Supermercados fecham 2017 com o maior número de empregos formais já observado

15/02/2018 17h39 Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

A previsão é de sejam criados 12 mil empregos novos empregos neste anoArquivo/EBC

O setor de supermercados em São Paulo fechou o ano de 2017 com o maior número de empregos formais já observado. Segundo levantamento divulgado hoje (15) pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o setor contratou  530.233 colaboradores no período. Só em 2017, foram criadas 8.592 vagas, número duas vezes superior aos 3.992 empregos que foram criados no ano anterior.

Para Thiago Berka, economista da APAS, o número deve ser comemorado, embora ainda esteja abaixo da média de 2010 a 2014. “Os números passam confiança ao setor para seguir investindo e gerar cada vez mais empregos. A média de 2010 até 2014 foi de 18.915 postos líquidos positivos de trabalho, isso demonstra que há uma grande lacuna de avanço e crescimento para o setor buscar novos profissionais”, disse.

Quem mais contratou no período foram supermercados e hipermercados, com 5.289 empregos formais, o que corresponde a 62% do total dos empregos criados no ano passado. Nos minimercados e mercearias, no entanto, a situação não foi tão positiva, uma vez que fecharam o ano com a contratação de apenas 292 pessoas, no pior resultado desde 2010.

“O primeiro ponto foi a maior deflação histórica dos alimentos, que acelerou no segundo semestre e chegou ao menor valor da história do Plano Real, que, para o pequeno varejista, pressiona suas margens já apertadas. Outro ponto foi a intensificação das promoções de final de ano pelas médias e grandes redes, que tornou a competição ainda mais acirrada. E a possível antecipação da demissão dos funcionários temporários, de janeiro para dezembro, em virtude do desempenho abaixo do esperado para o Natal”, disse.

Os atacados e atacarejos encerraram 2017 com a criação de 2.292 vagas, resultado parecido a 2016, mas abaixo da média histórica. Já o comércio hortifrutigranjeiro criou 713 vagas, melhor desempenho desde 2013.

Previsão

A expectativa da Apas é que o setor encerre este ano com 12 mil empregos novos empregos, ou seja, número 25% maior do que no ano passado. “Com a queda da inflação, da taxa básica de juros e a consequente retomada da economia esperado para 2018, o setor supermercadista dá sinais de que pode recuperar suas vendas em faturamento e volume. Isso resulta diretamente no crescimento do emprego, já que a demanda tende a ser maior”, disse o economista.
Edição: Maria Claudia

Páscoa mais farta deve elevar vendas em 15%

Supermercados já se preparam para atender à demanda dos consumidores pelos produtos

01:00 · 16.02.2018 por Levi de Freitas – Repórter

Os supermercados do Ceará projetam ter, em 2018, um cenário melhor nas vendas de ovos de Páscoa, em comparação com o ano passado. As projeções são de crescimento entre 10% e 15% no produto, que já pode ser visto exposto nas tradicionais parreiras montadas nos principais estabelecimentos do Estado. No todo, o setor espera ter resultados pelo menos similares aos de 2017, durante o período.

O presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira Albuquerque, é otimista quanto à venda do principal item da época. "Esse ano, estamos com uma previsão de vender de 10% a 15% a mais que ano passado, em termos de chocolates, de ovos. A indústria teve retração grande em 2016-2015 e 2017-2016, e estamos voltando a acreditar mais um pouco", disse.

Conforme Albuquerque, o cliente já pode, inclusive, comprar o produto nas principais redes e supermercados do Estado. "O ovo de Páscoa já está sendo exposto, parreiras estão sendo montadas nas lojas. Os clientes que quiserem comprar, já tem à venda. Essa semana, concluem a montagem das estruturas expositoras", projetou o presidente da Associação.

As redes Pão de Açúcar e Extra, por exemplo, já estão com ovos (50g) e coelhos (60g) de chocolate da Qualitá nas prateleiras. A marca, neste ano, informou ter incrementado os produtos, com a adição de mais cacau à fórmula.

Vinhos e peixes

Também importantes para o comércio e presentes na maioria das residências e confraternizações, o vinho e os pescados já estão nos estoques das lojas.

"A situação do vinho, cada vez melhora. E os peixes, outro produto que vende bem, estamos relativamente bem abastecidos. A expectativa é de um ano melhor que o passado, em vendas", projetou.

Dentre os vinhos, tem bom espaço nas gôndolas e no gosto do público aqueles de marcas importadas. Estes, também já estão em estoque. "Fortaleza está com abastecimento muito bom desse produto. E cada dia, com preços mais acessíveis", disse.

