientes. O laudo obtido com exclusividade pelo Jornal Hoje, da TV Globo, apontou que 40% do produto está contaminado por proteínas, o que, segundo especialistas, não garante a eficiência do remédio.

O exame foi realizado por um laboratório americano e é o segundo teste no medicamento encomendado pelo hospital.

De acordo com a oncologista e presidente do Boldrini, Silvia Brandalise, a quantidade de proteína presente na Asparaginase, que era o remédio importado pelo Ministério da Saúde antes da troca para o produto chinês, é de 0,5%, o que comprova a tese do hospital de que a Leuginase não possui eficácia suficiente para ser aplicada em crianças. O primeiro teste encomendado pelo centro, feito pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), já havia apontado que o produto apresenta 398 impurezas.

O medicamento é essencial para o combate da LLA, que atinge principalmente crianças e jovens. Por conta da falta de comprovação de eficácia, o Boldrini optou por não usar o medicamento chinês e decidiu importar a Asparaginase por conta própria, já que o estoque fornecido pelo governo federal acabou na última semana. No entanto, os 18 frascos que foram comprados ainda não chegaram e pelo menos 40 crianças que vão iniciar o processo podem ter o tratamento prejudicado.

De acordo com especialistas, cerca de 4 mil crianças precisam de um componente chamado asparagina, que tira o alimento das células malignas da LLA. Até o início deste ano, o Ministério da Saúde importava a Asparaginase de laboratórios alemães e americanos, cuja eficiência é de 90% e possui apenas três impurezas, segundo testes. No entanto, o impasse começou quando, no início do ano, a pasta decidiu comprar o remédio do fabricante chinês.

"O que esse medicamento vai causar no ser humano é preocupante. Pode ser toxidade, pode ser reações ao efeito do medicamento. É muito complicado, então nós não podemos usar um medicamento que o que ele vai causar na criança ainda é muito obscuro", disse o médico do Boldrini José Yanes.

Importação por conta

O Boldrini, que se mantém através de doações, vai tentar conseguir recursos para a compra de 100 frascos por mês do remédio, o que daria uma despesa de R$ 500 mil mensais para obter os produtos. A previsão é que os primeiros frascos cheguem nesta semana.

“A possibilidade de usar a Leuginase está descartada. Vamos importar o remédio que nós temos certeza da eficácia por conta própria. Já importamos 18 frascos, que ainda não chegaram por conta da burocracia brasileira para a importação de medicamentos. Mas vamos aguardar chegar e buscar ajuda para importar mais frascos. A criança brasileira não pode ser usada para testar um medicamento que não existe estudos sobre os efeitos que ele tem”, disse Silvia.

Ministério da Saúde, Anvisa, Laboratório

O Ministério da Saúde informou que um novo teste no medicamento também será feito pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e que a asparaginase chinesa já é usada em 11 estados brasileiros (Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e São Paulo). De acordo com a pasta, até agora, não houve nenhum efeito diferente do esperado.

Além disso, o Ministério da Saúde afirmou, em nota enviada ao G1, que "a compra deste ano seguiu os mesmos critérios técnicos e embasamentos científicos dos anos anteriores". Já o LNBio também emitiu um comunicado onde explica que os testes realizados no remédio são "preliminares e não conclusivos".

A empresa uruguaia Xetley S.A, representante do laboratório Beijing SL Pharmaceutical – fabricante da Leuginase – disse que vai aguardar o resultado da análise da Fiocruz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do medicamento pelo Ministério da Saúde, mas informou que a responsabilidade da qualidade do produto é do importador.

Roche anuncia resultados positivos do estudo de fase III

Com novo tratamento para pacientes pediátricos com hemofilia A. Estudo HAVEN 2 mostrou que a profilaxia com emicizumabe reduziu o número de episódios de sangramento em crianças com hemofilia A e inibidores contra o Fator VIII.

São Paulo — A Roche, líder mundial em biotecnologia, anuncia os resultados parciais para o estudo de fase III HAVEN 2, que analisa a profilaxia com emicizumabe em crianças com menos de 12 anos de idade com hemofilia A e inibidores contra o Fator VIII – proteína necessária para ativar o processo natural da coagulação sanguínea. O emicizumabe é um anticorpo monoclonal que age como substituto do fator deficiente e é administrado de forma subcutânea uma vez por semana.

