Nestlé investe R$ 20 mi em centro que analisa qualidade alimentar

A empresa espera aumentar em 20% a capacidade de realizar análises científicas em seu Centro de Tecnologia e Qualidade
Por Marina Demartini
23 maio 2017, 17h35

São Paulo – A Nestlé quer que o leite chegue mais fresco à mesa do consumidor brasileiro. Para isso, a empresa investiu 20,2 milhões de reais em seu Centro de Tecnologia e Qualidade (NQAC), que ganhará uma nova sede em Araras, interior de São Paulo, onde já estão instaladas fábricas da companhia e da DPA (joint-venture entre Nestlé e Fonterra, uma empresa responsável por cerca de 30% das exportações mundiais de lácteos).

“Com a proximidade das fábricas com o nosso centro, esperamos tornar todo o processo de análise de nossos produtos mais ágil para que eles cheguem mais rápido aos clientes”, explica Frede Politi, diretor do NQAC Brasil, em entrevista a EXAME.com. Segundo Politi, o processo de entrega do leite, por exemplo, demora de cinco a sete dias, desde a coleta até a comercialização. “Leite é igual criança quando chora, não dá para esperar.”

Cerca de 500 testes são feitos em cada produto antes de chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a Nestlé. No caso do leite, os primeiros exames são feitos já na retirada do líquido da vaca. Depois, todos os itens são enviados ao centro para passar por mais uma série de testes.

Com a nova unidade em Araras, a empresa espera realizar exames específicos, como a identificação e quantificação de organismos geneticamente modificados em alimentos. “O NQAC é um dos únicos locais do Brasil que possui maquinário capaz de realizar análises genéticas”, conta o diretor.

Esse tipo de exame é necessário, pois uma mudança no DNA do alimento pode trazer efeitos indesejados aos consumidores, como alergias e infecções. Recentemente, uma análise de DNA feita com o frango usado pela rede Subway revelou que a ave dentro dos sanduíches da cadeia de fast food contém menos de 50% do DNA do animal.

Além da análise genética, o NQAC faz testes microbiológicos e físico-químicos. Os profissionais também usam espectrometria de massas, uma tecnologia que possibilita a detecção de mais de 600 compostos de pesticidas e drogas veterinárias. Tal técnica garante o cumprimento dos requisitos legais das matérias-primas usadas na preparação de produtos.

Aproximadamente 200 mil análises microbiológicas físico-químicas são realizadas todo ano no Centro de Tecnologia da Nestlé, em parceria com laboratórios de qualidade instalados em todas as 31 fábricas da empresa no país, segundo a empresa. “Todos os produtos vendidos no país e os que são exportados precisam passar pelo centro”, explica Politi.

Atualmente, o NQAC também presta serviços para países como Colômbia, Argentina, Peru, México, Chile e Venezuela. Devido ao investimento, a empresa espera aumentar em 20% a capacidade de realizar análises no centro. “Queremos tornar o mercado brasileiro mais competitivo”, diz Politi. “Nos dias atuais, esse investimento reforça a nossa preocupação com a qualidade de nossos produtos e mostra como a Nestlé confia no país.”

O Centro de Tecnologia e Qualidade começou a funcionar no final da década de 60 em São Paulo. Hoje, há mais de 45 profissionais de diversas áreas, como biologia, química, engenharia e física, trabalhando no local – sendo que 50% desses funcionários são mulheres.

O diretor espera que a proximidade geográfica do centro com universidades, como a Universidade Estadual Paulista (UNESP), ajude a empresa a conseguir mão de obra qualificada para a realização de mais pesquisas. Segundo ele, o objetivo do investimento vai além do lucro. “O que queremos é desenvolver e implementar novas metodologias analíticas para assegurar a qualidade de nossos serviços.”

Betânia aplica R$ 25 mi em fábrica de Morada Nova

Investimento permitirá que a empresa dobre a fabricação mensal de iogurte e contrate mais 60 funcionários

A Betânia conta com cinco plantas industriais nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Sergipe, gerando 1.800 empregos diretos

Marca líder na venda de leite longa vida na região Nordeste e há 47 anos atuando no mercado, a Betânia investirá R$ 25 milhões em sua fábrica de laticínios no município cearense de Morada Nova, na região do Jaguaribe. A partir do aporte financeiro, a unidade terá a capacidade de produção de iogurtes duplicada para cinco mil toneladas mensais, sendo necessário contratar mais 60 funcionários.