Apesar do sentimento de boas vendas nos itens específicos do período, o presidente da Associação Cearense de Supermercados acredita que, no geral, o setor consiga igualar os números de vendas na comparação com igual período do ano passado. Ele utiliza a manutenção dos preços dos produtos sazonais e a queda no valor dos itens da cesta básica como principais argumentos para tal previsão.

"Desde outubro do ano passado, estamos vendendo menos, proporcionalmente, ao ano anterior. Esse número tem sido dado ao longo da situação econômica, e produtos baixaram de preço. Os itens básicos permanecem no mesmo preço ou baixaram. Derivados de trigo, de soja, arroz, feijão, todos baixaram os preços. E os produtos de Páscoa, estão com o mesmo preço do ano passado, podendo vir até alguma promoção", destacou.

Loja física engaja mais do que e-commerce

Por Redação SM – 15/02/2018

Não é à toa que Amazon e Alibaba estão investindo nesse modelo

Há esperança para as lojas físicas: consumidores que visitam o ponto de venda compram mais do que aqueles que só consomem online. Essa foi uma das conclusões da quarta edição do The Everywhere Store, evento que reúne varejistas do mundo inteiro em Nova York para discutir as maiores tendências do setor no Brasil e no mundo. A proposta do encontro, realizado pela multinacional Tlantic, em parceria com Wharton School, IE Business School e Porto Business School, é antecipar parte dos debates que irão ocorrer, a partir de amanhã (14/01), no NRF Retail's Big Show, maior encontro do varejo mundial, também em Nova York.

Neste ano, o tema principal do evento foi "Criando Mundos de Experiência". "Quando o cliente vai à loja física pelo menos uma vez, passa a comprar 40% a mais do que fazia antes, quando era apenas um usuário online da loja", disse David R. Bell, professor da Wharton School, citando estudo encomendado pela rede americana de moda masculina Bonobos. "A loja física energiza o consumidor de uma maneira que a virtual não é capaz."

Amazon e Alibaba, gigantes do e-commerce, perceberam isso e estão investindo no offline
A Amazon comprou a rede de supermercados Whole Foods em 2017, em uma operação avaliada em US$ 13,7 bilhões, inaugurou uma unidade da Amazon Go sem caixas registradoras em Seattle, e direcionou esforços para o mercado de livrarias. O Alibaba, por sua vez, anunciou parcerias com 600 mil pequenos comércios familiares na China, dentre eles supermercados, segundo artigo do CBInsights. Além disso, está construindo um shopping de cinco andares.

“As lojas físicas exercem um papel indispensável durante a jornada do consumidor para a compra e deveriam ter tecnologias direcionadas a partir de dados e serviços personalizados”, disse Daniel Zhang, CEO do Alibaba Group à Reuters, após outra operação de inserção no mercado varejista offline, em que o grupo gastou quase US$ 3 bilhões por ações da Sun Art Retail Group Ltd, focada em mega lojas.

Mais vantagens das lojas físicas
Segundo censo do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, apenas 9% das vendas do varejo local no terceiro trimestre de 2017 foram por e-commerce. Na China, segundo a PwC, apenas 17% das pessoas afirmam que suas compras são realizadas apenas na Amazon ou Tmall (varejista do Alibaba Group). Esses dados demonstram a importância que o offline ainda tem sobre o setor.

Além disso, as lojas físicas funcionam como uma vitrine do que existe online. Nelas, os consumidores têm contato com os produtos, e os espaços criam lealdade dos consumidores com a marca. Ainda, segundo a Fortune, o CFO da Amazon Brian T. Olsavsky disse a seus investidores que as lojas físicas são "uma maneira diferente de se aproximar dos consumidores e saber o que tem bons efeitos sobre eles".

Fonte: Época Negócios

Convenção ABRAS começa no dia 19 de março no RJ

A 52ª Convenção ABRAS acontece de 19 a 21 de março, no Riocentro, na capital fluminense. O evento será realizado em parceria com a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), durante a 30ª edição da Super Rio Expofood.

Com o tema "ABRAS Essencial" a Convenção 2018 debaterá a essencialidade do setor de supermercados, e reunirá empresários do autosserviço de todo o País para novos conhecimentos estratégicos sobre tendências de consumo e desafios do varejo de alimentos.

"Temos um cenário econômico favorável, o Brasil está voltando a crescer, e essa parceria com a ASSERJ vai favorecer a realização de um grande evento que fará história na vida dos supermercadistas", destaca o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.

