Heineken vai criar centros de distribuição no Sul e no Triângulo

– 04/12/2017

As cidades mineiras de Passos e Pouso Alegre, no Sul do Estado, e Ituiutaba, no Triângulo, deverão receber, em breve, centros de distribuição (CD) da Heineken Brasil, subsidiária da Heineken NV. Segundo player no mercado nacional de cervejas, a marca já possui outras três distribuidoras em Minas Gerais, localizadas nos municípios de Uberlândia (Triângulo), Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte) e Poços de Caldas (Sul), e mais de 20 em todo o País.

As instalações dos CDs estão previstas para o ano que vem. Em Passos, o início das operações poderá ocorrer dentro de três meses. As informações são do prefeito da cidade, Carlos Renato Lima Reis, que se reuniu com o tax director da Distribuidora Heineken Brasil, Jose Domingos Francischinelli, e o gestor de distribuição da empresa, Gilberto Santos, na última semana.

De acordo com Reis, durante o encontro, foram tratadas as intenções da cervejaria a partir da instalação no município, bem como os benefícios que suas operações regionais poderão oferecer. “A empresa está com um plano de expansão para atuação regional e os projetos de viabilidade indicaram Passos, Pouso Alegre e Ituiutaba como as melhores opções”, resumiu.

Ainda conforme o prefeito, a escolha de Passos certamente ocorreu em virtude do potencial da cidade, considerada um dos municípios polo da região Sul de Minas, ao lado de Pouso Alegre. “Os DCs serão responsáveis pela distribuição dos produtos Heineken nas cidades ao redor, fomentando e alavancando ainda mais nossa economia”, avaliou.

Empregos

Para facilitar a instalação da cervejaria na cidade, a prefeitura já está em busca de um galpão adequado para receber as operações. A expectativa, segundo Reis, é que entre 50 e 100 empregos diretos sejam criados logo no início das atividades locais.

“Nosso principal foco nessa parceria será trabalhar em prol da geração de postos de trabalho. Além disso, seremos beneficiados com os investimentos que serão feitos na cidade e os recolhimentos de impostos”, completou.

Procurada pela reportagem, a Heineken Brasil informou que “não comenta especulações de mercado ou investimentos futuros”.

A marca desembarcou em território brasileiro em maio de 2010, quando adquiriu a divisão de cervejas do Grupo Femsa. Em 2017, após a aquisição da Brasil Kirin, a empresa tornou-se o segundo player no mercado nacional de cervejas e passou a ter, em seu portfólio, bebidas não alcoólicas.

Hoje, a Heineken gera mais de 10 mil empregos e possui 15 fábricas no País: Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Blumenau (SC), Campos de Jordão (SP), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Manaus (AM), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE). A capacidade produtiva total da marca no Brasil chega a 38 milhões de hectolitros.

A empresa fabrica e comercializa no mercado brasileiro as marcas Heineken, Desperados, Sol, Kaiser, Bavaria, Bavaria Premium, Bavaria 0,0%, Xingu, Amstel, Kirin Ichiban, Schin, No Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, além de importar Dos Equis, do México, Birra Moretti, da Itália e Edelweiss, da Áustria. O portfólio não alcoólico inclui refrigerantes, sucos, energético e água como Água Schin, Itubaína, K Energy Drink, Schin Tônica, Skinka, Viva Schin, Viva Schin Mini.

(Fonte: Diário do Comércio)

Brasil é sexto país mais perigoso para transporte de carga

Destaques

01/12/2017 – O Globo

O Brasil ocupa a sexta colocação em um ranking de 57 países em que fazer o transporte de carga é mais arriscado, segundo pesquisa realizada este ano pelo comitê de transporte de cargas do Reino Unido – o Join Cargo Committee. O país só perde para regiões conflagradas e em guerra, como Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul. Os dados foram apresentados durante seminário “Ilegal, e daí?”, realizado pelo jornal O GLOBO, em parceira com Extra, Valor Econômico e revista Época. Para o procurador do Ministério Público Federal José Maria de Castro Panoeiro, as quadrilhas de roubo de carga e contrabando estão estruturadas em cadeias de distribuição, que financiam grupos, organizados como empresas.

Essa estrutura funciona como se fosse uma empresa. Em geral, ataca-se a ponta, mas isso não resolve o problema porque você prende um receptador que é só uma peça na engrenagem. Você tem que desmontar a máquina, mas precisa de um trabalho de investigação. Hoje, em 90% dos casos, processo criminal é de prisão em flagrante, não tem trabalho investigativo — observa Panoeiro.

O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, Antônio Gustavo Rodrigues, revelou que um dos desafios para enfrentar os cartéis de criminosos é rastrear o dinheiro e o produto da lavagem de dinheiro:

— Tem que haver o casamento da área jurídica com econômica. Nós monitoramos as movimentações suspeitas e transações financeiras, mas nem toda operação suspeita é ilegal e muitas são feitas por grandes empresas constituídas. Quando o recurso entra no banco, é possível rastrear sua origem. Mas o dinheiro vivo é muito difícil de se identificar — ponderou Rodrigues.