"Hoje, nós estamos presentes em mais de 20 mil pontos de venda. Para este ano, queremos consolidar a distribuição dos produtos e ampliar nossa presença na gôndola. Seguimos investindo em produção e aperfeiçoamento dos nossos produtos e, ainda nesse primeiro semestre, lançaremos no mercado nossos iogurtes com nova fórmula e embalagens", afirma o presidente da Betânia, Bruno Girão.

Com cinco plantas industriais nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Sergipe, Girão destaca que a Betânia tem auxiliado no processo de desenvolvimento dessas regiões. De acordo com ele, a empresa mobiliza 3,5 mil fazendeiros em cerca de 300 municípios, com uma produção de 630 mil litros de leite por dia.

Fabricação

"Além disso, contamos com 1.800 funcionários diretos e mais de 20 mil estabelecimentos comerciais envolvidos", acrescenta, informando que cerca de 60% da produção de leite da empresa vêm de fazendas cearenses. Toda essa estrutura movimenta uma enorme cadeia de serviços.

Diariamente, a Betânia processa 1.700 pedidos e entrega mais de 700 toneladas nos pontos de venda. Da produção nas fazendas, o leite produzido cruza estradas, passa por diferentes processos da indústria para chegar aos supermercados. São 200 veículos entregando e abastecendo as filiais todos os dias, movimentando a economia de diversos municípios nordestinos.

Além das unidades cinco unidades industriais, a Betânia também dispõe de oito centros de distribuição. A linha de produtos da companhia inclui: leites pasteurizados; leites longa vida; bebidas lácteas; iogurtes; queijos; requeijões; doce de leite; leite em pó; creme de leite; e leite condensado. São mais de oitenta produtos e cinco marcas: Betânia, Lebom, Jaguaribe, Cilpe e Latimilk.

Logística compartilhada

A Betânia faz parte do grupo CBL Alimentos, que recentemente montou sistema de logística compartilhada por meio de projeto piloto da Associação ECR Brasil (Resposta Eficiente ao Consumidor) e apoio da consultoria em Supply Chain Diagma. O projeto de mutualização logística com parceiros regionais chega a reduzir em até 30% as tarifas de frete e à metade o tempo para distribuição dos produtos. Ao final de 12 meses do projeto piloto, os parceiros envolvidos chegaram a uma economia de R$ 560 mil.

Superintendente de Planejamento de Vendas e Operações e Logística na CBL, Antonio Rodrigues aponta que os principais desafios do novo sistema ainda são a cultura de pouca confiança entre os parceiros para compartilhamento de dados e a ausência de dados institucionais das próprias empresas, sendo o grande desafio transformar esse projeto piloto em um processo contínuo.

Aurora Alimentos certifica técnicos em gestão na produção de suínos

Capacitação Pensamento+1 foi desenvolvida durante seis meses pela Agriness com técnicos das cooperativas filiadas

Com o objetivo de formar e certificar profissionais de excelência em gestão na produção de suínos, capazes de mudar a cultura e a produtividade da granja, a Cooperativa Central Aurora Alimentos promoveu pela primeira fez o programa de Capacitação Pensamento+1 da Agriness com técnicos das cooperativas filiadas. Após seis meses de trabalho, 15 técnicos receberam o certificado de formação nesta terça-feira (16) durante cerimônia de formatura. A solenidade ocorreu no auditório da Aurora Matriz, em Chapecó, e contou com a presença dos presidentes das cooperativas filiadas à Aurora.

De acordo com o gerente de suinocultura da Aurora Alimentos, Valdir Schumacher, a Capacitação Pensamento+1 integra a metodologia do programa Leitão Ideal desenvolvido pela Aurora. “O Leitão Ideal é um processo de melhoria contínua e está sempre voltado para as demandas de mercado, buscando inovações tecnológicas que agreguem valor a cadeia produtiva. Isso é possível por meio da implantação de padrões de manejo e de assistência técnica e o P+1 veio para agregar ainda mais resultado a um trabalho que já está em andamento”, esclareceu.