Palestrantes
O empresário Abilio Diniz já confirmou presença na Convenção 2018. No dia 19 de março, ele fará palestra especial em comemoração aos 50 anos de fundação da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). "Acompanhei a fundação da ABRAS, tudo começou muito pequeno, eram poucas lojas de supermercados no País, um mundo completamente diferente, e vejo agora como somos grandes. Estou muito honrado de fazer parte da Convenção 2018", destaca Diniz.

Anthony Hucker, CEO da Southeastern – uma das maiores redes de supermercados dos Estados Unidos – também será palestrante da 52ª Convenção ABRAS. No dia 20, o executivo falará em sua palestra sobre o mercado de comidas frescas e de marcas próprias, e também de adaptação cultural no autosserviço. O evento contará ainda com outros importantes nomes do varejo nacional e internacional.

Redação Portal ABRAS

Extra e Pão de Açúcar estimam alta de 10% nas vendas de bebidas no Carnaval

Por Redação SM – redacao@sm.com.br – 06/02/2018
Redes incrementam as gôndolas de águas, bebidas mistas, cervejas, sucos e destilados para o feriado

As bandeiras Extra e o Pão de Açúcar, do GPA (Grupo Pão de Açúcar) já entraram no clima de Carnaval e prepararam os estoques de bebidas das lojas. A varejista aposta em um crescimento de 10% na categoria de bebidas.

Segundo dados da empresa, a grande aposta é a categoria de bebidas mistas, cerveja premium e aperitivos. Para a categoria de cerveja, as redes projetam, juntas, uma expectativa de 5% de crescimento nas pilsen, premium e especiais. O forte apelo do verão fica por conta das tradicionais Skol Beats – com lançamento exclusivo para a rede nos sabores Skol Beats Fire e Frost. Além disso, ele investem na linha de cervejas premium, como Coronita e Budweiser, que têm acréscimo no consumo neste período.

Também na linha de cervejas Pilsen, as marcas irão lançar, em parceria com a Ambev, uma nova Skol, produto exclusivo para as redes da companhia. A Skol Flint 275 ml é uma cerveja com embalagem repaginada e voltada para o verão. Para essa categoria, todas as lojas do Mini Extra e do Minuto Pão de Açúcar do Estado de São Paulo prepararam uma promoção válida para o período entre 08/02 e 18/02: o cliente que comprar 15 unidades de cerveja de qualquer marca e tipo, ganha um copo com suporte para curtir o Carnaval.

Já em todos os hipermercados Extra, na compra de três caixas de Skol o cliente leva grátis um cooler inflável. Já na compra de duas caixas de Skol, o cliente leve grátis um copo exclusivo da Skol para curtir a folia.

Destilados e não alcoólicos

Outras apostas para a folia estão nas bebidas quentes, em especial nas marcas pouco tradicionais e em alta entre os jovens, como Gin Torquay e Catuaba Selvagem Pina Colada, que está há apenas dois meses no mercado. Além disso, destaca-se a Half Crown (Gin), importação própria da rede. Extra e Pão de Açúcar também esperam um aumento de 15% nas vendas de vodcas. Neste ano, o Extra foca em marcas como Smirnoff, Askov, Sky e os produtos de importação própria, principalmente vindos da Rússia. A rede também traz uma oferta focada nos foliões: a vodca saborizada Askov (900ml), que custará menos de R$ 10,00. Já o Pão de Açúcar aposta em marcas como Ciroc, Absolut e Smirnoff.

Na seção de whiskies, o aumento esperado é de 10%. Com o crescimento esperado para o destilado, aumentam também as expectativas para a venda de energéticos e as bandeiras apostam em 30% a mais na comparação com o ano passado. Uma aposta das redes nesse segmento é o energético Red Bull. Além disso, há as marcas Fusion e Monster.

Na categoria de não alcoólicos, as redes apostam em um aumento de 15% nas vendas de água e 20% na categoria de sucos prontos para beber e integrais, com destaque para os sabores uva, laranja e maçã, considerados os preferidos pelos clientes. Os com embalagens para consumos imediatos estão com ofertas diferenciadas, como sucos integrais, Linha Do Bem, Natural da Fazenda, Aurora entre outros.

Carnaval: 66% dos consumidores vão concentrar compras em supermercados

Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o Carnaval deve mobilizar mais de 72 milhões de consumidores em todas as capitais do país. De acordo com o estudo, 48% dos brasileiros devem realizar alguma compra ou contratação de serviços para aproveitar os dias de feriado. Os que não devem consumir produtos relacionados ao Carnaval somam 27% dos entrevistados, enquanto 25% mostram-se indecisos.

