Para não perder o gás, Fruki lança energético

Nova bebida da empresa de Lajeado é vendida em RS e SC

15/05/2017 – 05h01min | Atualizada em 15/05/2017 – 05h01min

Para não perder o gás, a gaúcha Fruki aposta no mercado de energéticos. Lança nesta segunda-feira (15) o Elev Energy Drink, disponível em pontos de venda no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Com parque industrial de 25 mil metros quadrados em Lajeado, a fabricante de refrigerantes promete outras novidades, mas evita detalhes.

O que informa são os R$ 80 milhões do investimento inicial na unidade de Paverama, com previsão de abertura até 2020. No local, serão produzidos sucos e chás, além de bebidas energéticas e funcionais. A conclusão da segunda fase do projeto, que prevê fabricação de cerveja, é estimada para 2025.

Além da estrutura em Lajeado, a Fruki tem centros de distribuição em Canoas, Pelotas, Caxias do Sul e Santo Ângelo. A capacidade de produção é de até 420 milhões de litros de bebidas por ano.

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Cresce oferta de ‘papinhas gourmet’ que remetem à comida da mamãe

Acompanhamento nutricional a partir dos 6 meses de vida ajuda a desenvolver alimentação saudável

por Celina Machado, especial para O GLOBO
14/05/2017 4:30

RIO — Legumes e verduras orgânicos, sal rosa e frutas frescas são apenas alguns dos ingredientes das novas papinhas comercializadas para crianças. Depois dos 6 meses de vida — quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é o aleitamento materno exclusivo —, só cresce a oferta de versões gourmet para a alimentação dos pequenos. E segundo a nutricionista Débora Marques, mães e pais buscam cada vez mais acompanhamento nutricional para os filhos nessa fase, o que alimenta esse mercado.

— Muitos pais trabalham fora e têm dificuldade em organizar uma alimentação variada e equilibrada. Vimos surgir um mercado de papinhas, uma verdadeira “gastronomia para lactentes” — comenta.

O pediatra Marcus Renato de Carvalho, professor da UFRJ e coordenador de especialização em saúde materno-infantil, salienta que é nessa fase que a criança forma seu paladar, e pode levar bons hábitos cultivados desde cedo pelo resto da vida.

— Estudos mostram que uma alimentação saudável nos dois primeiros anos é capaz de prevenir doenças crônicas na vida adulta, como obesidade, diabetes e hipertensão — explica ele.

MERCADO EM EXPANSÃO

A maioria das marcas de papinha hoje no mercado começou com o nascimento dos filhos de seus fundadores e a constatação de que havia essa necessidade no mercado. Foi exatamente o que aconteceu com Karin Paciulo, mãe de Maria Lorena, de 4 anos e Maria Luisa, de 2 anos, proprietária da 2Marias Comidinhas Orgânicas.

— Estamos crescendo em número de pontos de venda, com distribuição em vários estados e acabamos de iniciar um projeto de lancheira com uma escola em São Paulo — conta.

Mais antiga, a Empório da Papinha começou em 2008 e, segundo seu sócio-diretor, Rafael Mendonça, o aumento de vendas entre 2015 e 2016 foi de 62%. Para o empresário, as mães preferem pagar mais para garantir que os filhos tenham acesso à qualidade.

— Nossa comida é feita com ingredientes orgânicos, sem aditivo ou conservante e transportada em embalagem livre de bisfenol — garante a nutricionista Gislaine Donelli, da Empório de Papinha.

No Rio e em Niterói, a Papinha Saudável Delivery, do casal Tatiana e Leandro Borba, o segredo está no tempero caseiro:

— Fazemos papinhas só com o sabor dos alimentos e colocamos o mínimo de sal nas comidinhas indicadas para crianças a partir de 1 ano. No mais, é cebola, alho e a gordura é azeite, que acrescentamos depois de feito o refogado, direto na panela — diz a nutricionista Tatiana.

Outra empresa que começou em casa é a Gourtmetzinho, do chef Amílcar Azevedo e sua mulher, Karol.

— Produzimos seis toneladas de alimentos por mês. Começamos num espaço de 20 metros quadrados, que seis meses depois já estava 15 vezes maior. O Amílcar faz uma comida saudável, aprovada por nutricionistas, pediatras, sem conservantes e saborosa — afirma Karol, acrescentando que a empresa tem o selo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) do Ministério da Agricultura.

