Procon identifica variação de até 1.357% em preços de medicamentos

O medicamento que apresentou a maior diferença de preços entre os genéricos avaliados foi o Paracetamol – 200 mg/ml, gotas 15 mil, cuja variação foi de 1.357,95%

Por Júlia Miozzo 01 jun, 2017 16h40

SÃO PAULO – Uma pesquisa realizada pelo Procon-SP apontou que os preços de medicamentos da cidade podem variar em até 1.357,95%. Foram avaliados os preços de 67 medicamentos no total em 15 drogarias, distribuídas nas cinco regiões do município de São Paulo.

O medicamento que apresentou a maior diferença de preços entre os genéricos avaliados foi o Paracetamol – 200 mg/ml, gotas 15 mil, cuja variação foi de 1.357,95%. O maior preço identificado foi R$ 12,83 e o menor, R$ 0,88.

Já no caso dos medicamentos de referência, a maior variação foi de 378,51%, caso do medicamento Amoxil (Amoxicilina), fabricado pela Glaxosmithkline – 500 mg 21 cápsulas. O Procon encontrou o maior preço de R$ 77,71 e o menor de R$ 16,24.

Entre os demais medicamentos analisados pelo Procon estão a Nimesulida da Aché, Paracetamol da Janssen-Cilag e Loratadina do laboratório Marck Sharp & Dohme. A lista completa pode ser acessada no site do Procon.

A orientação do Procon é que o consumidor procure a lista de preços máximos dos medicamentos no site da Anvisa e conferir se o número do lote, prazo de validade e data de fabricação que constam no medicamento são iguais aos da cartela ou frasco.

MEDICAMENTOS – Maringá tem recursos para Farmácia Popular até julho

Unidade funciona na UEM; em Apucarana, Autarquia de Saúde ainda não foi comunicada sobre o término do convênio com o governo federal

Gina Mardones

O programa foi criado pelo governo federal em 2004

Maringá possuía duas Farmácias Populares do Brasil, sendo que uma delas encerrou as atividades recentemente. A outra unidade funciona na UEM (Universidade Estadual de Maringá). A coordenadora do programa na universidade, a professora Raquel Soares Tasca, afirma que a farmácia possui recursos garantidos para funcionar até julho de 2017. "Ainda estamos em negociação até a semana que vem para saber se vamos prorrogar o programa ou não. A UEM é a única universidade estadual que tem farmácia popular, onde fazemos um atendimento personalizado e atendemos acadêmicos que realizam estágio vocacionado no local", destaca. "Para os acadêmicos é extremamente importante que ela exista. Por meio deles os acadêmicos fazem a revisão farmacêutica e ensinam a população a realizar o uso racional de medicamentos, informando dados sobre a medicação que as pessoas não sabem. É bastante proveitoso para o acadêmico e usuários", destaca.

A direção da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (Centro-Norte) informou por meio da assessoria de imprensa que o Ministério da Saúde ainda não comunicou a data do término do convênio. A unidade é responsável por 70 a 80 atendimentos por dia. A estrutura está em funcionamento desde 2005 e a administração municipal vai analisar a possibilidade de continuar a prestar os serviços não nos mesmos moldes, porque a autarquia não pode comercializar medicamentos por motivos legais.

O programa Farmácia Popular foi criado pelo governo federal em 2004. A decisão de não repassar mais verbas para essas unidades foi tomada no fim de março e começou a valer em maio. Segundo o MS, com o fim do repasse para custeio das unidades próprias, a verba equivalente a cerca de R$ 100 milhões passará a ser destinada aos municípios para compra de medicamentos. "Esse dinheiro era 80% usado para custeio [das unidades] e 20% para os remédios. Não tinha sentido manter uma situação dessas. Por isso a decisão foi tomada", afirma o ministro Ricardo Barros.

O presidente do Conasems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), Mauro Junqueira, diz que a medida não deve afetar a distribuição de medicamentos. "São medicamentos que estão na farmácia básica dos municípios", afirma.