Por ser um dos feriados mais extensos do calendário, o Carnaval é uma data em que muitas pessoas decidem viajar para aproveitar a folia longe de casa. De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados devem viajar a lazer na data, 27% pretendem viajar para a casa de parentes e amigos, enquanto 20% devem participar de eventos na própria cidade onde moram. Os que vão descansar em retiros espirituais somam 4% da amostra. Os locais de hospedagem mais comuns devem ser a casa de familiares e amigos (46%), hotéis e pousadas (23%) e apartamentos, sítios ou casas alugadas (14%).

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, além de fazer parte da cultura nacional, o Carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros. “Mais do que uma grande festa, o Carnaval é um grande negócio, que impulsiona muitos setores da economia. Se por um lado, o país inteiro está prestes a mergulhar em um longo feriado coletivo, por outro, a indústria do turismo e empresas de comércio e serviços comemoram o enorme alcance da data e se preparam para atender a uma demanda de consumo diversificada”, afirma Pellizzaro Junior.

De acordo com o levantamento, considerando os brasileiros que devem desembolsar no Carnaval deste ano, 49% planejam participar de blocos de rua para comemorar o feriado. Outras atividades comuns neste ano serão as festas em clube ou boates (26%), ensaios de escola de samba (24%), shows em trios elétricos (23%) e deA?sfiles em escolas de samba (20%).

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos consumidores deve reduzir os gastos com o Carnaval ou mantê-los parecidos com os do ano passado. Quatro em cada dez (40%) entrevistados planejam gastar menos, enquanto 32% vão desembolsar a mesma quantia que em 2017. Os que pretendem aumentar os gastos somam 21% da amostra.

No total, o gasto médio do consumidor brasileiro com os dias de folia deve ser de aproximadamente R$ 847,35, cifra que sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B.

Bebidas, como cerveja (57%), refrigerantes (52%) e água (52%), além de lanches (51%) e protetor solar (43%) serão os produtos mais consumidos no Carnaval deste ano. Destaca-se ainda que três em cada dez (31%) entrevistados devem adquirir alguma fantasia ou adereços para comemorar o feriado e 24% vão comprar preservativos.

Considerando os serviços, os mais procurados devem ser os de bares e restaurantes (50%), taxis ou serviços de transporte por aplicativos (31%), passagens aéreas (24%) e hospedagens em hotéis e pousadas (23%).

Os supermercados são os locais que devem concentrar a maior parte das compras ligadas ao Carnaval: 66% dos consumidores devem frequentar algum desses estabelecimentos. Em segundo lugar aparecem os shopping centers (30%), em terceiro as lojas de rua (30%) e logo depois, as lojas de departamento (27%).

Apesar de a inflação ter se mantido abaixo da meta estipulada pelo governo em 2017, a maioria dos entrevistados (51%) acredita que os preços dos produtos e serviços ligados ao Carnaval estão mais caros neste ano do que no mesmo período do ano passado. Outros 30% consideram que estão na mesma faixa de preço, ao passo que 15% pensam estar mais baratos.

Considerando as despesas com comida e bebida, a pesquisa indica que a maioria tem a intenção de pagar à vista, seja em dinheiro (68%) ou no cartão de débito (47%). Algo semelhante ocorre com os gastos previstos com viagens nesse período. A metade (50%) desses entrevistados planeja pagá-las em dinheiro, enquanto 39% vão optar pelo cartão de débito e 38% escolherão as parcelas no cartão de crédito. Para quem vai dividir as despesas da viagem em prestações, a média é de seis parcelas, o que significa que o orçamento do consumidor ficará comprometido com esses gastos pelo menos até o mês de agosto.

Dois em cada dez entrevistados vão curtir o Carnaval sem ter planejado orçamento. Carnaval do ano passado deixou 21% com o nome sujo

O levantamento demonstra que a empolgação com os gastos de Carnaval pode comprometer as finanças do brasileiro. Embora a maioria (80%) dos foliões garanta ter feito um planejamento para os gastos que farão no feriado, 20% das pessoas ouvidas disseram que vão aproveitar a data sem ter estipulado um teto de gastos ou juntado dinheiro para isso.

De modo geral, 40% dos consumidores que terão gastos no Carnaval deste ano admitem ter o costume de extrapolar o orçamento quando festejam a data, sobretudo com comidas e bebidas (24%), festas (14%) e viagens (12%).