Para a presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputada Martha Rocha (PDT), o roubo de cargas no estado se transformou em uma forma de diversificação dos negócios do tráfico de drogas.

— As organizações criminosas estão utilizando o roubo para financiar a compra de armas. Somente este ano, os caminhões que transportam cargas de uma empresa fabricante de biscoito e macarrão, com sede na Pavuna, foram roubados 47 vezes — lembrou a deputada.

CIGARROS: METADE É CONTRABANDEADA

Entre os cinco produtos mais roubados nas estradas do Rio de Janeiro está o cigarro. Neste mercado, a indústria estima que hoje metade do que é vendido no país seja resultante de roubo ou contrabando.

— No Rio, já não entregamos em diversas áreas da cidade. No Rio Grande do Sul, nós fechamos uma fábrica por causa do contrabando, e reduzimos em 30% a compra de fumo e matéria-prima de agricultores. O imposto no Paraguai é de 16%, aqui é de quase 80%. O produto do Paraguai chega aqui com um terço do preço, e 70% dos produtos contrabandeados no Brasil têm origem nesse país vizinho. Além disso, essa prática põe em risco toda política de saúde pública brasileira em relação ao cigarro, na medida em que o produto ilegal tem compostos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) — ressalta Liel Miranda, Presidente da Souza Cruz.

No varejo, o roubo e o contrabando de produtos têm elevado os custos das empresas e aumentado o preço cobrado ao consumidor, ou ainda tem levado ao desabastecimento de algumas áreas da cidade do Rio. Com seu principal centro de distribuição localizado em uma área conflagrada da Zona Norte, o grupo chileno Cencosud, que opera o supermercado Prezunic, calcula um aumento de 400% no número de ataques aos caminhões transportadores de alimentos e produtos, no ano passado.

— Montamos um comitê de crise de prevenção de perdas para coibir o roubo de cargas. Em duas horas, o veículo é abordado e esvaziado para depois ser comercializado em feirões livres. Isso leva ao aumento do custo do frete, necessidade de implementar a segurança privada, mudar janelas de entrega, sistema de comboios de veículos, alteração de rotas. E parte da população opta por comprar produtos mais baratos no mercado ilegal – alerta Marco Aurélio Prometti, diretor do Prezunic.

O procurador do Ministério Público Federal José Maria de Castro Panoeiro defendeu a responsabilidade coletiva na compra de produtos roubados e contrabandeados:

— É reponsabilidade de quem compra e, por isso, é preciso difundir uma cultura da noção de coletivo. Cada um pensa em si, somos individualistas, mas por trás do mercado ilegal está a eliminação do mercado legal — ressalta Panoeiro.

O seminário “Ilegal, e daí?”, realizado pelo jornal O GLOBO em parceira com Extra, “Valor” e “Época”, tem patrocínio de Enel, Light, Souza Cruz e Sindicom.

Por O GLOBO

Mercado de galpões logísticos mostra recuperação da economia, de acordo com análise da Buildings

Estoque logístico teve queda na taxa de vacância e aumento de absorção líquida. Atenta ao cenário promissor, Buildings cria nova ferramenta de classificação para análise desse segmento imobiliário.

O mercado brasileiro de condomínios de galpões logísticos é relativamente novo, mas cresceu de uma forma notável nos últimos anos, não somente em tamanho, mas também em qualidade. Por esse motivo, uma nova classificação de análise desse estoque é importante, o que fez a Buildings Pesquisa Imobiliária lançar recentemente uma ferramenta própria de monitoria específica para o segmento.

Em 2010, o mercado nacional contava com 7.431.122 m² em condomínios de galpões logísticos. Hoje, segundo os resultados da pesquisa Buildings do terceiro trimestre de 2017, já são 19.559.259 m², ou seja, em sete anos o mercado cresceu acima de 163%.

A maior parte do estoque nacional é composta por empreendimentos de boa qualidade – 71% de todo mercado são compostos por espaços do tipo A, AA e AAA. Esse estoque total continua bem concentrado na Região Sudeste, que detém pouco mais de 15 milhões de m². E apenas o estado de São Paulo possui 287 condomínios logísticos, totalizando 11,6 milhões de m². Deste total, 74% são compostos por empreendimentos classe A (A, AA e AAA), sendo que a maior parte é composta por triple A.

Considerando apenas este estoque Classe A do estado de São Paulo, os resultados da pesquisa do terceiro trimestre de 2017 demostram que a vacância caiu, enquanto a absorção líquida foi boa, chegando a 269,648 mil m². “Não se trata de um recorde, mas frete ao cenário econômico é um número bem positivo”, diz Fernando Didziakas, diretor de negócios da Buildings.