Após cerca de 12 semanas de tratamento, a profilaxia com emicizumabe demonstrou redução clinicamente significativa no número de episódios de sangramento no decorrer do estudo. Esses resultados são consistentes com o estudo de fase III, HAVEN 1, em adultos e adolescentes maiores de 12 anos de idade com a mesma patologia, no qual a terapia com o fármaco também revelou uma considerável diminuição na quantidade de episódios de sangramento, quando comparado à ausência de profilaxia ou à profilaxia prévia com agentes de “bypass”, fatores de coagulação usados no tratamento de pacientes com hemofilia A que desenvolvem inibidores contra o Fator VIII.

“O tratamento da hemofilia A com inibidores contra o Fator VIII é especialmente desafiador para crianças e seus cuidadores, uma vez que é difícil controlar o sangramento e os tratamentos atuais exigem infusões intravenosas frequentes”, disse a Dra. Sandra Horning, diretora médica e chefe de desenvolvimento global de produtos da Roche. “Estamos animados que a profilaxia subcutânea com emicizumabe, administrado semanalmente, demonstrou uma importante redução no número de sangramentos em crianças e estamos satisfeitos em compartilhar esses resultados com a comunidade”. O HAVEN 2 é o segundo estudo de fase III a mostrar resultados no programa de desenvolvimento clínico de emicizumabe, o que reflete o compromisso da Roche em abordar necessidades clínicas não atendidas no tratamento da doença. Os dados desse estudo e do, HAVEN 1, serão apresentados no próximo encontro anual da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH), principal congresso médico dessa especialidade, e às autoridades regulatórias, para aprovação. Outros dois estudos de fase III de emicizumabe estão em andamento, são eles: . HAVEN 3, avalia a profilaxia com emicizumabe administrado uma vez por semana ou uma vez a cada 15 dias em pessoas com 12 anos de idade ou mais com hemofilia A sem inibidores;

.HAVEN 4, analisa a profilaxia com emicizumabe administrado a cada quatro semanas em pessoas com 12 anos de idade ou mais com hemofilia A com ou sem inibidores contra o Fator VIII.

Como parte desse compromisso, a Roche tem orgulho de apoiar a Federação Mundial de Hemofilia (World Federation of Hemophilia) e a comunidade global de distúrbios hemorrágicos, na qualidade de patrocinadoras do Dia Mundial da Hemofilia. Para saber mais sobre o assunto, visite http://www.wfh.org/en/whd.

HAVEN 2 (NCT02795767) — O HAVEN 2 é um estudo de fase III, multicêntrico e aberto que visa avaliar a eficácia, a segurança e a farmacocinética da administração subcutânea de emicizumabe uma vez por semana. A análise interina, após uma mediana de 12 semanas de tratamento, incluiu 19 crianças com menos de 12 anos de idade com hemofilia A e inibidores contra o Fator VIII de coagulação, que necessitam de tratamento com agentes de “bypass”. Os objetivos do estudo foram avaliar: o número de episódios de sangramento ao longo do tempo com profilaxia com emicizumabe, a segurança, a farmacocinética, a qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL) e a HRQoL avaliada por um representante do paciente, com cargo de cuidador. O estudo incluirá, no total, pelo menos 60 crianças para sua análise final planejada após 52 semanas de tratamento com emicizumabe.

HAVEN 1 (NCT02622321) — O HAVEN 1 é um estudo de fase III, multicêntrico, aberto e randomizado que avalia a eficácia, a segurança e a farmacocinética da profilaxia com emicizumabe versus tratamento sob demanda com agentes “bypass” em pessoas com hemofilia A e inibidores contra o Fator VIII. O estudo incluiu 109 pacientes de 12 anos de idade ou mais, que haviam sido previamente tratados com agentes de “bypass” de modo profilático ou nos episódios de sangramento (tratamento sob demanda). Os pacientes previamente tratados com agentes “bypass” sob demanda foram randomizados na proporção de 2:1 para receberem profilaxia com emicizumabe (grupo A) ou terapia com agentes “bypass” sob demanda (grupo B). Os pacientes previamente tratados profilaticamente com agentes “bypass” receberam profilaxia com emicizumabe (grupo C). O protocolo permitia o uso de agentes “bypass” para tratamento de novos episódios de sangramento. O desfecho primário do estudo foi o número de episódios de sangramento ao longo do tempo, comparando-se a profilaxia com emicizumabe (grupo A) a terapia com agentes “bypass” sob demanda (grupo B). Os parâmetros secundários incluíram a frequência de todos os sangramentos, a frequência de sangramentos articulares, de sangramentos espontâneos, de sangramentos em articulações alvo, a qualidade de vida relativa à saúde (HRQoL) / o estado de saúde, a comparação intrapaciente na frequência de sangramento durante o esquema profilático prévio com agentes “bypass” (grupo C) e a segurança.