Sobre o acesso a medicamentos pela Farmácia Paraná, vinculada à 17ª Regional de Saúde, o chefe da seção de insumos estratégicos, Felipe Remondi, explica que ela não tem o mesmo perfil da Farmácia Popular do Brasil. "Fornecemos componentes especializado previstos em protocolos com custo e complexidade maior do que os medicamentos oferecidos pelo município", explica. "Na medida que o paciente não tem o controle com os medicamentos oferecidos pelas unidades básica do município ele pode solicitar procedimento especializado. Entre as patologias atendidas pela Farmácia estão a asma grave, a esclerose múltipla, o Alzheimer, o Parkinson e a esquizofrenia refratária, todos devidamente diagnosticados e com uma condição prevista na portaria 1554 /2013 do Ministério da Saúde, que prevê componente especial e que define qual esse grupo de medicamentos sob responsabilidade de execução do Estado", aponta. (Com Folhapress)

Vítor Ogawa
Reportagem Local

Compras pela Internet

Vendas da Loja Virtual Crescem 22,5% na Panvel

31/05/2017

O Grupo Dimed, detentor da rede de farmácias Panvel, registou faturamento de R$ 580 milhões no 1º Trimestre de 2017. Segundo a companhia, o destaque ficou por conta das compras pela loja virtual da rede, com incremento de 22,5%. Já as vendas das lojas físicas da Panvel e dos canais online e aplicativo cresceram 16,6% na comparação trimestral. A abertura de 34 lojas nos últimos 12 meses também contribuiu com o resultado. Além disso, a marca cresceu 17,8%, passando a responder por 38,5% do total comercializado nas lojas. "Mantivemos nossa estratégia de expansão e de investir nos multicanais para atender às necessidades dos nossos consumidores com qualidade e agilidade", afirma Julio Mottin Neto, presidente do Grupo Dimed. A projeção é de abrir 50 novas lojas ainda este ano.

Drogaria São Paulo faz campanha antitabagismo com serviço de saúde gratuito

Quarta, 31 Maio 2017 14:36 Escrito por Monica Agnello
Ação será promovida em 95 lojas da rede na Grande São Paulo

São Paulo, 2017 – A rede Drogaria São Paulo promove a partir do dia 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco – uma ação de conscientização sobre a influência do hábito de fumar na vida das pessoas. O objetivo é aproveitar a data para oferecer um serviço de saúde gratuito que possa esclarecer as consequências e os malefícios do tabagismo, tanto para fumantes ativos como passivos. A ação acontece até o dia 04 de junho em 95 lojas da rede na grande São Paulo.

“Queremos levantar uma reflexão que deve atingir toda a sociedade. Esperamos que essa mensagem de saúde seja disseminada, para isso trabalharemos com informativos, posts em redes sociais e com toda a atenção de profissionais de farmácia capacitados para conversar abertamente sobre o assunto”, conta Lana Cebel Danza, Gerente Farmacêutica Corporativa do Grupo DPSP – companhia que administra as redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo.

Com o envolvimento de 300 farmacêuticos treinados para tratar deste assunto, o atendimento irá identificar o grau de dependência dos fumantes e levantar todos os benefícios, caso o cliente opte pela adesão da campanha, ou seja, por parar com o hábito de fumar.

“O atendimento farmacêutico terá dois momentos diferentes. O primeiro será a triagem e irá abordar se a pessoa é fumante ou não, ou ainda, se convive com fumantes. Em um segundo momento, caso ele esteja disposto a parar ou a auxiliar alguém, iremos indicar informações a respeito e possibilidades para que ele consiga seguir com sua meta. Tratamentos, métodos e produtos que possam facilitar essa conquista”, explica Lana.

Sobre a campanha antitabagismo Drogaria São Paulo

Data: de 31 de maio a 04 de junho

Locais: 95 lojas da rede na grande São Paulo

Atendimento/ serviço de saúde Drogaria São Paulo: Gratuito

O que você irá encontrar? Atendimento personalizado e informação

Sem farmacêuticos, postos de saúde têm suas farmácias fechadas em Paranaguá

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Sugestão de legenda: UBS da Vila Garcia atendia mais de 10 bairros até início do ano. Foto/Rádio Ilha do Mel

Inicialmente concentrada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), as farmácias que garantiam a entrega de medicamentos na Rede Municipal de Saúde foram fechadas nos postos de saúde de Paranaguá, diante da falta de farmacêuticos, profissional exigido pelo Ministério da Saúde, em todo o país.

Com o problema persistindo na atual gestão do prefeito Marcelo Roque (PV), o fornecimento do medicamento agora é feito em apenas seis pontos da cidade.

Na época da mudança, a administração municipal justificou que a alteração dos locais iria ocorrer porque em novembro do ano passado o Conselho Regional de Farmácia (CRF) multou a Prefeitura por não manter farmacêutico nos pontos de dispensação, o que vai contra a legislação vigente.