O Carnaval do ano passado é um lembrete de que o excesso de gastos não planejados no orçamento pode trazer prejuízos e complicar a vida financeira do consumidor. Dados do levantamento apontam que 21% dos brasileiros que tiveram gastos no período do Carnaval de 2017 ficaram com o nome sujo por conta de pagamentos pendentes da data. E considerando aqueles que manifestaram a intenção de gastar no Carnaval de 2018, 31% estão com o CPF em cadastros de inadimplentes, principalmente os consumidores de 35 a 49 anos (41%) e das classes C, D e E (36%).

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, a descontração e euforia típicas do Carnaval são naturais, mas os excessos podem custar caro ao bolso do consumidor. “Se o consumidor se deixar levar pela empolgação, o risco assumido é o de passar grande parte de 2018 lidando com as dívidas de poucos dias de festa. É necessário estabelecer um limite para os gastos e planejá-los com antecedência”, orienta Vignoli.

Outra constatação do estudo é que a maioria dos foliões vai pegar a estrada para passar o Carnaval. Considerando o meio de transporte, 64% vão optar pela viagem de automóvel, 35% escolherão ônibus e outros 23% devem viajar de avião.

De modo geral, sete em cada dez (69%) consumidores que vão aproveitar o Carnaval pretendem usar seus perfis nas redes sociais para compartilhar com os amigos os momentos de descontração. Apesar de toda a alegria associada ao Carnaval, 72% dos entrevistados temem sofrer algum tipo de violência durante as festas do feriado.

Supermercados adotam estratégias aliadas à tecnologia na redução do índice de ruptura

– 06/02/2018

Sabe aquele produto que o cliente procurou na gôndola e não encontrou? Sim, uns sabem, mas a maioria não. É que o cliente saiu, sutilmente e insatisfeito, e foi procurar outra loja. Essa falta pode representar a perda de uma venda que nunca mais será recuperada. Ou pior ainda, até a perda daquele cliente também.

A falta de produtos, tecnicamente chamada de “ruptura”, é uma forma evitável de perdas nas empresas. No entanto, ainda persiste. Não há um percentual de quanto ela representa nas perdas gerais do setor. Na 17ª avaliação de perdas, principal pesquisa nacional sobre o assunto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) inclui a ruptura no grupo de “Quebras Operacionais” que somam 8,9% no total geral das causas de perdas.

Segundo pesquisa da Neogrid, consultoria especializada em ruptura no varejo, o índice de falta de produtos diminuiu no primeiro semestre de 2017. Porém, ainda está longe daquele tido como aceitável. Em janeiro, estava em 11,68% e caiu para 10% nos meses de junho, julho e agosto. Um número considerado alto, levando-se em conta que nos anos áureos do consumo no País, por volta de 2003 a 2013, a ruptura ficava na casa dos 8%. O que ainda é bastante elevado segundo o vice-presidente de Operações da Neogrid, Robson Munhoz. Para ele, esse número deveria ficar entre 2% e 3%, “porque zero é muito difícil”, mas abaixo de 5% já seria aceitável.

Carrinho abandonado

Um estudo desenvolvido pela Totvs, empresa especializada em softwares para gestão do varejo, revela um dado ainda mais danoso trazido pela ruptura. Quase 40% dos consumidores podem abandonar a compra inteira se não encontrarem algum produto que procuram. Já 32% deles trocam de loja, para adquirir aquele item, em vez de levar um produto substituto.

Hoje na indústria, mas com a expertise de quem já esteve tanto em grande indústrias quanto no setor supermercadista, Zanone Campos assegura que 80% das causas de carrinhos abandonados na loja são porque o consumidor não encontrou algum produto. “O carrinho abandonado, você pode ter certeza, é por causa da ruptura”.

Para ele, a falta de produto é o maior inimigo do supermercado e da indústria, porque ela é silenciosa e vai roubando espaços. Se a indústria deixar de entregar duas vezes, o supermercado tira aquele produto de linha e põe outro similar. “É uma perda para os três lados: o cliente que não encontra o produto; para a indústria que produz e o mercado não compra e para o supermercado que compra, mas a indústria não entrega. É o perde-perde”, disse.

Na opinião de Campos, a pior ruptura e aquela que ocorre por mais de um dia, porque o cliente pode ir num primeiro dia e, não encontrando, volta no outro dia, mas, não achando o produto, ele desiste da loja.

Fatores

Segundo Munhoz, da Neogrid, a ruptura se dá pela somatória de fatores, e alguns hábitos e ações impulsionados pela crise econômica que fizeram com que o varejo ficasse mais receoso em comprar, tentasse acertar melhor a previsão das vendas para não faltar ou não sobrar produto.