Sobre emicizumabe (ACE910)— O emicizumabe está sendo avaliado em estudos pivotais de fase III em pessoas de 12 anos de idade ou mais, com e sem inibidores contra o Fator VIII, e em crianças abaixo dos 12 anos de idade com inibidores contra o Fator VIII. Os futuros estudos avaliarão esquemas posológicos de menor frequência. O programa de desenvolvimento do emicizumabe avalia o potencial do medicamento para vencer os atuais desafios clínicos, como a alta frequência das infusões, via de administração e o desenvolvimento de inibidores contra o Fator VIII. O emicizumabe foi criado pela Chugai Pharmaceutical Co., Ltd. e está sendo co-desenvolvido por Chugai, Roche e Genentech.

A hemofilia A é um transtorno grave, na maioria das vezes, hereditário, no qual o sangue não coagula adequadamente, o que leva a sangramentos de difícil controle e, frequentemente, espontâneo. A hemofilia A afeta cerca de 320 mil pessoas em todo o mundo, das quais aproximadamente 50% a 60% têm uma forma grave da doença. Pessoas que sofrem de hemofilia A têm falta total ou quantidade insuficiente de uma proteína da coagulação chamada Fator VIII. Na pessoa saudável, quando ocorre um sangramento, o Fator VIII liga os fatores de coagulação IXa e X, uma etapa crítica para a formação do coágulo sanguíneo que ajuda a interromper o sangramento. Uma complicação grave do tratamento é o desenvolvimento de inibidores contra o Fator VIII usado na terapia de reposição. Os inibidores são anticorpos que o sistema imunológico do organismo desenvolve e que se ligam ao Fator VIII reposto, bloqueando sua eficácia e dificultando ou mesmo impossibilitando a obtenção de um nível de Fator VIII suficiente para controlar o sangramento.

A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas. Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível.

É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central. É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Vinte e nove medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer. Pelo oitavo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável do grupo Indústria Farmacêutica, Biotecnologia e Ciências da Vida pelos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).

Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2016, empregou mais de 94.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 9,9 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 50,6 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche. A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão. | www.roche.com.br.

Aché lança nova apresentação de Leucogen

Quinta, 04 Maio 2017 14:54 Escrito por Renata Lopes

Presente há mais de 30 anos no mercado brasileiro, Leucogen é um medicamento usado para estimular o sistema imunológico e aumentar a defesa do organismo contra infecções. Única timomodulina do mercado brasileiro, Leucogen está disponível em xarope para as crianças e cápsulas para adultos.

Para promover a adesão ao tratamento por meio da ampliação do acesso aos pacientes, o Aché cumpre sua missão de levar mais vida às pessoas e lança a apresentação com 30 cápsulas pelo mesmo preço da apresentação com 20, que deixará de ser comercializada. A mudança representa uma redução de 33% no preço do tratamento mensal.

Indicado principalmente por pediatras para crianças que apresentam infecções recorrentes, Leucogen é líder de mercado em unidades desde 2011, líder em prescrição desde 2012 e é o 18º produto de maior receita do Aché em 2016.

O produto disputa um mercado que movimentou 86 milhões de reais em 2016 com 1,12 milhão de unidades vendidas. Líder de mercado, o medicamento foi responsável por 63,46% deste movimento e vendeu 650 mil unidades.