Em relação à atividade construtiva, embora ainda esteja em queda, apresentou pouco menos de 400 mil m² no terceiro trimestre. Não se trata de um número baixo, se considerado que o mercado está com vacância perto dos 28%. Em contrapartida, existem 2,3 milhões de m² em projetos que aguardam a melhora do mercado.

Nova classificação — A classificação da Buildings leva diversos pontos em consideração, como a altura do pé-direito, a capacidade do piso, a quantidade de docas por metro quadrado, entre outros fatores, como a existência de pátio de manobras, de vagas de espera e de certificação ambiental. E por meio da nova funcionalidade do sistema CRE Tool da Buildings, o módulo Empresas, a análise de mercado fica ainda mais detalhada, levando a novos resultados.

Entre outras vantagens da classificação, como comparativo de preços pedidos e a identificação das maiores absorções recentes, está a análise detalhada de proprietários e locatários, o que permite identificar setores da economia que estão em crescimento. Entre os cinco maiores proprietários identificados estão GLP, Hines do Brasil, Prologis, LOG e Marabraz. E os “top 5” locatários são Unilever Brasil, Grupo Pão de Açúcar, AGV Logística, Lojas Americanas e DHL.

“A classificação industrial é muito importante para entender e acompanhar o comportamento de cada tipo de ativo, de acordo com suas especificações técnicas, podendo-se comparar condomínios com as mesmas qualidades”, afirma Fernando Didziakas, diretor comercial da Buildings.

Frutas e hortaliças produzidas no Espírito Santo terão rastreabilidade

A portaria conjunta que estabelece o sistema foi assinada na manhã desta sexta-feira (24).

Por: Nova Notícia

Publicado em 26/11/2017 às 20:16h.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), assinou na manhã desta sexta-feira (24), durante a abertura do evento TecnoAgro Espírito Santo, em Vitória, a portaria conjunta que estabelece o sistema de rastreabilidade de frutas e hortaliças produzidas ou comercializadas no Espírito Santo.

Com isso, todas as etapas de produção, transporte, armazenamento e comercialização das frutas e hortaliças frescas terão registro digital para que o consumidor e as autoridades possam saber de todos os processos aos quais foram submetidos estes alimentos.

A portaria foi elaborada após debate realizado pelo Grupo de Trabalho criado pelo Ministério Público Estadual e contou com a participação da Seag, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Pomar e Extrafruti. A promotora de Justiça Sandra Lengruber também participou da assinatura.

Durante a solenidade de abertura do TecnoAgro Espírito Santo, o governador Paulo Hartung ressaltou que o evento é importante na busca por avanços na agricultura capixaba. Hartung destacou ainda o papel socioeconômico do setor. “Essa é a primeira edição de um evento que tem tudo para se consolidar em nosso Estado. A agricultura liderou no Espírito Santo durante séculos na busca da caminhada pelo desenvolvimento. Evidentemente, precisamos ter a capacidade de olhar para frente. Esse evento é uma tentativa de avançarmos neste mundo competitivo que vivemos – avançar e modernizar na prática da agricultura em terras capixabas”, pontuou.

Paulo Hartung ressaltou também a importância dos produtores estarem conectados com o consumidor final. “Importante avançar nas relações com os consumidores externos e internos. O mundo avança por um pedido de vida saudável. Precisamos conectar nossa agricultura neste mundo onde os consumidores querem saber a origem e forma de produção”, completou o governador.

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, que participou do painel sobre a inovação no agronegócio, afirmou que a portaria que institui a rastreabilidade é uma inovação importante. “O consumidor vai poder ir ao supermercado e, com o smartphone, conseguir acessar por meio de um QR Code as informações de como foi produzido aquele alimento, onde foi, como foi o processo de produção. Para a elaboração dessa portaria da Seag e Sesa a participação do Ministério Público foi fundamental”, afirmou.

A promotora Sandra Lengruber destacou o trabalho em conjunto e a importância da atuação para garantir a segurança alimentar.

O prazo para a implantação da portaria será de 180 dias para produtos como mamão, banana, tomate, repolho, chuchu, pepino, beterraba e inhame e de 365 dias para os demais produtos, a contar da data da publicação.

A identificação poderá ser realizada por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code, ou qualquer outro sistema que permita identificar as frutas e hortaliças frescas de forma única e inequívoca.

Utilização de caixas plásticas na Ceasa
Além disso, também foi assinada uma portaria conjunta entre Seag, Idaf e as Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) para normatizar a utilização das caixas no entreposto.

Ela estabelece que o acondicionamento dos produtos seja feito apenas em caixas de madeira ou papelão de primeiro uso, ou em caixas plásticas retornáveis devidamente higienizadas.

Para o diretor-presidente do Idaf, Junior Abreu, esta é uma importante conquista. “A utilização de caixas de madeira usadas no acondicionamento desses produtos é um veículo de disseminação de pragas regulamentadas dos vegetais, além de outras doenças que podem representar risco potencial para a saúde humana e da perda da qualidade do produto”, disse o diretor.