O coordenador do programa Leitão Ideal e assessor de suinocultura da Aurora Alimentos, Sandro Luiz Treméa, reforçou que a iniciativa trabalha o planejamento da produção de suínos em lotes com vazio sanitário, gestão da produção de suínos, item no qual entra o Pensamento+1, e procedimentos operacionais padrão a serem implementados pelos produtores e pela assistência técnica.

Os formandos receberam a certificação do diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan e dos presidentes das cooperativas filiadas. O técnico Fernando Rocha, médico veterinário da Copérdia, foi um dos concluintes do curso. “Tivemos ganhos acima do esperado com a aplicação do P+1. Atingimos um acréscimo de 30% em melhorias, isso ao fim do ano representa ganhos acima de R$ 100 mil reais para uma granja de 600 matrizes”, salientou. Para ele, a gestão das propriedades, bastante explorada durante o programa, é fundamental para o alcance desses resultados. “É importante ter tempo para desenvolver a gestão da empresa rural. A partir disso, os produtores têm melhores resultados na produtividade e também na rentabilidade”, concluiu.

Eduarda Basso é médica veterinária na Cotrel e desenvolveu o P+1 em uma granja localizada em Getúlio Vargas. “Melhorou muito a parte de gestão da propriedade. Hoje os produtores enxergam onde está o problema dentro da granja e conseguem estipular novas metas para alcançar os resultados esperados. Com a aplicação da metodologia do programa tivemos uma evolução de dois leitões a mais por porca o que gera uma renda muito maior”, avaliou.

Para o diretor de agropecuária da Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan, a capacitação é um complemento para a produção de carne suína com cada vez mais qualidade. “O mercado consumidor, principalmente o internacional, é exigente. Estabelecem padrões desejados e para atendê-los com eficiência reforçando a qualidade dos produtos da Aurora Alimentos, precisamos atingir bons desempenhos zootécnicos e com baixos custos de produção. O P+1 só veio para somar e contribuir neste processo”, observou.

METODOLOGIA

A capacitação foi criada em 2014 pela Agriness com a proposta de promover a excelência produtiva e a melhoria da gestão por meio das pessoas que trabalham na granja. Vai além de uma metodologia de gestão. Faz a correlação entre a produção e as pessoas dentro das unidades produtivas. O curso oferece aos concluintes, depois da defesa do trabalho ?nal, a Certi?cação P1, que expressa o desenvolvimento de competências gerenciais baseadas nos métodos e conceitos chancelados pela Agriness.

De acordo com o diretor da Agriness, Everton Gubert, no período de execução do programa nas granjas da Aurora Alimentos houve uma melhoria média de 1,41 em leitões desmamados por fêmea (DFA) por ano. “Esse resultado se torna mais interessante ainda porque foram granjas, técnicos e plantéis diferentes, comprovando a eficácia da metodologia”, salienta.

A iniciativa possibilita identificar e expor os índices de produtividade a serem monitorados, a interpretar índices de produtividade da granja e relacionar processos produtivos com os resultados. Os técnicos também são capacitados para trabalhar com pessoas no processo de gestão tornando-a um hábito.

O curso tem inicialmente 16 horas de imersão com repasse de conhecimentos e técnicas sobre pessoas+informação, pensamento+1 e ferramentas do programa. O segundo passo consiste na aplicação prática durante seis meses em que ocorrem a implantação do programa em uma granja com o apoio consultivo do tutor P1 da Agriness. “Após os três primeiros meses, os técnicos passam por uma avaliação teórica que serve como base para ajustes de conduta e reforços conceituais”.

Ao fim dos seis meses, são apresentados os trabalhos práticos de conclusão em um workshop com a presença dos tutores e colegas de curso, seguido de certificação do P1 como agente de transformação. “É uma metodologia de gestão que utiliza princípios, conceitos fundamentais, técnicas e ferramentas para impulsionar pessoas e unidades produtivas ao nível de excelência de resultados na produção de suínos”, complementou Gubert.

O vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, destacou a qualidade e a credibilidade que a Aurora e suas cooperativas filiadas têm diante do mercado consumidor. “Acreditamos no cooperativismo e é com base em ações de melhorias e trabalhando em união que continuamos em busca de oferecer sempre o melhor ao nosso consumidor”, finalizou.

A programação contou, ainda, com a palestra “Mercado de Suínos” proferida pelo gerente geral internacional da Aurora Alimentos, Dilvo Casagranda, que explicou como funciona a exportação de carne suína.

Cervejarias em Petrópolis são um negócio da China

Empresas voltam a acredita em seus empreendimentos e a investir na cidade

Parece que bons ventos voltam a região serrana do Rio. Ao que tudo indica, empresários voltaram a acreditar que a cidade de Petrópolis é um excelente lugar para investimentos, especialmente, no ramo das cervejas. As marcas mais conhecidas que possuem estabelecimentos na charmosa cidade serrana, a Bohemia, Itaipava, Grupo #Petrópolis-Teresópolis, Coliseu Cervejas Especiais, Cervejaria Cidade Imperial e Buda Beer Otten estão bastante forte, e existem cerca de vinte empresas do gênero.

Circuito cervejeiro

Um dos atrativos etílicos relacionados é o bar e restaurante da #Cervejaria Bohemia, na Alfredo Pachá 166, no Centro, com um website muito bem montado, inclusive com um "tour cervejeiro", que nos fins de semana e feriados funciona nos horários de 10 às 17 horas, com direito a degustação da bebida em vários tipos e sabores.

A Itaipava, do Grupo Petrópolis, é considerada a segunda maior do país, e é responsável pelas marcas Itaipava, Cristal, Miller entre outras, e pelo energético TNT. Sua loja fica distante do Centro de Petrópolis, em Pedro do Rio.

A Cervejaria Cidade Imperial, fundada em 1997, pertence ao Grupo Irmãos Faria, e fica no bairro Mosela, não muito distante do Centro. Sua cerveja é produzida nos moldes alemães, país que fabrica as melhores cervejas do mundo. Produz os modelos Pilsen, Helles e Dunkel, e podem ser encontradas em diversos estados da região Sudeste, Sul e Centro do Brasil, e no nordeste, na Paraíba.

A Buda Beer – Otten Brau Cervejaria, fica no bairro Valparaíso, perto do Centro, na Rua Rocha Cardoso. É um belo pub cujo horário de funcionamento vai do meio-dia à meia-noite aos sábados e domingos, durante a semana, de quarta a sexta-feira, das 18 horas à meia-noite.

O nome é associado à Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda, mestre espiritual que fundou o budismo. Oferece também diversos tipos de cervejas de fabricação artesanal, com um cardápio rico e atrativo, com sanduíches, pratos e tira-gostos, um deles o tradicional alemão salsichão com salada de batata.

Todos esses empreendimentos são atrações à parte, não só para os moradores da cidade como também para os turistas que se aventuram em subir a serra para um programa diferente. Importante também é a geração de empregos que as cervejarias proporcionam.

O #Circuito Cervejeiro certamente está dando um novo sopro de vida para a cidade em 2017.

“Guerra ao açúcar” ganha força no mundo e afeta demanda

LONDRES/NOVA YORK – A "guerra ao açúcar" realizada por governos e consumidores para combater problemas de saúde pública como a diabetes está desacelerando o crescimento na demanda global, o que, junto a outros fatores, pode sinalizar uma mudança fundamental no consumo à frente.

O consumo pode crescer no ritmo mais lento em sete anos no ciclo 2017/18, segundo o grupo de análise Platts Kingsman. O grupo prevê alta de 1,04 por cento, quase metade do crescimento médio de cerca de 2 por cento ao ano ao longo da última década.

"O consumo está no geral estagnando em países desenvolvidos", disse Tom McNeill, diretor no grupo de análise de commodities Green Pool, à Reuters.

A queda no consumo em mercados mais conscientes sobre questões de saúde tem sido exacerbada por preços mais altos e pelo uso de produtos alternativos, como xarope de milho rico em frutose, em países em desenvolvimento, que levaram a um déficit anteriormente.

Combinado à demanda mais fraca de fabricantes de alimentos e bebidas globalmente, isso poderia representar uma mudança fundamental no consumo global, segundo a Tropical Research Services (TRS).