Leucogen – nova apresentação com 30 unidades
Princípio ativo: timomodulina
Apresentação: Leucogen é destinado ao tratamento e prevenção de infecções das vias respiratórias, como auxiliar na doença infecciosa, viral e bacteriana, para deficiência da formação de anticorpos.
Registro MS: 1.0573.0062
PMC (ICMS 18% SP): 80mg com 30 cápsulas: R$ 140,53
CAC Aché: 0800-701-6900

Sobre o Aché Laboratórios

O Aché é uma empresa 100% brasileira com mais de 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Londrina (PR) e participação na Melcon do Brasil, no Laboratório Tiaraju e na Bionovis, joint-venture brasileira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. Emprega 4.600 colaboradores e possui uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Para atender às necessidades dos profissionais da saúde e consumidores, o Aché oferece um portfólio com 326 marcas em 804 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e biológicos. Ao todo, são 142 classes terapêuticas e 25 especialidades médicas atendidas. Com a internacionalização, a empresa fechou acordo de exportação para 20 países das Américas, África e Ásia.

Em 2016 e 2015, o Aché ficou em 1º lugar na categoria Farma e Life Science do prêmio Inovação Brasil do jornal Valor Econômico, em parceria com a consultoria Strategy&. Também em 2016, foi reconhecido como o 1º do setor farmacêutico nas dimensões Desempenho Financeiro e Responsabilidade Socioambiental, no anuário Época Negócios 360º – As Melhores Empresas do Brasil, e conquistou o 1º lugar na categoria Indústria Farmacêutica na 14ª edição do estudo Empresas que Mais Respeitam o Consumidor. Em 2015 e 2016, conquistou a 1ª colocação do setor no Prêmio Empresas Mais, pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), ligada à Universidade de São Paulo.

O propósito da companhia é gerar e compartilhar valor com seus diferentes públicos, levando mais vida às pessoas onde quer que elas estejam, para que possam viver mais e melhor.

Anvisa tem registro recorde de medicamentos

Agência concedeu 882 registros de medicamentos em 2016, enquanto em 2014 foram 366 registros.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 03/05/2017 16:31
Última Modificação: 03/05/2017 17:39

Em três anos, a Anvisa mais que dobrou o número de registros de medicamentos e produtos biológicos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs). No ano passado, 2016, a Agência concedeu 882 registros, contra 366 no ano de 2014. A agilização da análise desses produtos manteve um ritmo constante, com 773 novos produtos registrados em 2015.

Os dados sobre registros de medicamentos e de produtos biológicos e de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) estão publicados no Relatório de Atividades da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa.

A Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) é a área da Anvisa responsável por insumos farmacêuticos ativos, medicamentos, produtos biológicos, sangue, tecidos, células e órgãos, pela anuência prévia nos pedidos de patentes de produtos e processos farmacêuticos e pela coordenação das atividades da Comissão da Farmacopeia Brasileira.
Tecnologia

Do ponto de vista da inovação e da tecnologia aplicada à saúde, entre os registros concedidos pela Anvisa nas categorias medicamentos novos, produtos biológicos novos e radiofármacos destacam-se 15 (quinze) produtos destinados ao tratamento de pacientes com câncer. Ou seja, para esta doença tão desafiadora foram desenvolvidos 40% dos novos medicamentos autorizados pela Anvisa em 2016.

Ainda no campo da inovação, na categoria dos medicamentos genéricos, 28 deles foram produzidos com substâncias ativas inéditas.
Fila de registro

Outro dado positivo foi a atuação da Anvisa na avaliação de solicitações de priorização de análise.

A priorização de análise é um instrumento regulatório que possibilita a redução drástica do tempo de fila e reduz o prazo necessário para a avaliação de petições de interesse público. No ano de 2016 foram avaliadas 428 solicitações de priorização de análise, das quais 266, ou seja, 62% foram deferidas pela Anvisa.

A revisão dos critérios de priorização, realizada em 2014, aumentou o escopo das petições priorizadas e tem impactado a capacidade da área de Medicamentos da Anvisa em atender petições não priorizadas.
Painel

Junto com o Relatório de Atividades da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, a área publicou um painel contendo outros dados e comparações com anos anteriores. O painel destaca o crescente número de ensaios clínicos autorizados no Brasil, de usos compassivos autorizados e de anuência em patentes.
Atendimento

De acordo com os números apresentados no Relatório também houve uma melhoria sensível nos atendimentos realizados pela Gerência-Geral de Medicamentos por meio dos canais de comunicação da Anvisa com a sociedade, Anvisa Atende e Ouvidoria, com 97% dos atendimentos dentro do prazo legal.