“Hoje demos um passo muito importante para promover a segurança alimentar de quem consome os hortifrutigranjeiros capixabas. Assinamos a portaria que trata sobre a implantação do sistema de caixas plásticas na Ceasa e, com isso, iremos diminuir o uso de caixas de madeiras, que são responsáveis por proliferar doenças e pragas no campo”, declarou o diretor-presidente da Ceasa-ES, Luiz Carlos Prezotti.

Decreto regulariza atividades agrossilvipastoris em APP
Ainda no evento o governador Paulo Hartung assinou o decreto que dispõe sobre a continuidade e regularização de atividades agrossilvipastoris em áreas de preservação permanente (APP) de uso consolidado.

Com o novo decreto, essas áreas que foram ocupadas até 22/07/2008 poderão ter seu uso ampliado ou mesmo alterado, desde que seja mantida uma atividade agrossivilpastoril que não implique novos desmatamentos.

Além disso, o decreto estabelece que tais intervenções deverão ser previamente autorizadas pelo órgão licenciador competente, estando vedada qualquer ampliação ou alteração de atividade nas áreas destinadas à recomposição florestal.

As novas diretrizes irão evitar as divergências interpretativas do Código Florestal, permitindo assim maior agilidade nas análises dos requerimentos de licenças ambientais, mais segurança jurídica e ainda atuação mais homogênea por parte dos órgãos que compõem o sistema estadual de meio ambiente do Espírito Santo.

Venda de mantimentos via e-commerce cresce 30% no mundo, aponta estudo da Kantar

As vendas de mantimentos por meio de plataformas de comércio eletrônico cresceram 30% nos 12 meses terminados em março de 2017, aponta o relatório “O Futuro do Comércio Eletrônico em FMCG”, elaborado pela Kantar Worldpanel e publicado hoje.

O estudo mostra que o e-commerce representa agora 4,6% de todas as vendas de produtos de grande consumo globalmente. Enquanto o canal está crescendo, o mercado de FMCG caminha lentamente, aumentando apenas 1,3% durante o mesmo período.

O comércio online contribui para o recorde de 36% do crescimento global do FMCG, devendo superar o crescimento do consumo no varejo off-line. “Nossas projeções mostram que em 2025 o FMCG on-line será um negócio de US$ 170 bilhões e manterá uma participação de mercado de 10%”, afirma Stéphane Roger, diretor Global de Compras e Varejo da Kantar Worldpanel.

“A demanda é latente no Brasil, visto que 34% dos consumidores buscam informações sobre preço e produto e 20% já compram online, porém a atividade ainda é muito voltada para viagens e eletrônicos em geral. Quando compradas categorias de alto giro, o ticket é 10% superior no online vs offline, sendo realizado por um perfil jovem (até 39 anos) e que deseja facilidade. São buscadores de preço e promoção e têm entre seus principais canais de gasto o atacarejo”, destaca o diretor.

Stéphane Roger destaca ainda que o que não favorece o desenvolvimento no Brasil é o fato de a oferta de e-commerce no país ainda ser restrita (somente 2 dos top 5 varejistas oferecem), com experiência de compra longe das que são oferecidas pelas lojas físicas, além de não ofertarem benefícios claros ao shopper (entrega, sortimento e promoção).

“O desenvolvimento do e-commerce é essencial para que sejam otimizadas as ações de trade da indústria, portanto podendo, além de desenvolver as categorias, maximizar investimento. Aos varejistas é a ferramenta mais oportuna para gerar lealdade: quem compra no online é mais fiel às lojas físicas da mesma bandeira”, ressalta.

Hotspots globais

Em termos de crescimento absoluto do valor, os seis principais contribuidores são todas as principais economias, lideradas pela China e os Estados Unidos. Os outros países de melhor desempenho são a Coreia do Sul, o Reino Unido, o Japão e a França. No ano passado, o valor aumentou 52% na China, 41% na Coreia do Sul, 31% nos Estados Unidos, 8% no Reino Unido, 7% na França e 5% no Japão.

No entanto, o setor de compras online também está se expandindo para novos mercados. Houve um crescimento significativo do valor, por exemplo, na Tailândia (+ 104%), na Malásia (+ 88%) e no Vietnã (+ 69%), onde o comércio eletrônico está em estágios iniciais.

Europa

A Europa continua a ser um continente dividido. Com uma participação de 5,6% em termos de valor em 2016, é o segundo maior mercado no mundo para o comércio eletrônico após a Ásia. No entanto, enquanto o Reino Unido e a França continuam um passo a frente no comércio eletrônico – com 7,5% e 5,6% de market share, respectivamente – Alemanha (1,7%) e Holanda (2,6%) estão atrasados.

Além disso, há sinais de que o comércio eletrônico está diminuindo na Europa. Mercados maduros como França e Reino Unido – enquanto ainda evoluem – estão fazendo isso em uma taxa mais lenta.