Desde então, a população está sendo atendida pelos serviços da farmácia municipal somente nas unidades de Alexandra (Posto de Saúde Elias Borges Neto), Ilha dos Valadares (Rodrigo Gomes), Serraria do Rocha (Domingos Lopes do Rosário), além da sede da Semsap (prédio da antiga maternidade, na Avenida Gabriel de Lara), unidade “Balduína Andrade Lobo” (Dona Baduca) e no Centro Municipal de Especialidades (Hospital João Paulo II).

De acordo com o Secretário Municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique Oliveira, em depoimento dias antes da decisão, um teste seletivo seria feito para o chamamento de mais farmacêuticos com o intuito de o município adequar-se às exigências do Conselho. “Estamos trabalhando em parceria com a Procuradoria Geral do Município para criação da Fundação Municipal de Saúde, para que se possibilite a contratação necessária da demanda sem onerar o índice da folha de pagamento”, explicou.

Porém, passados quase seis meses, nenhum teste seletivo foi realizado para a contratação de novos profissionais. Além disso, a Fundação Municipal de Saúde ainda não saiu do papel.

Mudanças foram desaprovadas

Um dos casos mais emblemáticos das alterações nos locais da distribuição de medicamentos diz respeito à Unidade Básica de Saúde da Vila Garcia, onde reside o presidente da Câmara Municipal, Marquinhos Roque (PMDB), irmão do prefeito.

Até janeiro, o espaço era responsável por concentrar a demanda não só do bairro, mas de outros adjacentes, como Jardim Esperança, Vale do Sol, Jardim Paraná, Jardim Esperança, Ouro Fino, Jardim Paranaguá, Porto Seguro, Conjunto Cominese, Bertioga e Parque Agari. Agora, os pacientes precisam se deslocar ao menos cinco quilômetros para fazer a retirada dos remédios, neste caso, no Centro Municipal de Especialidades do Hospital João Paulo II. De acordo com uma moradora do bairro Ouro Fino que não quis se identificar, a alteração não trouxe benefícios.

“Antes buscava meus remédios e os da minha mãe na Vila Garcia. Agora preciso ir de bicicleta ou de ônibus até o João Paulo II apenas para retirá-los. Ficou muito contramão. Minha mãe é debilitada e não pode sair de casa. Eu trabalho o dia todo. Fica muito contramão. Ao invés de ajudar, nos prejudicou ainda mais”, disparou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção, os pacientes que necessitam dos medicamentos devem dirigir-se até estes pontos de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h.

Farmácia é condenada a pagar indenização de R$ 40 mil após vender remédio errado para criança na BA

Criança teve complicações após uso de medicação errada, em Eunápolis, sul da Bahia.

Por G1 BA

31/05/2017 14h29

Erro em venda de remédio vai parar na justiça e farmácia é condenada a indenizar cliente

A rede de farmácias Pague Menos foi condenada a pagar R$ 40 mil de indenização a uma família por ter vendido uma medicação errada, receitada para uma criança, na cidade de Eunápolis, sul da Bahia. Segundo a decisão da Justiça, a mãe e a filha serão indenizadas, cada uma, com R$ 20 mil.

A condenação foi feita em primeiro grau, em agosto de 2016, pelo juiz Wilson Nunes, da Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Eunápolis. A rede de farmácias recorreu, mas o recurso da empresa foi negado pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA).

De acordo com a advogada da vítima, Viviane Bonfim, o Tribunal de Justiça confirmou integralmente a sentença do magistrado no dia 16 de maio deste ano. A decisão foi publicada no dia 19 do mesmo mês, no Diário de Justiça Eletrônico, e ainda cabe recurso.

A Pague Menos não respondeu ao G1 se irá recorrer. A companhia disse, em nota, que "é uma empresa ética, que está sempre atenta em prestar o melhor serviço e o melhor atendimento à população".

Caso

Em janeiro de 2015, a mãe da criança, que tinha com pouco mais de um ano de idade, levou a filha para o hospital quando ela apresentou os sintomas de febre. A médica receitou três medicamentos: eritromicina oral, nistatina oral, paracetamol e cingilone. Ao ir na farmácia, no entanto, o funcionário da empresa, de posse da receita, vendeu à mãe o medicamento ilosone tópico 20 mg/ml, apontado como genérico da droga eritromicina, prescrita no receituário.

