Santo André retoma distribuição de medicamentos no município

São Paulo – A Prefeitura de Santo André quitou dívida de R$ 7 milhões com fornecedores de medicamentos da rede municipal para retomar o abastecimento. Segundo dados da Secretaria de Saúde, 63% dos medicamentos estão em falta.

Herdada da última gestão, o débito foi totalmente quitada pela administração Paulo Serra (PSDB). O planejamento para quitar a dívida foi elaborado por uma comissão que fez a revisão de contratos e o corte de gastos.

A expectativa da atual gestão é de que a distribuição de medicamentos no município seja normalizada até o final deste mês.

Além de renegociar a dívida, a gestão revisou a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remune) e reduziu a lista de 500 para 275 medicamentos, retirando os não autorizados pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). A adequação da lista representa para a cidade uma redução de custos de R$ 6 milhões por mês.

Para a secretária municipal de Saúde Ana Paula Peña Dias, é necessário "garantir aquilo que de fato é essencial para tratamentos e excluir medicamentos e compostos que não tem eficácia comprovada e que geram altos gastos para os cofres públicos", afirma.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, dos 500 itens de medicamentos distribuídos pelo município, 238 estavam sem contrato e sem processo de contratação. Além disso, a paralisação no fornecimento, no final de 2016, fez com que a pasta ficasse sem 63% dos medicamentos e o setor de psicotrópicos atingisse 10% de abastecimento.

Ações complementares

Entre outras ações de saúde promovidas no município, estão o Programa Saúde Fila Zero, que permite às unidades de saúde a quitação de dívidas anteriores com o município por meio de atendimento gratuito à população; a retomada das obras de adequação do Pronto Atendimento (PA) Bangu, com investimento de R$ 2 milhões do Executivo e data para entrega em abril de 2018 e a reabertura do Hospital Dia no Centro Hospitalar "Dr. Newton da Costa Brandão", possibilitando realizar 120 cirurgias de baixa complexidade por mês.

A pasta da Saúde iniciou, em março, a ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família, de acompanhamento da população, de 25% para 35%.

Felipe Blesa

Teresa Leitão alerta para problemas na distribuição de medicamentos

Em 15/05/2017 – 17:05

Falhas na distribuição de medicamentos sob responsabilidade do Governo do Estado – apontadas em matéria jornalística veiculada no último fim de semana – motivaram o discurso da deputada Teresa Leitão (PT) na Reunião Plenária desta segunda (15). A parlamentar alertou para o risco da expansão de doenças já controladas no País, como sífilis e tuberculose, em função da descontinuidade dos tratamentos.

“O que mais me tocou foi o depoimento de uma criança com diabetes que pediu, como presente de aniversário, doses de insulina”, mencionou. Teresa citou, ainda, o caso de uma servidora da Assembleia que, mesmo com decisão judicial, não consegue ter acesso aos medicamentos de uso contínuo para tratamento da mesma doença.

Segundo a petista, tais problemas já haviam sido verificados pela Comissão Especial de Combate ao HIV/Aids, Tuberculose e Hepatites, que funcionou na Casa entre os anos de 2015 e 2016. “O que foi evidenciado pelo relatório do colegiado não está merecendo a devida atenção do Estado. Portanto, vou requerer à Comissão de Saúde a realização de um debate sobre o tema”, informou.

S. André normaliza estoque de remédios

14 de Maio de 2017

A Prefeitura de Santo André anunciou que o abastecimento de medicamentos, nas unidades de saúde, voltou a funcionar, após pagar uma dívida de R$ 7 milhões, herdada da gestão de Carlos Grana (PT). Por conta desse débito, o fornecimento de remédios havia sido interrompido.

A previsão é de que a situação do reabastecimento seja totalmente normalizada até o fim de maio. Segundo o prefeito, Paulo Serra, 50% dos remédios voltarão a estar disponíveis nas unidades. "Esperamos que até o fim do mês a situação esteja normalizada."

Entre os remédios com maior procura, estão os para tratamento de hipertensão.

Em visita ao almoxarifado central da saúde, em janeiro, a prefeitura constatou que o setor de psicotrópicos, por exemplo, contava com menos de 10% de seu estoque, devido à dívida. Além disso, estava sem contrato nem processo de contratação o fornecimento de cerca de 63% dos remédios essenciais distribuídos na cidade.

Anvisa proíbe venda de medicamento utilizado para tratar câncer de pele

Segundo um comunicado enviado pela empresa Roche a Anvisa, uma unidade de comprimido apresentou falha técnica durante a produção

Saúde | Em 14/05/17 às 08h06, atualizado em 14/05/17 às 08h01 | Por Redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o comércio do lote B1009M8, validade 02/2018, do medicamento Cotellic (hemifumarato de cobimetinibe), fabricado pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. e usado no tratamento de melanoma, um tipo de câncer de pele.

A suspensão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quinta-feira (11), página 94. Segundo um comunicado enviado pela empresa Roche a Anvisa, uma unidade de comprimido apresentou falha técnica durante a produção.

Além da suspensão, a empresa também será responsável pelo recolhimento do estoque do produto em todo o mercado nacional.

Justiça determina que Ministério da Saúde importe medicamento alemão para leucemia quando hospitais solicitarem

Juiz decidiu, nesta sexta-feira, que a União deve fornecer o remédio mediante solicitação dos hospitais; ação foi protocolada pelo Boldrini. Governo federal passou a importar produto chinês sem comprovação de eficácia, dizem especialistas.

Por Marcello Carvalho, G1 Campinas e região

12/05/2017 18h58

A Justiça Federal determinou, nesta sexta-feira (12), que o Ministério da Saúde faça a importação da asparaginase alemã – medicamento usado para o combate da Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e que havia sido substituído por um remédio chinês – para qualquer hospital do Brasil que realize o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faça a solicitação. A ação foi protocolada pelo Centro Boldrini, em Campinas (SP), que se recusa a usar o novo produto comprado pela União por não haver testes suficientes que comprovam e eficácia do medicamento. A decisão é em 1ª instância e cabe recurso.

Na sentença, proferida pela 6ª Vara Federal de Campinas, o juiz Haroldo Nader estabelece que o Ministério da Saúde forneça o medicamento alemão nas quantidades necessárias, mediante solicitação dos hospitais. A ação também pedia a suspensão da importação da Leuginase (remédio chinês), mas o magistrado não mencionou nada sobre esse pedido no documento. A multa diária em casa de descumprimento é de R$ 50 mil.

"Ante o exposto, defiro parcialmente a tutela de urgência pleiteada pelo autor, para determinar à ré que forneça o medicamento AGINASA na quantidade das necessidades comprovadas do autor, para os tratamentos que este ministra, até decisão em contrário, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, sem prejuízo de outras providências que se fizeram imprescindíveis para assegurar o resultado prático dessa decisão", diz o texto.

A Justiça Federal ainda determinou uma perícia farmacêutica nos dois medicamentos para verificar a propriedade de cada um dos produtos. O Ministério da Saúde informou, em nota, que vai recorrer da decisão, mas garante cumprimento enquanto não for revertida ().

De acordo com especialistas, cerca de 4 mil crianças precisam de um componente chamado asparagina, que tira o alimento das células malignas da LLA. Até o início deste ano, o Ministério da Saúde importava a Asparaginase de laboratórios alemães e americanos, cuja eficiência é de 90% e possui apenas três impurezas, segundo testes. No entanto, o impasse começou quando, no início deste ano, a pasta decidiu comprar o remédio do fabricante chinês.

Em nota, apresidente do Centro Infantil Boldrini, Silvia Brandalise, afirmou que a decisão traz alívio para pacientes, familiares e médicos. “A vida de uma criança não tem preço. A asparaginase é fundamental para o sucesso do tratamento da leucemia linfoide aguda e, se há medicamentos de eficácia comprovada contra a doença, é direito dos pacientes terem acesso a ele”, diz texto.

Resultado de testes

O teste encomendado pelo Boldrini para verificar a eficácia da Leuginase apresentou resultados preocupantes para os pacientes. O laudo apontou que 40% do produto está contaminado por proteínas, o que, segundo especialistas, não garante a eficiência do remédio. O exame foi realizado por um laboratório americano e é o segundo teste no medicamento encomendado pelo hospital.

De acordo com a oncologista e presidente do Boldrini, Silvia Brandalise, a quantidade de proteína presente na Asparaginase, que era o remédio importado pelo Ministério da Saúde antes da troca para o produto chinês, é de 0,5%, o que comprova a tese do hospital de que a Leuginase não possui eficácia suficiente para ser aplicada em crianças. O primeiro teste encomendado pelo centro, feito pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), já havia apontado que o produto apresenta 398 impurezas.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou, em nota, que vai recorrer da decisão, mas se compromete a cumprí-la enquanto não for revertida. "Cabe destacar que ao contrário da solicitação inicial pelo Centro Infantil Boldrini, que era para interromper o uso da Leuginase em todo o país, […] ficou determinado que a União 'forneça o medicamento aginasa na quantidade da necessidade comprovada do autor'. Sendo assim, no restante do País a política oncológica para o tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA) mantém-se nos termos estabelecidos pelo SUS", diz texto.

Além disso, sobre a determinação para perícia farmacológica, a pasta destacou que será uma oportunidade para comprovar a qualidade, eficácia e segurança do produto. "É importante destacar que o resultado dos testes do medicamento L-asparaginase realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) mostra que o produto possui capacidade esperada de ação contra o câncer. Ainda, a análise mostrou que não foram encontrados contaminantes bacterianos, ou seja, aqueles que podem causar danos aos pacientes. As amostras foram retiradas de hospitais da rede pública que receberam os medicamentos distribuídos pelo Ministério."

Na semana passada, o governo destacou que o Boldrini recebe recursos para comprar a "asparaginase de sua conveniência". Além disso, frisou que a asparaginase chinesa já é usada em 11 estados brasileiros (Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e São Paulo) e, até agora, não houve "nenhum efeito diferente do esperado pela literatura disponível". O Ministério da Saúde afirmou ainda, em nota enviada ao G1, que "a compra deste ano seguiu os mesmos critérios técnicos e embasamentos científicos dos anos anteriores".

Anvisa e laboratório

Já o LNBio também emitiu um comunicado onde explica que os testes realizados no remédio são "preliminares e não conclusivos".

A empresa uruguaia Xetley S.A, representante do laboratório Beijing SL Pharmaceutical – fabricante da Leuginase – disse que vai aguardar o resultado da análise da Fiocruz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do medicamento pelo Ministério da Saúde, mas informou que a responsabilidade da qualidade do produto é do importador.

Instituições se unem para ‘compra coletiva’ de medicamentos para o SUS

Cristina Gomes, assessoria MPE

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do procurador-geral de Justiça , Mauro Curvo, assinou na manhã desta sexta-feira (12), na sede da Procuradoria Geral de Justiça protocolo de intenções para criação de um consórcio de saúde, com a finalidade específica de comprar e distribuir medicamentos para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Também assinaram o documento, os presidentes da Associação Mato-Grossense dos Municípios, da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, do Tribunal de Contas do Estado, Secretaria de Estado de Saúde e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de MT.

A cooperação entre os órgãos e entidades tem a finalidade específica de operacionalizar ações de assistência farmacêutica por meio da aquisição e distribuição de medicamentos, insumos, equipamentos e serviços com custos muito menores do que os praticados atualmente. Por meio do consórcio, que fará uma espécie de "compra coletiva", a expectativa é conseguir uma economia de até 70% na aquisição de medicamentos e insumos de saúde.

Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, o modelo atual não traz celeridade para as Prefeituras no processo de aquisição dos medicamentos. “São diversos itens diferentes a serem licitados o que demanda tempo e equipe capacitada para o trabalho”, destacou.

Já o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Antônio Joaquim, acredita se tratar de um momento histórico no sentido de resolver um problema sério que é a política aquisição de medicamentos para saúde pública em Mato Grosso. Ele ressalta que além de existir um grande desabastecimento desse tipo de insumo no estado, ainda existem grandes diferenças de preços pago no mesmo medicamento que variam de um município para o outro. “Comprar em grande escala fará com que os preços caiam drasticamente”, acrescentou o conselheiro.

Caberá às partes envolvidas integrar ações para a articulação, organização e operacionalização de consórcio e apoiar e incentivar a adesão dos 141 municípios de Mato Grosso ao consórcio.

De acordo com o documento, a Assembleia Legislativa fomentará o debate político entre as Câmaras Municipais de Mato Grosso, visando a articulação, organização e operacionalização de consórcio. Durante a assinatura do protocolo, o presidente da AL Eduardo Botelho, se comprometeu a custear a equipe técnica e disciplinar o consórcio por meio de leis.

O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Vitório Soares, caracterizou a iniciativa como uma gestão de várias mãos que, além de garantir preços baixos, irá de forma dinâmica distribuir os medicamentos a todos os municípios. 'É uma experiência que deu certo no Estado do Paraná e não será diferente em Mato Grosso', acrescentou o secretário.

Já o procurador geral de Justiça, Mauro Curvo, destacou que a partir do momento em que os 141 municípios comprarem medicamentos juntos ganha-se em economia de escala. “O medicamento será realmente disponibilizado para quem está precisando evitando que o usuário sofra desnecessariamente com a falta tratamento tendo o quadro de saúde agravado sendo levado a utilizar leitos que poderiam ser utilizados por outras pessoas nos hospitais públicos do Estado”. Outro ponto citado pelo PGJ diz respeito à fiscalização dos processos licitatórios que se tornará mais célere, pois será o consórcio o responsável em licitar, empenhar e pagar o medicamento.

Ministério da Saúde economiza R$ 128 milhões em compra de medicamento

Produto utilizado no tratamento de pessoas com doença renal e outros órgãos e tecidos transplantados foi adquirido de forma emergencial para abastecer o país por até 120 dias

O Ministério da Saúde finalizou o processo de aquisição do medicamento alfaepoetina para todo o país. O resultado do contrato emergencial para apresentação de 4.000 UI foi publicado, nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União (DOU). Participaram do processo três empresas, sendo que a Blau Indústria Farmacêutica apresentou o menor valor. O contrato prevê o abastecimento do medicamento por até 120 dias. A Blau tem até 30 dias a partir desta sexta-feira para a entrega 3,9 milhões de frascos do remédio.

A compra gerou uma economia anual para o Ministério da Saúde de aproximadamente R$ 128 milhões, um desconto de 33% em comparação ao processo de aquisição anterior. Nos próximos dias deve ser publicado também o resultado do processo emergencial para compra do medicamento de apresentação 2.000 UI. No momento, o Ministério da Saúde avalia o cronograma de entrega de duas empresas, que apresentaram o mesmo valor de venda do produto.

Desde 2004, o medicamento Alfaepoetina humana recombinante faz parte de um acordo entre os governos do Brasil e Cuba. Pelo acordo, a Fiocruz, órgão responsável pelo laboratório público, tem contrato com a empresa cubana CIMAB S.A, que prevê a transferência de tecnologia do medicamento e desenvolvimento do produto pelo laboratório Bio-Manguinhos.

Em virtude do período do acordo entre os países, o Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, visitou o laboratório Bio-Manguinhos e constatou que o produto ofertado no país ainda vinha de Cuba, sendo apenas envazado no Brasil. Após a constatação, o processo foi cancelado.

Sendo assim, para evitar o desabastecimento na rede de saúde pública e o possível agravamento das condições clinicas dos pacientes crônicos, o Ministério da Saúde abriu no início deste ano o processo de compra emergencial por um período de 120 dias. O processo foi avaliado pela Consultoria Juridica da pasta, que não apontou qualquer irregularidade.

PREGÃO ELETRÔNICO – O Ministério da Saúde realizou também abertura de um novo processo licitatório na modalidade de pregão eletrônico por sistema de preços para manter regular a aquisição do medicamento alfaepoetina, como recomenda o Acórdão 575/2017 do Tribunal de Contas da União (TCU). 

O procedimento foi verificado pelo tribunal que pediu vista para avaliar a inclusão do medicamento similar eritropoietina, como alternativa no processo do pregão eletrônico. A similaridade do remédio está sendo averiguada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após constatada as devidas recomendações, a pasta deve divulgar novo processo regular para a aquisição do medicamento.

Por Alexandre Penido, da Agência Saúde
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MP investiga se doentes renais Estão recebendo remédios vencidos

Da Reportagem

Uma denúncia encaminhada ao Ministério Público de Mato Grosso investiga o caso de pacientes renais no Estado que estariam recebendo medicamentos vencidos ou em decomposição. A denúncia foi feita pela Associação de Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso. Outra denúncia protocolada na última quinta-feira pede o fornecimento adequado de medicamentos em falta desde janeiro. A associação pede a prisão do secretário caso o pedido não seja acatado.

Entre os medicamentos em falta estão a azatioprina, paricalcitol, cinacalcete, entre outros. “Também estamos com a situação da falta de pagamento de clínicas e hospitais. Tem pacientes que não estão realizando cirurgias por falta de pagamento dos fornecedores”, confirma o presidente da Associação de Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso, Carlos Antônio Pereira.

A associação alega que o fato está causando inclusive prejuízos à saúde dos pacientes. Diante da denúncia o Ministério Público Estadual abriu um inquérito civil para apurar o fato. A portaria foi assinada pelo promotor Alexandre de Matos Guedes no último dia 05.

“Infelizmente esta é a realidade de muitos pacientes renais que já sofrem com os reflexos do tratamento. Já fizemos muitas denúncias cobrando melhorias, o que está acontecendo é muito prejudicial à saúde do paciente”, diz Carlos Antônio.

De acordo com o documento, o objetivo do inquérito é coletar informações e adotar providências quanto à dispensação de medicamentos com a data de validade expirada ou em decomposição. Além da falta de fármacos e materiais cirúrgicos em decorrência da inadimplência do Estado para com os fornecedores, especialmente para os pacientes em tratamento renal ou transplantados.

A Associação alega que o Estado de Mato Grosso está disponibilizando remédios inadequados para o consumo, o que está ocasionado prejuízos à saúde. Além da falta de medicamentos e materiais cirúrgicos em decorrência da inadimplência do Estado para com os fornecedores.

“A suposta entrega de medicamentos vencidos e ausência dos mesmos pode configurar lesão ao direito constitucional à saúde, e ao princípio da dignidade da pessoa humana, bem como omissão da Administração”, diz o promotor Alexandre Guedes. (AA)

Obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos não contemplados em lista do SUS é tema de repetitivo

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou o Recurso Especial 1.657.156, da relatoria do ministro Benedito Gonçalves, para julgamento pelo sistema dos recursos repetitivos.

A questão submetida a julgamento trata da "obrigatoriedade de fornecimento, pelo Estado, de medicamentos não contemplados na Portaria 2.982/2009 do Ministério da Saúde (Programa de Medicamentos Excepcionais)".

O tema está cadastrado no sistema dos repetitivos sob o número 106.

A seção, com base no artigo 1.037, II, do Código de Processo Civil, também determinou a suspensão do andamento dos 678 processos, individuais ou coletivos, que versam sobre essa questão e que tramitam atualmente no território nacional.

Conforme previsto nos artigos 121-A do RISTJ e 927 do CPC, a definição da tese pela Primeira Seção vai servir de orientação às instâncias ordinárias da Justiça, inclusive aos juizados especiais, para a solução de casos fundados na mesma controvérsia.

A tese estabelecida em repetitivo também terá importante reflexo na admissibilidade de recursos para o STJ e em outras situações processuais, como a tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).

O tema pode ser consultado na página de repetitivos do STJ.
Leia o acórdão.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1657156

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OSs terão de apresentar contas

Rio de Janeiro – Existem leis que muita gente nem sabe que existe. E outras que muitos dariam como certa. Mas só agora as Organizações Sociais (OSs) estão obrigadas a informar valores sobre medicamentos ao governo.

A Assembleia Legislativa (Alerj) aprovou e o governador Luiz Fernando Pezão sancionou a Lei 7.571/17, que determina que as OSs que atuam na área de saúde declarem os valores dos medicamentos e serviços contratados. O informe deve ser encaminhado à Secretaria estadual de Saúde (SES) a cada dois meses.

De acordo com o texto, as entidades terão que informar custo por posto de trabalho, mão de obra, custo total das contratações, valor unitário e valor total das compras com os medicamentos. Já a SES terá de comparar os preços informados com os praticados pela pasta na gestão de hospitais e postos de saúde que estão sob sua administração direta.

As informações deverão ser publicadas no Diário Oficial, no Portal de Transparência e no site da secretaria. As metas e os resultados alcançados pela parceria dessas OSs com o estado serão avaliadas por uma comissão, nomeada pelo secretário de Saúde e pelo Conselho Estadual de Saúde.

Da redação