A área de Medicamentos respondeu a 21.094 demandas do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), em 2016. O Sistema e-SIC recebe questionamentos da população sobre órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.

Quanto ao atendimento presencial ao setor regulado, a Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED) realizou 814 agendamentos no parlatório da Anvisa em 2016.

O Relatório traz, ainda, a apresentação dos principais desafios e perspectivas para o ano de 2017.

Anvisa aprova o uso de Votrient® (cloridrato de pazopanibe), da Novartis, para tratamento de sarcoma de partes moles

Quarta, 03 Maio 2017 14:25 Escrito por Caroline Ferreira

A aprovação considerou os dados do estudo PALETTE, onde o uso de pazopanibe triplicou a sobrevida livre de progressão em comparação ao uso do placebo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 27 de março de 2017 o uso do medicamento Votrient® (cloridrato de pazopanibe) para tratamento de pacientes adultos com subtipos específicos de sarcoma de partes moles (STS) avançado, que receberam quimioterapia prévia para doença metastática ou que tenham progredido dentro de 12 meses após a terapia neoadjuvante ou adjuvante.

O medicamento já estava disponível no Brasil para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais (RCC) desde 2011.

Comercializado pela farmacêutica suíça Novartis, Votrient® representa uma nova opção terapêutica para o tratamento do sarcoma de partes moles conforme indicação descrita na bula.

A aprovação de Votrient® ocorreu com base nos resultados do PALETTE, um estudo de Fase III, duplo cego, randomizado, que analisou o uso de pazopanibe em comparação a placebo em pacientes com sarcoma de partes moles que progrediram durante ou após quimioterapia. Os pacientes tratados com Votrient® apresentaram 65%¹ de redução do risco de progressão da doença em comparação ao placebo, alcançando uma sobrevida livre de progressão de 20 semanas (versus 7 semanas do placebo)¹.

A mediana de sobrevida global (em meses) também se mostrou superior nos pacientes que fizeram uso do pazopanibe: 12,5 (95% Cl 10,6-14,8), versus 10,7 (95% Cl 8,7-12,8) daqueles que tomaram o placebo¹. Por fim, o estudo mostrou que o pazopanibe é uma nova opção de tratamento para pacientes com sarcoma de tecido mole não adipocítico metastático após quimioterapia prévia.

Votrient® está aprovado para o tratamento de pacientes com sarcoma de partes moles avançado em mais de 40 países mundialmente, incluindo Europa, EUA e Japão. A indicação também foi aprovada em vários países da América Latina, como Equador, Chile, Guatemala, El Salvador, Panamá, Honduras e Costa Rica.

Sobre o sarcoma de partes moles

Os sarcomas de partes moles são tumores que acometem músculos, gordura, tendões e nervos periféricos, correspondendo a 80% de todos os sarcomas. Eles se originam a partir da célula mesenquimal primitiva, um tipo de célula-tronco presente em todo o organismo. Ao sofrer uma alteração, essa célula reproduz algum componente atípico, provocando o surgimento de tumores como lipossarcoma (tumor da gordura); rabdomiossarcoma (tumor do músculo estriado) e leiomiossarcoma (tumor da fibra muscular lisa). Existem mais de 50 tipos de tumores catalogados sob a nomenclatura de Sarcomas de Partes Moles, que podem surgir em qualquer parte do organismo, sendo que 60% dos casos acometam os membros inferiores e superiores². Os sarcomas de partes moles são considerados raros, representando menos de 1% de todos os cânceres diagnosticados. No Brasil, estimativas indicam a incidência de 7.500 novos casos por ano³.