O funcionário da farmácia ainda teria orientado a mãe a administrar para a criança doente, por via oral, 4 ml do remédio, a cada oito horas, escrevendo esta explicação na caixa da droga vendida.

A mãe então passou a administrar o remédio errado na filha, que passou a apresentar lesões em mucosa da boca, perda de peso, vômitos, desidratação, sangramento de gengivas, estomatite, dentre outros sintomas, de acordo com laudo médico. Ela chegou a ficar internada durante quatro dias, no Hospital Regiona de Eunápolis.

Segundo a decisão judicial, foi constatado que a eritromicina, prescrita pela médica, é destinada ao tratamento de infecções internas e tem uso oral. Já o remédio vendido pela farmácia, ilosone, tinha uso tópico, embora tenha sido administrado inadequadamente por via oral, após a orientação do funcionário. O isolone é indicado para tratamento de acne.

A mãe da criança disse que vai usar parte do dinheiro ganhado com a indenização para o tratamento da filha que, mais de um ano após ingeririr o medicamento errado, ainda apresenta dores no estômago.

MEDICAMENTOS – Farmácia Popular encerra atividades em Londrina

Em todo o Brasil são 393 unidades do programa que deixaram de receber verbas federais

Gina Mardones

Unidade londrinense atendia uma média de 250 pessoas por dia; muitos itens eram fornecidos de graça e outros tinham desconto de até 90%

A Farmácia Popular do Brasil encerrou nesta quarta-feira (31) as atividades em Londrina. Ao todo, 393 unidades do programa, que eram custeadas pela União, deixaram de receber verbas federais desde maio. Segundo informações do ministério, as prefeituras poderiam optar por manter as unidades, desde que fosse realizado com recursos próprios. Não foi o caso de Londrina.

A unidade local do programa atendia uma média de 250 pessoas por dia. Em seis anos foram beneficiados aproximadamente 200 mil pacientes, que deixaram de desembolsar R$ 6 milhões. Muitas pessoas foram assistidas e a população perder esse programa proporciona um sentimento de tristeza. O programa havia tornado o acesso ao medicamento mais fácil", resume o coordenador do programa em Londrina, Valcir Miguel da Silva. Muitos dos medicamentos disponibilizados para as farmácias são distribuídos de graça. Outros produtos contam com descontos que vão de 75% até 90%. Os remédios são vendidos tanto para pessoas com receitas cedidas pelo SUS como para receitas feitas por médicos particulares.

Segundo a técnica de enfermagem que trabalha na dispensação, Delfina Aparecida de Souza, alguns pacientes choraram quando foram comunicados sobre o fechamento. "É muito triste, porque a gente sabe que a condição financeira dos brasileiros está muito difícil. Tem gente que não tem dinheiro nem para o ônibus e vem caminhando até aqui de regiões distantes."

O atendimento dos últimos usuários dos serviço foi melancólico. Muitos não sabiam o que iriam fazer para obter os medicamentos a partir de agora. O agricultor aposentado Luiz Antônio Pereira, 74, é usuário desde a sua inauguração. "Eu moro em Irerê (distrito rural na zona sul). Venho buscar medicamento para o coração", relata. Ele caminha com dificuldade, usa muletas e mensalmente vinha à cidade para conseguir o medicamento. "A gente fica sentido, mas não pode fazer nada. De um jeito ou de outro tenho que procurar o remédio."

Com o fim do repasse federal, a unidade londrinense já vinha registrando a falta de alguns medicamentos. Para a dona de casa Silmara Carneiro Lobo, 60, ir à Farmácia Popular no último dia foi inútil. "Vim buscar fluoxetina, mas não tinha mais", lamenta, fazendo uma comparação do valor do medicamento em uma farmácia particular e na FPB. "O remédio que custa R$ 60 nas farmácias privadas a gente paga R$ 3,50 aqui. Com esse fechamento, cada dia está mais difícil para a gente. Agora vou passar na Farmácia Municipal."

A farmacêutica Carolina Monteiro Lapa Vasques disse ter sido pega de surpresa sobre o fechamento. "A gente vê que a população irá ficar desamparada. Mesmo tendo a opção de pegar na Farmácia Municipal, nem todo medicamento está disponível lá e nem nas farmácias conveniadas", lamenta. Dos 125 medicamentos disponibilizados pela Farmácia Popular, apenas 20 não faziam parte da seleção de produtos oferecidos pela rede básica do Município. A partir de agora, os medicamentos do programa que não estiverem disponíveis nas UBS poderão ser adquiridos nas farmácias conveniadas – com a identificação "Aqui Tem Farmácia Popular".