Fez também com que o consumidor mudasse seus hábitos. “Grana curta, por exemplo, levou o consumidor a comer menos fora do lar, então começa a ter a ida ao supermercado, ele está comprando mais, está mudando hábito”. A reviravolta na demanda, que o varejista não esperava pelo momento de crise, e as mudanças para produtos de menor preço trouxeram esse desajuste no estoque.

É importante ressaltar que não se trata de desabastecimento no setor, ou de falta de fornecedores, mas de problemas operacionais ou ajustes no mix. Muitas vezes, o produto está no estoque, mas não é colocado na gôndola.

Outro fator, segundo Munhoz, é a retirada do promotor de vendas da loja, porque estava vendendo menos, e sem o promotor na loja não tem a pessoa que tira o produto do estoque e coloca na gôndola. “Você tem uma ruptura de gôndola, mas o produto efetivamente está lá no estoque da loja, então tem um pouco de todas essas coisas que contribuem para esse número tão alto de ruptura acima de 10%”, detalha.

Reposição eficaz

Para o consultor em supermercados Alfredo Albiéri instrutor do curso de Reposição Eficaz de Mercadoria, oferecido pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS), a ruptura vai além da falta de produto para um único cliente. É que este conta para um segundo que já não vai à loja, e repassa a informação para um terceiro e, de repente, espalha-se a notícia (falsa) de que o supermercado está fechando por desabastecimento.

“Ruptura constitui um grande problema, mas não é difícil resolver. Basta implementar a rotina de curva ABC de estoque e curva de demanda de produto nas gôndolas. Com isso o empresário consegue controlar a ruptura de acordo com a demanda do cliente”, informa.

Segundo ele, de uma forma geral não há um produto com mais ou com menos ruptura. Normalmente os mais controlados como padaria e açougue conseguem ter menos falta. Mas as seções puramente do autosserviço, onde o repositor passa poucas vezes, “se não houver um controle mais efetivo, uma rotina, vai haver falta de mercadoria na gôndola”.

Para Munhoz, da Neogrid, são “duas ou três coisas” relevantes para evitar rupturas, mas a principal delas é a colaboração entre o varejo e o fornecedor, seja ele a indústria ou o distribuidor. “Se o varejista faz as ações isoladas, só da sua parte, e não traz para a mesa o seu fornecedor, o erro pode ser maior. A ação colaborativa tem menos chance de errar. Então esse é um ponto”.

Busca pela solução

A Totvs vem tentando ligar os caminhos para melhorar a logística entre a indústria e varejo. A empresa possui um departamento de Supermercado e dispõe de softwares para a gestão de estoques no setor. Recentemente, publicou um guia (que pode ser baixado no site da empresa – http://totvs.com/supermercado), listando alguns pontos que, se seguidos, podem ajudar na diminuição de rupturas.

Para Zanone Campos, a ruptura pode ser evitada com o uso de software já disponíveis no mercado. “A primeira coisa é ter um programa de gestão de estoque, que dê informação diária de como está a situação, e que estabeleça um volume mínimo que a gente pode chamar de volume de segurança e não deixar acabar” opina. Outra coisa, disse ele, é o comprador acompanhar o relatório, e o vendedor fazer as visitas. Mas “tem de ter controle, incentivo e punição”.

“O grande culpado é a falta de entendimento entre os dois. O dia em que todos tiverem a consciência de que nós só temos um patrão, que é o consumidor, todo mundo vai preocupar com ele. E outra coisa: se está em linha tem que estar na loja, a indústria tem que entregar”, disse Campos. “É importante salientar que só haverá avanço no término das rupturas, quando todos, indústria, varejo e serviços, estiverem trabalhando juntos na solução dos problemas”, complementa Rodrigo Nametala, do Grupo Nonna.

Blitz recolhe duas toneladas de alimento impróprio e fecha fábrica de gelo clandestina no litoral

Sete estabelecimentos foram fiscalizados em Imbé e Tramandaí

Sete estabelecimentos foram fiscalizados, no litoral Norte, pela Força-Tarefa do Programa Segurança Alimentar, coordenado pelo Ministério Público Estadual. As blitze ocorreram, hoje, em Tramandaí e Imbé. Dois locais sofreram interdição, um deles parcial. Ainda foram recolhidas e inutilizadas cerca de duas toneladas de alimentos impróprios ao consumo.

Os agentes vistoriaram o Açougue Alexmar, a Deopesca Pescados, a Casa de Carnes Fronteirista, o Mercado Dia e o Mercado Milanezi, em Tramandaí, esse último com interdição parcial (padaria). Em Imbé, a equipe fiscalizou o Restaurante e Peixaria Cardoso e uma fábrica de gelo e sucos clandestina, essa última totalmente interditada.