Estados Unidos

Conhecida por sua conexão com hipermercados de grande formato, a penetração de compra online aumentou rapidamente no país nos últimos meses, atingindo 30% da população total. As despesas anuais com alimentos e álcool via comércio eletrônico devem atingir neste ano US$ 20 bilhões.

América do Sul

Houve um ligeiro aumento no gasto de supermercado online na América Latina nos últimos 12 meses. A falta de confiança nos métodos de pagamento, juntamente com a crescente popularidade dos formatos de desconto, faz dela uma das regiões mais difíceis para as marcas obterem sucesso no mundo online.

Em toda a América Latina, o comércio eletrônico está muito além dos métodos tradicionais de compras. A exceção é a Argentina, onde o canal está excedendo o uso em relação ao resto da região.

Previsão para 2025

As projeções da Kantar Worldpanel mostram que até 2025 o FMCG on-line será um negócio de US$ 170 bilhões e manterá uma participação de mercado total de 10%.

A Coreia do Sul e a China continuarão a liderar o caminho, e a Ásia em geral permanece na vanguarda do uso do canal. A grande expansão global virá dos Estados Unidos, as previsões apontam uma elevação da participação do comércio eletrônico de 1,5% em 2017 para 8% em 2025. Isso pode ser atribuído ao lançamento bem-sucedido de modelos de compra, entrega e assinatura e a aceleração de modelos disruptivos.

Outras conclusões do relatório:

Megacidades

As megacidades tornaram-se criadouros naturais para o comércio eletrônico. Por exemplo, em Londres, Pequim e Xangai, a modalidade representa 10% do mercado dos FMCG.

Trabalho em conjunto

“Sabemos que o comércio eletrônico ainda está canibalizando as compras off-line. No entanto, há evidências crescentes de que os formatos on-line – em isolamento – não são mais a melhor opção para ganhar participação. É sobre como on-line e off-line funcionam juntos para criar uma melhor experiência de compra”, diz Stéphane Roger.

Categorias

Produtos de cuidados pessoais e com o bebê continuam a dominar a cesta online. As famílias jovens e com pouco tempo estão cada vez mais procurando conveniência quando se trata de repetir as compras dos itens essenciais para as famílias.

Foco na Amazon e Alibaba

A percepção do comércio eletrônico mudou dramaticamente após a aquisição da Whole Foods pela Amazon e a aliança da Alibaba com o grupo Bailian.

Comércio móvel e social

Os consumidores digitais de hoje estão sempre conectados, procurando produtos em movimento e comparando preços. É neste espaço que as marcas FMCG agora precisam se posicionar.

Tecnologia como acelerador principal

Os avanços em tecnologias como o comércio de voz e a Internet de coisas permitiram que o comércio eletrônico se tornasse uma indústria mais racionalizada e centrada no consumidor.

Confira o estudo completo aqui

Kantar Worldpanel

A Kantar Worldpanel é especialista global em comportamento de consumo. Através de um monitoramento contínuo, análises avançadas e soluções customizadas. Possui mais de 60 anos de experiência, um time de 3.500 funcionários e serviços que cobrem 60 países diretamente.

Kantar

A Kantar é uma das maiores empresas do mundo em informação e consultoria. Trabalhando em conjunto e em todo espectro de disciplinas de pesquisa e consultoria, suas marcas especializadas empregam 30 mil colaboradores, promovendo insights inspiradores e estratégias de negócios para clientes em mais de 100 países. A Kantar faz parte do grupo WPP e seus serviços são utilizados por mais da metade das empresas Fortune Top 500.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Kantar Worldpanel

Mercatone – O primeiro industriarejo do Brasil

15/11/2017 Novidades no Mercado

A distribuição de alimentos está passando por uma profunda reformulação. Todos os modelos tradicionais estão sendo revistos em função de criar cada vez mais economia e acessibilidade direta dos clientes finais.

E-COMERCE, Grupos de Compra, Atacarejos, etc. são só alguns dos conceitos recém desenvolvidos para que todo consumidor doméstico ou profissional adquira os bens necessários da forma mais econômica possível.

Surgiu assim no setor de inovação da ZINI BRASIL uma ideia, até banal, porém inédita, em criar um link direto entre sua fábrica em São Paulo e o enorme número de operadores do fast food que teoricamente podem ser seus clientes, consumidores e manipuladores.

Se calcula que existem na GSP mais de 100.000 lugares onde os alimentos são preparados e servidos em uma população estimada de aproximadamente 22 mil moradores fixos e viajantes.
Como atingir um número tão grande?

Qual estrutura e, de forma derivada, quais custos são necessários para que o alimento chegue ao usuário no caótico trânsito da 5ª maior metrópole do mundo?

Nasceu assim a ideia do INDUSTRIAREJO ZINI. Uma parte da indústria foi convertida em Armazém de estoque e exposição dos produtos da ZINI, e as portas foram abertas para que o consumidor profissional, notadamente o empresário do food service, tenha acesso direto ao estoque pronto para venda. Eliminando assim todo custo da logística na GSP e repassando ao cliente a economia assim alcançada. Simples assim. Esta linha direta sem similares no mercado do Brasil foi rebatizada de INDUSTRIAREJO.