ALTERNATIVAS
O secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, afirma que o encerramento da parceria com o Ministério da Saúde torna economicamente inviável para o município a manutenção da unidade. Ele informou que a secretaria estuda alternativas para a incorporação desses itens na Remume (Relação Municipal de Medicamentos). "Em cerca de 15 dias, devemos finalizar essa análise. A intenção é trazer para a atenção básica aqueles medicamentos que não são comuns nas UBS de Londrina e que estavam sendo comercializados pela Farmácia Popular. O mais importante é não deixar a população desassistida e garantir o acesso aos medicamentos", ressalta.

Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 90% dos usuários do programa Farmácia Popular buscam medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, que são gratuitos. "Eles continuarão tendo acesso aos fármacos, de forma gratuita, nas unidades particulares cadastradas", informa o secretário.

Machado explica que o MS vai aumentar o ressarcimento ao município de R$ 5,10 ao ano por habitante para R$ 5,58. "O ministério trabalhava com os dados do IBGE de 2010 e agora irão atualizar com os dados do IBGE 2016. Pelas nossas estimativas, Londrina receberá uma diferença de R$ 450 mil a R$ 500 mil ao ano com esse reajuste", destaca.

Os funcionários que trabalhavam no espaço devem ser remanejados para a Farmácia Municipal e outros unidades. Os medicamentos que ficaram no estoque também serão absorvidos pelas unidades básicas de saúde.

Vítor Ogawa
Reportagem Local

Caixa dos Advogados do Paraná firma convênio com rede nacional de farmácias

A Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná firmou convênio com a rede de farmácias Panvel. A parceria comercial garante descontos, que variam de 7 a 40%, para os advogados paranaenses na compra de medicamentos e produtos de higiene e beleza. Com mais de 40 anos de história, a rede de farmácias Panvel possui mais de 350 lojas em diversas cidades do país.

"Apesar de termos farmácia própria, inclusive com atendimento on-line na Loja Virtual da CAA-PR, firmar convênios vantajosos com grandes redes de farmácias, como é a Panvel no Paraná, é importante para ampliar as opções de compra e de desconto, proporcionando ainda mais benefícios para os advogados paranaenses na área da indústria farmacêutica", enfatizou o presidente da entidade, Artur Humberto Piancastelli.

O delegado da CAA-PR em Londrina, Marcus Ginez, foi quem iniciou as negociações para a formalização da parceria. "Foi atendendo ao pedido de um advogado de Londrina, que comprava nas farmácias Panvel, que iniciamos as negociações para firmar o convênio. Em meio às tratativas, como a rede é nacional, surgiu a proposta para estendermos o benefício da parceria para todo o estado e lojas da rede em outros estados, o que resultou também no aumento do percentual de desconto", relata Marcus Ginez.

"É sem dúvida um grande convênio que vai oferecer vantagens para os profissionais de todo o estado. Por isso, é muito importante que os advogados paranaenses, ao visualizarem boas oportunidades de convênio, que procurem o delegado da CAA-PR da respectiva Subseção para conversar a respeito de uma possível parceria comercial em benefício da classe, que pode ser regional ou até mesmo estadual", completa o delegado da CAA-PR de Londrina.

Benefícios

No convênio firmado entre a CAA-PR e a Panvel, os advogados têm desconto de 20% em medicamentos de referência, 40% em medicamentos genéricos e 7% em produtos de higiene e beleza, sobre o preço máximo dos produtos, para pagamento à vista. Para aproveitar os benefícios, os advogados adimplentes com o pagamento da anuidade devem apresentar a carteira da OAB no ato da compra. Os descontos da parceria não são cumulativos com outras promoções ou descontos já praticados pela empresa.

O convênio é válido para as lojas filiais da rede no Paraná e outros estados, exceto lojas franqueadas. No Paraná, a Panvel está presente em Curitiba com 36 filiais, em Londrina com quatro, em Maringá com três, em São José dos Pinhais com duas e em Ponta Grossa com uma filial. As lojas aptas a aceitarem o convênio podem ser consultadas no site http://www.panvel.com.br.