Nos locais, foram encontrados alimentos fora da temperatura adequada e sem procedência, embalagens estragadas, rasgadas e até com teias de aranha. Produtos fora do prazo de validade também foram identificados pelos agentes. Em alguns estabelecimentos havia frutas podres, com moscas e até baratas circulando, além de problemas de infraestrutura e falta de higiene.

Entenda como o Assaí se tornou a grande estrela do GPA

Rede de atacarejo se tornou a maior marca do grupo Casino em todo o mundo. E a tendência é crescer ainda mais

Quem passa em frente à uma inauguração de alguma loja do Assaí se surpreende. Mesmo horas antes da abertura, uma fila de pessoas aguarda ansiosamente para aproveitar as promoções do dia. Sabendo desse movimento, a própria rede de atacarejo fornece salgadinhos e café para o desjejum dos presentes. Ao abrir a porta, alguns afoitos correm para aproveitar os produtos com maior desconto. Filas intermináveis se formam durante todo o dia.

Essa cena se repete praticamente em todas as aberturas. Somente no ano passado foram 20 inaugurações, entre aberturas e conversões de hipermercados Extra em atacarejos Assaí. Outro fato comum em todas as inaugurações é a presença do executivo Belmiro Gomes, presidente do Assaí.

“Só não fui para a inauguração de Diadema, pois a abertura mudou de dia e eu tinha viagem marcada”, afirma ele.

Para Gomes, a sua presença é fundamental para a abertura. Não pelo ego, mas pelo exemplo que essa atitude transmite. De acordo com o executivo, uma empresa só vai ter sucesso com o exemplo dos gestores, independentemente do cargo que eles ocupam. Tudo, no entanto, começa pelo CEO. “O Assaí é feito de gente e de exemplo”, afirma Gomes. “Somente 10% do que falamos a pessoa absorve e o que ela enxerga fica para sempre.”

O executivo, que já ocupou posições como sorveteiro, servente de pedreiro e boia-fria, está caminhando para o seu oitavo ano como presidente do Assaí. Após passar 22 anos no rival Atacadão, agora controlado pelos franceses do Carrefour, foi recrutado com a missão de colocar o Assaí como um dos protagonistas do setor de atacarejo e do grupo Casino. E conseguiu.

Em 2017, o Assaí aumentou a sua receita bruta em 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O montante de R$ 18,4 bilhões consolidou a bandeira como a de maior faturamento em todo o grupo Casino. E o crescimento tende a continuar acelerado.

A previsão do GPA é que o Assaí tenha 20 novas lojas por ano e que esteja presente em todos os estados brasileiros – atualmente, são 18. Em 2018, a intenção é entrar em mais duas unidades federativas – Gomes não abriu os locais exatos de abertura.
Salvação do varejo

O investimento no atacarejo faz todo o sentido para todo o setor de varejo. Afinal, em anos de crise, o atacarejo, com os seus preços mais em conta, acompanhou uma migração enorme dos clientes dos supermercados e hipermercados para os seus corredores. No GPA não foi diferente.

Em setembro de 2016, o Assaí se transformou no maior canal de vendas do GPA no varejo de alimentos. No segundo trimestre do ano passado, com as vendas continuamente em alta, se tornou a maior bandeira do mundo do Casino.

Não à toa, o modelo de negócio do Assaí, que consiste em galpões e prateleiras de estilo praticamente espartano, sendo exportado. A Colômbia já tem sete unidades da bandeira Surtimayorista, que é totalmente inspirado no sucesso do Assaí.

E foi o Assaí que recolocou o GPA no jogo, após anos de sucessivas perdas para o maior rival Carrefour. Por conta do sucesso do também atacarejo Atacadão, o GPA ficou atrás do concorrente francês em crescimento de vendas entre o segundo trimestre de 2014 até o primeiro trimestre de 2017.

De lá para cá, a bandeira comandada por Gomes obteve mais sucesso – causado também pela base menor de faturamento em comparação ao Atacadão.

A expectativa é de que os números continuem aumentado – e muito. Segundo dados da consultoria Kantar, em 2017, o atacarejo deve apresentar um resultado de 17,3% de crescimento em volume, enquanto os supermercados atinjam uma alta de 5%. Os números de 2018 devem seguir o mesmo caminho.
Não é “varejo de pobre”

De acordo com o presidente, o atacarejo conseguiu se livrar da pecha de “varejão de pobre”, segundo definição do próprio Gomes, nos últimos anos. Tanto pela necessidade dos clientes de comprar produtos gastando menos quanto pela remodelação das marcas.