O MERCATONE da ZINI porém não se limita a disponibilizar os produtos da empresa idealizadora. Apesar de serem bem variadas e divididas em 2 categorias mercadológicas chamadas ZINI FLOURS (farinhas termolizadas) e ZINI FOODS (massas frescas, polentas e complementares) não são suficientes para justificar a ida do cliente final ou do micro distribuidor até o MERCATONE.

Então o projeto foi ampliado até incluir outros fabricantes brasileiros de alimentos ligados ao conceito da Dieta Mediterrânea, porem comercializados de forma inédita e inteligente através do antigo princípio da permuta (que era a prática comercial dos índios brasileiros antes da chegada de Cabral).

Na prática, toda indústria integrada no conceito MERCATONE é paga pela ZINI BR com seus produtos ou serviços. Consequentemente os alimentos dos terceiros produtores no INDUSTRIAREJO ZINI são repassados aos clientes pelo mesmo preço com o qual são comprados, sem qualquer aumento ou margem de revenda, porque na realidade o lucro está na venda dos produtos da ZINI ALIMENTOS BR que são utilizados na permuta. Conceito tão simples que fica até difícil de explicar, mas que abre as portas a uma nova forma de entender a colaboração entre empresas quando se percebe um comum objetivo.

Todos profissionais do fast food de São Paulo, independentemente do tamanho, estão convidados para conhecer o INDUSTRIAREJO ZINI BR no Bairro do Limão (50 metros da Marginal Tietê) e verificar se mais esta inovação da ZINI vai acertar no alvo, pois é importante que todos os produtos ligados à Dieta Mediterrânea sejam tradicionais na receita, mas modernos na tecnologia de produção e distribuição.

Logística não segue avanço do agronegócio

Editorial

07/11/2017 – Estadão

O agronegócio brasileiro “cresceu a passos largos nos últimos 50 anos”, se destacando como o segundo maior exportador do mundo, porém, a infraestrutura logística não acompanhou essa expansão, afirmou o consultor para logística e infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet. “Crescemos e exportamos muito, mas ainda gastamos demais com logística.” Segundo ele, a logística está sufocando a produção rural, não apenas para o agricultor, mas para toda a cadeia produtiva.

Fayet estava entre especialistas, empresários e autoridades que participaram do fórum Logística e Infraestrutura no Agronegócio, realizado nesta terça-feira, 8, em São Paulo – uma parceria do Estado com a CNA.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, essa defasagem se dá porque o Brasil investiu pouco em infraestrutura nos últimos anos. “Se comparamos o investimento de 2013 até hoje, a redução é de mais de 50%, o que agrava um problema crônico do País”, disse Borges.

“Nossa infraestrutura logística foi construída antes da explosão do agronegócio”, explica o presidente da CNA, João Martins da Silva. Ele afirmou que o agronegócio brasileiro dentro da porteira é capaz de produzir mais e melhor, mas para fora é “um pesadelo”. O executivo citou que são milhares de quilômetros de caminhão em rodovias precárias e portos congestionados. “Essas condições elevam em 25% o valor do frete e no Norte chega a 35%”, afirmou. “Pelo menos 60% da carga é transportada por estradas.” João Martins comentou ainda que os modais mais recomendados, como o ferroviário e o hidroviário, são pouco usados. “Esses modais têm capacidade mais elevada, são menos poluentes e têm custos muito menores.”

Todos concordaram que grande parte da produtividade do agronegócio brasileiro, resultado de pesquisas e investimentos do produtor, se perde no trajeto da fazenda até o porto – são mais de 1.500 km em trechos terrestres. Segundo Fayet, da CNA, um terço da produtividade do campo é gasto com logística. “A logística sufoca o desenvolvimento do agronegócio.”

Concessões. Os desafios do agronegócio, em especial no momento em que a economia começa a se recuperar de uma recessão, exigem soluções duradouras e, nesse cenário, as concessões surgem como prioridade. “Há muito tempo não se dá ao setor a importância que ele merece”, disse Borges, presidente executivo ABCR. “A concessão nasceu da falta de recursos dos governos”, argumentou.

“Sabemos da situação em que o governo se encontra, então, sabemos que no curto prazo investimento estatal não vai acontecer. Acho que é fundamental a iniciativa privada para o desenvolvimento da logística e infraestrutura no Brasil”, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos.

Para o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, o desafio do setor produtivo em logística é constante. O presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luiz Baldez, explicou que seria mais eficiente se o dinheiro investido em políticas de subsídios à safra agrícola fosse revertido para reduzir o custo de infraestrutura. “Essa conta precisa ser feita pelo Estado.” Fábio Trigueirinho, secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), concorda: É mais importante investir em infraestrutura do que subsidiar sua ineficiência”.

Ferrovias. O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos, disse no mesmo evento que chegou o momento de “passar as ferrovias a limpo”.