Como deve ser a alimentação do bebê

Até os 6 meses de idade, somente leite materno.
A partir do 6º mês, introduzir água, qualquer fruta, ovo (clara e gema), alimentos com glúten como macarrão, carnes (inclusive de peixe e porco) e vísceras (fígado, por exemplo).

Fonte: Nutricionista Alice Carvalhais, especializada em alimentação infantil

Como deve ser a alimentação do bebê

Até os 6 meses de idade, somente leite materno. A partir do 6º mês, introduzir água, qualquer fruta, ovo (clara e gema), alimentos com glúten como macarrão, carnes (inclusive de peixe e porco) e vísceras (fígado, por exemplo).

Fonte: Nutricionista Alice Carvalhais, especializada em alimentação infantil

O mercado de “alimentos de transição” para bebês e crianças de primeira infância é bem regulamentado e a líder, Nestlé, informa que segue rigorosamente todas as portarias, tem os registros, certificações, passa por auditorias.

— Nenhuma Papinha Nestlé possui conservantes, corantes ou estabilizantes — diz Fernanda Syuffi, da coordenação de marketing da Baby Foods.

Isso é possível por causa da tecnologia de fechamento a vácuo e do tratamento térmico de esterilização, que elimina bactérias e garante a validade de um ano na prateleira. E a marca também aderiu aos consensos do setor e informa que não adiciona sal nas papinhas das etapas 1 e 2 (para bebês a partir do sexto mês) e inclui pequena quantidade a começar da etapa 3 (a partir do oitavo mês).

Dentre os tipos de introdução alimentar hoje presentes, está o método BLW (Baby Led Weaning, algo como desmame guiado do bebê), uma nova forma de apresentar os alimentos sólidos, uma técnica na qual você não fica oferecendo com a colher, coloca no prato e a criança pega os alimentos com a mão.

— O objetivo é que a criança explore, conheça as diferentes texturas, cheiros e gostos — explica Marcus Renato, adepto de não forçar a criança a comer, nem estimular com “aviãozinho”. — Já vi mãe com o celular e a criança assistindo a “Galinha Pintadinha”: o bebê abre a boca e ela enfia a comida. Não pode ser assim.

Segundo o pediatra, essa é uma fase de risco nutricional, porque a criança tem uma necessidade muito grande de nutrientes e o crescimento muito acelerado.

— Sozinha, a criança pode não ter ainda o desenvolvimento motor necessário para pegar a comida e colocar na boca, e pode ficar sem suprir suas necessidades nutricionais — explica.

E para quem enfrenta dificuldades com uma criança resistente a um bom prato, uma dica: até os 2 ou 3 anos, bebês saudáveis comem tudo o que é oferecido, mas é preciso tentar de oito a dez vezes até considerar que a criança não gosta de um alimento.

— Às vezes é só uma questão de coordenar a deglutição. A criança vem do aleitamento, peito ou mamadeira, tem uma maneira de sugar. Quando é apresentada à colher, é diferente — assinala a nutricionista Débora Marques.

Na casa da Ana Paula Edelman da Luz, a pequena Maitê, de 11 meses, vomitou uma banana inteira na primeira vez que provou a fruta.

— No dia seguinte dei de novo e ela quase não comeu, mas insisti — relata a mãe. — Quando retornei ao trabalho e já era hora de começar com as proteínas, passei a dar as “papinhas naturais”, que compro prontas e me salvaram. Hoje, Maitê almoça na creche e Ana Paula manda o lanche da manhã e o da tarde:

— Compro as frutas, faço misturas como inhame com manga, banana com abacate e congelo. Não quero que ofereçam biscoito ou suco de caixinha — diz.

Para a pediatra Fabíola Suano, professora do serviço de Nutrologia das Faculdades de Medicina das Universidades do ABC e Federal de São Paulo (Unifesp), a preocupação dos pais também deve estar voltada para cozinhar. Um novo estudo realizado no Canadá e publicado em março pelo “Internacional Journal of Obesity Advance” concluiu que há uma importante associação entre a comida “de casa”, a diversidade alimentar no primeiro ano de vida e o acúmulo de gordura no corpo. Os pesquisadores acompanharam 132 lactentes que recebiam alimentação complementar e as avaliaram aos 3, 6, 9, 12 e 36 meses de vida, tendo observadas a quantidade de massa gorda e de massa magra dentro do seu peso total. Ao final, a quantidade de nutrientes que os bebês ingeriram não mudou muito, mas o grupo que recebeu papinha “de casa” ficou menos gordinho que o que recebeu a papinha comercial.

— A criança vê os pais na cozinha, sente o cheiro, a comida não fica nunca igual. O bebê precisa ter no seu prato características que são únicas de cada família, fazem parte da cultura daquela casa — explica. — Ninguém precisa ficar escravo, mas, quando chega uma criança, da mesma maneira que os pais se preparam para dar banho, trocar fralda, é preciso que tenham um olhar para a alimentação a ser feita em casa. Isso vai ser uma vez por semana? Já é um passo inicial para não perder a sua marca, uma herança que passa de geração para geração e que precisa ser praticada. Não precisa fazer nada complicado, pode ser uma comida simples.

Hershey promete ter mais informações em suas embalagens

A Hershey anunciou novas medidas que aumentarão a visibilidade de informações nutricionais em suas embalagens, além de ajustes nos tamanhos de porções de seus produtos. As mudanças baseiam-se no compromisso da companhia em promover melhores escolhas para seus consumidores e mais transparência na venda de seus produtos.

Até 2022 a Hershey pretende ter, no mundo todo, 50% de seu portfólio de impulso e de porções individuais com no máximo 200 calorias. Além disso, até a data estipulada, 100% destes produtos terão uma adaptação nos rótulos frontais, com inclusão de informações calóricas de fácil leitura.

No Brasil, 85% do portfólio local já é produzido em porções de até 200 calorias e 75% dos produtos contam com a informação de teor calórico no painel frontal das embalagens.

Barra de chocolate Hershey’s Ao Leite com informação calórica no painel frontal

Anvisa proíbe molho de tomate por conter “corpos estranhos”

Após exames feitos em laboratório, a Heinz se prontificou em retirar o produto dos supermercados

Por Redação VEJA São Paulo

12 maio 2017, 16h21

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão de um lote do molho de tomate com pedaços da marca Heinz. O motivo foi o resultado de um exame de laboratório mostrando excesso de “corpos estranhos” no produto, acima do limite previsto na diretriz RDC nº14/14.

De acordo com o órgão, a Heinz se dispôs a recolher todos as unidades do lote 25 20:54 M3-1 dos supermercados. A empresa também está orientando os consumidores a entrar em contato com a empresa pelo site oficial ou telefone (0800-773-7737), para troca sem custo, e afirmou em nota que “constantemente monitora e investe em novas tecnologias e na capacitação do seu pessoal, atuando fortemente na melhoria dos processos de qualidade e na segurança de alimentos alinhada às melhores práticas internacionais”.

Copacol lança linha de aperitivos de Frango Apimentados

Para oferecer mais opções em produtos saborosos, práticos e de qualidade, a Copacol lança de novos produtos de peixe e frango. Um dos lançamentos foi a linha de Aperitivos de Frango Apimentados, que conta com petiscos, coxinha da asa, meio da asa e linguiça de frango fina.

Está linha que é uma exclusividade da Cooperativa, é ideal para os aperitivos de churrasco ou para aquele momento de happy hour com os amigos, ou familiares. Para os apreciadores de alimentos apimentados, é uma excelente e saborosa dica, que não pode faltar no seu cardápio.

A previsão de chegada da Linha Apimentados nas gôndolas dos supermercados parceiros é para meados do mês de maio. Apenas no Copacol Supermercado de Cafelândia, já tem o produto para comercialização.

Avicultura Industrial

Marcas de temperos com fungos tóxicos são proibidas pela Anvisa

por Redação

12/05/2017 ? 12:09

Temperos da Kitano e da Mestre Cuca foram barrados pela Anvisa

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira, 8, a venda e distribuição de dois lotes de temperos das marcas Mestre Cuca e Kitano após laudos de análise fiscal apontarem resultados insatisfatórios.

Os testes detectaram teor de micotoxina ocratoxina – substância formada por fungos prejudiciais à saúde, o Aspergillus e Penicillium – acima do limite permitido.

Os produtos analisados foram a Páprica doce 15g, da marca Mestre Cuca, e a Páprica 50g, da marca Kitano.

A determinação vale para território nacional e compreende os lotes: 160815, validade 25/08/17 da páprica doce 16g, marca Mestre Cuca e lote: H2L-H6EJ, validade 14/05/17 da páprica 50g, marca Kitano.

As empresas FFAMM Comercial de Alimentos Ltda. e General Mills Brasil Alimentos Ltda., deverão recolher o estoque dos lotes dos produtos existentes no mercado.

Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos será novamente em Goiânia, em junho

Evento reunirá 200 lideranças políticas e empresariais da cadeia da alimentação para debater o mercado mundial de alimentos industrializados

O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que tem Luiz Fernando Furlan como chairman, e o LIDE Agronegócios, liderado pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, agendaram para o dia 9 de junho próximo, novamente em Goiânia, no Hotel Mercure, a quinta edição do Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos.

Desta vez, o Fórum – que deverá receber mais de 200 lideranças empresariais e políticas da cadeia da alimentação – focará temas ligados à internacionalização da indústria brasileira de alimentos; a alta qualidade de nossos produtos e agregação de valor, desafios do Brasil. Na abertura, são esperadas as presenças do governador de Goiás, Marconi Perillo, do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz, dos ex-ministros Roberto Rodrigues (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), além de André Rocha, presidente do SIFAEG – Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás.

SOBRE O LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.700 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Chega de embalagens. Vendas a granel estão de volta ao varejo

São Paulo, 11 de Maio de 2017 às 08:00 por Mariana Missiaggia

Lojas especializadas ganham espaço, enquanto supermercados aumentam a oferta de alimentos por quilo com o apelo "direto da roça"

Estamos longe ainda de nos tornarmos uma Berlim ou Paris, onde já funcionam supermercados 100% sem embalagens. Mas tudo indica que o país avança na mudança de comportamento em relação ao uso de descartáveis.

À medida que o consumo de castanhas, sementes e farinhas ganhou força na rotina dos brasileiros, a tendência de levar à mesa alimentos mais frescos e naturais impulsionou um tipo de venda muito comum até a década de 1980: a granel.

Isso porque quem sai em busca desses itens nas prateleiras dos supermercados se depara com embalagens de no mínimo 500 gramas, com maior índice de conservantes, data de validade estendida e preços bem mais salgados.

Pelo menos, essa é a constatação de quem entende do assunto. Galena Goulart, 47 anos, é proprietária da Rei dos Grãos, em Moema, uma loja com mais de 600 itens vendidos a granel.

Aberto há um ano e meio, o negócio foi criado com base na experiência da própria empresária, que tinha muita dificuldade de encontrar todo o sortimento que desejava em uma única loja.

Galena percebeu que conseguia comprar farinhas em um lugar, castanhas em outro, e ainda recorria a um terceiro para frutas e suplementos. “Queria dar fim a essa peregrinação”.

Durante um ano, ela procurou um imóvel, no qual pudesse dar destaque à ilha de produtos vendidos por quilo. Farinhas, frutas desidratadas, e até preparos para feijoada vegana, risoto e yakisoba são vendidos de acordo com a necessidade de cada cliente.

E é exatamente nessa característica que reside o maior interesse do brasileiro por esse tipo de compra, de acordo com Antônio Sá, professor de varejo na FAAP.

O acesso a alimentos frescos que causem a sensação de “direto da roça” – e na quantidade desejada – é o que mais atrai o brasileiro para esse tipo de estabelecimento, afirma o especialista. A queda na renda e o aumento do desemprego são outros aspectos que compõem esse cenário.

Sá explica que embora não existam estatísticas que comprovem, esse comportamento também vem se repetindo na compra de produtos de limpeza.

Sem certificação e sem aquelas embalagens especiais, podem custar até a metade do preço se comprados por litro – uma opção para o consumidor que está vivenciando os efeitos da crise.

Além disso, há ainda uma pequena parcela da população preocupada com o impacto da quantidade de embalagens no meio ambiente, aponta Sá.

Dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que cerca de um terço do lixo doméstico gerado pelos brasileiros é composto por embalagens. Do total, 80% são descartadas depois de serem usadas apenas uma vez.

Alertado por essa pesquisa, o Pão de Açúcar implantou a campanha "Reutilizar" em algumas de suas lojas a fim de apoiar e realizar ações em defesa do meio ambiente.

Como parte do programa, a rede varejista desenvolveu uma espécie de carrinho com depósitos gravitacionais, que funcionam no sistema First In, First Out, ou seja, os itens que entram primeiro saem primeiro, para garantir a qualidade e o frescor dos 60 itens disponíveis, como chás, chocolates e pimentas.

Os colaboradores de cada loja foram treinados para operar o equipamento e ajudar os clientes na escolha e quantidade dos produtos.

Para aqueles que desejarem, também é possível utilizar uma embalagem levada de casa ou adquirir um vidro reutilizável que pode ser comprado na própria loja.

Embora a novidade seja vista com bons olhos pelos consumidores e acompanhe uma tendência mundial, trata-se de uma decisão delicada e difícil para a maioria das redes de supermercados, na opinião de Antônio Sá.

O especialista em varejo explica que tal modificação implica numa reformulação de operação, justamente, uma das maiores preocupações do varejo. Isso porque a venda a granel demanda manutenção, rotatividade, higiene, segurança, além de funcionários dedicados exclusivamento a isso. "A grande briga do varejo é ter a operação mais barata possível", diz.

Em Berlim, o Original Unverpackt é um supermercado 100% livre de embalagens plásticas e fundado em 2004 com a proposta de liquidar desde as bandejinhas de isopor aos frascos de xampu.

Tudo o que é vendido no supermercado aberto pelas sócias Sara Wolf e Milena Glimbovski é envazado em potes reciclados dos próprios consumidores, que escolhem a quantidade de produtos que querem.

A ideia é simplificar o processo de compra ao máximo, minimizando custos, desperdícios e processos – muito similar aos mini-mercados ou armazéns de antigamente, onde tudo era disposto em sacos abertos de arroz ou em grandes tulhas.

Os empresários Marco Antônio Nogueira e Uiatã Rocha Pires resgataram o conceito de um jeito diferente com a abertura da Oil & Vinegar Brasil, uma franquia holandesa.

Nas lojas de Campinas e Porto Alegre, é possível avistar de longe a vitrine da loja com grandes frascos de vidro. São diferentes cores e sabores de azeites, vinagres, massas e conservas – todos vendidos a granel.

O funcionamento é o mesmo. Quem quiser pode usar seu próprio frasco ou escolher entre as dezenas de opções de vidros vendidos pela própria marca, que são de diversos volumes e formatos, com opções verdes e transparentes.

Além disso, há também ânforas, barris e canecos de aço inox, pipetas de vidro e até uma embalagem econômica, um sachê de plástico – todos importados.

Ali, a quantidade mínima para compra de azeites, vinagres e óleos é de 50 ml, podendo chegar até a três litros. São mais de 30 opções de itens a granel, que variam de R$ 29,95 até R$ 80,95 a cada 100ml.

Por hábito, modismo ou ideologia, a compra de alimentos a granel está voltando com força e ganhando adeptos, especialmente no setor de produtos naturais. Na Itália, o Carrefour implantou recentemente um modelo de venda nessa modalidade.

“As coisas vão e voltam. Houve um tempo em que consumíamos orgânicos, mas para ganhar escala fomos para os agrotóxicos. Agora, estamos fazendo o caminho inverso", diz.

"Antigamente, o varejo era basciamente feito na feira, a pé. Mas, para proteger os alimentos, embelezar e atestar qualidade, críamos uma enorme indústria de embalagens e levamos mais lixo do que alimento para casa".

Reunião na Acimacar discute novas normas para embalar alimentos

10/05/2017 às 22:00 – Atualizado em 10/05/2017 às 08:59 – por Da Assessoria

Comprar alimentos fracionados no mercado é um costume comum. São poucas as famílias ou pessoas que levam, por exemplo, um quilo de presunto para casa de uma vez só. Por isso, há a necessidade de fracionar alimentos e vendê-los em gramas ou quantidades menores.

Desde o dia 25 de abril, entrou em vigor a Resolução nº 469/2016, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para novas normas que deverão ser seguidas por estabelecimentos como açougues, padarias, casas de frios, peixarias e supermercados que comercializam alimentos fracionados de origem animal.

Um dos principais pontos da Resolução determina que todo produto derivado de origem animal somente poderá ser fracionado, embalado, reembalado e rotulado, se o varejista contar com um responsável técnico qualificado para orientar a atividade de autosserviço (quando há o embalamento sem a presença do consumidor).

Para tratar sobre o assunto, a Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) convida os associados do ramo afetados por essa resolução, para uma reunião na quinta-feira (11), às 7h30, com o médico veterinário do setor de Vigilância Sanitária do município Daniel Cotrim Garcia.

Segundo especialistas, a medida visa garantir a qualidade e as condições higiênico-sanitárias de alimentos fracionados comercializados no varejo, já que alguns estabelecimentos do estado não estavam adotando os cuidados necessários para o armazenamento.

O não cumprimento da Resolução configura em infração sanitária, passível de punição pelo Código Sanitário do Estado do Paraná e demais legislações de âmbito municipal.

CEO da Coca-Cola combate ameaça digital à compra de refrigerante

10/05/201714h56

Jennifer Kaplan

(Bloomberg) — Ao se instalar em seu novo emprego, o CEO da Coca-Cola James Quincey enfrenta um desafio que nunca preocupou a maioria de seus antecessores: a revolução digital.

Os consumidores estão cada vez mais comprando pela internet, passando mais tempo em aplicativos móveis e recebendo seus mantimentos em casa. E isso está abalando a Coca-Cola de modos surpreendentes, disse Quincey em uma entrevista em seu escritório em Atlanta.

Quando os consumidores deixam de ir ao shopping local e passam a comprar roupas na Amazon, eles também deixam de comprar Coca-Cola em uma máquina de venda automática ou na praça de alimentação. Assim, embora o declínio dos varejistas tenha se concentrado principalmente na falência de redes de roupas e em lojas fechadas, uma marca como a Coca-Cola está sofrendo também.

"A tecnologia digital está mudando seu comportamento", disse ele. "Isso afeta outras categorias que não são o principal motivo de sua ida ao shopping."

Transformar a Coca-Cola em um vencedor da era digital ? ao invés de outra vítima do comércio tradicional ? é uma prioridade fundamental para Quincey.

Os desafios tecnológicos enfrentados pelo executivo de 52 anos, que entrou no lugar de Muhtar Kent no dia 1º de maio, são agravados por uma revolta contra as bebidas açucaradas. Essa mudança drástica levou a gigante dos refrigerantes a investir em novas marcas como Suja Life e Aloe Gloe, que atraem consumidores preocupados com a saúde. Quincey também está reduzindo gastos e se livrando de diversas fábricas de engarrafamento em todo o mundo, na tentativa de ressurgir como uma operação mais enxuta e focada.

Diante do declínio das vendas, a Coca-Cola viu sua ação cair 3,8 por cento nos últimos 12 meses, em contraste com um ganho de 16 por cento do Standard & Poor's 500 Index.

Sem papel

Mas a tecnologia é um dos principais focos de Quincey, um inglês que passou mais de duas décadas na Coca-Cola. Ele quer modernizar a empresa de 131 anos e se gaba de quase não usar papel em seu escritório (olhando de relance para um único documento em um armário, Quincey pede desculpas pelo papel que "entrou sorrateiramente").

O poder revolucionário da tecnologia tem sido especialmente acentuado em alguns mercados estrangeiros, como a China. Quando Quincey foi diretor de operações no início de 2016, ele observou uma queda das vendas no país ? provocada pelo declínio das vendas a restaurantes de macarrão e outros.

As lojas em si não eram o problema ? elas continuavam vendendo grandes quantidades de alimentos ? mas mais clientes passaram a fazer o pedido pela internet e solicitar entregas. O problema para a Coca-Cola: os restaurantes ofereciam garrafas de vidro e tamanhos inadequados para o transporte com scooter.

Os avanços tecnológicos também tornaram obsoletos alguns trabalhos na Coca-Cola. A empresa está eliminando 1.200 empregos, em parte porque vem alienando as fábricas de engarrafamento.

"A tecnologia trouxe muitas maneiras novas de fazer as coisas e isso acaba substituindo alguns trabalhos e algumas pessoas", disse ele. "Você tem que se adaptar."