Saúde quer serviço semelhante à Farmácia Popular no PA de Palmeiras

A Secretaria de Saúde pretende implantar no Pronto Atendimento (PA) de Palmeiras um serviço semelhante à Farmácia Popular para não deixar a população desassistida. A medida deverá ser realizada após o fechamento da unidade do programa federal, no distrito. Conforme publicado pelo DS, a União cortará o financiamento das Farmácias Populares de todo País, mas as prefeituras que tiverem interesse poderão dar continuidade ao projeto.
Ontem, o chefe da pasta, Luis Cláudio Rocha Guillaumon, disse durante audiência de prestação de contas do 1º quadrimestre da Saúde, realizada na Câmara, que o serviço será implementando no PA e em outras unidades para atender melhor a população. “De qualquer forma, a população continuará assistida”, afirma.
Na região, cinco das seis Farmácias Populares existentes serão fechadas neste ano. Em Suzano, terá o atendimento encerrado a unidade de Palmeiras, que segundo a Prefeitura, atende três pacientes por hora. Já a Farmácia do Centro deve ter a gestão assumida pela administração municipal.
O Ministério disse que vai ampliar em R$ 100 milhões o recurso destinado a compra de medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica em todo o País. “Estes fármacos são destinados às doenças mais prevalentes e prioritárias da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e são adquiridos com contrapartida financeira estadual e municipal”, completa.
A pasta federal também ressalta que a decisão de realocar os recursos que antes eram destinados as unidades próprias do Programa Farmácia Popular partiu da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

Estudo aponta que 81% dos brasileiros já tomaram remédio contra dor de cabeça sem orientação médica

Associação Brasileira de Neurologia ouviu 2.318 pessoas: 74% dos que sofrem com enxaqueca crônica disseram que já abusaram de analgésicos.

Por Jornal da EPTV 1ª edição

30/05/2017 07h00

Mulheres sofrem mais com dores de cabeça, aponta Academia Brasileira de Neurologia

Secretária em um escritório de contabilidade em Ribeirão Preto (SP), Ana Cláudia Palaço conta que sofre com dores de cabeça diárias por 12 anos e fez vários tratamentos, o último deles já dura seis meses. Ela admite, no entanto, que já se automedicou muitas vezes.

“Eu pegava qualquer tipo de medicamento, o que me dava eu tomava. Só que eu não posso mais tomar analgésico porque a dor não passa. Então, tem que fazer o tratamento contínuo mesmo com um neurologista”, afirma.

A história de Ana Cláudia não é exceção. Uma pesquisa realizada pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) com 2,3 mil pessoas apontou que 81% delas já tomaram algum tipo de medicação para dor de cabeça sem a orientação de um médico.

Ainda segundo o estudo – realizado a partir de um questionário estruturado disponibilizado pela internet –, 58% dos que sofrem com dor de cabeça indicam analgésicos para outros pacientes, e 50% afirmaram que aceitam as indicações.

“Isso pode levar ao uso excessivo de analgésicos e, em vez de melhorar a dor, aumentar a frequência e a intensidade, ou seja, está complicando um problema, cria um ciclo de dependência dessas drogas”, diz o neurologista Marcelo Cicciarelli, coordenador da pesquisa.

Cicciarelli explica que há dois tipos de cefaleia: a primária, que é a enxaqueca em si e pode ter origem tensional, e a secundária, quando a dor é sintoma de outra doença potencialmente mais grave, como sinusite, meningite e derrame cerebral.

“Ter dor de cabeça não é normal. A dor por si só é um aviso de que alguma coisa no nosso organismo não vai bem, precisa ser tratado e ser prevenido. Então, toda vez que sentir uma dor, é preciso encarar isso como um problema”, afirma.

A enxaqueca também pode ser episódica ou crônica – nesse caso quando o paciente tem três ou mais crises por mês, por um período de até três meses seguidos. Entre os entrevistados, 49,4% pertencem ao primeiro grupo e 50,5% ao segundo.

“Os pacientes que sofrem com enxaqueca crônica, ou seja, mais do que 15 dias de dor por mês, estão menos empregadas do que aquelas com enxaqueca episódica. Isso mostra o impacto que a dor tem na vida das pessoas”, explica Cicciarelli.

Ainda de acordo com o levantamento feito pela ABN, 74% das pessoas que sofrem com enxaqueca crônica afirmaram que tomam medicamentos além do recomendado. Entre os que sentem dor de cabeça episódica, o abuso de analgésicos é de 36%.

“Quando a dor começa a impactar na sua qualidade de vida, quando a dor é uma dor que você nunca teve, ou é a pior que já teve na vida, nesses casos deve procurar um médico imediatamente”, conclui o neurologista.