Ele salientou que o governo está atualmente tratando das concessões existentes no setor. “É um tema difícil de tratar, mas temos, da parte do governo, a pretensão de renovar esses contratos que vencem daqui 12 anos”, argumentou. Segundo Bastos, “temos de passar a ferrovia a limpo; não adianta dizer que existem milhares de quilômetros de ferrovia e não a utilizamos.”

Ele observou, ainda, que a Ferrogrão pode dar um impulso à logística do País. “Vamos ver se se vamos ter investidores para isso”, afirmou. A Ferrogrão é uma ferrovia desenhada por um grupo de investidores (Bunge, Cargill, Maggi e Louis Dreyfus) do Centro-Oeste.

Para o presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luiz Baldez, a “logística brasileira é ineficiente e cara”. No caso das ferrovias, o problema é precificar o frete pelo rodoviário. Baldez citou que falta no Brasil uma integração entre as malhas ferroviárias e há divergências em relação ao direito de passagem, que permite o compartilhamento de um trecho concedido.

O diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fernando Paes, diz que de acordo com os próprios dados do governo o custo do frete ferroviário equivale a 50% do rodoviário, R$ 78,96 ante R$ 140,00 a tonelada por quilômetro útil. Para Paes, a expectativa é que, com a renovação das concessões, o passivo do setor seja solucionado.

Por O Estado de São Paulo – SP

Rastreabilidade de alimentos gera responsabilidade a todos os integrantes da cadeia de abastecimento

O consumidor bem informado quer saber tudo sobre seus alimentos e bebidas. Além da procedência dos alimentos e bebidas, as famílias procuram hoje fazer a conexão entre produtos confiáveis com aqueles que são produzidos com base em responsabilidade social e ambiental. Essas premissas começam a determinar a confiabilidade em determinadas marcas da indústria alimentícia. Foi essa apenas uma das conclusões do Seminário Internacional de Segurança do Alimento, promovido recentemente pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

A responsabilidade em produzir alimentos confiáveis no que se refere à capacidade de abastecer o mercado com produtos saudáveis e certificados por órgãos competentes foi discutida por representantes da GS1 Argentina, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), do Carrefour Brasil, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Instituto de Tecnologia de Alimentos, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo. “A tecnologia nos leva a aprimorar os sistemas que ampliam a visibilidade e a transparência das informações na cadeia de suprimentos, levando-nos a produtos mais seguros, que são o nosso principal objetivo”, afirma Roxana Saraiva, Coordenadora Regional de Rastreabilidade da GS1 Latam. Roxana ressalta a tendência de uso da tecnologia blockchain, que oferece uma plataforma descentralizada de informações e contribui muito para que os processos de rastrear alimentos e ingredientes nos momentos de recall.

Os padrões de identificação GS1 – lidos por meio de códigos lineares, bidimensionais ou por radiofrequência – fornecem a toda a cadeia a geração de um banco de dados de cada item. Informação precisa gerada por produtores, indústria, distribuidores e varejo é o princípio de processos bem orientados. A informação correta e confiável é, portanto, a condição básica para a segurança do consumidor. Tanto do ponto de vista do produtor, do distribuidor e do varejista quanto do ponto de vista do consumidor, a capacitação sobre normas e padrões é fundamental.

Luis Madi, diretor geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos; e Márcio Milan, superintendente da ABRAS, afirmam que educação traz embasamento científico para todas as partes. “Precisamos informar a população sobre o que ela quer saber de produtos responsáveis; só assim combateremos as informações desencontradas e apontaremos o caminho da alimentação de qualidade”, explica Madi. Já Milan, demonstra a responsabilidade do Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (RAMA), implantado pela ABRAS para orientar os supermercadistas sobre uso e controle de defensivos agrícolas em frutas, legumes e verduras. “De forma crescente e evolutiva, supermercadistas, fornecedores e produtores percebem a necessidade e a importância da adesão ao programa, que é referência como ferramenta no apoio ao controle de defensivos agrícolas, garantindo segurança à população”, destaca Milan.

Helinton José Rocha, auditor fiscal Federal Agropecuário e Coordenador da Produção Integrada da Cadeia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, explica que sua pasta trabalha para o consumo responsável e sustentável. “Precisamos combater a contrainformação e a desinformação a respeito da indústria alimentícia e a rastreabilidade nos ajuda nisso, pois distribui as responsabilidades na cadeia de abastecimento”, afirma Rocha. A sustentabilidade é um dos objetivos do trabalho do auditor que, segundo seu conceito, “é possível a partir de uma produção orientada pelo socialmente justo, ambientalmente correto e economicamente viável”.

Ellece tem novo centro de distribuição em São Paulo

CD de mais de 15 mil m² está localizado dentro de condomínio logístico em Guarulhos

A Ellece Logística passou a contar com um novo centro de distribuição, localizado na cidade de Guarulhos (SP). A unidade, situada dentro do condomínio logístico GLP Guarulhos, no km 207 da Rodovia Presidente Dutra, será utilizada para atender expansões das operações da empresa e também novos clientes.