"Então pode ser que a verdadeira taxa de tendência de longo prazo do crescimento da demanda global por açúcar tenha mudado e esteja mais baixa agora", disse o grupo em relatório de 7 de maio.

Ao menos 17 países e uma série de cidades dos Estados Unidos adicionaram um imposto extra sobre bebidas adoçadas. Outros 11 países estão implementando ou avaliando taxas similares.

Muitos estão indo além: a França aliou o imposto a medidas como a proibição de máquinas de vendas automáticas em escolas. No ano passado, o Chile introduziu rótulos pretos de alerta em alimentos com alto nível de açúcar, sal e gordura.

O México é outro exemplo. Com um em cada três adultos afetados por obesidade, o país implementou em 2014 um imposto sobre refrigerantes adoçados.

"Há um crescente entendimento sobre a necessidade de controlar a ingestão de açúcares… em políticas públicas e na cultura em geral", disse Francesco Branca, diretor de nutrição para saúde e desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Com a obesidade e a diabetes se espalhando muito rápido, estão tentando fazer algo sobre isso desde cedo."

A queda no ritmo do crescimento global está somando a preocupações de que o mercado mundial de açúcar está a caminho de um excedente em 2017/18, após dois déficits consecutivos.

Isso também poderia limitar planos ambiciosos da União Europeia de aumentar acentuadamente a produção em 2017/18 em um esforço para voltar a ser um exportador líquido, após encerrar subsídios e limites sobre exportações em outubro.

ÍNDIA, CHINA E BRASIL

Países de alta renda como a Noruega e o Canadá já estão vendo um declínio no consumo de açúcar, segundo dados da Euromonitor. Agora o apetite de mercados emergentes, cujo rápido crescimento populacional deveria ajudar a puxar o crescimento futuro, também está diminuindo.

As vendas de açúcar da Índia, maior consumidor mundial, deverão cair em 1 milhão de toneladas nesta safra, estima a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês), devido a preços domésticos mais altos, entre outros fatores econômicos.

A decisão do governo mais cedo neste ano de abolir um subsídio de açúcar para famílias pobres também reduziu o consumo.

A ISMA espera que o consumo se recupere no próximo ano, com a produção no país se normalizando e os preços domésticos caindo, mas analistas dizem que o crescimento de longo prazo continua incerto, uma vez que o governo poderá cobrar taxas mais altas e exigir rotulagem mais rígida em comidas açucaradas.

"Se a Índia também entrar com um imposto do tipo, sendo o maior consumidor mundial de açúcar, isso poderia ser sentido no crescimento global", disse Stefan Uhlenbrock, analista sênior da F.O. Licht.

A demanda por açúcar também parece estar estagnando na China, segundo maior consumidor global, à medida que adoçantes mais baratos, como xarope de milho rico em frutose, ficam mais populares.

Produtores chineses de cana-de-açúcar e beterraba dependem do apoio estatal para compensar os altos custos de produção. As importações, enquanto isso, estão sujeitas a impostos elevados pensados para proteger a indústria, com uma tarifa adicional sendo introduzida nesta semana.

Como resultado, os preços domésticos do açúcar estão quase o dobro dos preços globais. Isso, somado a uma abundância de milho barato, tornou o xarope de milho rico em frutose altamente competitivo.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) ressaltou o declínio na demanda chinesa por açúcar no mês passado quando reduziu suas estimativas para o consumo do país em 2015/16 e 2016/17 em 10 por cento e sinalizou crescimento mais modesto do que esperado anteriormente.

"As pessoas na China ainda estão tomando sorvete e refrigerantes", disse John Stansfield, analista da operadora de commodities Group Sopex. "É só o fato de que esses produtos agora estão sendo feitos cada vez mais com xarope de milho do que açúcar."

O Brasil, terceiro maior consumidor mundial, também viu uma desaceleração no crescimento da demanda ao longo dos três últimos anos, uma vez que uma duradoura recessão reduziu a renda de muitos brasileiros. O consumo estava crescendo entre 2 e 3 por cento na década anterior.

(Por Ana Ionova e Chris Prentice)

Reuters

Way Beer lança garrafas de 600ml

Terça, 23 Maio 2017 19:45 Escrito por Eduardo Betinardi
Nova linha vai atender uma grande demanda do mercado

De olho no mercado, a cervejaria artesanal paranaense Way Beer acaba de lançar sua nova linha de garrafas de 600ml. Com a novidade, a empresa, uma das grandes referências do segmento no Brasil, trabalha agora com garrafas de 355ml, 600ml e 1 litro, atendendo as principais demandas de consumo.

A nova linha, que entrará em circulação até o início do mês de junho, abrange sete rótulos da Way Beer: Premium Lager, Red Ale, Avelã Porter, Die Fizzy Yellow IPA, Amburana Lager, Witbier e American Pale Ale. “Com as novas garrafas, atenderemos uma demanda do mercado, alimentando principalmente mercados, bares e restaurantes. Será mais um passo importante da Way Beer no cenário nacional”, comenta Alejandro Winocur, sócio proprietário da cervejaria.

Os produtos da cervejaria paranaense estão disponíveis em casas de cervejas especiais e mercados de todo o Brasil. Mais informações pelo telefone (41) 3653-8853 ou no site www.waybeer.com.br.

Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos do LIDE vai premiar empresas de destaque no setor da alimentação

Evento reunirá mais de 200 lideranças políticas e empresariais da cadeia de alimentos, em Goiânia, e entregará o Prêmio LIDE para companhias do setor alimentício

O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que tem como chairman o ex-Ministro da Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, e o LIDE Agronegócios, liderado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, realizam em Goiânia (GO) o 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, no dia 09 de junho.

Durante o encontro, será entregue o Prêmio LIDE da Indústria de Alimentos, edição 2017, para empresas de destaque no campo da alimentação. Serão premiadas companhias em quatro categorias: Desenvolvimento de Canais de Distribuição; Eficiência em Comunicação e Marketing; Inovação e Tecnologia em Produtos e Indústria Exportadora.

Nesta edição, o Fórum focará aspectos ligados à internacionalização, alta qualidade, inovação e agregação de valores aos produtos brasileiros e os desafios do Brasil. Na abertura, são esperados o governador de Goiás, Marconi Perillo, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz, e André Rocha, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (SIFAEG) e presidente do LIDE Goiás.

Massa de panqueca pronta faz sucesso na APAS 2017

23 de maio de 2017 às 09:51

Empresa catarinense Panquex, do Sul do Estado, se destaca no APAS SHOW 2017; evento possibilitou o contato com novos clientes

Com apenas nove meses no mercado, a Panquex já é encontrada em grandes redes de supermercados do Sul e Sudeste.

Uma massa de panqueca pronta, embalada em formato de bisnaga e com fórmula saudável chamou a atenção dos visitantes que passaram neste mês de maio pelos corredores da Apas Show 2017, a maior feira supermercadista do país, realizada em São Paulo.

A empresa catarinense Panquex apresentou a versão de massa “Proteica”, uma novidade no mercado para satisfazer um público exigente, que deseja praticidade sem abrir mão da saúde e do bem-estar.

Nos quatro dias de evento, mais de 9 mil panquecas foram servidas no estande aos participantes. De acordo com o diretor de Marketing da Panquex, Luiz Marca, a aceitação ao produto foi excelente, mostrando que o mercado busca produtos inovadores que estejam alinhados com a nova percepção do consumidor. “A praticidade não pode ser a qualquer custo. O consumidor quer rapidez, mas sem descuidar da saúde”, aponta.

Com apenas nove meses no mercado, a Panquex já é encontrada em grandes redes de supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, além de Santa Catarina, nas versões “Tradicional” e “Integral”. Agora, a massa “Proteica” também passará a ser comercializada. Distribuidores atacadistas e varejistas, como Sam’s Club, Angeloni, Bistek e Imperatriz, são alguns dos pontos que, desde o início, apostaram no sucesso do produto.

“A feira foi uma grande vitrine. Encontramos por aqui muitos dos nossos clientes. Isso é positivo, porque somos uma empresa jovem, mostrando que está estruturada para levar seus produtos e sua comunicação ao mercado nacional”, destacou Marca, acrescentando que na próxima edição da feira a empresa terá um estande ainda maior.

O evento também possibilitou o contato com novos clientes. “Em quatro dias, conseguimos nos aproximar de redes grandes, médias e pequenas de todo país; um trabalho que levaria até dois anos para fazermos sem ser na feira”, ressalta, acrescentando que dessa relação deverão surgir novos canais de distribuição. “Também encontramos na Apas parceiros logísticos de insumos e serviços, que poderão nos atender futuramente”, concluiu o diretor.

Como ninguém pensou nisso antes?

No estande da Panquex na Apas, a pergunta mais ouvida era: como ninguém pensou nisso antes? Apesar de lisonjeada, a sócia-fundadora da Panquex, Jaiane Costa, ressalta que industrializar um produto não é assim tão fácil, por mais que a receita aparentemente seja simples. Segundo ela, foram dois anos de estudo de viabilidade e estruturação, com a contratação de engenheiros de alimentos, que desenvolveram as fórmulas após minucioso estudo técnico. “Investimos em pesquisa de mercado, engenharia alimentícia e de automação até que a marca chegasse às prateleiras do país”, relembra.

De acordo com a diretora, o objetivo é levar ao consumidor – tanto final como de food servisse – um produto que facilite o seu dia-a-dia, bastando ser colocado na frigideira e recheá-lo. Segundo ela, o Brasil é o terceiro maior consumidor de massas do mundo, atrás somente de Itália e Estados Unidos.

De acordo com Jaiane, sua mãe trabalhou como chefe de restaurante por mais de 20 anos, e sempre contava que os seus assistentes não gostavam de fazer a massa das panquecas na hora. “Eles preferiam trabalhar com a massa já pronta pela minha mãe, para evitar trabalho e sujeira”, relembra a sócia-diretora com descontração.

Fábrica de doce de leite em Limoeiro de Anadia é interditada em fiscalização

Empresa diz que está em processo de regularização no Ministério da Agricultura
23/05/2017 14:23

Ascom / MPE-AL

Uma indústria de alimentos, localizada no município de Limoeiro de Anadia, no Agreste alagoano, teve parte de suas atividades interditadas, nesta terça-feira  (23), durante os trabalhos da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco  (FPI). O setor que produzia doces de leite não possui registro no Ministério da Agricultura, uma exigência legal para empresas que vendem produtos para outros estados.

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) lavrou um auto de infração porque a indústria fabricava os doces de leite sem autorização daquele órgão federal e também fez a interdição dessa linha de produção específica, que ficará sem funcionar até que o Ministério da Agricultura dê a devida permissão.

A Adeal também apreendeu todos os produtos derivados do leite que já estavam prontos para a venda. Apenas foi recolhido o que estava sem o registro obrigatório.

Licença ambiental

O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) expediu notificação para que o proprietário comprove se está cumprindo todas as condicionantes previstas na licença ambiental já concedida à empresa. Dentre elas, o certificado de destinação final dos resíduos comuns, perigosos e das cinzas. Ele terá prazo de cinco dias para comprová-las.

Porém, o IMA fez uma interdição na área de ampliação da empresa, que também tinha que ter a autorização do Instituto.

O IMA também lavrou dois autos de infração porque encontrou outras irregularidades. Mais de 200m3 de madeira estavam na empresa. A lenha, que seria utilizada nas caldeiras da fábrica, foi apreendida. Também foi detectado um lançamento de resíduos sólidos, líquidos e de substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em lei.

O dono da empresa explicou que, em 2016, protocolou no Ministério da Agricultura o pedido de regularização do setor de doces de leite da fábrica. Entretanto, a autorização ainda não foi emitida.

Fonte: Ascom / MPE-AL

Marca carioca de produtos artesanais expande portfólio

Plezi Gourmet investe em aumento da linha de produção de manteigas, azeites e temperos secos e espera aumentar o número de pontos de vendas

Rio de Janeiro – A era da cozinha saudável, saborosa e gourmet fez três amigos embarcarem em um negócio que uniu o útil ao agradável. Em apenas dois anos, a Plezi Gourmet cresceu as vendas em 1.700%, prepara mais lançamentos e planeja aumentar a "fábrica" de temperos e alimentos artesanais.

Com 90 unidades vendidas por mês, produção na cozinha de um dos sócios, poucos rótulos e venda para amigos em abril de 2015 (ver reportagem abaixo), hoje a Plezi Gourmet já entrega mais de 1.700 produtos mensalmente. São diferentes tipos de azeites, manteigas temperadas e temperos secos elaborados pelo sócio e gourmant capixaba Lauro Carvalho.

Os alimentos são distribuídos para mais de 60 pontos de venda, a maioria no Rio, onde a empresa fornece manteigas para a rede de supermercados Zona Sul, além de delicatessens e outras cadeias varejistas, como Farinha Pura, Talho Capixaba e Deli Delícia. Niterói e Itaipava (região serrana) também tem pontos de venda da marca.

A distribuição é feita pelos próprios sócios – com exceção do Zona Sul, cuja entrega é feita no Centro de Distribuição do supermercado. "Como é um produto com giro mediano e com vendas espaçadas, ainda consigo fazer entregas com otimização das rotas", explica o sócio Guilherme Alves.

Logística

A entrega "artesanal", porém, promete ficar complexa. É que a Plezi quer chegar até o fim do ano com 80 pontos de venda. Além disso, lançará nos próximos dias uma linha de gersais – sais temperados com seis vezes menos sódio.

O plano de negócios inclui fornecimento para bares e restaurantes da cidade. Projeto que o próprio sócio reconhece ser mais complexo e de bastante negociação. "Toda nossa linha de produtos também é vendida a granel, o que facilita a logística de fornecimento para diferentes estabelecimentos e clientes. Mas o setor de restaurantes é mais arisco. Envolve chefs e é preciso ir pelas beiradas. É um vasto mundo para se explorar", diz Guilherme.

Tais planejamentos já demandam, inclusive, uma cozinha maior (hoje os produtos são feitos na cozinha de um apartamento residencial). "Temos pegada artesanal, por isso não temos equipamentos mirabo-lantes. Tudo é de pequeno porte, mas, mesmo assim, o local atual já está ficando saturado e estamos procurando um lugar maior e aumentar o corpo de funcionários", avisa. Hoje, são dois colaboradores, além dos sócios.

Mesmo assim, a ordem é não perder o processo artesanal. Até porque o grande mote da Plezi é justamente ter produtos livres de conservantes ou aditivos químicos. "Por mais que a gente aumente a produção, vamos manter a filosofia. Podemos ter uma batedeira de 14 litros no lugar da de quatro litros para atender a demanda, mas é o mesmo espírito", garante.

Tipos e sabores

Hoje, ao todo, a Plezi Gourmet faz 18 produtos com diferentes sabores. O carro-chefe ainda é o azeite defumado, uma receita espanhola com base de produto extra-virgem e defumado com carvão vegetal. No portfólio há oito sabores de manteigas temperadas com especiarias e produtos naturais. Completam a linha quatro temperos secos, óleo de coco com aromas e quatro rótulos de gersais.

Tem até cerveja. Em uma parceria com a produtora cariocaBierteria, a Plezi lançou o rótulo Fetiche, uma rauchbier com malte defumado com a Fumaça em Pó (um dos temperos secos feitos pela empresa). A ideia nasceu em conjunto com o amigo Dalto Marcolino, dono da cervejaria.

"Nos encontramos e pensamos: eu não entendo nada de cerveja e você não entende nada de temperos. Podemos fazer uma cerveja a partir disso", conta Guilherme, ressaltando que o rótulo levou medalha de prata no Campeonato Brasileiro de Cervejas de Blumenau, em março passado.

E-commerce

A empresa também tem uma loja virtual, mas que funciona mais como um canal de vendas tímido no momento – até pela questão da logística para entrega em outros estados. Apesar de não ser o foco de investimentos da Plezi Gourmet no momento, há planos a longo prazo para ele se tornar uma ferramenta de relacionamento e promoção dos produtos. "Pretendemos transformar nosso site em um espaço de divulgação de receitas, que, por acaso, terá um e-commerce. A ideia é explorar conceito de comida do dia a dia incrementada com nosso produtos", planeja o empresário.

Fernando Miragaya