Sobre a Novartis

A Novartis oferece soluções inovadoras de cuidados com a saúde que atendem às necessidades em constante mudança dos pacientes e da população. Com sede em Basileia, na Suíça, a Novartis oferece um diversificado portfólio para atender estas demandas: medicamentos inovadores, cuidados com os olhos e medicamentos genéricos. Novartis é a única empresa global com posições de liderança nessas áreas. Em 2015, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 49,4 bilhões, enquanto cerca de US$ 8,9 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento (US$ 8,7 bilhões excluindo encargos de depreciação e amortização). As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 118.000 colaboradores e seus produtos estão presentes em mais de 180 países ao redor do mundo. Para mais informações, acesse www.novartis.com.br

Referências

1. GlaxoSmithKline. Data on File. Study VEG110727. 2011. Disponível em www.gsk-clinicalstudyregister.com. Último acesso em março de 2017.

2. American Cancer Society, Soft Tissue Sarcoma. Disponível em www.cancer.org/cancer/soft-tissue-sarcoma.html. Último acesso em março de 2017.

3. A.C.Camargo Cancer Center, Tudo sobre o câncer – sarcoma de partes moles. Disponível em www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/sarcomas-de-partes-moles/37/. Último acesso em março de 2017.

Anvisa aprova agente reversor de anticoagulante oral que traz maior tranquilidade para pacientes em caso de emergências

SÃO PAULO, 3 de maio de 2017 /PRNewswire/ — A Boehringer Ingelheim anuncia a aprovação pela ANVISA do Praxbind® (idarucizumabe), indicado para pacientes tratados com o anticoagulante oral Pradaxa® (etexilato de Dabigatrana). O agente reversor tem uso específico em emergências, quando um paciente que faz uso contínuo de anticoagulantes precisar que o sangue volte a ter a coagulação normal, em casos de acidentes que envolvam sangramento excessivo ou cirurgias de urgênciai,ii.

Dra. Patricia Rangel, diretora médica da Boehringer Ingelheim do Brasil, comenta: "Estamos orgulhosos em apresentar mais essa inovação, que oferecerá aos pacientes mais tranquilidade no atendimento de emergência. Essa solução reforça a nossa liderança em cuidados cardiovasculares, complementando nosso portfólio já consolidado de medicamentos para a prevenção de trombos, tratamento de AVCs e redução das sequelas".

A novidade proporciona aos médicos e aos pacientes maior confiança na escolha de Pradaxa® -anticoagulante oral que está no mercado há mais de 8 anos e é aprovado em mais de 100 paísesiii – utilizado para prevenção de AVCs decorrentes de fibrilação atrial e embolia sistêmicai,ii.

Praxbind® reverte a ação anticoagulante de Pradaxa®i,ii, que, por diminuir a capacidade de coagulação do sangue, é importante para evitar acidentes vasculares cerebrais e suas sequelas. Em casos atípicos, quando o paciente apresenta hemorragia, proveniente, por exemplo, de um acidente de carro, ou de uma cirurgia de emergência, o novo agente reverte o efeito do medicamento e devolve ao sangue seu efeito coagulante em minutos.

Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e atua há mais de 130 anos para trazer soluções inovadoras em suas três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, obteve vendas líquidas de ? 15.9 bilhões e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento corresponderam a 19,6% do faturamento líquido (? 3 bilhões). No Brasil há mais de 60 anos, a companhia possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. A empresa é certificada pela Top Employers como uma das melhores empregadoras do país. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

IMPRENSA:
Tito Jungmann ? tito.jungmann@edelmansignifica.com  / 11 3060 3177

Referências

i Pollack C. V. et al. Idarucizumab for dabigatran reversal. NEJM. 2015 June 22 (Epub ahead of print). Available at http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1502000

ii Pollack C.V. Initial results of the RE-VERSE AD trial: idarucizumab reverses the anticoagulant effects of dabigatran in patients in an emergency setting of major bleeding, urgent surgery, or interventions. Oral presentation on Monday 22 June 2015 at the International Society of Thrombosis and Haemostasis 2015 Congress, Toronto, Canada.

iii Base de dados da Boehringer Ingelheim.

FONTE Boehringer Ingelheim

PRNEWSWIRE

Boldrini tem tratamento afetado


RODRIGO ALONSO CAMPINAS | 04/05/2017-00:01:02 Atualizado em 04/05/2017-00:00:57

O Centro Infantil Boldrini, de Campinas, está sem um medicamento "fundamental" para o tratamento de pacientes com LLA (leucemia linfoide aguda), um tipo de câncer que ataca, principalmente, crianças e adolescentes. A unidade informou que o remédio é usado por um grupo de 60 a 80 pacientes por mês e que o problema acontece porque o Ministério da Saúde mudou de fornecedor.

O medicamento asparaginase limpa a medula das células malignas e a falta dele pode aumentar os riscos de morte, apontou o Boldrini. A unidade comunicou que o estoque do produto acabou na semana passada.

Desde janeiro, o governo federal importa o remédio do laboratório chinês Beijing SL Pharmaceutical. No entanto, o Boldrini decidiu não utilizá-lo sob a justificativa de que o novo medicamento "não tem eficácia comprovada por estudos científicos aprofundados".

Há três semanas, a diretora do hospital, Silvia Brandalise, importou dos Estados Unidos um lote emergencial para o atendimento de 18 pacientes. Os frascos devem chegar à unidade na sexta. De acordo com o Boldrini, Silvia fez a compra com dinheiro próprio, gastando R$ 128 mil. Em 12 de abril, o hospital abriu uma petição online (acesse pelo link http://migre.me/wyxqe) para suspensão do fornecimento do asparaginase chinês. Ontem à tarde, a campanha contava com quase 30,5 mil assinaturas.

"O objetivo da petição é mobilizar a população, pais de pacientes, profissionais da saúde e a comunidade médica para que o governo viabilize e facilite o processo de importação de outra asparaginase, que tenha sua eficácia e segurança já comprovadas", comunicou a unidade.

O Ministério da Saúde destacou que "os dados preliminares mostram que o medicamento é biológico e tem ação enzimática na degradação da asparagina", substância necessária para o desenvolvimento das células cancerígenas do LLA. A empresa uruguaia Xetley S.A, que representa o Beijing SL Pharmaceutical, também ressalta que o medicamento apresenta "uma relevância inquestionável para os tratamentos quimioterápicos de leucemia".

A União informou que, para a aquisição do medicamento asparaginase, foi realizada uma cotação internacional e o vencedor ofereceu o menor preço, conforme lei de licitações. A diferença entre os valores foi de R$ 25.288.679,90, acrescentou.

Porque alguns medicamentos não têm registro no Brasil?

Falta de registro de um medicamento no país pode estar relacionada à ausência de pedido do fabricante, ao processo ainda em análise ou à reprovação do produto no país.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 03/05/2017 00:15
Última Modificação: 03/05/2017 17:02

Embora o Brasil seja um dos principais mercados farmacêuticos no mundo, nem sempre todos os medicamentos estão disponíveis para o consumidor nacional. A ausência de um determinado produto nas prateleiras das farmácias, ou nos estoques de um posto de saúde ou hospital, afeta especialmente as pessoas que sofrem com doenças raras ou doenças que ainda não dispõem de tratamento mais eficiente.

Este é um problema que pode estar relacionado a pelo menos três fatores no que diz respeito a seu registro junto à Anvisa: ausência de pedido por parte do fabricante, processo ainda em análise ou reprovação do produto no país.
Quatro motivos para que o medicamento não exista no mercado nacional

Ausência de pedido de registro – o que pode ocorrer é que o “dono” do produto simplesmente não tenha solicitado seu registro junto à Anvisa. De acordo com a legislação brasileira, não é possível obrigar o fabricante a vender qualquer medicamento no mercado brasileiro. Além disso, a Anvisa só pode fazer o registro de um produto a partir da solicitação do fabricante, que deve vir acompanhada dos estudos exigidos para medicamentos novos no país.

Produto em fase de registro – a análise dos seus estudos está em andamento na Anvisa e, portanto, ainda não está disponível para o mercado.

Medicamento reprovado no país – ausência de estudos adequados sobre sua segurança e eficácia. Esta é uma situação menos comum, mas pode ocorrer, por exemplo, se o fabricante não apresentar todos os dados necessários sobre o produto.

Produto proibido – a substância faz parte de uma lista de produtos banidos por falta de segurança ou proibição legal (exemplos: anfetamínicos, LSD etc.).

Consulte os pareceres públicos de alguns medicamentos reprovados e, também, se um medicamento possui registro na Anvisa.