“É um modelo de negócio muito mais produtivo e mais democrático”, diz Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail.

Prova de que os tempos mudaram é a penetração do atacarejo na população brasileira. Em menos de dois anos, os brasileiros que frequentam atacarejos subiu de 40% para 56%. A tendência é que continue aumentando. Mesmo com tanta gente comprando nos atacarejos, as pessoas físicas representam apenas 50% do total das vendas.

A outra metade do faturamento do Assaí é vindo de pessoas jurídicas, ou seja, aquele pequeno e médio negócio, como pizzarias e bares. Atualmente, são 900 mil estabelecimentos desse porte ativos na Receita Federal. E a maioria deles vê nos atacarejos a melhor fonte para comprar insumos.
Mais democrático, mais vendas

É inegável que as classes mais baixas enxergam ainda mais valor (e deem mais importância) em negócios como o Assaí. Dados levantados pela Fundação Getúlio Vargas mostram que os mais pobres gastam 41% de toda a renda com alimentos. Logo, qualquer real economizado faz uma grande diferença.

O presidente do Assaí lembra de um caso ocorrido durante a inauguração da unidade em Garanhuns, no estado de Pernambuco. As diferenças dos preços praticados pelo Assaí em comparação aos varejistas da região chegavam a 40%. No dia de abertura, uma mãe de oito filhos foi agradecer pessoalmente a Gomes.

“Ela tinha gastado R$ 500 e disse para mim que comprou o dobro de produtos com o mesmo valor”, diz ele.

A reportagem visitou a inauguração da loja de Mogi das Cruzes, ocorrida em dezembro. Naquele dia, diversos pequenos comerciantes e famílias esperavam ansiosas na fila por promoções que iam de bancos de plástico até latas de cerveja.

Quem aproveitou para aumentar as margens do seu negócio foi o paulista Carlos Nascimento. Ele toca um pequeno estabelecimento de vendas de marmitas e aproveitou a promoção para comprar três sacos de batatas de dez quilos cada. Tudo seria aplicado nas marmitas, que não teriam o preço alterado para o consumidor final. Aqueles poucos reais economizados, no entanto, ajudaram a engordar as festividades de fim de ano.

Joanin inaugura loja em São Caetano e projeta investimentos no ABC

Émerson Bezerra

O ABC está no radar de investimentos da rede de supermercados Joanin. Nesta quarta-feira (31), às 9h, será inaugurada nova unidade em São Caetano, no bairro Fundação (Rua Heloisa Pamplona, 350). Além disso, em 2018, o grupo já tem no cronograma a construção de mais uma loja, na mesma cidade (bairro Santa Maria), reforma da unidade Ribeirão Pires e unificação de centro de distribuição, em São Bernardo.

A nova loja do bairro Fundação conta com 4,5 mil m² de área construída, sendo cerca de 1 mil m² voltado para vendas, com 38 vagas de estacionamento no subsolo. O espaço, que gerou 80 empregos diretos, permaneceu por cerca de 1 ano e dois meses em obras.

“O Joanin foi fundado em São Caetano, portanto a região do ABC tem uma importância muito grande para a rede. Essa será a nossa 18ª loja”, diz o gerente comercial, Rubens Castaldello, ao explicar que a rede não revela valor dos investimentos realizados.

E as ações de crescimento não param por aí. Ainda em 2018, São Caetano deve ganhar mais uma unidade no bairro Santa Maria, será a sexta em São Caetano. De acordo como executivo, o projeto para execução das obras já está sendo finalizado.

Outra novidade é a construção do centro de distribuição na altura do km 17 da Via Anchieta, em São Bernardo. O projeto para o empreendimento, em espaço de 50 mil m², está adiantado e as obras estão previstas para serem iniciadas no segundo semestre. “Hoje estamos com 4 centros de distribuição (três em São Caetano e um em Santo André), vamos unificar tudo no novo espaço”, afirma Castaldello.
Espaço segue padrão das grandes lojas

Dentro da programação de melhorias, a unidade de Ribeirão Pires passará por grande reforma. A intervenção deve ser iniciada até maio e prevê a troca de piso, forro e equipamentos e também ganhará espaço para rotisseria, entre outras melhorias.

O Joanin conta com cerca de dois mil funcionários em toda a rede e mantém 15 lojas na região, sendo cinco em São Caetano, quatro em São Bernardo, três em Santo André e uma unidade em Mauá, Diadema e Ribeirão Pires.

Joanin Rubens Castaldello 2018-01-29 Émerson Bezerra