O novo CD apresenta 15.600 m² de área de armazenagem para carga seca, pé direito de 12 metros e um total de 57 docas. Com a novidade, a Ellece passou a contar com três CDs, dois deles localizados em Guarulhos e um no município de Extrema (MG).

A Ellece Logística foi fundada em 2011, expandindo seus negócios para atender outros embarcadores no mercado a partir da experiência adquirida ao longo de décadas com as operações da companhia Pandurata Alimentos, detentora das marcas Bauducco e Visconti.

A empresa atua em toda a cadeia logística, com serviços de armazenagem, movimentação e distribuição de cargas secas e refrigeradas, além de oferecer serviços de etiquetagem, empacotamento e copacking. No último mês de setembro, a Ellece recebeu a certificação ISO 9001, que reconhece os altos padrões de qualidade da organização.

Mundo Verde quer iniciar e-commerce no ano que vem

SÃO PAULO – A rede de produtos naturais Mundo Verde, que pertence à família Wizard Martins, prepara uma forte expansão para 2018. A companhia, que fechará este ano com 400 unidades no País, decidiu criar um modelo de lojas compacto, em formato de quiosques, para acelerar o crescimento. O objetivo da empresa é terminar o ano que vem com 500 unidades, sendo pelo menos 50 no modelo de quiosque, que exigirá um investimento menor dos franqueados. Para 2018 também está previsto o início da operação do e-commerce da rede.

A motivação para a abertura de quiosques, conta o presidente da rede Mundo Verde, Charles Martins, é permitir que a empresa ocupe espaços mais rapidamente, oferecendo uma opção de formato mais barato para os interessados em franquias – enquanto uma loja completa hoje custa pelo menos R$ 400 mil, o quiosque deve sair por, no máximo, R$ 120 mil. A estimativa é que essas unidades garantam o retorno do investimento em 12 meses.

As unidades compactas, que deverão ser abertas sobretudo em shopping centers, vão vender uma seleção dos produtos da empresa, com ênfase em marcas próprias. A estratégia será complementada com uma operação de comércio eletrônico, que terá site na internet e aplicativo para smartphones.

Segundo Charles Martins, hoje cerca de 15% das vendas da Mundo Verde – que deve fechar 2017 com um faturamento de quase R$ 600 milhões – já vêm dos produtos de marca própria. A rede divide esse esforço na marca Mundo Verde Seleção, que hoje já tem 120 produtos, e na Elixir, que tem 32 itens.

A primeira marca é voltada a alimentos e bebidas, enquanto a segunda se concentra em cápsulas voltadas sobretudo para o público feminino. Entre os itens da Elixir estão colágeno e ômega 3. Martins diz que a meta é que as marcas próprias representem 50% das receitas já nos próximos cinco anos.

Fundada há 30 anos, a rede foi comprada pela Sforza, empresa de investimentos criada por Carlos Wizard Martins, pai de Charles, após o empresário se desfazer do Grupo Multi, dono das escolas de idiomas Wizard. Vendido para a britânica Pearson, no fim de 2013, o negócio foi estimado em quase R$ 2 bilhões.

Desde então, a holding – que reúne, além do patriarca, seis dos filhos, incluindo dois adolescentes – começou a diversificar investimentos. Hoje, a holding é dona, por exemplo, das marcas Topper e Rainha (adquiridas da Alpargatas), de uma fatia da rede de idiomas Wise Up e da operação brasileira da rede de fast-food Taco Bell.

Os fundadores da Mundo Verde, os irmãos Jorge Antunes e Isabel Antunes Joffe, abriram a primeira loja no Rio de Janeiro, em 1987. Vinte e dois anos mais tarde, quando já somava 126 lojas, a rede foi vendida para o Axxon Group, fundo de private equity (que compra participações em empresas). Quando os Wizard assumiram o controle, em agosto de 2014, a Mundo Verde tinha a 300 unidades e receita estimada em R$ 400 milhões.

Proposta de valor

Para o consultor Adalberto Viviani, especializado em alimentos e bebidas, o segmento de produtos saudáveis tem um futuro promissor no País, pois ainda faltam varejistas que reúnam esse tipo de produto de forma conveniente. "A maior parte dos itens da Mundo Verde pode ser encontrada em supermercados, mas, para fazer uma compra completa, o cliente precisa ir a dois ou três lojas", explica. "Outra vantagem é que o consumidor que busca produtos saudáveis está disposto a pagar um valor mais alto."

Com a experiência dos antigos donos da Wizard em franquias, Viviani diz que a Mundo Verde conseguiu criar um sistema organizado, tanto do ponto de vista de lojas quanto de produtos. "É um negócio que está bem estruturado e gerido. Conseguiu montar mix de produtos e sistema de atendimento que funcionam tanto nos shoppings mais populares quanto nos das regiões mais ricas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo