Feiras Livres: Seminário capacita produtores de alimentos

Da assessoria
Publicação: 08-05-2017, 16:12

Da assessoria – A UTFPR em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de Francisco Beltrão, promove nesta segunda-feira, 8, das 14h às 18h, seminário sobre boas práticas para feirantes dos bairros de Francisco Beltrão. O evento acontece no centro de eventos do Parque de Exposições Jayme Canet Junior.

O seminário tem por objetivo melhorar as práticas na manipulação de alimentos na região, abordando temas que reforçam e contribuem com a segurança dos alimentos oferecidos a população. A programação conta com os seguintes temas: Doenças veiculadas por alimentos; Higiene Pessoal; Higiene do ambiente; Higiene dos alimentos; Prática sobre contaminação microbiana dos ambientes e superfícies.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a cada ano cerca de dois milhões de pessoas no mundo morrem em decorrência de doenças veiculadas por alimentos. A forma de exposição e armazenamento inadequados dos alimentos, aliados às más condições de higiene, proporcionam a contaminação dos alimentos e o surgimento de doenças.

As feiras são uma modalidade de mercado varejista ao ar livre, dessa forma, é necessário atentar a respeito de questões como à higiene pessoal e do ambiente, armazenamento correto e conservação antes e durante a feira. Sendo esses os temas abordados por esse evento, destaca-se a importância que ele representa.

Temperos com alto teor de micotoxina são proibidos pela Anvisa

Pápricas das marcas Kitano e Mestre Cuca deverão ser recolhidas do mercado em todo o país

por Jéssica Lauritzen
08/05/2017 16:33 / Atualizado 08/05/2017 18:05

RIO – A Anvisa proibiu, nesta segunda-feira, a distribuição e comercialização de dois lotes de temperos das marcas Kitano e Mestre Cuca por apresentarem alto teor de micotoxina ocratoxina, formada por espécies de fungos prejudiciais à saúde (Aspergillus e Penicillium).

Em análise, tiveram resultado insatisfatório a páprica de 50g da Kitano (H2L-H6EJ, validade 14/05/17) e a páprica doce de 15g da Mestre Cuca (160815, validade 25/08/17).

As empresas FFAMM Comercial de Alimentos Ltda e General Mills Brasil Alimentos Ltda, responsáveis pelos produtos, deverão recolher o estoque dos lotes indicados que estiverem no mercado. A medida da agência sanitária vale para todo o território nacional.

Cervejaria Pratinha é destaque em evento internacional de cervejas nos Estados Unidos

Segunda, 08 Maio 2017 14:47 Escrito por Fonte Assessoria de Imprensa

A Cervejaria Pratinha, com sede em Ribeirão Preto (SP), foi a única do país a ser case na 34ª Craft Brewers Conference (CBC 2017) & BrewExpo America, realizada em Washington, nos Estados Unidos, entre 10 e 13 de a abril. Seu projeto de realidade aumentada, que permite, por meio de um aplicativo de celular, “dar vida” aos porta-copos da Pratinha, chamou atenção de milhares de visitantes durante o evento, um dos maiores do mundo do setor cervejeiro, que reuniu 12 mil participantes e 800 expositores.

A tecnologia foi desenvolvida pela multinacional Daruma Tech a partir de uma demanda da Omni Labs, responsável pela criação de todo o layout e conteúdo do aplicativo da Cervejaria Pratinha, que pode ser baixado tanto na Apple Store quanto no Play Store (Android). Ao abrir o tópico “Realidade Aumentada”, basta colocar o porta-copo na tela, como se fosse tirar uma foto, para ver os desenhos em movimento.

Durante o evento, o diretor da Cervejaria Pratinha, José Virgílio Braghetto, encontrou-se com o presidente da Brewers Association, Charlie Papazianm, um dos maiores conhecedores do mundo em cervejas caseiras e artesanais.

Pioneirismo e tecnologia

Essas duas palavras estão no DNA da Cervejaria Pratinha, que tem, entre suas missões, testar protótipos e desenvolver técnicas e tecnologia em um processo um contínuo de inovação. Como resultado deste trabalho, a empresa é uma das poucas no país a ter uma centrífuga que substitui o filtro utilizado normalmente para deixar a cerveja cristalina. “O processo da centrífuga irá retirar as partículas em suspensão: malte, lúpulo e até fermento. Assim, a pasteurização poderá ser mais branda, já que não haverá tantas leveduras ainda na cerveja. Algumas cervejarias já usam centrífugas, mas seremos uma das primeiras a utilizá-la antes de mandar a cerveja para o tanque, onde haverá a fermentação e a maturação, e também depois da passagem pelo tanque, o que deixará a cerveja ainda mais cristalina”, explica Braghetto. Este equipamento é alemão, de uma empresa subsidiária da Mercedes Benz.

Sobre a Pratinha

Sediada em Ribeirão Preto (SP), a Cervejaria Pratinha conta com 11 receitas principais divididas em três grupos: lagers, com Vienna, Octoberfest e Rauchbier; as apelidadas de série do lobo, Wild IPA, Scotch Ale e uma Porter envelhecida (subtipo da Scotch Ale); e o terceiro grupo, mais diverso, com Trippel, WitBier, Weizenbock, Flanders e Saison. Destas, algumas estarão sempre presentes em linha e outras serão sazonais, principalmente devido ao tempo de maturação.

Idealizada pelo empresário José Virgílio Braghetto, nasceu da curiosidade e do interesse dele pelo assunto ainda na década de 90 quando passou uma temporada fora do Brasil, mais especificamente da Dinamarca, quando foi apresentado ao mundo das cervejas especiais. De volta ao Brasil, o empresário criou um portal para o mercado cervejeiro chamado República da Cerveja, o primeiro do gênero na América Latina. No site oferecia ferramentas on-line para auxiliar cervejeiros, tais como softwares que ajudavam a calcular o amargor da cerveja, a quantidade de álcool e o extrato. Para desenvolvê-lo, porém, precisou aprender alguns conceitos e as fórmulas propriamente ditas.

Com um vasto “background” profissional em tecnologia e inovação, Braghetto desenvolveu diversos aplicativos que o ajudam a fazer a cerveja. Alguns equipamentos hoje utilizados na Pratinha foram inspirados em processos vistos no exterior, especialmente na República Checa, como os tanques de fermentação abertos. No Brasil, com a ajuda de alguns parceiros, o empresário viabilizou a construção da cervejaria baseada em especificações próprias que desejava e com os avanços tecnológicos que queria empregar.

Ambev investe R$ 1,5 milhão para facilitar troca de garrafas retornáveis

08/05/2017

A cervejaria Ambev acaba de investir R$ 1,5 milhão no desenvolvimento de uma máquina própria de coleta de garrafas retornáveis, o que vai facilitar ainda mais a troca desses vasilhames para os consumidores. O investimento na tecnologia, que antes era importada, vai gerar uma economia de até 70% nos custos logísticos dessa operação. Com isso, a Ambev vai aumentar ainda mais a presença das máquinas nas ruas. Hoje, a companhia já conta com cerca de 900 equipamentos em supermercados de todo o país. Até o final de 2017, mais 500 máquinas estarão disponíveis nas principais capitais do Brasil.

As máquinas de coleta permitem a troca das garrafas de vidro de maneira simples e prática: depois de comprar o primeiro vasilhame, o consumidor só precisa levar o casco vazio até a máquina e, assim, retirar um ticket de desconto para a compra de um outro retornável. A economia com essas garrafas pode chegar até 30%, já que, após a primeira compra, o cliente não paga por uma nova embalagem. Ou seja, com a retornável o consumidor economiza no preço da cerveja e ainda gera menos impacto no meio ambiente.

A Ambev também investiu no desenvolvimento de uma cesta, para facilitar o transporte durante a troca dos vasilhames. A ideia surgiu depois de uma pesquisa encomendada pela cervejaria indicar que dentre os consumidores que ainda não optam pela garrafa retornável no supermercado, 35% pontuam justamente a dificuldade na hora do transporte. A cesta ajuda o consumidor a reunir os seus cascos, trocar na máquina e levar novas cervejas para casa de um jeito ainda mais fácil. Os consumidores poderão adquirir suas cestinhas em grandes redes varejistas, como o Carrefour.

Essa mesma pesquisa mostrou ainda que 70% dos entrevistados já perceberam que as retornáveis são a opção mais barata e 21% consome esse tipo de vasilhame por enxergar suas vantagens sustentáveis. Esse resultado mostra que a ampliação da oferta de garrafas de vidro retornáveis é uma estratégia que tem dado certo.

No ano passado, a venda de cervejas da Ambev nessas embalagens cresceu 64% nos supermercados. Hoje, uma em cada quatro garrafas comercializadas pela cervejaria neste canal já é retornável. Por isso, a companhia continua investindo em processos que facilitem a troca e o transporte desses vasilhames e também na ampliação de seu portfólio, com a aposta nas minirretornáveis, as garrafinhas de 300 ml. Esse formato, que já contava com as marcas Skol, Brahma e Antarctica, ganhou agora mais um reforço: o consumidor já pode encontrar nos supermercados a nova Bohemia na versão mini.

Máquina Cohn & Wolfe

M. Dias Branco Foca em Adria

Adria Recebe Investimentos da M. Dias Branco

08/05/2017

A fabricante de massas e biscoitos, dona de marcas como Adria, Isabella e Richester, anuncia que seus investimentos para 2017 serão focados, principalmente, em potencializar a marca Adria no Brasil. "Nossa intenção é potencializar a marca que já possui níveis de lembrança espontânea de até 90% só no Estado de São Paulo", afirma Martim Ibrahim Bernardara, diretor corporativo de marketing da empresa, em entrevista exclusiva ao jornal Giro News. Segundo ele, a principal aposta deste ano é a nova linha de biscoitos integrais da marca, chamada de Adria Plus Life. "A companhia conta com várias marcas fortes, mas entendemos que a Plus Life tinha maior probabilidade de vencer no mercado com a marca Adria. É uma linha que usamos metodologia de gerenciamento de categorias para escolher qual o portfólio, por isso, apesar de não sermos os primeiros a lançar, nós estamos trazendo para o consumidor e, consequentemente, para o supermercadista o que ele está realmente vendendo e consumindo no dia a dia. São produtos mais leves, com grãos, adição de fibras, adição de vitaminas.", ressalta Martim.

Reformulação das Embalagens e Ativações no PDV
O diretor informou, ainda, que a segunda aposta para este ano é a reformulação das embalagens de Adria. "Nós reformulamos o logo e trouxemos um tom mais nobre para as embalagens atendendo aos pedidos dos consumidores. Além disso, criamos uma estratégia de paredão azul. A ideia é de ajudar o consumidor a identificar os produtos da marca Adria quando passar pelo corredor de um supermercado. Todas essas ferramentas devem dobrar e até triplicar as intenções de compra da marca.", conta Martim Ibrahim. Para o lançamento da linha Plus Life, a companhia vai investir em PDV com materiais exclusivos e degustação de produto. "A Adria é uma marca focada na região sudeste e essa distribuição será nacional a partir do segundo semestre. A ideia é que Adria Plus Life seja um resgate da nacionalização da marca.", conclui.

Outras Novidades para 2017
Além da nova linha de biscoitos integrais Adria Plus Life, que conta com biscoitos doces, salgados e cookies, a marca conta com uma grande novidade: o Bits de Cereais, snacks feitos com flocos de arroz integral adicionados de frutas e castanhas. De acordo com Ibrahim, o produto tem formato inédito de "esferas" é uma inovação na categoria de snaks no Brasil. Todos os produtos têm opções de embalagens em porções individuais. Além da nova linha, a M. Dias Branco traz extensões de linhas de outras marcas, como Isabela e Vitarella. Em Isabela, a marca amplia seu mix de biscoitos doces e lança quatro novos produtos: Wafer Leite, Triwafer nos sabores Chocolate e Coco e Chocowaffer. Os produtos são oferecidos em embalagens individuais de 20g. Já em Vitarela, a linha de biscoitos Cracker, Maria, Maizena e Wafer da Vitarella ganharam novas embalagens, mais modernas e elaboradas, que intensificam o 'appetite appeal', dando maior destaque ao 'in-natura'.

Maricota vai ampliar presença no Canadá

Com fábrica instalada em Luz, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, a indústria de alimentos Maricota vive um momento de expansão em pleno período de crise econômica. Especializada em pratos e lanches congelados, a empresa está ampliando a atuação no Canadá, por meio de uma reestruturação de estratégia, adequando a receita mineira do pão de queijo ao paladar do canadense. Além disso, está investindo R$ 2,5 milhões no aumento da planta industrial e na implementação de uma nova linha de alimentos: empanados e espetos de carne.

O diretor comercial da Maricota, Ronaldo Evelande de Oliveira, um dos fundadores da empresa, destaca que a empresa segue crescendo, mesmo em um cenário de retração da economia. Segundo ele, os negócios saltaram 12% em 2016 em relação a 2015, alcançando faturamento de R$ 128 milhões. A expectativa é de que a receita avance mais de 17% este ano, na comparação com 2016, indo a R$ 150 milhões. "A Maricota continuou crescendo porque tem atuação forte tanto no mercado interno quanto no externo. Além disso, boa parte da receita é garantida pela terceirização de produção. Fabricamos produtos para grandes redes de supermercados", explica.

De acordo com Oliveira, a marca já está presente em diversos países, como Estados Unidos, Coreia, Dubai, Arábia Saudita, Peru, Angola, Espanha e França. A chegada ao mercado canadense é recente: a Maricota começou a exportar pão de queijo para o país no fim de 2015. Mas, apesar do pouco tempo no Canadá, o mercado apresentou oportunidades que despertaram na indústria mineira o interesse em investir mais.

No ano passado, a Maricota realizou uma pesquisa de mercado no país para entender melhor o perfil dos consumidores. Os resultados acabaram direcionando a empresa a duas principais mudanças: embalagem e receita do produto. "O canadense tem uma preocupação maior com a saúde, então adicionamos à receita um queijo mais maturado e reduzimos a quantidade de sódio. A gordura utilizada também foi modificada: em vez de ser hidrogenada, como no Brasil, é gordura de palma, mais saudável", explica.

A embalagem, por sua vez, ficou com uma melhor apresentação, incluiu uma quantidade maior de informações sobre a composição do produto e ficou mais prática com um dispositivo para abrir e fechar. Oliveira garante que as mudanças já estão trazendo resultados: entre agosto do ano passado e abril deste ano as vendas cresceram 40% em relação a agosto de 2015 e abril de 2016. O resultado positivo deve abrir portas para a comercialização de outros produtos no Canadá, como a chipa (biscoito de queijo), a broa e o pão de queijo sem lactose.

Além da expansão no mercado externo, a Maricota também planeja crescimento no Brasil. De acordo com o diretor comercial, a empresa está investindo R$ 2,5 milhões na ampliação da planta. A fábrica passará de 9 mil metros quadrados para 12 mil metros quadrados e ganhará um novo espaço de estocagem, frigorífico, além de uma nova linha de alimentos, com capacidade de produção de 360 toneladas por mês. "Vamos começar a produzir empanados e espetos de carne. A ideia surgiu a partir da demanda de um cliente e entendemos que era um bom mercado a ser explorado", explica. Segundo o executivo, as obras de ampliação já começaram e a expectativa é de que a nova linha seja inaugurada em outubro deste ano.

Fonte: Diário do Comércio de Minas

Consumo de farinha de trigo volta aos patamares pré-crise

O consumo de farinha de trigo no Brasil cresceu 6,2% em 2016, atingindo um total de 8.688 milhões de toneladas, retornando a um patamar semelhante ao registrado em 2014. A produção nacional de farinha respondeu por 8.225 milhões de toneladas em 2016 e a importação por 403 mil toneladas. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO) e baseiam em informações fornecidas pelos associados da entidade e sindicatos das indústrias do trigo, cruzadas com as do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

De acordo com o embaixador Rubens Barbosa, presidente da ABITRIGO, os números confirmam uma pequena e gradual recuperação da economia. “O crescimento na demanda por farinha de trigo reflete o movimento da indústria alimentícia já que a farinha é matéria-prima para uma série de produtos básicos na alimentação da população, como pães, macarrão e biscoitos. O conjunto da cadeia do trigo está voltando a ganhar fôlego”, diz.
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ITAL promove seminário sobre segurança de alimentos

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, promoverá o II Seminário Projeto Sanitário para Indústrias de Alimentos, no dia 18 de maio, no Auditório Décio Dias Alvim, na sede do Instituto em Campinas/SP.

O objetivo do seminário é apresentar inovações para o projeto de instalações e equipamentos sanitários para a indústria para garantir mais segurança aos alimentos. “É uma oportunidade de trocar conhecimento, experiências, e contribuir com o desenvolvimento do setor. Teremos profissionais de diferentes áreas, isso irá agregar muito na difusão de conceitos”, destaca Danielle Ito, Pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA) do ITAL.

O público-alvo são fabricantes e usuários de equipamentos e fornecedores de soluções sanitárias para a indústria alimentícia, atuantes nas áreas de engenharia, manutenção, projetos, qualidade, segurança e higienização.

“Este é um mercado muito exigente e as certificações de segurança de alimentos são cada vez mais necessárias, então o projeto sanitário se torna um requisito básico”, alerta a Pesquisadora.

O evento é realizado juntamente com a EHEDG (European Hygienic Engineering & Design Group), uma ONG europeia que agrega fabricantes de equipamentos, indústrias de alimentos, institutos de pesquisa e autoridades de saúde pública, cujo compromisso é promover o conceito de sanitariedade no processamento e envase de alimentos.

.Os interessados em participar poderão fazer a inscrição na página: http://eventos2.fundepag.br/pagina.php?link=506e4622536805770733546c5768

Pesquisa desenvolve biscoito de cereais integrais com recheio de polpa de frutas brasileiras

Em busca de alimentos mais saudáveis, uma equipe de pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) desenvolveu um novo tipo de biscoito recheado, utilizando a técnica conhecida como coextrusão. A base do biscoito é feita de uma farinha multicereais de milho, arroz e sorgo e o recheio é de abacaxi, açaí ou goiaba. O resultado é um produto sem glúten, sem adição de corante ou aroma e com teor reduzido de calorias. A Embrapa está em busca de parceiros para colocar no mercado os biscoitos de cereais integrais com recheio de polpa de frutas brasileiras.

O novo biscoito coextrudado utiliza grãos integrais de arroz, milho e sorgo, com casca e gérmen. “A farinha multicereais resultante é rica em fibra alimentar, fundamental para regulação intestinal. O recheio de frutas tropicais confere ao produto compostos antioxidantes, ampliando o potencial funcional do produto formulado”, conta Ana Carolina Almeida, doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFRRJ e autora do trabalho.

O maior desafio tecnológico enfrentado pela equipe, contudo, foi obter estabilidade do recheio de frutas sem adicionar gordura. “Foi necessário mais de um ano de pesquisa só para encontrar a formulação ideal, já que não existe produto similar no mercado nacional. Testamos desde a mistura ideal de farinhas sem glúten até os ingredientes finais do recheio, em busca das melhores características sensoriais como crocância e sabor”, diz Ana Carolina.

A grande oferta de frutas tropicais no Brasil impulsiona não apenas o consumo in natura, mas também a sua utilização como ingrediente em alimentos. “O ponto alto desse biscoito é a utilização de frutas tropicais em seu recheio, como goiaba, abacaxi e açaí, em vez de chocolate e outros ingredientes calóricos, encontrados no mercado. Por serem frutas de grande aceitação, agregam aos biscoitos aroma e sabor, além de nutrientes como fibras, minerais e vitaminas”, afirma Virgínia da Matta, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e co-orientadora da pesquisa.

Aceitação do consumidor

Pelo fato de o novo biscoito ser um produto diferenciado comparado aos ofertados no mercado, especialmente devido à ausência de gordura em sua formulação, foi realizada a avaliação de aceitação dos consumidores para os três sabores: goiaba, abacaxi e açaí. No total, 109 consumidores avaliaram os produtos frescos e armazenados por 45 dias, atribuindo notas de aceitação global em uma escala hedônica (grau de preferência), além de apontarem as características sensoriais que melhor descrevem os produtos.

O biscoito de goiaba apresentou o maior índice de aceitação dos consumidores em relação aos demais, seguido pelo biscoito de abacaxi e de açaí. Os consumidores foram capazes de perceber diferenças nos atributos sensoriais dos biscoitos, levando em conta principalmente os diferentes sabores dos recheios. De modo geral, não observaram diferença significativa entre as amostras frescas e armazenadas, indicando que o armazenamento de 45 dias dos biscoitos não causou alterações sensoriais perceptíveis.

As amostras de biscoito recheado sabor goiaba foram descritas como doce, crocante, de textura aerada, formato agradável, aroma e sabor de fruta e com recheio firme. “Essa preferência pode ser explicada pelas características mais familiares da goiaba, em comparação ao açaí e ao abacaxi. Os biscoitos com recheio de goiaba estão presentes no mercado, sendo um produto já aceito pelos consumidores, mesmo que não sejam processados por coextrusão. Além disso, o recheio de abacaxi conferiu acidez ao biscoito, o que foge do padrão desta categoria de produtos”, avalia a pesquisadora Daniela Freitas, do Laboratório de Análise Sensorial e Instrumental da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Além da preferência do consumidor, o biscoito de goiaba também ganha na característica funcional, já que conservou a vitamina C proveniente da fruta, da ordem de 11,3 mg a cada 100g de recheio.

Melhorando a nutrição

Os biscoitos recheados atualmente disponíveis no mercado encontram-se na categoria de alimentos de conveniência, porém com alta densidade calórica e pobre em nutrientes. Esse tipo de alimento está cada vez mais presente no hábito alimentar de crianças e adultos, apesar dos elevados índices de gorduras saturadas, açúcares e sais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem relacionando o crescimento do número de doenças crônicas não transmissíveis, como o aumento da pressão arterial, diabetes e obesidade, ao aumento do consumo desses tipos de produtos, associado ao baixo consumo de alimentos saudáveis e à falta de atividade física.

“Atualmente, nosso maior desafio é aliar a questão nutricional com a tecnologia de alimentos. Estamos pesquisando continuamente alternativas, em diálogo com a indústria, pois há sempre oportunidade para melhoria. Assim, identificamos que o biscoito desenvolvido reforça um nicho específico no mercado nacional, de alimentos processados mais nutritivos e saudáveis”, afirma o pesquisador Carlos Piler, da Embrapa Agroindústria de Alimentos e orientador da pesquisa desenvolvida por Ana Carolina que resultou no produto.

Há mais de 20 anos, pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos desenvolvem pesquisas na área de extrusão termoplástica, um tipo de processamento que contribui para melhorar a qualidade nutricional dos alimentos, com baixo consumo de água e reduzido espaço de produção quando comparado a outros processos industriais tradicionais. A aplicação dessa tecnologia na área de cereais e amiláceos é considerada uma tendência mundial inovadora, constituindo-se como uma das ferramentas mais versáteis no processamento de alimentos.

Mais informações à imprensa:
Aline Bastos (MTb 31.779/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
agroindustria-de-alimentos.imprensa@embrapa.br
Telefone:  (21) 3622-9739

Cervejaria Vinil aposta em novos rótulos

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br

08/05/2017 – 06h00

Divulgação /
SÓCIOS DA VINIL – Da esquerda para a direita, Carlos Ruttemberg, Daniel Pinheiro, Gustavo Moreira, Fabrício Bastos e Ricardo Marques

Com investimentos de R$ 1,5 milhão, que serão aplicados nos próximos dois anos, a cerveja Vinil se relança no mercado. A previsão é a de que a produção da marca triplique nesse período. Para isso, cinco sócios que administram a cervejaria fazem planos para ampliar ações em marketing, gestão, estrutura e vendas.

Para Fabrício Bastos, um dos sócios da Vinil, o novo momento vivido pela empresa é de profissionalização. A marca está presente em 25 pontos de vendas em Belo Horizonte e planeja expansão para cidades turísticas, como Ouro Preto e São Lourenço.

A cervejaria, que sempre trabalhou com garrafas de 600 ml, também passará a adotar nesta nova fase as embalagens de 500 ml, tornando a apresentação e o valor comercial mais atrativos ao público.

“Repaginamos a logo dos rótulos e alguns foram relançados nessa nova proposta. Seria muito interessante que houvesse ações para promover a rota da cerveja de Nova Lima, que incrementaria mais a distribuição dos produtos”, diz Fabrício.

Fundada em junho de 2013, a Cervejaria Inconfidentes produzia rótulos de três cervejas – Vinil, Grimor e Jambreiro – que começaram a produção de maneira caseira e, em um determinado momento, se uniram para tentar alcançar o mercado consumidor de produtos artesanais. Entre o fim de 2016 e o início deste ano, duas marcas se desligaram da Inconfidentes, e a Vinil passou a ser a única cerveja a ser produzida na fábrica localizada em Nova Lima.

“Estamos readequando estoques e a produção para colocar os produtos no mercado. Neste ano, teremos dois novos rótulos. O público da cerveja artesanal gosta de provar todos, e não é fiel a nenhum deles em específico”, afirma o empresário. A marca possui cinco rótulos, além do chope German Pilsen puro malte.

Bélgica brasileira

A cerveja artesanal tem conquistado o paladar do brasileiro. Aos produtores, o desafio é manter rótulos que sejam competitivos no mercado, já que cerca de 60% do valor de uma garrafa corresponde a tributos, segundo estimativas do setor. Em Minas Gerais, estado carinhosamente conhecido como a “Bélgica brasileira”, a expectativa é a de que as microcervejarias tenham um crescimento médio de 20% ao ano, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral no Estado de Minas Gerais (Sindibebidas).

Hoje, Minas Gerais conta com mais de 50 microcervejarias, segundo o Sindibebidas. Cerca de 40 delas estão concentradas em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Na região, nos últimos oito anos, o número de empreendimentos passou de quatro para 40. Há também empresas em Juiz de Fora, Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Vale do Aço.